Varíola dos macacos: saiba detalhes sobre as vacinas já existentes
Neste sábado (23), a Organização Mundial da Saúde declarou que a varíola dos macacos é agora considerada uma emergência de saúde global. A decisão veio após uma reunião realizada pelo Comitê de Emergência na última quinta-feira (21).
Há mais de 15 mil casos da doença confirmados em todo o mundo. Diante deste cenário, alguns países começaram a aplicar vacinas já disponíveis para a monkeypox, como também é chamada a infecção, em seus territórios. É o caso dos Estados Unidos, Reino Unido e França, por exemplo.
Jynneos/Imvamune/Imvanex
Jynneos, Imvamune, Imvanex, tanto faz. Todos esses nomes se referem a mesma vacina fabricada pela empresa dinamarquesa Bavarian Nordic. O imunizante enfraquecido, o que o torna incapaz de causar a doença de forma grave.
A vacina é aplicada na camada subcutânea da pele através de uma seringa com agulha. São necessárias duas doses do imunizante, oferecidas com quatro semanas de intervalo entre elas. O composto é contraindicado para pessoas com alergia grave à proteína do ovo ou qualquer componente da vacina, como gentamicina e ciprofloxacina.
ACAM2000
A ACAM2000 é constituída pelo vírus vivo vaccinia. Após ser aplicada, o patógeno se replica no organismo sem causar doença, apenas induzindo uma resposta imune do corpo contra a varíola dos macacos.
O imunizante deve ser aplicado com um dispositivo de múltiplas microagulhas, similar ao utilizado para a vacina BCG, que deixa a famosa cicatriz no braço. Para a ACAM2000, uma dose do composto já é suficiente.
A vacina é produzida pela empresa francesa Sanofi. Ela foi utilizada na década de 1970 contra a varíola humana e ajudou a erradicar a doença. A vacina é contraindicada para pessoas imunossuprimidas devido ao risco de quadros clínicos severos.