Além de aprovar o uso de remdesivir para tratar Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, também nesta sexta-feira (12), o registro definitivo da vacina da AstraZeneca/Oxford no Brasil. Em janeiro, o imunizante havia obtido a autorização para uso emergencial e já vem sendo aplicado nos grupos prioritários desde então.
Essa é a segunda vacina a receber o registro definitivo; a primeira foi a da Pfizer, que recebeu a aprovação no mês passado, quando a compra das doses ainda estava sendo negociada pelo governo brasileiro. O imunizante da farmacêutica norte-americana, no entanto, não será fabricado no Brasil, ao contrário da vacina da AstraZeneca/Oxford e da CoronaVac.
Assim, a agência informou que, no caso do imunizante britânico, “foram concedidos dois registros diferentes: um em nome da AstraZeneca, outro da Fiocruz. As duas empresas podem, assim, adotar estratégias diferentes de distribuição e comercialização do produto”. A Fiocruz havia solicitado o registro definitivo em 29 de janeiro.
A diferença em relação à autorização do uso emergencial é que o registro definitivo permite que a vacina seja comercializada e disponibilizada de forma mais ampla no país, já que ela pode ser aplicada em outros grupos além dos prioritários.
A notícia chega em um momento oportuno, dado que o Brasil enfrenta uma escassez de doses e a população está sendo vacinada a um ritmo extremamente lento. Esta semana, governadores do Nordeste anunciaram que planejavam solicitar 10 milhões de vacinas da AstraZeneca/Oxford ao governo norte-americano. Os EUA já estão avaliando a possibilidade de doar as 30 milhões de doses que estão armazenadas no país e que não podem ser utilizadas por lá, já que a farmacêutica ainda não obteve a autorização de uso emergencial.
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