Um conduzido pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) mostrou que a vacinação de gestantes protege não apenas as mães, mas também seus recém nascidos.
A hipótese já havia sido levantada anteriormente, mas agora foi confirmada com dados do mundo real.
Os pesquisadores analisaram dados de 379 bebês que foram internados em 20 hospitais pediátricos entre julho de 2021 e janeiro de 2022. Todas as crianças eram menores de seis meses, sendo que 176 delas estavam hospitalizadas por Covid-19 e 203 por outras complicações médicas.
Em média, bebês que as mães tinham duas doses da vacina da Moderna ou Pfizer/BioNTech tinham 61% menos chances de ser internados por Covid-19. O número aumentava para 80% quando as gestantes haviam recebido o imunizante entre 21 semanas e 14 dias antes do parto.
A situação fica mais preocupante quando são consideradas apenas as crianças internadas com quadros graves da doença. Em 88% destes casos, a mãe não havia tomado a vacina nem antes e nem durante a gestação. Durante o estudo, foi relatada apenas uma morte infantil, envolvendo uma mãe não vacinada.
Ao receber o imunizante, o organismo acaba desenvolvendo anticorpos contra o vírus Sars-CoV-2. Esses mesmos anticorpos gerados no corpo das mães foram encontrados no sangue do cordão umbilical de recém nascidos, o que sugere que eles foram passados de um para o outro.
A vacinação não apresenta riscos para as mulheres grávidas. Pelo contrário, ela se torna imprescindível diante do aumento de casos de crianças com Covid-19. Enquanto os pequenos não recebem suas doses, a proteção fica por conta de seus responsáveis.