Ciência

Temperatura dos oceanos quebraram recorde todos os dias em um ano

Análise da BBC mostra que temperatura dos oceanos superou todas as máximas registradas na história - e isso aconteceu todos os dias
Imagem: Gatis Marcinkevics/ Unsplash/ Reprodução

Os anos de 2023 e 2024 estão trazendo recordes para o planeta – e não em um bom sentido. Segundo análise da BBC, os oceanos do mundo superaram os recordes de temperatura média todos os dias durante os últimos 12 meses.

No total, quando comparados com a mesma época em anos anteriores, 50 dias desse período de análise tiveram as temperaturas mais altas já registradas na história. Além disso, em abril, o Copernicus anunciou também que os últimos 11 meses bateram recordes de temperatura do ar

As marcas são resultado da combinação dos efeitos do El Niño, fenômeno que causa o aquecimento das águas do Oceano Pacífico, com as mudanças climáticas causadas pela emissão de gases de efeito estufa.

Veja a sequência de recordes

Em geral, os oceanos absorvem cerca de 90% do excesso de calor na Terra. Contudo, a análise da BBC mostra que eles tiveram dificuldades de controlar esse processo durante o último ano, o que fez sua temperatura subir.

A tendência de aumento teve início em março de 2023 e se consolidou a partir de 4 de maio daquele ano. 

Embora todos os dias superem os recordes anteriores de temperatura dos oceanos, há períodos em que há uma grande diferença entre um registro de máxima e o novo recorde, como mostra o gráfico abaixo.

Temperatura dos oceanos quebraram recorde todos os dias em um ano(Imagem: ERA5, C3S/ BBC/ Reprodução)

Assim, a superfície do mar atingiu uma nova média máxima de temperatura diária: 21,09º C, valores alcançados em fevereiro e março de 2024. De acordo com a análise da BBC, a partir dos dados do Copernicus, os dias com maiores recordes foram:

  • 23 de agosto de 2023;
  • 3 de janeiro de 2024; e
  • 5 de janeiro de 2024.

Neste último pico, a diferença de temperatura para o último recorde foi de cerca de 0,34ºC.

O papel do El Niño

O El Niño causa o aquecimento da superfície do Oceano Pacífico, o que reflete na média de temperatura global. Desde junho de 2023, quando teve início, até seu pico, no último mês de dezembro, o fenômeno exerceu influência sobre esses registros.

Embora exerça um papel importante neste cenário de recordes de temperatura dos oceanos, há outras áreas que experimentaram ondas de calor marinhas acima da média e que não recebem influência do fenômeno. 

Isso mostra que o aumento de temperatura do mar é uma tendência que acompanha o aquecimento da atmosfera terrestre.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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