Vini Jr. será administrador de grupo com jogadores para combater racismo, diz Fifa
Segundo a , o presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou na manhã desta quinta-feira (15) que Vini Jr. irá comandar um grupo para combater o racismo no futebol.
O comitê discutirá medidas para punir condutas racistas que, segundo o mandatário, poderão ser adotadas pelas federações de futebol de todo o planeta.
Infantino se reuniu com Vinícius e membros da CBF em Barcelona, onde a seleção brasileira se prepara para enfrentar a seleção da Guiné no próximo sábado. Em entrevista à Reuters, o presidente da Fifa afirmou que, além de punições no âmbito desportivo, a entidade entrará com processos legais contra autores de ofensas racistas.
“Vamos implementar punições muito duras e contundentes para acabar com o racismo no futebol. Não podemos mais tolerar o racismo. Como presidente da Fifa, sentia que precisava conversar pessoalmente com Vinicius sobre este assunto”
Outra revelação feita pelo chefe da entidade máxima do futebol é que as partidas deverão ser paralisadas em caso de ocorrência de episódios de racismo.
A CBF publicou imagens do encontro do presidente da FIFA com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, Vini Jr. e o elenco da seleção brasileira. A publicação foi repostada pelo craque brasileiro nos stories. Confira:
No final do mês passado, a CBF lançou a campanha “Com Racismo Não Tem Jogo” e publicou vídeos com atletas profissionais do futebol brasileiro e artistas, como Gilberto Gil, Chico Buarque, Camila Pitanga, Hélio de la Peña, entre outros que apoiam a causa.Casos de racismo na Espanha
O atacante brasileiro de 22 anos sofreu uma série de ataques racistas ao longo da última temporada. Principalmente quando seu clube, o Real Madrid, jogava fora de casa. O caso de maior repercussão aconteceu no estádio Mestalla, quando torcedores do Valencia dirigiram cânticos racistas ao atleta.
O caso se tornou o assunto mais comentado no Twitter global. Muitos usuários se manifestaram repudiando as ofensas raciais. E também a postura conivente de LaLiga, que ficou escancarada quando o presidente da organização, Javier Tebas. Ele acusou o craque brasileiro de tentar manchar a imagem do campeonato espanhol.
Infantino justificou a criação do grupo antirracista. Para ele, é fundamental ouvir os jogadores e que só assim será possível promover um ambiente seguro. A ideia é que possam desenvolver seu trabalho com tranquilidade.