Tecnologia

Usuários reclamam de superaquecimento do iPhone 15 Pro uma semana após estreia

Inicialmente, a suspeita era que a raiz do problema era o novo processador, A17 Pro, e seu método de fabricação, pela TSMC. No entanto, na quarta-feira (28), o verdadeiro motivo foi revelado. 
Imagem: X/Reprodução

Com apenas uma semana de lançamento, vários usuários do iPhone 15 Pro usaram as redes sociais para reclamar sobre o superaquecimento no novo celular da Apple.

Inicialmente, a suspeita era que a raiz do problema era o novo processador, A17 Pro, e seu método de fabricação, pela TSMC. No entanto, na quarta-feira (27), o verdadeiro motivo foi revelado.

De acordo com Ming-Chi Kuo, analista de produtos da Apple especialista na cadeia de produção dos produtos da empresa, à tecnologia de fabricação do processador não tem relação com o superaquecimento do iPhone 15 Pro.

Kuo afirma que o problema está nas alterações feitas pela Apple no design do aparelho, para tornar o iPhone 15 um celular mais elegante e leve. Com isso, o analista destaca que seus testes não encontraram evidências que relacionam o superaquecimento com o novo processador.
iPhone 15 ProImagem: Apple/Divulgação
Em vez disso, segundo Kuo, a Apple, ao reduzir a área de dissipação de calor, combinada com a escolha de uma case de titânio, restringiu a eficiência térmica do iPhone 15 Pro. Essas descobertas se alinham com uma matéria do , que também realizou testes com o celular, apontando como causa do superaquecimento exterior de titânio do iPhone 15 Pro.

Apple foge do assunto “superaquecimento do iPhone 15 Pro”

Segundo o , o suporte técnico da Apple percebeu um aumento nas reclamações sobre superaquecimento nos aparelhos. A empresa os usuários a observar as configurações dos aplicativos.

A Apple, no entanto, não respondeu aos questionamentos de veículos da imprensa dos EUA sobre o superaquecimento nos aparelhos.

Além disso, Ming-Chi Kuo afirmou que a Apple planeja resolver esse problema através de uma atualização do iOS, mas não acredita ser eficaz.

“As melhorias podem ser limitadas caso a Apple não diminua o desempenho do processador. Se a Apple não resolver esse problema adequadamente, pode haver impactos negativos nas vendas do iPhone 15 Pro durante seu ciclo de vida”, diz Kuo. Anteriormente, quando a tese sobre o processador A17 não havia sido refutada, muitos usuários afirmaram que aplicativos em segundo plano, como Instagram e Uber, eram responsáveis pelo superaquecimento.

O desafio da Apple com o equilíbrio entre o peso do dispositivo e a gestão térmica eficaz não é novidade. Fontes do Wall Street Journal afirmam que a Apple pode mudar o material da placa de circuito impresso do iPhone no próximo ano. Essa alteração visa um design mais fino e com melhor dissipação de calor.

A Apple depende bastante de sua linha premium de iPhones, como o iPhone 15 Pro, sobretudo após revelar queda nas vendas. Aliás, a esperança da Apple é que as vendas do novo celular possam reverter essa fase. Contudo, os problemas de superaquecimento do iPhone 15 Pro apontam para outra direção.

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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