Ultraprocessados: uma lista de alimentos que matam 57 mil brasileiros por ano
Evitar alimentos ultraprocessados é uma das orientações do , publicado de 2014. Apesar de ser uma classificação recente para alimentos, a categoria vem sendo bastante estudada na última década.
Agora, diversas pesquisas confirmam o porquê desta instrução. Um estudo recente identificou que são altos em gordura, açúcar e sódio, o que ficou evidente com a nova rotulagem de alimentos.
Além disso, pesquisas indicam que os ultraprocessados por ano no Brasil.
O que são os alimentos ultraprocessados
Até meados dos anos 2000, a classificação de alimento era feita com base nos macronutrientes dos quais ele era fonte – carboidrato, gordura e proteína, por exemplo. A partir de 2009, o entendimento sobre a questão começou a mudar.
A semente para esta mudança se deu após a publicação de um artigo do coordenador científico do Nupens (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde) na revista Public Health Nutrition.
Nele, o pesquisador sugeriu que aquela classificação era insuficiente e propôs que as categorias levassem em consideração a extensão e o motivo do processamento. Surgiu, então, a dos alimentos, que hoje é referência para diversos países, como Uruguai, Canadá, Peru e Equador.
De acordo com ela, os ultraprocessados são um grupo de alimentos – comidas e bebidas – que são feitos a partir de uma quantidade muito pequena de produtos in natura, como vegetais. A maior parte de sua composição é de aditivos.
São corantes, aromatizantes, espessantes e outros que têm como objetivo fazer um produto parecer como alimento natural, tendo muito pouco deste alimento em sua composição. Em geral, os ultraprocessados também contém diversos ingredientes que são usados exclusivamente na indústria alimentícia, ou seja, não são comuns aos preparos em casa.
As vantagens deste tipo de alimento é que são baratos e, por isso, altamente lucrativos, além de terem longa duração. No cotidiano, ganham o consumidor por sua conveniência, uma vez que estão prontos para comer, com pouca ou nenhuma necessidade de cozinhar.
Além disso, eles também tendem a ser super-palatáveis, o que significa que têm um sabor bastante intenso – muito doce, por exemplo. Isso porque, em geral, têm maior quantidade de açúcares e gorduras. Em compensação, são pobres em nutrientes como fibras, vitaminas e minerais.
O que evitar nos supermercados
Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, a lista de ultraprocessados inclui:
- Refrigerantes;
- Bebidas lácteas;
- Néctar de frutas;
- Sucos em pó;
- Misturas de bolos em pó;
- Misturas de sopa em pó;
- Salgadinhos de pacote;
- Barras de “cereal”;
- Biscoitos recheados;
- Nuggets de frango ou peixe;
- Salsichas;
- Macarrão instantâneo;
- Pizzas, tortas e pratos pré-preparados;
- Sorvetes,
O documento ainda alerta que pães não são produtos ultraprocessados, mas podem se tornar. Para isso, eles devem ter ingredientes que vão além da farinha de trigo, leveduras, água e sal.
Em geral, quando são ultraprocessados, os pães também possuem gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, soro de leite, emulsificantes e outros aditivos.
Identifique você mesmo um ultraprocessado
Ainda de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, há uma maneira bastante prática de identificar se um alimento é ultraprocessado ou não. Basta consultar a lista de ingredientes que, pela legislação do Brasil, deve constar no rótulo dos produtos.
Se a lista for grande, com mais de cinco ingredientes, já é possível desconfiar que aquele é um ultraprocessado. Além disso, observe também se há presença de itens com nomes que não são familiares e que não são usados nos preparos culinários em casa.
Essas são duas características determinantes para esta categoria de alimento. Se um produto se encaixar em ambas, evite e dê preferência a alimentos in natura.