Ciência

Veja a formação peculiar de um tubarão-martelo durante gestação

Pesquisadores acompanharam o desenvolvimento de um embrião e capturaram passo a passo o crescimento da cabeça do tubarão-martelo
Imagem: Jonas Allert/ Unsplash/ Reprodução

Pela primeira vez, cientistas acompanharam como a cabeça de “martelo” se forma nos embriões de tubarão-martelo que estão em desenvolvimento. Em , é possível ver o passo a passo, que os pesquisadores capturaram durante o estudo. 

Até agora, os pesquisadores não sabiam muito sobre o desenvolvimento das cerca de 10 espécies de tubarão-martelo existentes.

As imagens só foram possíveis porque biólogos acompanharam cientistas que estudavam tubarões-de-boné, uma destas espécies. Durante o trabalho de campo, eles conseguiram coletar embriões vivos em diferentes estágios de crescimento.

Os biólogos preservaram os embriões e acompanharam o desenvolvimento. Eles descobriram que, embora a cabeça do tubarão se forme precocemente, o martelo só começa a aparecer cerca de 2 meses depois, aproximadamente na metade da gestação. 

Nesta etapa, a cartilagem começa a se formar na região próxima ao nariz. Dali, ela se expande para as laterais. Usando diferentes técnicas de coloração e imagem, puderam montar o vídeo acima, com base no crescimento de diferentes espécimes.

Os martelos de outros tubarões deste grupo provavelmente seguem a mesma trajetória de desenvolvimento, dizem os pesquisadores. Agora, o próximo passo é identificar quais os genes envolvidos na criação deste focinho.

O porquê da cabeça de martelo 

Focinho largo e achatado, com olhos grandes nas extremidades: o tubarão-martelo é fácil de ser identificado. Essa característica tão marcante, que lhes dá nome, tem uma função importante.

Os olhos afastados permitem que eles enxerguem em uma faixa visual melhor que outros tubarões. Além disso, a cabeça larga também possui diversos receptores sensoriais, que são as ampulhetas de Lorenzini.

Elas permitem ao tubarão-martelo detectar, entre outras coisas, os campos elétricos criados por animais que são suas presas. Dessa forma, eles conseguem escanear o oceano em busca de comida.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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