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“Thor: Amor e Trovão”: grupo cristão pede boicote do filme por conteúdo LGBTQIA+

O grupo que pede o boicote ao filme "Thor 4" é o mesmo que já organizou perseguições a sucessos como “Toy Story 4” e “A Bela e a Fera”. Veja detalhes da petição

Thor: Amor e Trovão

Imagem: Divulgação/Reprodução Marvel

O grupo norte-americano cristão “One Million Moms” está lançando uma campanha de boicote ao filme “Thor: Amor e Trovão”. A alegação é de que a produção da Marvel Studios tem um “conteúdo LGBTQIA+ explícito”, segundo informações divulgadas pelo site

Uma foi lançada recentemente com a seguinte mensagem do grupo: “o One Million Moms precisa de sua ajuda para garantir que o maior número possível de pessoas esteja ciente de que a Marvel Studios está promovendo a agenda LGBTQ às famílias em seu mais novo filme de super-heróis. Avaliado como PG-13, ‘Thor: Amor e Trovão’ inclui muitas insinuações LGBTQ e uma abundância de eufemismos, mas algumas cenas não são minimizadas”. 

O texto da “One Million Moms” também cita várias cenas para justificar a petição, incluindo os personagens Korg (Taika Waititi) e Rei Valquíria (Tessa Thompson). Eles listam diversas imagens exibidas no filme, que a organização considera uma afronta à moral e aos bons costumes. 

“O personagem alienígena chamado Korg menciona ter dois pais e faz sexo com outro membro de sua espécie”, menciona a insituição. Para quem não sabe, Korg explica no filme que é assim que sua espécie se reproduz, dando as mãos diante de um poço de lava.

O pedido de boicote também menciona que: “a deusa bissexual, Rei Valquíria, beija a mão de outra mulher para mostrar interesse”. Além disso, eles citam o momento que “uma criança asgardiana insiste em usar um nome neutro em termos de gênero”, e por último, afirma que “a tensão romântica gay entre Thor (Chris Hemsworth) e Star-Lord (Chris Pratt) é aparente, mas interpretada como uma piada”. 

Vale lembrar que não é a primeira vez que o “One Million Moms”, braço da Associação da Família Americana (AFA), um grupo cristão conservador que faz campanha contra os direitos LGBTQIA+, a pornografia e o abordo, faz esse tipo de protesto contra a mídia.

Anteriormente, a OMM já havia promovido boicotes a “Toy Story 4” e ao live-action “A Bela e a Fera”, pelo mesmo motivo que estão protestando contra “Thor 4”. 

Além disso, recentemente, “Thor: Amor e Trovão” teve a estreia banida da China pelas cenas LGBTQIA+, se tornando o sexto filme dos estúdios a ser banido pelo preconceito de gênero.

O mesmo aconteceu com “Lightyear” (2022), “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” (2022), “Amor, Sublime amor” (2021) e “Eternos” (2021). 

Ambos os longas fazem parte de uma lista crescente de grandes títulos da Disney a serem bloqueados, e que muitas vezes entram em conflito devido à homossexualidade ser oficialmente ilegal em grande parte do Oriente Médio e Ásia.

Tessa Thompson, que interpreta Valquíria em “Thor 4”, disse anteriormente ao que a representatividade da bissexualidade da personagem foi um “grande tópico de conversa” com o roteirista/diretor Taika Waititi. 

 “Eu me sinto muito satisfeita onde chegamos. Espero que ela seja uma personagem com a qual os fãs continuem se conectando, que tenhamos muito tempo para explorá-la, em toda a sua humanidade. Vejo que, com razão, há esse desejo real do público de ver os personagens serem claramente queer ou LGBTQIA+ dentro desses espaços. E eu acho que é extremamente importante ter representatividade. E também como humanos, acho que não somos definidos por nossa sexualidade e por quem amamos”, completou a atriz. 

Thor: Amor e Trovão” já está em cartaz nos cinemas brasileiros. Relembre o trailer da trama: 

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