Varíola dos macacos: Universidade de Oxford testará antiviral contra infecção
Embora tenha sido desenvolvido para outros tipos de varíola, o medicamento tecovirimat já está sendo utilizado para casos graves de monkeypox. Agora, cientistas da , no Reino Unido, pretendem testá-lo para o surto em andamento, obtendo permissão para que o antiviral seja oferecido para qualquer pessoa com a infecção.
O recebeu o nome de Platinum. Nos testes, os cientistas pretendem explorar se o medicamento é capaz de reduzir os sintomas, diminuindo ainda o tempo de cicatrização de lesões e úlceras na pele.
Por enquanto, os pesquisadores ainda estão recrutando voluntários. Eles esperam ter no estudo pelo menos 500 pacientes infectados pela varíola dos macacos, mas que não precisaram de cuidados hospitalares.
Parte dos participantes irá receber comprimidos de 600mg de tecovirimat, enquanto o restante ficará no grupo placebo. As pílulas deverão ser tomadas duas vezes ao dia por 14 dias. A equipe pretende apresentar os primeiros resultados do estudo até dezembro de 2022.
Na maioria dos pacientes, a varíola dos macacos passa de forma natural após algumas semanas. Por outro lado, há quem desenvolva sintomas graves ou vá a óbito devido a doença. O risco é maior para crianças, gestantes e pessoas imunossuprimidas.
A infecção foi declarada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como uma emergência de saúde pública de interesse internacional em julho desse ano. A vacina contra o vírus da varíola humana parece ajudar no combate à infecção, mas há poucas doses disponíveis.
Além disso, os imunizantes que sobram estão sendo voltados neste primeiro momento para profissionais da saúde e grupos de risco. Ter um medicamento disponível para a população geral até o final do ano deve ajudar a barrar a propagação da varíola dos macacos.