No final do ano passado, a Ubisoft retirou “The Crew” de todas as plataformas digitais sem nenhum aviso prévio. Por isso, a comunidade de jogadores recebeu a ação com bastante surpresa e consternação. Posteriormente, a empresa veio a público e confirmou que o game não seria mais jogável a partir de 31 de março deste ano. Assim, gerou uma onda de descontentamento entre quem possuía o jogo salvo na biblioteca.
Na ocasião, a companhia veio a público e alegou razões técnicas para tomar a medida. “Entendemos que isso pode ser decepcionante para os jogadores que ainda estão curtindo o jogo, mas é necessário devido à infraestrutura de servidor e às restrições de licenciamento que estão por vir”, afirmou a francesa em nota.
Justiça entra em ação
Agora, dois jogadores da Califórnia, nos EUA, estão processando a Ubisoft em uma ação coletiva. A alegação é de que a empresa violou as diretrizes de proteção do consumidor ao induzir os compradores de “The Crew” acreditarem que estavam adquirindo um jogo, quando, na verdade, compraram apenas uma licença.
O atual processo ainda cita que a empresa tem um largo histórico de desligar servidores de jogos, incluindo franquias populares, como “Assassin’s Creed”. Os autores esperam que a Justiça aceite as alegações. A ideia é que ela condene a Ubisoft ao pagamento de uma compensação financeira para todos os impactados pela decisão da empresa.
“The Crew” é um jogo de corrida de mundo que fez bastante sucesso nos anos subsequentes. A recepção positiva da estreia rendeu uma sequência em 2018, “The Crew 2”. Ao todo, a franquia já registrou um número superior a 40 milhões de jogadores.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, sancionou uma lei que obriga distribuidores de conteúdos digitais, jogos, músicas ou filmes, por exemplo, a explicitar que os consumidores estão adquirindo apenas uma licença para. O Steam, plataforma de games da Valve, foi uma das primeiras plataformas a exibir oficialmente a notificação no momento de conclusão da compra para ser mais transparente com seus usuários.