A Estação Espacial Internacional (ou ISS, sigla em inglês pela qual ela é conhecida) tem apresentado um vazamento de ar maior do que o normal. Por isso, ela precisará passar por uma investigação, e isso fará com que a tripulação de três pessoas fique confinada a um único módulo pelos próximos dias.
A NASA e seus parceiros internacionais notaram o vazamento de ar pela primeira vez em setembro de 2019. A ISS naturalmente perde um pouco de ar com o tempo, mas a taxa atual de vazamento está um pouco acima do normal há quase um ano. Nada alarmante, mas claramente algo que os controladores de missão gostariam de consertar.
Os controladores da missão não foram capazes de caracterizar adequadamente o vazamento devido às operações de rotina da estação, como caminhadas espaciais e recebimento e envio de espaçonaves, como a NASA em seu blog da ISS. O vazamento de ar “ainda está dentro das especificações do segmento e não apresenta perigo imediato para a tripulação ou para a estação espacial”, de acordo com a NASA. As equipes estão desenvolvendo um plano para “isolar, identificar e potencialmente reparar a fonte [do vazamento]”, disse a agência.
Para auxiliar no processo, o astronauta Chris Cassidy da NASA e os cosmonautas Ivan Vagner e Anatoly Ivanishin da Roscosmos passarão o fim de semana confinados no módulo de serviço Zvezda. A tripulação da Expedição 63 ficará dentro do segmento russo até segunda-feira, 24 de agosto.
Todas as escotilhas da ISS serão fechadas enquanto a tripulação espera no módulo de serviço. Isso permitirá que os controladores de missão monitorem a pressão do ar em cada módulo e identifiquem qual seção da estação está perdendo mais ar do que o normal. Isso não vai apontar o local exato responsável pelo vazamento, mas vai estreitar as possibilidades.
A NASA disse que o teste não representa nenhum risco para a tripulação, e os resultados são esperados até o final da próxima semana. Há um amplo espaço dentro do Zvezda para a tripulação. Após a volta para a Terra dos astronautas da NASA Robert Behnken e Douglas Hurley, restaram apenas os três atuais tripulantes.
Em 2018, houve um incidente mais sério envolvendo um vazamento de oxigênio na ISS, quando uma pequena rachadura foi detectada no casco de uma espaçonave Soyuz MS-09. A equipe teve que se mexer, cobrindo o buraco com uma tira de fita adesiva provisoriamente, seguido por uma aplicação de selante. A minúscula fratura foi inicialmente atribuída a um micrometeorito, mas a Roscosmos posteriormente disse que o problema foi causado um acabamento de baixa qualidade (e possivelmente sabotagem) durante a construção da espaçonave Soyuz.