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TikTok caça 1.700 perfis russos que faziam campanha contra Ucrânia

Grupo atuou para espalhar mensagens pró-Rússia após a invasão da Ucrânia. Rede de desinformação mirava usuários do TikTok na Europa

TikTok caça 1.700 perfis russos que faziam campanha contra Ucrânia

Imagem: Pixabay/Reprodução

O TikTok revelou que identificou uma rede que usava 1.700 contas falsas no seu aplicativo para espalhar desinformação sobre a Guerra na Ucrânia. O grupo operava secretamente a partir da Rússia e enviava mensagens anti-Ucrânia para cerca de 100 mil usuários europeus.

Por enquanto, não está claro se a rede tinha alguma ligação com o governo russo. Porém, as contas visavam pessoas que viviam principalmente na Alemanha, Itália e Reino Unido, com a distribuição de conteúdos nos idiomas locais.

A empresa afirma que a rede atuou entre os meses de julho e setembro de 2022, com as contas chegando a atrair mais de 133 mil seguidores.

Para conseguir tal feito, o grupo deve ter usado redes privadas para mascarar a origem real de fotos, memes e vídeos publicados no TikTok. Além disso, eles podem ter comprado endereços IP para parecer que estavam criando contas de diferentes endereços.

Segundo o TikTok, as contas falsas espalharam reivindicações pró-Rússia, usando inclusive sistemas de síntese de fala por meio de inteligência artificial.

A luta do TikTok contra a desinformação

Assim como outras plataformas, o TikTok também tem lutado contra o compartilhamento de notícias falsas, teorias de conspiração e outras campanhas de desinformação. O anúncio da descoberta da rede russa foi feita de forma voluntária, para o Código de Prática de Desinformação da União Europeia – um compromisso voluntário de várias empresas de tecnologia para combater a desinformação online.

O TitkTok afirma que não permite atividades que prejudiquem a integridade da plataforma ou autenticidade de seus usuários. “O fato de essas redes e contas relacionadas terem sido rapidamente identificadas e removidas é uma prova dos recursos consideráveis ​​que investimos para proteger nossa comunidade de ser enganada”, disse um porta-voz da empresa.

Segundo apontou a , redes coordenadas de desinformação da Rússia, China e Irã já foram usadas antes para influenciar a opinião pública em lugares como Estados Unidos, América Latina e no Norte da África. Geralmente, eles usam grandes redes sociais, como Twitter ou Facebook, para disseminar desinformação e fake news, principalmente em períodos eleitorais.

Somente no ano passado, entre os meses de junho e dezembro, o TikTok afirma que retirou do ar 36,5 mil vídeos que violaram a sua política de desinformação. Além disso, foram removidas cerca de , que juntas somavam mais de 18 milhões de seguidores.

A empresa também ressalta que notou um aumento acentuado na tentativa de postar anúncios relacionados a conteúdo político, após o início do conflito na Ucrânia. Porém, o TikTok não permite esse tipo de publicidade em sua plataforma.

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