Tartaruga gigante que achavam estar extinta é redescoberta nas Ilhas Galápagos depois de 113 anos

Uma tartaruga gigante da Fernandina, listada como "gravemente ameaçada de extinção e possivelmente extinta", foi avistada pela primeira vez desde 1906
Uma espécie de tartaruga gigante não vista desde 1906 foi redescoberta em uma parte remota das Ilhas Galápagos, estimulando esforços para conservar o animal gravemente em risco de extinção.

Ela é extremamente velha e está um pouco abaixo do peso, mas está bem viva.

A espécie à qual ela pertence, a tartaruga gigante da Fernandina (Chelonoidis phantasticus), foi listada pela União Internacional para a Conservação da Natureza como ““, mas agora sabemos que apenas uma dessas duas afirmações está correta.

Uma fêmea adulta estimada em mais de 100 anos foi avistada no último domingo, 17 de fevereiro, em Fernandina, a terceira maior das Ilhas Galápagos, segundo a . O Parque Nacional Galápagos e a Galapagos Conservancy participaram da expedição para realocar a tartaruga, assim como o Animal Planet, que financiou a busca. Forrest Galante, biólogo e apresentador do programa Extinct or Alive, do Animal Planet, participou da expedição conjunta e foi auxiliado por dois cientistas, entre eles um guarda de caça do Parque Nacional de Galápagos.

(“Uma tartaruga da Fernandina, supostamente extinta desde 1906, foi ENCONTRADA! Ela foi descoberta numa expedição para o #ExtinctorAlive, do @ForrestGalante. Essa tartaruga estava escondida na vegetação de um vulcão nas Galápagos e foi identificada pelo visual de sua concha e seu rosto.”)

Uma tartaruga gigante da Fernandina não era vista desde que um macho morto foi encontrado em 1906, levando a receios de que a espécie tivesse sido extinta. A Ilha Fernandina apresenta um vulcão ativo chamado La Cumbre, e conservacionistas temiam que a espécie tivesse desaparecido completamente devido aos frequentes fluxos de lava que cobrem a maior parte da ilha. “A razão pela qual não houve avistamentos é que Fernandina é um ambiente extremamente escasso, remoto e áspero, mais ou menos inacessível para a maioria das pessoas”, disse Galante ao Gizmodo. “Além disso, ninguém dos parques nacionais de Galápagos acreditava realmente na sua existência, por isso, não foram apresentados recursos para procurar o animal. Felizmente, eu e os dois cientistas com quem fui ainda tínhamos esperança, e isso levou à descoberta de um super pequeno pedaço isolado de habitat adequado e, por fim, do animal”. Galante e sua equipe haviam passado dois dias examinando a ilha, e o grupo atravessou um trecho de 4,8 quilômetros de um fluxo de lava solidificado para alcançar uma área previamente identificada como um habitat adequado para a tartaruga.

“A tartaruga foi encontrada se protegendo do sol equatorial, enterrada profundamente sob uma pilha de arbustos”, de acordo com uma declaração enviada pelo Animal Planet ao Gizmodo. “Seguiu-se uma grande celebração, pois todas as partes envolvidas conseguiram identificar positivamente o animal em questão como uma fêmea mais velha da espécie Chelonoidis phantasticus, com base na morfologia da carapaça e nas características faciais.”

A tartaruga recentemente descoberta no Parque Nacional Galápagos, na Ilha de Santa Cruz. Foto: Parque Nacional Galápagos/AP

Descrita como estando em “boa saúde” mas “abaixo do peso”, a tartaruga estava vivendo em uma área vulcânica com vegetação esparsa. Ela tem cerca de metade a dois terços do tamanho do macho morto encontrado em 1906, de acordo com Anders Rhodin, da Turtle Conservancy e parte de um grupo de especialistas da União Internacional para a Conservação da Natureza, que foi citado no comunicado do Animal Planet. A tartaruga foi realocada para o Centro de Criação de Tartarugas Fausto Llerena, um parque nacional na Ilha de Santa Cruz. Ela agora vive em um recinto especialmente projetado para ela. Os conservacionistas da tartaruga gostariam muito de encontrar um companheiro adequado para propagar a espécie em grave risco de extinção e estão esperançosos, dada a descoberta de esterco de tartaruga e marcas de caminhada na Ilha de Fernandina.

“O centro em que ela está é uma excelente instalação com um grande histórico”, disse Galante ao Gizmodo. “Agora que encontramos a Chelonoidis phantasticus, e considerando que os sinais de um segundo animal na ilha são substanciais, uma viagem de volta, devidamente financiada e com um grande número de cientistas, pode ser feita para localizar um macho.”

Para isso, a Turtle Conservancy e a Global Wildlife Conservation estão prometendo uma para financiar outros esforços de preservação. [Associated Press via ]

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