Telescópio James Webb entra na órbita do Sol na segunda-feira (24)

O telescópio está próximo do ponto Lagrange 2, a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra, onde deve iniciar seus trabalhos. A ideia é que, no futuro próximo, ele forneça imagens precisas do espaço profundo
Recordes e fotos marcantes obtidas pelo James Webb
Imagem: Adriana Manrique Gutierrez/NASA/Reprodução

O telescópio James Webb está, finalmente, chegando ao seu destino. De acordo com a , seus propulsores devem ser acionados na tarde da próxima segunda-feira (24), quando o gigante será colocado em órbita ao redor do Sol. 

O James Webb, lançado em 25 de dezembro de 2021, deve ficar no ponto conhecido como Lagrange 2 ou L2, a cerca de 1,5 milhão de quilômetros da Terra. Nesta altura, as forças gravitacionais da Terra e do Sol se anulam, fazendo com que o objeto permaneça ali sem muito esforço e acompanhe o planeta durante sua caminhada pelo sistema solar. 

Mesmo assim, ele ainda não deve começar a operar. Antes disso, o telescópio irá executar procedimentos de testes e de calibração de instrumentos. O trabalho está previsto apenas para junho de 2022, data que deve marcar também a entrega das primeiras imagens obtidas por ele. 

Objetivo da missão

Mas, afinal, o que a NASA espera alcançar com o James Webb? Para tocar neste assunto, vale falar sobre o telescópio espacial Hubble, lançado em 1990.

Ambos foram criados para ver o espaço profundo — ou seja, objetos astronômicos muitos distantes da Terra. Mas enquanto o ancião registra luz ultravioleta e elementos visuais do espectro eletromagnético, o novato poderá enxergar o cosmos no espectro infravermelho. 

Vamos facilitar: pense nas imagens de nebulosas feitas pelo Hubble. O James Webb poderá captar além das nuvens de gás e poeira, mostrando onde as estrelas estão nascendo. Logo, ele complementará informações já existentes. 

Fora isso, o Hubble é capaz de olhar para 400 milhões de anos após o Big Bang, enquanto o James Webb se voltará mais para o passado, enxergando 100 milhões de anos depois do fenômeno. Os cientistas estarão mirando em conhecer melhor nada mais nada menos do que a origem do Universo.

Além de se concentrar na formação das primeiras estrelas e objetos celestes, os pesquisadores também pretendem utilizar o telescópio para estudar buracos negros supermassivos que parecem ocupar o centro de galáxias distantes. Mal podemos esperar pra que as primeiras imagens cheguem.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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