VR Gamer é a locadora de videogame nos tempos modernos de realidade virtual

por Bruno Izidro Localizada em uma pacata casa de dois andares no bairro da Vila Mariana, em São Paulo, a VR Gamer é um lugar dedicado exclusivamente a jogos em realidade virtual, com o HTC Vive ou PlayStation VR disponíveis para serem testados pagando por hora. Pois é, pagar por hora para jogar. Se você […]

por Bruno Izidro

Localizada em uma pacata casa de dois andares no bairro da Vila Mariana, em São Paulo, a VR Gamer é um lugar dedicado exclusivamente a jogos em realidade virtual, com o HTC Vive ou PlayStation VR disponíveis para serem testados pagando por hora. Pois é, pagar por hora para jogar. Se você lembrou dos velhos tempos das locadoras de videogames, não é por acaso.

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Para quem não viveu os anos 90, as locadoras de videogame faziam muito sucesso na época, não só por ser o local onde se alugava “fitas” para o fim de semana, mas também por serem os únicos locais em que se podia testar os novos lançamentos ou jogar aquele novo videogame que todos falavam, como um Neo Geo ou Sega Saturn.

De certa forma, a VR Gamer quer trazer de volta o hábito dos jogadores irem para um local e desfrutar de uma novidade. “A ideia é mesmo essa [de locadora de videogames], tanto que é por isso que a gente investiu o melhor possível para tornar o ambiente interessante pras pessoas virem. A pessoa que tem o PS VR ainda pode vir pra jogar muito coisa que só tem no Vive, por exemplo”, fala Leandro Sarubbi, gerente e fundador da VR Gamer, ao Gizmodo Brasil.

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Ainda nesse paralelo com as locadoras de videogames, os aparelhos de realidade virtual representam hoje o que antes eram os consoles caros que só jogávamos nas locadoras porque nossos pais não podiam comprar. HTC Vive, Oculus Rift e PS VR são os principais sonhos de consumo – ou, pelo menos, de curiosidade – dos jogadores atualmente, mas possuem preços bem proibitivos. Nenhum deles foi lançado oficialmente no Brasil, então só é possível adquirir por meio de importação, o que encarece ainda mais um produto que já possui um preço alto.

O bundle do PlayStation VR com os controles move e a PlayStation Camera custa em torno de US$ 500 (cerca de R$ 1.500 na cotação de hoje), mas já têm lojas aqui no país vendendo somente o visor, sem o bundle, por mais de R$ 3 mil.

O HTC Vive custa US$ 800 (R$ 2.500 também na cotação de hoje), mas com impostos e frete, o aparelho da Valve sai em torno de R$ 7 mil, que foi o que Sarubbi investiu em cada um dos cinco Vives que a VR Gamer possui. Isso sem falar nos PCs para rodá-los. A configuração recomendada pela Valve é uma máquina com i5 ou FX 835 e placa gráfica GTX 1060 ou Radeon RX 480, o que faz com que só o PC necessário para jogar custe tanto quanto um PS4, se não mais. Por isso que um local como a VR Gamer pode ser interessante para quem está curioso com a realidade virtual ou mesmo quer experimentar de novo, mas sem a presa e as filas de quando VR aparecem em eventos e, ainda por cima, não pagar muito. O valor mais em conta na VR Gamer é de R$ 30 para jogar meia hora de realidade virtual. “A nossa meta principal é popularizar a realidade virtual, e dar uma oportunidade de a galera experimentar mesmo a tecnologia”, fala Sarubbi.

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A VR Gamer possui cinco HTC Vives e dois PlayStation VRs com os principais jogos e experiências para as duas plataformas, como Job Simulator, The Lab e Elite: Dungerous no aparelho da Valve e Batman: Arkham VR, Until Dawn: Rush of Blood e Rez Infinite no da Sony.

O Oculus Rift foi quem ficou de fora, e Sarubbi fala que essa decisão foi tomada porque a melhor experiência VR atualmente está no Vive, enquanto o PS VR é mais próximo do público e uma boa porta de entrada para a tecnologia. “Tecnicamente falando, o Vive é melhor em alguns sentidos, principalmente no rastreamento. O esquema que ele tem de sensores funciona com uma perfeição absurda, e ele também já possui os controles de movimento que a maioria dos jogos famosos em VR pede, como o Job Simulator ou o Trails on Tatooine, de Star Wars”, explica.

Depois de algumas horas testando ambos, o aparelho da Oculus realmente não parece fazer tanta falta assim para experimentar.

Transformando hobby em negócio

Inaugurar um lugar para jogar VR é uma boa sacada de negócio nesse momento. Afinal, ele possui todo um novo nicho para explorar de pessoas que estão curiosas para saber o que a realidade virtual tem a oferecer para o mundo dos jogos, mas conversando com o gerente da VR Gamer, o interessante foi descobrir que isso nem passava pela cabeça dele até alguns meses atrás.

Realidade virtual é algo que fascina Sarubbi desde a época em que assistiu ao primeiro Tron e a um antigo filme chamado O Passageiro do Futuro (The Lawnmower Man), baseado em um conto de Stephen King. “O Passageiro do Futuro é um filme mais ou menos, mas dá a ideia perfeita de realidade virtual.”

Ele também é um early adopter, aqueles entusiastas de tecnologia que são os primeiros a comprar novos produtos, por isso adquiriu logo na pré-venda o HTC Vive e, quando recebeu o aparelho, viu a sua casa cheia de amigos querendo experimentar o brinquedo novo. Foi então que surgiu a ideia de transformar o entusiasmo por realidade virtual em trabalho. “Eu nunca tive pretensão de ser empresário ou abrir um negócio, mas com o VR e depois dessa experiência de amigos pedindo pra testar, eu vi uma oportunidade de trabalhar com algo que eu queria, que eu vi que iria ser feliz trabalhando”, conta Sarubbi, que antes era gerente de marketing na Samsung.

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Assim, a VR Gamer não só é uma consequência do apelo e curiosidade que todos estão tendo com a realidade virtual como também pode ser essencial para firmar a tecnologia, que é muito difícil de ser vendida sem as pessoas a experimentarem de fato.

VR GAMER Realidade Virtual

Onde: Rua Dona Inácia Uchoa, 373 – Vila Mariana – São Paulo/SP, entre os metrôs Vila Mariana e Ana Rosa

Funcionamento: De segunda a segunda, das 13h às 22h.

Quanto: R$ 30/30min; preço promocional de R$ 15/30min no período das 13h às 18h (promoção válida de segunda a sexta)

Telefones: (11) 5081-7623 / (11) 9-9744-0619

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