Uso de máscara tem queda drástica no Brasil, revela pesquisa da CNI
As máscaras são grandes aliadas no combate à Covid-19. Estudos apontam que o uso do acessório pode reduzir a chance de uma pessoa contrair a doença em até 83%, mesmo quando ela é a única no local a usar a proteção.
Mas a queda no número de casos e mortes combinada ao avanço da vacinação está fazendo com que parte da população deixe o Equipamento de Proteção Individual (EPI) de lado. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que um em cada três brasileiros não usam mais máscaras em nenhum local.
Os dados foram coletados no final de julho e abrangem 2.008 voluntários de todos os estados brasileiros. De acordo com o estudo, o único lugar em que mais da metade da população (55%) ainda utiliza máscaras é no transporte coletivo. Os supermercados vem logo atrás, com 49% de adesão.
Apenas 31% das pessoas ainda usam máscaras no ambiente de trabalho. Em academias, shows, cinemas, bares e restaurantes o número cai para 25% ou menos. De todos os entrevistados, apenas 6% relataram que o acessório ainda é obrigatório na cidade para locais abertos, com 37% registrando a imposição em espaços fechados.
As regras estabelecidas por cada prefeitura influenciam no uso de máscaras da população. Outro fator que acompanha o desuso das máscaras é a cobertura vacinal. Dentre os entrevistados, 95% recebeu ao menos uma dose da vacina e 62% tomaram três ou quatro doses do imunizante.
No início dessa semana, o Brasil registrou uma média móvel de mortes de 139. A em comparação com duas semanas atrás, indicando tendência de queda pelo 14º dia consecutivo. A média móvel de casos conhecidos está em 15.028.
Vale lembrar que o Brasil também está enfrentando um surto de varíola dos macacos. Apesar de ser uma situação mais difícil de ocorrer, o vírus causador da infecção também pode ser transmitido por gotículas respiratórias quando há contato prolongado. Por conta disso, investir nas máscaras em locais fechados ainda é uma boa opção.