Você é o resultado de uma complicada interligação entre o seu ambiente, seus genes e provavelmente alguns outros fatores que a ciência ainda precisa descobrir. A genética influencia em aproximadamente metade da “vulnerabilidade de vício” de alguém, de acordo com o . Agora, conforme o vício em opioides atinge níveis epidêmicos nos EUA, pesquisadores esclarecem o papel de um gene específico em influenciar o risco de dependência de opioides.
Em americanos de descendência europeia e africana, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Yale descobriram que uma variação do cromossomo 15, próximo do , parece resultar em um aumento no risco de vício em opioides.
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Em um estudo publicado recentemente no periódico , pesquisadores conduziram o que é conhecido como associação de genoma em um estudo de 3.058 americanos de descendência europeia que haviam consumido opioides, dos quais 1.290 foram considerados dependentes químicos. Além destes, o estudo também avaliou 2.014 afro-americanos que haviam consumido opioides, dos quais 1.106 foram determinados como dependentes do composto.
Os dependentes que fizeram parte do estudo possuíam uma probabilidade maior de ter a variação, elegantemente chamada de rs12442183*T, em uma parte do cromossomo próximo ao gene RGMA que influencia como o gene é regulado. O gene RMGA possui um importante papel na sinalização das células, incluindo sinais que viajam ao cérebro. Dependendo da maneira como o gene é regulado, ele pode potencialmente interferir nas redes neurais do cérebro. Ainda não é claro como isso pode impactar o risco de dependência, mas a variação parece ser o resultado de uma mudança que aumentou os sinais enviados pelo córtex frontal, uma mudança que também está correlacionada com uma grande dependência de opioides.
Em um modelo com ratos dependentes, uma grande expressão do gene RGMA também foi ligada ao vício.
Mais pesquisas precisam ser feitas para confirmar as descobertas, e para entender como essa variação genética interage com outros genes que também são relacionados ao vício. Um dia estas novidades poderão ajudar nos tratamentos clínicos, mas isso ainda pode levar algum tempo.
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