Um cachorro robô que lança foguetes; veja nova tecnologia militar russa
Um robô que imita o corpo de um cachorro vestido de ninja e armado com um lançador de foguetes RPG-26. Sim, é esta a notícia. E não, não é um filme, é só a mais nova tecnologia militar da Rússia, apresentada na feira industrial-militar Army-22.
Segundo , o “robodog” é capaz de apontar, tirar, transportar armas, reconhecer zonas de emergência, caminhar por escombros e entregar medicamentos.
O cachorro robô foi desenvolvido pela empresa de engenharia da Rússia, JSC Intellect Machine, mas conta com tecnologia de hardware chinês, como disse da agência.
O robô se parece com um cachorro porque usa princípios, estruturas e mecânicas que se assemelham muito à forma de movimento desses animais. Um vídeo lançado pela RIA Novosti mostra o robodog em apresentação na conferência.
Ele move suas quatro pernas de forma ágil e carrega consigo um míssil RPG-26, lançador descartável desenvolvido pela União Soviética.
Video of the M-81 robot-dog armed with an RPG-26 at the Army 2022 defense expo.
— Rob Lee (@RALee85)
Os desenvolvedores disseram que o custo para montar esses robôs é de 1 milhão de rublos (pouco mais de R$ 82 mil no câmbio atual). “A empresa planeja lançar a produção na Rússia”, disse a agência de Moscou.
Outro vídeo divulgado pela Machine Intellect em julho mostra como o robô se comporta ao ar livre. Ele aparece andando no que parece ser uma floresta sem dificuldade. Sua visão se baseia no calor, podendo facilmente reconhecer humanos em terrenos íngremes.
//www.youtube.com/watch?v=6dUXOEB3WVI
Não é novidade
Um cachorro robô como o da Rússia não é exatamente uma coisa nova. Os EUA também possuem equipamentos parecidos, em especial parecidos com cães. A Guarda Nacional Aérea de Portland possui seu próprio robodog desde janeiro, .
O objetivo: usá-lo para vigilância. A polícia da Flórida também possui seu “pet” militar, o robô SPOT, . Ele é usado para ajudar socorristas.
O uso da Rússia também não deve ser uma surpresa. Moscou é um investidor histórico em tecnologia militar, desde antes da União Soviética. Com a guerra na Ucrânia, desde fevereiro, e a tensão crescente com os EUA e União Europeia, o país deu –e deve continuar dando– prioridade ao setor.