Ciência
Tomar vacina em braço diferente aumenta imunidade? O que diz a ciência
Novo estudo de universidade dos EUA analisou o grau de imunidade ao tomar vacinas que tem várias doses em braços diferentes
Imagem: Unsplash/Reprodução
Desde a pandemia, um dúvida recorrente envolvendo a imunização é a escolha de qual braço receberá cada dose de vacinas. Alternar doses em braços diferentes, ou manter o esquema completo no mesmo braço, impactaria a resposta imunológica?
Uma pesquisa da Universidade de Oregon, nos EUA, publicada no , em 16 de janeiro, afirma que alternar o braço da vacina pode aumentar a imunidade. De acordo com o estudo, pessoas que tomaram a vacina da Covid-19 em braços diferentes apresentaram uma resposta imunológica um pouco melhor.A pequena melhoria na imunidade pode ser benéfica principalmente aos indivíduos que, devido à idade ou problemas de saúde, apresentam resposta mais fracas às vacinas.
A pesquisa trata especificamente da vacina da Covid-19, ressaltando que a melhoria na imunidade pode ser bem pequena devido às várias doses da vacina. Mesmo assim, o potencial impacto da estratégia de trocar o braço pode ser útil para todas as vacinas com mais de uma dose, incluindo as que são administradas durante a infância.
Alternar ou não, eis a questão
Os pesquisadores avaliaram a resposta imunológica das primeiras doses vacinas da Covid-19 em adultos que não tinham os anticorpos do vírus. A pesquisa comparou adultos que receberam as doses de reforço da vacina em um mesmo braço com adultos que receberam em braços diferentes.Dentre os 947 participantes da pesquisa, os níveis de anticorpos foram maiores em quem recebeu as doses de reforço da vacina em um braço diferente.
Além disso, a pesquisa analisou os anticorpos durante diferentes períodos pós-vacinação, focando nas respostas à cepa inicial do vírus, bem como à variante Omicron. O estudo afirma que a diferença nos níveis de anticorpos chegou ao auge no período de 14 meses após a vacina.
Contudo, vale ressaltar que estudos anteriores apresentaram resultados variados, sem demonstrar, portanto, uma clara vantagem nos níveis de resposta imune nessa prática de alternar os braços.