Emlyn Dodd, arqueólogo da Escola Britânica em Roma, na Itália, encontrou uma maneira de reproduzir em casa o azeite de oliva usado no Antigo Egito. O pesquisador utilizou como base receitas retratadas por autores romanos e também pinturas encontradas em murais egípcios.
Os escritos debatiam desde as ferramentas e equipamentos necessários para o processo de produção até os melhores locais para o cultivo de oliveiras. Enquanto isso, as imagens do Antigo Egito mostravam os métodos aplicados na época para a fabricação, como a torção e o uso do pilão.
O que Dodd fez é chamado de “arqueologia experimental”, um processo usado para preencher lacunas no conhecimento e ajudar cientistas a entender a praticidade dessas antigas técnicas de produção. O pesquisador documentou sua experiência no site e encorajou os leitores a tentar recriar o azeite de oliva em casa.
Made olive oil using a variety of methods – which worked best?! 🫒
Experimental gone wild!
— Dr Emlyn Dodd (@emlynkd)
Primeiro, o cientista colheu uma mistura de azeitonas verdes e pretas usadas na atualidade por produtores italianos tradicionais. Os frutos foram lavados antes do processamento.
Então, as azeitonas foram colocadas dentro de um pano, como aquele utilizado na fabricação de queijo. Dodd esmagou os frutos para rasgar a polpa, o que permitiria a liberação dos óleos. Então, prendeu ambos os lados do pano com gravetos, segurou uma extremidade de forma fixa e torceu a outra, obtendo o líquido.
Foram diferentes tentativas de fabricação, que renderam produtos diversos. O processo que deu certo resultou em um azeite de oliva com um fundo apimentado, comum dos produtos recém prensados.
No Antigo Egito, o azeite era usado como combustível para cozinhar, iluminação e aquecimento. Hoje, ele é aplicado em uma ampla variedade de receitas, sendo produto fundamental na dieta de várias pessoas. Vale tentar a receita em casa.