Tecnologia

Vision Pro vs. Quest 3: Mark Zuckerberg testa headset da Apple em vídeo; assista

Na opinião do CEO da Meta, o Quest 3 não só tem melhor custo-benefício em relação ao Vision Pro, como também “é o melhor produto, ponto”
Imagem: Mark Zuckerberg/Instagram/Reprodução
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, comparou o Vision Pro, da Apple, com a versão mais recente do seu próprio óculos de realidade virtual, o Meta Quest 3. Em um vídeo publicado no Instagram, na última terça-feira (13), o executivo fez uma breve análise do dispositivo concorrente e compartilhou os pontos positivos e negativos.

No geral, Zuckerberg listou diversos motivos que, para ele, tornam o Meta Quest 3 melhor que o Apple Vision Pro. Além de destacar a diferença de preço entre os dois óculos de realidade virtual, o CEO da Meta afirmou que seu dispositivo é “muito melhor para a grande maioria das coisas para as quais pessoas usam esses headsets”.

CEO da Meta analisa pontos positivos e negativos do Vision Pro

Hoje, o Vision Pro custa cerca de sete vezes mais que o Quest 3. Enquanto o headset da Meta é vendido por US$ 499 (cerca de R$ 2,4 mil, em conversão direta), o dispositivo da Apple está disponível por US$ 3.499 (R$ 17,3 mil).
“Parece que muitas pessoas presumiram que o Vision Pro teria qualidade superior por ser projetado pela Apple e custar três mil dólares a mais. Mas, honestamente, estou bastante surpreso pelo Quest ser muito melhor para a grande maioria das coisas para as quais as pessoas usam esses headsets, incluindo esse diferencial do preço”, disse o bilionário. Veja, no vídeo abaixo:

No , o CEO da Meta elogiou o Vision Pro em alguns pontos, como a tecnologia de rastreamento dos olhos e as telas de alta resolução. Porém, ele apontou que a Apple teve que fazer diversas concessões para alcançar esse nível de qualidade.
Algumas concessões incluem o peso do Vision Pro, que é cerca de 120 gramas mais pesado que o Quest 3. Zuckerberg ainda afirma que o headset da Meta oferece maior conforto, possui um campo de visão mais amplo e sofre menos com o efeito de “borrão de movimento” quando se move a cabeça.
Para Zuckerberg, o Meta Quest 3 não só tem melhor custo-benefício em relação ao Vision Pro, como também “é o melhor produto, ponto”. Contudo, vale mencionar que o CEO ignorou ou encobriu diversos pontos nos quais o óculos da Apple teria vantagem, como o desempenho do processador Apple M2 e alguns recursos exclusivos, como o EyeSight.

Usuários do Vision Pro estão devolvendo o aparelho

Apple Vision ProVision Pro é o óculos XR da Apple (Imagem: Apple/Divulgação)

Apesar da maioria das opiniões do CEO da Meta ser enviesada, alguns pontos são, sim, problemas do Vision Pro. Nos EUA, aliás, usuários do headset da Apple estão devolvendo o produto por diversas questões.

Aliás, ao adquirir um Vision Pro, a Apple permite a devolução do produto em até 14 dias. Como o lançamento aconteceu em 2 de fevereiro, os primeiros consumidores insatisfeitos começaram a surgir recentemente, próximo ao dia 16 do mesmo mês.

Dores de cabeça e pouca usabilidade estão entre os relatos

 reuniu alguns relatos nas redes sociais de pessoas que devolveram o Vision Pro. Confira, logo abaixo:

  • Parker Ortolani, via : “Que dia chato. Não posso acreditar, mas devolvi o Vision Pro. É muito desconfortável de usar e cansa meus olhos. É claramente o futuro. Funciona como mágica. Mas as compensações físicas simplesmente não valem a pena para mim neste momento. Voltarei para o próximo, presumindo que eles resolvam esses problemas de conforto”.
  • Adam Preiser, via : “Esta semana comprei um Apple Vision Pro, mas infelizmente tive que devolvê-lo. Ele me deu uma forte dor de cabeça e enjôo, mas não acho que tenha sido culpa do Vision Pro. Nasci estrábico e fiz uma cirurgia quando tinha 2 anos para corrigi-lo “esteticamente”. Só posso usar um olho de cada vez. Então, quando o coloquei, foi uma sobrecarga sensorial e não consegui me concentrar em algo tão simples como assistir a um vídeo. Talvez o futuro não seja para mim?”.
  • Gui Bibeau, via :Vou devolver meu Apple Vision Pro. A experiência de codificação não conseguiu me convencer, principalmente nos momentos em que esclarece o texto em foco, causando dores de cabeça durante a programação”.
  • Alexander Torrenegra, via : “Duas horas após desembalar meu Apple Vision Pro e usá-lo, decidi embalá-lo novamente e devolvê-lo. É muito legal, mas não há nada nele que eu possa usar com frequência suficiente para garantir que eu fique com ele”.
  • Olga Zalite, via : “Ainda não sei quão útil será para a nossa empresa, pois foi criado para ser um dispositivo de usuário único. Planejamos conectá-lo a um ID Apple genérico e partir daí. Com toda a honestidade, meu entusiasmo desapareceu. Principalmente porque não é aplicável ao meu trabalho, e olhar para as telas de Figma me deixa tonta”.
Não dá para saber como as devoluções vão impactar o desenvolvimento de novas versões do Vision Pro. Entretanto, vale destacar que, em alguns relatos, os usuários disseram estar dispostos a testar os próximos modelos do dispositivo.
Murilo Tunholi

Murilo Tunholi

Jornalista especializado em tecnologia, jogos, entretenimento e ciência. Já passou por grandes redações do Brasil (TechTudo, Tecnoblog, Terra e Olhar Digital) e trabalhou com relações públicas e assessoria de imprensa na Theogames, atendendo à Blizzard Entertainment e mais clientes do mercado de videogames. É apaixonado pela cultura geek, música e produção de conteúdo. Nas horas vagas, é aspirante a artista marcial e cozinheiro.

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