Uso de energia para IA vai impulsionar aquecimento global e mudanças climáticas
A IA (inteligência artificial) está dominando a tecnologia – e isso pode trazer prejuízos ao clima, incluindo o aquecimento global. Desde 2019, as emissões totais de gases efeito estufa do Google, por exemplo, cresceram 48%, de acordo com o último relatório ambiental da empresa. Já na Microsoft, elas aumentaram cerca de 30% em seu ano fiscal de 2023, quando comparado com 2020, segundo o. Na prática, esses gases contribuem para aumentar a temperatura da atmosfera terrestre e dos oceanos.
O impacto vem, sobretudo, do uso de energia do data center e das emissões da cadeia de suprimentos. Isso porque os data centers, que treinam IA, utilizam muita energia. No ano passado, eles representam a maior fonte de emissões adicionais do Google. O consumo de eletricidade do data center da empresa sozinho cresceu 17% em 2023 – e a tendência é aumentar.Big techs alegam planos para proteger meio ambiente, mas a tendência é piorar
Agora, com cada vez mais criações envolvendo IA, como ChatGPT, Apple Intelligence, entre outros, as big techs desenvolvem novas ferramentas às custas do aquecimento global.
De acordo com o relatório do Google, “à medida que integramos ainda mais a IA em nossos produtos, reduzir as emissões pode ser desafiador devido às crescentes demandas de energia da maior intensidade da computação de IA e às emissões associadas aos aumentos esperados em nosso investimento em infraestrutura técnica”.Segundo a AIE (Agência Internacional de Energia), os data centers do mundo usam cerca de 1% da eletricidade do mundo. Mas com a expansão da IA, a estimativa é que eles possam consumir 10 vezes mais eletricidade em 2026 do que no ano passado.