O satélite SWOT (Surface Water and Ocean Topography) na órbita da Terra para uma missão impressionante: ele deve medir a altura da água em mais de 90% da superfície terrestre. O objetivo é fornecer, pela primeira vez, um levantamento em alta definição de toda a água do planeta.
Já no espaço, o satélite implantou o grande mastro e grandes painéis solares, que servirão como fonte de energia. A missão foi lançada em 16 de dezembro. No dia 22, todas as implantações tecnológicas restantes foram concluídas, segundo a NASA.
A missão deve monitorar e controlar o satélite apenas com dados de telemetria – tecnologia que permite a medição de informações remotamente. Isso será possível por causa de duas antenas que pertencem ao instrumento KaRIn (Ka-band Radar Interferometer).
Trata-se de um equipamento projetado para capturar medições precisas da altura da água tanto em rios de água doce quanto no oceano. O KaRIn deve ser capaz de captar redemoinhos, correntes e outros fenômenos oceânicos com até 20 km de diâmetro.
O aparelho também deve coletar dados sobre lagos e reservatórios com mais de 62.500 metros quadrados e rios com mais de 100 metros de diâmetro. Todas as ações da espaçonave serão registradas por quatro câmeras acopladas ao satélite.
Os equipamentos capturaram o momento de abertura do satélite já no espaço. A imagem mostra que os mastros se estendem ao redor da espaçonave e travam no lugar. Assista:
Qual o objetivo
O satélite SWOT deve refletir pulsos de radar na superfície da água e receber sinais através de suas antenas. A partir disso, coletará dados ao longo de 50 quilômetros de largura em cada lado.
A ideia é que os dados fornecidos pelo SWOT ajudem pesquisadores e tomadores de decisão a abordar questões climáticas emergentes e, assim, se preparar para as consequências de um mundo em aquecimento.
O satélite é uma colaboração da NASA e da agência espacial francesa Centre National d’Etudes Spatiales, com contribuições da Agência Espacial Canadense e da Agência Espacial do Reino Unido.