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Telescópio flagra galáxias dançantes criando “monstro” há 12 bilhões de anos

O período conhecido como amanhecer cósmico corresponde aos primeiros bilhões de anos do universo

Galáxias dançantes criam "monstro" há 12 bilhões de anos

Astrônomos identificaram a fusão de duas galáxias há 12,8 bilhões de anos, captando o processo de formação de uma “galáxia monstro”, um dos objetos mais brilhantes do amanhecer cósmico.

Segundo os astrônomos, o fenômeno foi flagrado em junho deste ano, através do telescópio do Observatório Subaru, no Havaí. O telescópio conseguiu captar dois quasares, os núcleos ativos e extremamente brilhante das duas galáxias dançantes. Esse brilho dos quasares é alimentado por buracos negros supermassivos no interior das galáxias.

O telescópio captou a fusão de duas galáxias em um período conhecido como amanhecer cósmico, que corresponde aos primeiros bilhões de anos do Universo. A fusão ocorreu apenas 900 milhões de anos após o Big Bang.

A descoberta da galáxia “monstro”

Após observarem as galáxias dançantes, astrônomos da Universidade de Ehime, no Japão, utilizaram o telescópio ALMA, no Chile, e descobriram que esse é o par de quasares mais antigo já observado.

Em um estudo no último dia 29, os astrônomos revelaram que essa fusão de galáxias ocorre próximo à constelação de Virgem. De acordo com o estudo, os quasares ainda estão nos primeiros estágios de evolução.

“Quando observamos a interação entre essas duas galáxias, foi como assistir a uma dança, com os buracos negros começando a crescer no centro delas. Foi algo realmente belo”, disse o professor Takuma Izumi, que liderou

Observação das galáxias dançantes pelo telescópio ALMA mostra a distância entre os quasares. Imagem: Takuma Izumi/ALMA/Divulgação

Aliás, as observações do ALMA mapearam as galáxias que deram origem aos quasares, mostrando que elas se ligam por uma “ponte de gás e poeira”. Isso reforça, portanto, que as duas galáxias estão em fusão.

Através do telescópio ALMA, que mediu a quantidade de gás das galáxias, os pesquisadores sugerem que existe a possibilidade de maior atividade de quasares no futuro. Além disso, a fusão das galáxias também vai causar uma formação mais rápida de estrelas.

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