A Justiça da Noruega condenou a Tesla em US$ 480 mil, o equivalente a R$ 2,5 milhões na conversão atual, por limitar a velocidade de carregamento e capacidade de bateria nos carros elétricos da marca. O valor será dividido entre 30 motoristas que moveram uma ação contra a companhia, e cada um deles vai receber 136 mil coroas norueguesas (R$ 87 mil).
De acordo com o jornal norueguês (via ), foi descoberto que uma atualização de software liberada em 2019 afetou a vida útil da bateria e as velocidades de carregamento de alguns Tesla Model S fabricados entre 2013 e 2015 — todos estes já descontinuados da linha de produção. Dezenas de noruegueses donos do modelo procuraram o conselho de conciliação do país em dezembro do ano passado para relatar o problema.
A Tesla não se manifestou sobre o caso, que então foi favorável aos demandantes da ação no último dia 29 de abril. Segundo a decisão do tribunal norueguês, a companhia de Elon Musk tem até o dia 30 de maio para pagar a multa de quase meio milhão de dólares. Se a empresa não ressarcir os clientes, ela pode entrar com um recurso no conselho de Oslo e levar o caso para uma segunda instância.
Em nota enviada ao site , a Tesla declarou que a atualização liberada em 2019 tinha com objetivo “proteger a bateria e melhorar a longevidade” do veículo. No entanto, reconheceu que o update causou uma perda de alcance para “uma pequena porcentagem dos proprietários”. Estima-se que mais de 10 mil consumidores possam ter seus automóveis da Tesla afetados pela atualização.
Os mesmos problemas, também nos EUA
Além da Noruega, clientes nos Estados Unidos entraram com uma ação coletiva contra a Tesla alegando que veículos antigos estão com dificuldades para carregar mais rapidamente. A ação, que foi movida no tribunal federal do Norte da Califórnia, alega fraude contra a montadora. Segundo a , a limitação de bateria pode ter atingido milhares de carros das linhas Model S e X — não só nos EUA, mas em outros países em que a Tesla está presente.
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