Uma Microsoft: Steve Ballmer anuncia grande realinhamento nos bastidores da empresa
No livro , da 37signals, os autores dizem que empreendedores devem abraçar a ideia de “menos massa”. Que, no começo, “você é o menor, mais esguio e ágil que poderá ser. Daí para frente, você começará a acumular massa. E quanto maior é um objeto, mais energia é preciso para mudar sua direção.”
A Microsoft deve ter gasto umas duas vidas em energia para mudar a direção, mas fez: Ballmer anunciou, há pouco, uma nova Microsoft. Uma Microsoft.
- Julie Larson-Green, que até então respondia pelo Windows (ela substituiu Steven Sinofsky), agora é responsável pelo hardware da Microsoft e pelas áreas de entretenimento;
- Terry Myerson, antes à frente da divisão de Windows Phone, agora alcança todos os sistemas operacionais para clientes domésticos;
- Satya Nadella, que ter potencial para suceder Ballmer, está à frente de qualquer coisa que diga respeito a desenvolvimento na nuvem (Windows Azure) e servidores.
Esse realinhamento foi feito para viabilizar a nova postura da Microsoft. Não faz muito tempo que o foco mudou: agora é em dispositivos e serviços. E na Build, no final de junho, Ballmer disse que a Microsoft entrava em uma nova fase, com ciclos de produtos mais ágeis, coisa que já vemos com o Windows 8/8.1 e que deverá, se tudo correr bem, virar regra por lá.
No papel é tudo muito empolgante e o prognóstico é dos melhores: mais agilidade costuma se traduzir em desenvolvimento acelerado e respostas mais prontas a mudanças no cenário tecnológico — em vez de esperar um, dois anos para uma nova tecnologia ser implementada no Internet Explorer, por exemplo, ela pode ser liberada em uma atualização menor.