Com o lançamento dos novos Galaxy Z Flip 4 e Galaxy Z Fold 4, a Samsung demonstra que os dobráveis vieram para ficar. Contudo, apesar de os primeiros aparelhos do tipo terem sido lançados em 2019, até hoje tem gente que duvida da durabilidade desses dispositivos.
Algumas notícias, claro, não ajudam a reduzir essa desconfiança. É o caso de um usuário do Reddit que afirma que o seu Galaxy Z Fold 4 quebrou cinco horas depois de receber o produto. Segundo o usuário u/Merzo1290, na primeira dobrada, o celular emitiu um som de estalo e gerou uma rachadura no meio da dobradiça.
Foto do Galaxy Z Fold 4, da Samsung, com a tela rachada e compartilhada no Reddit
Vale lembrar que a Samsung promete que esses aparelhos podem ser dobrados mais de 200 mil vezes. No caso da quebra do Fold 4 do azarado usuário do Reddit, o problema parece estar relacionado a um defeito de fabricação no UTG, o vidro ultrafino usado em sua construção.
Acidentes do tipo vem ocorrendo desde os primeiros aparelhos da linha. Porém, segundo apontou o site Digital Trends, dados não oficiais indicam que. Mesmo assim, o medo de quebrar o aparelho ainda é algo comum a todos os proprietários desses dispositivos.
Como a Samsung vem melhorando seus modelos de telefone dobrável
Atualmente, a Samsung é líder nesse mercado, mas outras marcas como Huawei, Motorola, Oppo, Xiaomi e Honor já lançaram pelo menos um modelo dobrável.
A criação desses celulares gerou uma série de desafios tecnológicos para os engenheiros dessas fabricantes. De forma geral, quanto maior o número de partes móveis de um dispositivo, maior será o número de pontos de potenciais falhas.
Muito além da tela flexível, também é preciso garantir que a carcaça do celular seja vedada para evitar a entrada de poeira ou água – o que poderia gerar danos irreparáveis e instantâneos.
Nos telefones dobráveis da Samsung, existem dezenas de peças interligadas funcionando em conjunto para garantir o sistema flip. Essas peças ajudam a compensar a força aplicada ao telefone quando ele é aberto e fechado, ao mesmo tempo que protege os componentes internos das duas metades do aparelho.
Para os novos modelos, a Samsung abandonou o antigo sistema de engrenagens que ficava dentro de cada dobra do aparelho. No lugar, passou a utilizar um novo mecanismo mais fino e mais leve, que se baseia no movimento linear – podendo resistir a mais de 200 mil dobras ao longo de sua vida útil.
A sul-coreana também incluiu peças de silicone na montagem, para evitar que a poeira entre no mecanismo. Isso permitiu lançar aparelhos com certificação IPX8 – por enquanto, os únicos da categoria com essa resistência à água.
Segundo o Techcrunch, além das dobradiças menores e mais resistentes, a Samsung também fez outras melhorias pensando na resistência do aparelho. Nos dobráveis de quarta geração, a marca substitui a camada de metal que suportava o leitor de digitais na tela por um .
Além disso, os aparelhos contam com um vidro ultrafino de segunda geração, que é 20% mais resistente a arranhões. Os aparelhos também utilizam um material a base de esponja, para resistir a choques.
Toda essa tecnologia, claro, tem um preço. No Brasil, os novos aparelhos da Samsung têm valores entre R$ 6.999 e R$ 13.799 – sendo assim uma grande barreira para a maioria dos usuários. A dúvida é se esses aparelhos vão, de fato, cair no gosto popular, quando esses preços começarem a cair.