Os carros elétricos da Tesla possuem um piloto automático que pode tomar o comando do volante e dirigir pelo usuário. Eles também enviam dados sobre seus hábitos de condução em tempo real para servidores da empresa. Por isso, se você acusar o Autopilot de causar um acidente, é melhor não mentir.
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Um rapaz da Califórnia diz que o Model X dele ativou o Autopilot sozinho, acelerou e bateu em um edifício. Segundo a Tesla, eis o que realmente aconteceu: o piloto automático não foi ativado nem antes, nem durante o incidente; e o motorista pisou no acelerador pouco antes do impacto.
Puzant Ozbag :
Enquanto entrava em uma tenda de estacionamento, nosso Tesla X – que chegou há cinco dias – súbita e inesperadamente acelerou em alta velocidade por conta própria, subindo por 12 m de plantas e batendo em um prédio.
A Tesla, no entanto, diz que o carro ; parece que o motorista confundiu o freio com o acelerador:
Nós analisamos os registros do veículo, que confirmam que este Model X estava operando corretamente sob controle manual e nunca esteve em Autopilot ou cruise control no momento do incidente nem nos minutos anteriores. Os dados mostram que o veículo estava andando a 10 km/h quando o pedal do acelerador foi bruscamente aumentado para 100%.
Todo carro da Tesla possui um modem e um chip embutido da operadora AT&T para enviar registros do veículo – se você pisou no freio ou acelerador, se abriu ou fechou a porta, se ativou ou não o Autopilot, entre outros.
Tudo isso está . É possível interromper a coleta de dados entrando em contato com a empresa, mas ela avisa que “isso pode desativar muitos recursos de seu veículo, incluindo atualizações periódicas de software e firmware, serviços remotos e interatividade com apps de smartphone”.
Não é a primeira vez que o Autopilot é acusado de causar acidentes. Em abril, Arianna Simpson estava dirigindo em uma estrada com o piloto automático, diz que o carro à frente parou e o Model S dela não freou. “Quando ficou evidente que meu carro não estava freando nem um pouco, eu pisei no freio, mas provavelmente ainda estava indo a 65 km/h quando bati no outro carro”, .
A Tesla, por sua vez, diz que os registros do veículo mostram que Simpson pisou no freio, o que desativa o Autopilot imediatamente e o retorna ao modo manual – uma prática amplamente adotada na indústria de automóveis – portanto não daria para culpar o piloto automático. Isso também desativa o sistema de frenagem automática de emergência.
Também em abril, Jared Overton estacionou o Model S dele atrás de um trailer grande e, cinco minutos depois, , e o para-brisas e vidro esmagados.
Segundo a Tesla, os registros do veículo mostram que Jared – que estaciona o carro de forma automática – pressionando duas vezes um botão no carro. “O motorista foi alertado sobre a ativação do Summon com um sinal sonoro audível e uma mensagem pop-up na touchscreen central”, diz a empresa.
Ele podia pressionar um botão “Cancelar” nessa touchscreen, o que não aconteceu. Três segundos depois, ele saiu do carro; e seis segundos depois, o Summon começou a mover o carro. Jared diz que ficou ao lado do carro por cerca de um minuto.
Claro, o Autopilot está longe de ser infalível – daí a importância da intervenção humana. Em maio, um Model S . O motorista do vídeo diz na descrição: “sim, eu poderia ter agido antes, mas quando o carro desacelera corretamente 1.000 vezes, você confia que ele fará o mesmo da próxima vez. Eu errei.”
Segundo Elon Musk, dono da Tesla, que “a probabilidade de ter um acidente é 50% menor se você tiver o Autopilot ligado”. Ou seja, o número médio de quilômetros para acontecer um acidente – definido pela ativação do airbag – é o dobro se comparado aos motoristas do Model S e Model X sem o Autopilot ativado.
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Fotos por /Imgur e