Twitter lança Birdwatch, ferramenta para combater informações falsas
Com a ajuda de usuários da própria rede social, plataforma lança mais um esforço para conter o avanço de informações falsas.
O Twitter anunciou nesta segunda-feira (25) o lançamento oficial do , um programa projetado para combater a desinformação na plataforma ao permitir que um pequeno grupo de usuários sinalize conteúdos potencialmente enganosos.
O piloto, que até agora é composto por cerca de mil usuários residentes nos Estados Unidos, utiliza um formato no estilo da Wikipedia. Nesse caso, os membros podem adicionar anotações da comunidade aos tweets para fornecer um contexto significativo ou avaliar a precisão das afirmações. Por enquanto, essas notas só estão disponíveis para visualização em um site auxiliar — no endereço . O vice-presidente de produto do Twitter, Keith Coleman, que o objetivo final é “tornar as notas visíveis diretamente nos tweets para o público global quando houver consenso de um amplo e diversificado conjunto de colaboradores”.
“Acreditamos que essa abordagem tem o potencial de responder rapidamente quando informações enganosas se espalham, adicionando um contexto no qual as pessoas confiam e consideram valioso”, acrescentou Coleman.
A revelação da nova abordagem voltada para a comunidade vem depois da tensão da última eleição presidencial nos EUA, que viu níveis sem precedentes de desinformação política no Twitter — muitas vezes promovida pelo ex-presidente Donald Trump, que foi banido de forma permanente da plataforma, gerando uma discussão sobre o poder das empresas de mídia social de censurar vozes proeminentes.
Ao implementar o Birdwatch, os funcionários do Twitter tiveram o cuidado de realizar 100 entrevistas em todo o espectro político sobre a eficácia do programa. A maioria desses usuários observou que as anotações fornecem um contexto útil para a compreensão das alegações apresentadas.“Sabemos que há uma série de desafios para a construção de um sistema conduzido pela comunidade — desde torná-lo resistente a tentativas de manipulação até garantir que não seja dominado por uma maioria simples ou tendencioso com base na distribuição de colaboradores. Estaremos focados nessas coisas ao longo do projeto piloto”, escreveu Coleman.