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Vida fora da Terra: o que os astronautas vão comer quando viverem na Lua?

Horta, fungos e mais: confira quais as comidas são permitidas (ou não) na alimentação dos astronautas no espaço

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Em meio a diversas notícias sobre viagens espaciais, incluindo o futuro lançamento da missão Artemis 2, da NASA, à Lua, muitas dúvidas surgem sobre a vida da tripulação a bordo. Uma delas, aliás, é do que eles se alimentam. Afinal, qual comida é permitida para astronautas?

Saiba mais da comida dos astronautas

De acordo com a BBC, astronautas costumam receber bolsas com refeições congeladas, desidratadas ou termoestabilizadas, feitas por empresas especializadas. Para ingeri-las, basta aquecer ou resfriar os alimentos. Além disso, também é possível levar refeições especiais, desde passem pela formulação adequada e termoestabilização.

No entanto, algumas comidas não são adequadas, como pães, por exemplo. Isso porque soltam migalhas, que podem ficar suspensas no ar devido à baixa gravidade, entrando em equipamentos vitais ou sendo inaladas.

O sal também precisa de limites, pois o armazenamento de sódio no corpo é diferente no espaço. Ou seja, há risco de osteoporose acelerada. Outra restrição é o álcool, proibido por prejudicar o sistema de reciclagem de água residual da ISS (Estação Espacial Internacional).

Desafio da Comida no Espaço Profundo

Em 2021, a NASA lançou o Desafio da Comida no Espaço Profundo para descobrir formas de criar alimentos no espaço com recursos limitados. Três das seis empresas finalistas sugeriram ideias relacionadas a fungos, como a Mycorena, que os combina com microalgas para produzir uma micoproteína.

A empresa finlandesa Solar Foods trabalhou com o uso de resíduos espaciais para criação de proteínas. Usando um micróbio comestível que se alimenta de dióxido de carbono, hidrogênio e oxigênio, foi possível gerar uma fonte de proteína capaz de criar alimentos como macarrão, carnes e barras de proteína.

Além disso, a ISS também tem sua própria horta a bordo, a Veggie, onde estudam o crescimento de plantas em microgravidade. Agora, com a expansão de viagens comerciais ao espaço, chefes de cozinha já estão prontos para sair do planeta.

O dinamarquês Rasmus Munk, do restaurante Alchemist, por exemplo, anunciou recentemente uma parceria com a SpaceVIP para fornecer uma experiência imersiva de jantar na espaçonave Neptune. Os ingressos custam US$ 495 mil (quase R$ 2,7 milhões) por pessoa para seis horas de viagem.

Mas, além de atenderem a uma pequena parcela da população mundial que já foi ou irá ao espaço, o desafio da NASA também foca em criar formas de produção de alimentos que beneficiem ambientes extremos e áreas com escassez de recursos na Terra.

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