??????? ????????? / Vida digital para pessoas Wed, 02 Oct 2024 18:02:56 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ????? ??? ??? ??? | ??? ??- ??? ??? ??? / 32 32 ?????? ?????, ????????????? //emiaow553.com/cientistas-correm-para-testar-vacina-contra-virus-mortal-similar-ao-ebola/ Wed, 02 Oct 2024 20:06:38 +0000 //emiaow553.com/?p=599539 No dia 30 de setembro, Ruanda registrou 27 casos e 9 mortes pelo Vírus de Marburg, um primo mortal do ebola.

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Um surto recente de um vírus considerado mortal (um primo do ebola) surgiu em Ruanda e está fazendo cientistas correrem contra o tempo para desenvolver uma vacina.

De acordo com a revista científica Nature, na última segunda-feira (30), o país africano registrou 27 casos e 9 mortes pelo Vírus de Marbur. Assim como o ebola, o vírus causa febre hemorrágica e é mortal. A maioria dos casos ocorreu em trabalhadores do sistema de saúde de Kigali, capital de Ruanda.

Além da letalidade, o que preocupa os cientistas é a falta de tratamentos e vacinas para conter o surto do vírus.

Na segunda-feira (30), a OMS (Organização Mundial da Saúde) realizou uma teleconferência com cientistas de Ruanda para iniciar testes e tratamentos de vacinas contra o vírus moral.

O MARVAC, consórcio de vacinas contra o Vírus de Marburg, também participou da reunião.

Vacinação em anel para vírus mortal funcionou contra ebola

De acordo com Ira Longini, bioestatístico da Universidade da Flórida e membro do MARVAC, o plano é tentar uma estratégia de vacinação contra o novo vírus, caso o surto em Ruanda continue.

A estratégia, chamada vacinação em anel, consiste em rastrear e imunizar todas as pessoas que tiveram contato com o indivíduo infectado pelo vírus.

A técnica foi implementada de maneira experimental durante o surto de ebola na África Ocidental, que ocorreu entre 2014 e 2016.

Anteriormente, a OMS aprovou planos para desenvolver uma vacina contra esse novo vírus mortal, bem como tratamentos antivirais, semelhantes aos de combate ao ebola.

Agora, a OMS e os cientistas correm para aprovar os testes de vacina em Ruanda para conter o contágio do vírus. Felizmente, várias vacinas contra o Vírus de Marburg já estão em diferentes fases desenvolvimento.

Uma delas, do Sabin Vaccine Institute, dos EUA, foi considerada segura e gerou resposta imunológica contra o vírus, segundo um estudo publicado em 2023.

Desse modo, os cientistas planejam realizar testes maiores na Uganda e no Quênia.

Mas e como fica a situação em Ruanda?

De acordo com um porta-voz do Sabin Institute, a organização está trabalhando com o governo de Ruanda, mas não informou a quantidade de doses disponíveis da vacina contra o vírus mortal.

Além do Sabin Institute, a Universidade de Oxford desenvolve uma vacina similar, que a OMS considerou uma prioridade para os testes durante um surto do Vírus de Marburg.

A má notícia é que, apesar dos cientistas trabalhando para desenvolver uma vacina, é provável que dados cruciais para aprimorar tais vacinas tenham que surgir durante múltiplos surtos do vírus, segundo Nancy Sullivan, imunologista viral da Universidade de Boston.

“A ideia é seguir com os trabalhos sem se preocupar com o fim do surto. É a penas uma parte do teste geral? diz Sullivan.

Portanto, pessoas em Ruanda ?e em outros países da África ?vão morrer até uma vacina efetiva chegar. Isso mesmo com os esforços dos cientistas para combater o novo vírus.

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?? ?????? ??????? 2024??? ??? ?? //emiaow553.com/carne-de-porco-pode-transmitir-hepatite-de-ratos-para-humanos/ Thu, 26 Sep 2024 21:01:37 +0000 //emiaow553.com/?p=598002 Estudo investiga contágio de seres humanos por hepatite E, que oferece riscos para o cérebro

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Um estudo da Ohio State University, dos EUA, publicada recentemente no PNAS Nexus, descobriu que uma cepa do vírus da hepatite E, comum em ratos, pode infectar porcos e seres humanos. Transmitida entre animais em alojamento, a suspeita é de que a produção de carne suína possa transmitir a doença.

Os ratos são o reservatório primário do vírus da cepa “rato HEV” (Rocahepevirus ratti). Os cientistas relataram o primeiro caso humano em 2018, em uma pessoa com sistema imunológico suprimido, em Hong Kong. Desde então, pelo menos 20 casos em humanos foram relatados ao todo, inclusive em pessoas com função imunológica normal.

Como nenhum dos infectados relatou contato com ratos, os pesquisadores acreditam que a causa seja o consumo de carne de porco crua. Endêmico em porcos nos Estados Unidos, o vírus está presente principalmente no fígado, mas é morto quando a carne é cozida. Pesquisadores já comprovaram que carne mal cozida pode transmitir hepatite E.

Atualmente, a doença é a principal causa de infecção hepática viral aguda em humanos no mundo, sobretudo em regiões com saneamento precário. “Ele [o vírus] desapareceu do radar por seis ou sete anos porque se pensava que não era um patógeno humano. E agora está infectando humanos, então precisamos descobrir o porquê”, disse o autor do estudo, Scott Kenney.

Estudo mostra perigo da hepatite E para o cérebro

No novo estudo da cepa LCK-3110, a equipe mostrou que o vírus clonado poderia se replicar em vários tipos de culturas de células de mamíferos. Os pesquisadores injetaram nos porcos uma solução infecciosa com a cepa LCK-3110 ou outra presente nos animais nos EUA, bem como solução salina.

Uma semana depois, ambos os grupos que apresentaram partículas virais no sangue e nas fezes – em maior nível naqueles com hepatite de rato. Duas semanas depois, porcos co-alojados que não receberam inoculações também começaram a apresentar o vírus do rato em suas fezes. Isso indica que o vírus se espalhe pela rota fecal-oral.

Apesar disso, os porcos não demonstraram sintomas clínicos de doença. O mesmo aconteceu com ratos em pesquisas prévias. Entretanto, os cientistas detectaram o vírus no fluido cerebrospinal dos infectados, sugerindo que a cepa possa prejudicar o cérebro. Vale destacar que a meningoencefalite causou uma morte humana ligada ao HEV de rato.

“O HEV [vírus da hepatite E] está ganhando importância para distúrbios neurológicos, e muitas pesquisas agora apontam para como a neuropatologia é causada pelo vírus da hepatite E”, disse o autor Kush Yadav.

“Mesmo que tenhamos um pequeno número de casos humanos conhecidos, uma alta porcentagem deles é imunossuprimida. Isso significa que os receptores de transplante nos Estados Unidos podem estar em risco de infecção pelo HEV geral, bem como pelo HEV de rato. A pesquisa agora pode se concentrar em saber se os produtos de fígado de porco contêm HEV de rato e explorar procedimentos de segurança alimentar para bloquear a doença”, finalizou.

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??????? //emiaow553.com/china-detecta-novo-virus-capaz-de-invadir-o-cerebro-humano/ Thu, 12 Sep 2024 16:29:15 +0000 //emiaow553.com/?p=593617 Segundo o estudo, o primeiro caso do vírus, que recebeu o nome de “vírus de áreas úmidas?(WELV), foi identificado na China em um homem de 61 anos

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Pesquisadores na China detectaram um novo vírus transmitido por carrapatos, que pode afetar diversos órgãos humanos, incluindo o cérebro e o sistema nervoso.

Em um estudo publicado no último dia 4, na revista científica New England Journal of Medicine, cientistas de várias instituições da China ?até mesmo da polícia ?detalham a descoberta do novo vírus que afeta o cérebro.

Segundo o estudo, o primeiro caso do vírus, que recebeu o nome de “vírus de áreas úmidas?(WELV), ocorreu em na China em um homem de 61 anos.

O homem apresentou febre, enxaqueca e disfunção de múltiplos órgãos após ser picado por um carrapato em um parque de pântanos na região da Mongólia Interior, no Norte da China.

O caso ocorreu em junho de 2019. Pesquisadores do Instituto de Microbiologia e Epidemiologia de Pequim isolaram o vírus do paciente após constatarem a causa do sintoma não era bacterial.

Através de análises de DNA e RNA, os pesquisadores confirmaram a presença de um novo orthonairovirus, gênero de vírus de cepa de RNA negativa, que inclui o vírus da febre hemorrágica da Crimeia-Congo.

A transmissão desse tipo de vírus ocorre geralmente pelo contato com sangue ou tecidos de animais infectados.

Investigação e rastreamento do vírus na China

Sem registros anteriores do WELV, os pesquisadores investigaram carrapatos e animais nas zonas úmidas do norte da China.

Eles coletaram mais de 14 mil carrapatos e agrupam os insetos por locais e espécies a fim de analisar em grupos. Cerca de 2% desses grupos testaram positivo para o material genético do vírus WELV.

Cinco espécies de carrapatos podem hospedar o vírus, mas, proporcionalmente, os carrapatos da espécie Haemaphysalis concinna foram o que mais tiveram testes positivos.

Além disso, os pesquisadores realizaram testes para o vírus em centenas de pacientes de diversas regiões da China que apresentaram febre um mês após serem picados por carrapatos.

De acordo com o estudo, 20 pessoas testaram positivo para o WELV. Três desses pacientes apresentaram outras doenças transmitidas por carrapatos ao mesmo tempo, enquanto 17 tinham apenas a infecção pelo WELV.

As 20 pessoas foram hospitalizadas, apresentando sintomas como tontura, dor de cabeça, mal-estar, dor muscular, artrite e dor nas costas.

Um paciente apresentou complicações neurológicas e entrou em coma, mas todos se recuperaram e receberam alta em um período de 4 a 15 dias.

Contudo, em testes com ratos de laboratório, o vírus WELV causou infecções letais em vários órgãos, incluindo o cérebro. Essa descoberta reforça, portanto, a tese de que o vírus pode causar graves infecções no sistema nervoso e no cérebro humano.

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??????????????????????? //emiaow553.com/neuroinflamacao-gerada-pelo-virus-zika-aumenta-risco-de-crianca-ter-transtorno-do-espectro-autista/ Fri, 06 Sep 2024 15:26:40 +0000 //emiaow553.com/?p=591219 Por meio de testes em animais e experimentos com minicérebros, pesquisadores da USP e do Instituto Pasteur investigaram como a infecção pode alterar o funcionamento do sistema nervoso em formação

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Texto: Agência FAPESP

Estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e do Institut Pasteur de São Paulo (IPSP) mostrou, pela primeira vez, que existe uma associação entre a síndrome congênita do vírus zika (SCZ) e o transtorno do espectro autista (TEA).

Dados publicados na revista Biochimica et Biophysica Acta ?Molecular Basis of Disease apontam que decorrências comuns da síndrome ?como a neuroinflamação e problemas na formação da conexão entre os neurônios cerebrais (sinapses) ?podem ser fatores de risco para o TEA. A pesquisa recebeu apoio da FAPESP por meio de dois projetos (17/27131-9 e 18/16748-8).

“O autismo é multifatorial, tem inúmeras causas genéticas e ambientais. Neste estudo, conseguimos provar que a síndrome congênita do zika pode ser mais um desses fatores ambientais. Isso quer dizer que toda criança cuja mãe foi infectada pelo vírus durante a gestação vai ter autismo? Não. Nosso estudo mostrou, no entanto, que nos casos de síndrome congênita do zika o risco de autismo está aumentado? explicou à Assessoria de Imprensa do ICB-USP Patrícia Beltrão Braga, uma das autoras do artigo.

Resumo gráfico dos experimentos descritos no artigo (imagem: Biochimica et Biophysica Acta ?Molecular Basis of Disease)

Resumo gráfico dos experimentos descritos no artigo (imagem: Biochimica et Biophysica Acta ?Molecular Basis of Disease)

Segundo a cientista, já haviam sido descritos casos de crianças afetadas concomitantemente pela síndrome congênita do zika e o transtorno do espectro autista. “No entanto, eram apenas relatos de caso. Eu mesma fiz a análise genética de um desses casos e não encontrei nenhum gene relacionado ao autismo. Então, poderia ser só uma coincidência? comentou.

No trabalho recentemente publicado, no entanto, os pesquisadores puderam fazer uma investigação sobre os mecanismos que estariam afetando o sistema nervoso e causando o comportamento autista em crianças com síndrome congênita do zika.

Metodologia

Os pesquisadores realizaram experimentos com organoides cerebrais produzidos em laboratório e infectados com o zika. Também foram feitos testes com camundongos infectados pelo vírus, que manifestaram um tipo de comportamento chamado “autista-like? O estudo também investigou os dados de uma coorte composta por 137 crianças que nasceram com a síndrome congênita do zika.

“No ensaio com os minicérebros verificamos que havia uma série de alterações ?como diminuição de sinapses, aumento de morte celular, neuroinflamação, alteração na captação de glutamato ?que impediam o bom funcionamento dos neurônios. Notamos que a inflamação observada nas células do sistema nervoso parecia ser suficientemente compatível para causar alterações no comportamento de uma criança? relatou Beltrão-Braga.

A origem do problema, de acordo com a pesquisadora, está nos astrócitos ?células neuronais que dão suporte ao funcionamento dos neurônios. “?o astrócito que dá sustentação, nutrição ao neurônio. Ele também elimina substâncias tóxicas no cérebro. Como o astrócito infectado funciona mal, ele não dá todo o suporte possível para a sobrevivência do neurônio. Além de funcionar mal, ele parece estar produzindo citocinas inflamatórias, o que piora o funcionamento do sistema nervoso? disse.

Os pesquisadores ressaltam que é provável que o autismo nas crianças com síndrome congênita do zika seja um reflexo do astrócito alterado por consequência da infecção provocada pelo vírus. “Acreditamos que a presença do vírus durante o período embrionário pode desencadear uma reprogramação epigenética, quando a exposição ao ambiente adverso pode alterar a regulação de genes durante o desenvolvimento embrionário? destacou a professora do ICB.

O artigo Zika virus infection impairs synaptogenesis, induces neuroinflammation, and could be an environmental risk factor for autism spectrum disorder outcome pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0925443924000863?via%3Dihub.

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??????????????, ??? //emiaow553.com/usp-desenvolve-creme-antisseptico-com-protecao-prolongada/ Mon, 05 Aug 2024 22:19:54 +0000 //emiaow553.com/?p=584133 Produto age por até 4 horas contra vírus e bactérias

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Texto: Flávio Albuquerque/Agência Brasil

Já está disponível no mercado o creme hidratante antisséptico para as mãos que tem como diferencial a garantia de proteção prolongada contra vírus e bactérias. Por meio de uma tecnologia desenvolvida pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), o produto age contra vírus e bactérias por até 4 horas e superbactérias por até 2 duas horas, ao mesmo tempo em que hidrata a pele. O creme é diferente do álcool 70%, cuja ação se limita a cinco minutos por sua volatilidade e por causar ressecamento na pele.

Os testes de eficácia foram feitos pelo Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), também da USP, e mostraram que o creme conseguiu inativar micro-organismos que causam diversas doenças, como influenza, sarampo, leptospirose, gastroenterites, infecções urinárias, hepatite A, entre outras. Entre as superbactérias, o produto inativou quatro das que foram apontadas por infectologistas de hospitais de referência em São Paulo como as que mais impactam esses ambientes.

De acordo com o professor Edison Luiz Durigon, coordenador do Laboratório de Virologia Clínica e Molecular do ICB-USP, onde foram feitos a maior parte das análises, o creme tem como princípio ativo o Phtalox, desenvolvido com nanotecnologia a partir do corante natural ftalocianina.

“Ela é ativada quando entra em contato com células, bactérias e vírus, causando uma reação parecida com a água oxigenada, com bolhinhas, e vai quebrando essas células, bactérias e vírus. É um produto químico que era usado há muito tempo no Japão. Eles faziam máscaras e com a pandemia professores aqui da universidade modificaram essa substância química, fizeram um produto com uma ação melhorada e colocaram em máscaras? explicou.

Com base no sucesso das máscaras e depois de distribuí-las no mercado por meio de uma startup, o ICB, que tem interesse em projetos inovadores para a sociedade, pensou em desenvolver um produto semelhante para utilização nas mãos em substituição ao álcool gel.

“E aí nós testamos o Phitta Cream e ele tem uma ação muito boa, muito eficiente, eliminando quase 100% das bactérias e vírus. Ele dura até 4 horas, desde que não se lave as mãos e não seja retirado de alguma maneira. É mais um produto da ciência, da USP, contribuindo para a sociedade?

Durigon ressaltou a eficácia principalmente para evitar a transmissão por contato podendo ser utilizado, por exemplo, antes de entrar em um ônibus, metrô, porque ao colocar as mãos em superfícies que podem estar contaminadas e passar as mãos no rosto a pessoa pode estar contraindo alguma bactéria ou vírus. “Com o uso do creme, que tem muito boa qualidade e não é gorduroso, a proteção é prolongada. A ideia é que esse creme seja uma barreira ao interromper esse contato?

Por enquanto o antisséptico hidratante só está sendo comercializado pela internet, mas em breve estará disponível fisicamente em uma rede de farmácias. O produto é vegano, com selo da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), e tem embalagem feita de polietileno de cana de açúcar.

Utilizações

O professor explicou que já há estudos em andamento por alunos da USP para a utilização do princípio ativo Phtlox contra o herpesvírus, após a verificação de ação rápida, quando usado como pomada.

Durigon ressaltou que os estudos estão em estágio bem inicial, não podendo prever quando o medicamento estaria disponível para a população. Nesse momento, a universidade procura apoio financeiro para continuar com as pesquisas. A substância também está sendo avaliada para o uso em pacientes diabéticos, já que consegue acelerar o tempo de cicatrização das feridas comuns à doença.

“Já estamos testando essa substância para fins terapêuticos, realizando testes clínicos com herpes e diabetes. Os resultados preliminares têm sido muito positivos, mostrando que a substância consegue acelerar o tempo de cicatrização das feridas? disse.

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?????? ???? ???? ??? ???????? //emiaow553.com/o-que-e-o-nipah-virus-monitorado-pela-oms-e-altamente-transmissivel/ Tue, 23 Jul 2024 13:15:17 +0000 //emiaow553.com/?p=581929 Após a morte de adolescente de 14 anos no último sábado (20), as autoridades de saúde da Índia trabalham para conter uma possível epidemia

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Após um adolescente morrer por uma infecção do vírus Nipah, no último sábado (20), as autoridades de saúde da Índia trabalham para conter uma possível epidemia do vírus, considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como extremamente transmissível.

O garoto de 14 anos morreu em Kerala, estado no Sul da Índia, considerado como uma das áreas com maior risco de um surto do vírus Nipah, segundo autoridades.

O vírus Nipah é letal e sua transmissão ocorre por morcegos da família Pteropodidae e outros animais como porcos. Segundo a OMS, o vírus Nipah causou surtos severos de doenças e mortes em Bangladesh e na Índia desde 2001.

Com a morte do garoto, as autoridades de saúde de Kerala estão em alerta máximo e monitoram 60 pessoas com alto risco de infecção.

Vírus Nipah

A OMS classifica o Nipah como um patógeno prioritário, ou seja, o vírus tem alto potencial epidêmico e não possui vacina ou tratamento específico. A doença pode causar febre alta, inchaço cerebral e, em casos graves, levar à morte.

De acordo com a agência Reuters, a ministra da saúde de Kerala, informou que o governo estadual criou 25 comitês para identificar e isolar as pessoas infectadas com o vírus.

Além disso, as autoridades instalaram enfermarias isoladas em hospitais da região.

Segundo o diretor de medicina intensiva no Hospital Aster MIMS em Calicut, Anoop Kumar, a chance de um surto de Nipah vírus é mínima. No entanto, de acordo com ele, as autoridades de saúde monitoram a situação de perto.

A lista de contatos primários do menino infectado inclui 214 pessoas, das quais 60 são consideradas de alto risco.

Os familiares do adolescente estão em observação em um hospital local, e outras pessoas que possam ter sido expostas ao vírus foram orientadas a se isolar em casa.

Esta não é a primeira vez que Kerala enfrenta o vírus Nipah. Em 2018, o estado registrou dezenas de mortes associadas à doença. De acordo com a OMS, a taxa de fatalidade por caso de infecção do vírus Nipah vai de 40 a 75%. Essa variação depende da capacidade de gestão de surtos epidêmicos do local.

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???????????,??????,????????? //emiaow553.com/oms-emite-alerta-global-para-variante-mais-perigosa-da-variola-dos-macacos/ Thu, 27 Jun 2024 14:45:32 +0000 //emiaow553.com/?p=578022 Nas semanas recentes, a variante se espalhou para outras cidades do Congo e pode chegar a países vizinhos em breve. 

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu uma alerta sobre o risco do aumento de casos de uma perigosa variante da varíola dos macacos.

“?extremamente necessário conter o surto recente da varíola dos macacos na África? disse a chefe global de combate à varíola da OMS, Rosamund Lewis, na terça-feira (25).

O surto foi causado pela variante 1b, uma mutação da variante 1 da varíola dos macacos, que apareceu setembro do ano passado na cidade de Kamituga, na província de Kivu do Sul, no leste da República Democrática do Congo.

Nas semanas recentes, a variante se espalhou para outras cidades da província e pode chegar a países vizinhos em breve.

Desde dezembro de 2022, o Congo RDC declarou emergência nacional pelo surto de varíola dos macacos, com mais de 14 mil e 654 mortes em um ano. Apenas neste ano, houve 8 mil casos de contágio pela da varíola dos macacos, com 384 pessoas morrendo.

Em setembro de 2023, um surto em Kivu do Sul, gerado pela transmissão sexual, deu origem a nova variante 1b da varíola dos macacos, cuja mutação, de acordo com a OMS, ocorreu pela circulação entre humanos.

A OMS identificou a variante do vírus em fevereiro, afirmando que o seu comportamento difere extremamente das variantes 1 e 2. A variante 1b não depende apenas do contato sexual para se espalhar, contatos não sexuais, como o toque, transmitem o vírus.

Nova variante é mais letal

A OMS confirmou que, entre 1º de janeiro e 2 junho, houve mais de 700 casos da nova variante da varíola dos macacos. 426 testes em laboratórios confirmaram 373 casos (88% de positividade), incluindo sete mortes (1,8% de taxa de letalidade entre os casos confirmados).

Contudo, durante o alerta desta semana, médicos informaram que a taxa de letalidade da nova variante da varíola dos macacos é maior. 5% em adultos e 10% em crianças.

Segundo especialistas, o contágio da cepa 1b ocorreu nas escolas, locais de trabalho e em contatos familiares.

De acordo com os pesquisadores da organização Global Health, a nova variante da varíola dos macacos está se espalhando rapidamente e pode se tornar um risco global. Aliás, já há a confirmação de casos em cidades na fronteira do Congo com a Ruanda, Uganda e Burundi.

O coordenador de pesquisa do departamento de saúde de Kivu do Sul, Leandre Murhula Masirika, afirmou registrar  20 casos de contágio semanalmente.

A vacina é o tratamento para combater a varíola dos macacos. No entanto, o tratamento não é usado no Congo porque o governo do país não aceitou doações, segundo as fabricantes de vacina.

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??? Archives??????? //emiaow553.com/amigdalas-e-adenoides-sao-importantes-locais-de-persistencia-do-sars-cov-2-em-criancas/ Sun, 09 Jun 2024 22:55:39 +0000 //emiaow553.com/?p=571192 Análise de 48 amígdalas e adenoides retiradas cirurgicamente de crianças entre 3 e 11 anos, sem sintomas respiratórios nem histórico de infecção recente, detectou diferentes linhagens do SARS-CoV-2

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Texto: Maria Fernanda Ziegler  |  Agência FAPESP

Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) identificaram que vírus respiratórios, inclusive o SARS-CoV-2, podem permanecer e se replicar nas amígdalas, adenoides e secreções de crianças sem sintomas da doença, nem histórico de infecção recente.

A partir da análise de amígdalas e adenoides retiradas cirurgicamente de 48 crianças entre 3 e 11 anos, os pesquisadores detectaram RNA e proteína dos vírus em amígdalas, lavados nasais e secreções respiratórias de crianças com hipertrofia tonsilar e sem sintomas de doenças respiratórias e de COVID-19.

Os resultados publicados na revista Microbiology Spectrum mostraram que diferentes linhagens do vírus da COVID-19 infectaram um quarto das crianças que participaram do estudo. A descoberta da persistência do SARS-CoV-2 nas amígdalas e adenoides, além de contribuir para o entendimento da COVID-19, indica uma nova via de interferência do vírus na resposta imune e uma potencial fonte de transmissão da doença para a comunidade, mesmo a partir de pessoas assintomáticas.

A investigação teve apoio da FAPESP por meio de um amplo estudo que busca compreender a biologia, patogênese e prospecção de vírus emergentes.

“Não imaginávamos encontrar tantos vírus nas tonsilas (amígdalas e adenoides) retiradas de crianças que não tinham nenhum sintoma nem histórico de infecção respiratória. É inusitado saber que, em uma mesma criança, podem ser detectados vários vírus respiratórios persistentes e, dentre eles, diferentes linhagens do SARS-CoV-2. Então, é o vírus de um resfriado de seis meses atrás, junto com outro de uma infecção mais recente, que vão sendo colecionados nas tonsilas? explica Eurico Arruda, professor de virologia da faculdade e autor do estudo. A pesquisa contou com a colaboração da equipe de otorrinolaringologia da FMRP-USP, liderada pela professora Fabiana Valera e por Carolina Miura.

“Porém, é também nas tonsilas, como mostrou o nosso estudo, onde o vírus SARS-CoV-2 consegue persistir por mais tempo, se replicar e ser secretado. A replicação e a potencial transmissão de COVID-19, mesmo em pessoas assintomáticas, podem indicar uma nova via de interferência do vírus na resposta imune. Isso porque amígdalas e adenoides são órgãos secundários do sistema linfoide, onde atuam células de defesa como os linfócitos, por exemplo? completa Arruda.

Os pesquisadores acreditam que a infecção de linfócitos B e T, macrófagos e células dendríticas por SARS-CoV-2 pode interferir na montagem de respostas imunes nesses órgãos linfoides secundários. “Não foi possível, no entanto, identificar quanto tempo os vírus persistem nas tonsilas analisadas? afirma Arruda.

O RNA do SARS-CoV-2 foi detectado por RT-qPCR (sigla em inglês para Transcrição Reversa e Reação quantitativa em Cadeia de Polimerase) em mais de uma amostra de algumas das crianças positivas para o vírus, com cargas virais variando de centenas a milhares de cópias por cópia de RNA mensageiro para RNase-p (um ácido ribonucleico normal da célula, que altera moléculas de RNA transportador), sugerindo que as crianças podem ter sido submetidas a amigdalectomia em diferentes tempos pós-infecção.

A descoberta reforça a importância da vacinação de crianças. “Mostramos que o vírus persiste nas tonsilas, mesmo em crianças que não apresentavam nenhum sintoma de infecção respiratória. Isso ressalta a importância da vacinação para essa faixa etária, que foi a última a ter o imunizante ofertado e ainda não atingiu bons índices de cobertura? diz Ronaldo Martins, autor do estudo.

Não é apenas em crianças

Arruda explica que, embora o estudo tenha sido realizado a partir da análise de tonsilas de crianças, a persistência do SARS-CoV-2 nesses órgãos linfoides também é observada em adultos. “Esse estudo foi realizado em tonsilas retiradas de crianças, pois se trata de uma cirurgia muito mais comum em crianças que em adultos. Porém, em outro estudo, conseguimos analisar amígdalas retiradas de um adulto, e o resultado foi o mesmo. Portanto, é um achado que tem o potencial de mudar o nosso entendimento sobre a fisiopatologia da COVID-19 e de outras doenças respiratórias? diz.

“O inusitado é o achado em si. Se essas crianças ocasionalmente podem replicar e transmitir o vírus via secreções, elas podem vir a ser focos de surtos? contou Arruda.

O pesquisador afirma ainda que o achado reforça o papel das tonsilas de abrigar uma variedade de vírus. “Os resultados do nosso estudo sugerem que o tecido linfoide secundário é capaz de albergar uma quantidade muito maior de vírus. No nosso estudo testamos apenas os vírus respiratórios, e não testamos dengue, zika, chikungunya, febre amarela e outros vírus, que podem estar persistindo nesses tecidos? diz.

O artigo Tonsils are major sites of persistence of SARS-CoV-2 in children pode ser lido em: //journals.asm.org/doi/10.1128/spectrum.01347-23.

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????????? ????????????? //emiaow553.com/arqueogenetica-doencas-mataram-os-neandertais/ Fri, 07 Jun 2024 23:28:47 +0000 //emiaow553.com/?p=574655 Sequências detectadas em genoma da espécie extinta são as mais antigas infecções virais humanas documentadas

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Texto: Maria Guimarães/Revista Pesquisa Fapesp

O biólogo Marcelo Briones, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), queria provar que é possível detectar infecções virais em esqueletos de neandertais (Homo sapiens neanderthalensis), hominídeos extintos há cerca de 30 mil anos. Conseguiu, um feito que qualificou como prova de conceito, conforme artigo publicado esta semana (27/5) na revista Viruses. A boa recepção do trabalho o surpreendeu, com reportagens em veículos internacionais renomados, como a revista de divulgação científica New Scientist e a seção jornalística da Science, considerando a descoberta bombástica.

Isso porque os neandertais estudados, que se revelaram portadores de adenovírus, herpesvírus e papilomavírus ?até hoje circulantes entre seres humanos? viveram há cerca de 50 mil anos onde agora é o centro-sul da Rússia, na Sibéria. É a infecção viral humana mais antiga a ser documentada, suplantando de longe o recorde anterior, de 31 mil anos atrás, em ossadas de H. sapiens, a espécie do ser humano moderno.

O estudo foi feito a partir de sequências genômicas disponíveis em bancos de dados. “Selecionamos dois indivíduos da caverna Chagyrskaya porque as amostras foram colhidas mais recentemente, com muitos cuidados para evitar contaminação, e os dados estavam bastante completos ?principalmente para um deles, o número 7? explica Briones. Preciosos para ele eram segmentos pequenos de DNA sequenciado. “Esses dados são considerados lixo, em geral os pesquisadores descartam sequências genéticas muito fragmentadas.?Mas eles mais provavelmente são resquícios de DNA de vírus, que têm genomas naturalmente menores e que se quebram mais facilmente, por não estarem protegidos dentro de núcleos celulares.

O pesquisador explica que as amostras, retiradas dos fósseis com uma pequena broca, contêm DNA que originalmente era do próprio osso e também que, em vida, estava em tecidos adjacentes e no sangue em vasos que correm por dentro do osso. Esse sangue, supostamente, abrigaria os vírus. Os tipos detectados, especificamente, têm a característica de permanecer por longos períodos no organismo, para além da infecção aguda.

Um diferencial do trabalho do grupo da Unifesp foi usar uma variedade de ferramentas de bioinformática e estatística para provar que as sequências detectadas correspondem de fato ao genoma de vírus antigos, e não de contaminação recente ou trechos incorporados ao DNA neandertal. “Ninguém tinha feito esse controle de ruído? diz a geneticista Tábita Hünemeier, da Universidade de São Paulo, que não participou do estudo. “?um controle bastante robusto para mostrar que é mesmo material genético de vírus.?/p>

Crânio de humano moderno (à esq.) e neandertal (à dir): espécie extinta era mais robusta, possivelmente com cérebro maior

Crânio de humano moderno (à esq.) e neandertal (à dir): espécie extinta era mais robusta, possivelmente com cérebro maior. Imagem: Wikimedia Commons

A pesquisadora é colaboradora do Laboratório de Arqueologia e Antropologia Ambiental e Evolutiva (LAAAE), do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE-USP), o primeiro laboratório de arqueogenética do país, coordenado pelo arqueólogo André Strauss e pelos bioantropólogos Rui Murrieta e Rodrigo Oliveira. Ela considera que uma técnica usada no laboratório, de enriquecer as amostras genéticas com as sequências desejadas para estudá-las melhor, seria um desenvolvimento valioso ao trabalho de Briones.

A boa recepção ao artigo vem, em grande parte, da possível contribuição para entender a extinção dos neandertais. “Eles eram mais robustos que os sapiens e tinham cérebro maior? compara Briones. “?improvável que tenham sido eliminados em batalhas.?/p>

Para ele, faz mais sentido que eles tenham sido vitimados por vírus. A hipótese foi proposta em 2010 pelo virologista alemão Horst Wolff e pelo biólogo norte-americano Alex Greenwood, ambos radicados na Alemanha, em artigo na revista científica Medical Hypotheses. Eles postularam que, depois de passarem cerca de 200 mil anos no continente que abarca a Europa e a Ásia, o sistema imunológico dos neandertais se adaptou às doenças presentes naquele ambiente e não estava preparado para os vírus levados, a partir de cerca de 80 mil anos atrás, pelas migrações humanas a partir da África. “Os sapiens estavam em contato próximo com outros primatas, que não existiam na Europa, e tinham por isso muito mais contato com zoonoses? explica Briones. Os pesquisadores da Alemanha não deram sequência ao trabalho com essas questões e não estavam, por isso, disponíveis para comentar o estudo atual.

“Esses vírus não são letais para nós? pondera Hünemeier. “Mas não sabemos como seria para os neandertais.?Para ela, é necessário buscar um sinal de seleção natural, analisando vários indivíduos, para averiguar o contexto evolutivo. Briones argumenta que mesmo uma infecção não fatal poderia ser prejudicial à vida e à capacidade reprodutiva desses hominídeos, deixando-os em desvantagem em relação aos sapiens.

A complexidade aumenta porque naquele momento várias espécies humanas coexistiam, com cruzamento entre sapiens e neandertais detectado geneticamente. Mais especificamente, os encontros reprodutivos se tornaram intensos cerca de 47 mil anos atrás e duraram por volta de 7 mil anos, de acordo com artigo coordenado pela evolucionista de origem indiana Priya Moorjani, da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, disponibilizado em 13 de maio como preprint no repositório bioRxiv. A pesquisadora não quis comentar os resultados a Pesquisa FAPESP, por não ter ainda a publicação definitiva.

“Os neandertais viviam de onde agora é a Inglaterra até a atual Mongólia, na Ásia, sempre em grupos familiares pequenos? explica Hünemeier. Praticavam rituais funerários e produziam arte na forma de pinturas e adornos como colares, o que os arqueólogos interpretam como sociedades sofisticadas. Não eram agressivos e nem produziam armas de lançar, o que podem tê-los posto em desvantagem ante os sapiens com seus arcos e flechas. “Talvez as doenças tenham tido um impacto forte, mas não temos como saber.?Os resultados de Briones podem abrir as portas para investigações mais detalhadas nesse sentido. Ele pretende ampliar o estudo analisando sequências genéticas de outros neandertais e de sapiens, tanto contemporâneos a eles como mais recentes, para investigar a presença de vírus.

Projeto
Investigação de elementos induzidos pela resposta vacinal nos indivíduos submetidos aos testes clínicos com a vacina ChAdOx1 nCOV-19 (nº 20/08943-5); Modalidade Projeto Temático; Pesquisador responsável Luiz Mário Ramos Janini (Unifesp); Investimento R$ 5.543.378,48.

Artigos científicos
FERREIRA, R. C. et al. Reconstructing prehistoric viral genomes from Neanderthal sequencing data. Viruses. v. 16, n. 6, 856. 27 mai. 2024.
IASI, L. et al. Neandertal ancestry through time: Insights from genomes of ancient and present-day humans. bioRxiv. 13 mai. 2024.
WOLFF, H. e GREENWOOD, A. D. Did viral disease of humans wipe out the Neandertals? Medical Hypotheses. v. 75, n. 1, p. 99-105. jul. 2010.

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?????? ??? ????????????? //emiaow553.com/pesquisadores-observam-os-virus-mayaro-e-chikungunya-circulando-ao-mesmo-tempo-em-roraima/ Sat, 25 May 2024 23:01:45 +0000 //emiaow553.com/?p=571884 Segundo os autores do estudo, o esperado seria que a infecção por um dos patógenos protegesse contra o outro, o que tornaria difícil a cocirculação. Grupo alerta para o risco de que a transmissão do mayaro passe a ocorrer em ambientes urbanos em decorrência do desmatamento e defendem ações mais efetivas de vigilância epidemiológica

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Texto: Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP

Estudo publicado este mês na revista Emerging Infectious Diseases mostra que os vírus mayaro e chikungunya estão circulando ao mesmo tempo (cocirculação) no Estado amazônico de Roraima. Segundo os autores, o achado reforça a necessidade de ações mais efetivas de vigilância epidemiológica na região.

A descoberta contrariou a expectativa dos pesquisadores. A hipótese inicial era de que os locais onde a taxa de infecção por um dos patógenos fosse alta seriam refratários à circulação do outro vírus, conta José Luiz Proença-Modena, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp) e um dos autores principais do artigo.

“Como mayaro e chikungunya têm alto grau de compartilhamento antigênico, era esperado que uma infecção protegesse o indivíduo da outra. Ou seja, a crença era de que os anticorpos específicos e os linfócitos T [células do sistema imune] produzidos como resposta à infecção por um dos vírus tivessem a capacidade de reconhecer o outro. Entretanto, ao contrário disso, detectamos mayaro e chikungunya nas mesmas regiões? diz. Ele ressalta, contudo, que não foram identificados casos de indivíduos infectados simultaneamente pelos dois patógenos.

Na avaliação dos autores, a cocirculação desses arbovírus indica a necessidade da implementação de métodos moleculares para o diagnóstico preciso (exames do tipo RT-PCR, que detectam o material genético presente em amostras biológicas). “São doenças que clinicamente se confundem, pois causam sintomas semelhantes, como febre alta, dores articulares e cansaço? pontua Julia Forato, ex-bolsista da FAPESP e autora do estudo.

Como explica a pesquisadora, o vírus mayaro é transmitido por um mosquito silvestre [Haemagogus janthinomys] ?o mesmo vetor da febre amarela. Mas o desmatamento causado pela exploração ilegal de recursos naturais, sobretudo o garimpo, pode fazer com que a transmissão do mayaro passe a ocorrer em ambientes urbanos.

Segundo Forato, pessoas que trabalham em ambientes florestais ?na mineração, exploração madeireira ou pesca, por exemplo ?poderiam atuar como ponte, facilitando a eventual introdução e o estabelecimento da transmissão do mayaro em ambientes urbanos. No estudo, 11% das amostras infectadas por esse vírus eram de pescadores.

“Só com a implementação de vigilância molecular e genômica aumentada, tanto em humanos quanto nos mosquitos vetores, será possível monitorar o potencial estabelecimento do mayaro num ciclo de transmissão amplificado pelos humanos. Precisamos de uma vigilância robusta, não só para identificar o quanto a atividade humana em áreas de floresta pode impactar a dinâmica da circulação dos vírus, mas também para prever possíveis novos surtos. Todas essas doenças são muito incapacitantes, geram prejuízos financeiros e sociais aos pacientes, além de onerar em demasia o sistema de saúde para atendimento desses pacientes? sublinha Proença-Modena.

Amazônia+10

O projeto que deu origem ao artigo em pauta busca avaliar como a atividade humana em áreas de floresta impacta a dinâmica de circulação viral. A equipe se propôs a investigar essa relação em três pontos focais: na reocupação da BR-319 (Rodovia Manaus-Porto Velho, que está sendo recuperada), em uma área de mineração no Estado do Pará e no Estado de Roraima, que registra alta populacional de migrantes e onde há forte presença de garimpo em áreas de mata próximas a cidades.

A empreitada envolve, além da Unicamp, grupos da Universidade Federal de Roraima (UFRR), do Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima, da Universidade de São Paulo (USP), da Fiocruz Amazônia, do Imperial College de Londres (Reino Unido) e da University of Kentucky (Estados Unidos). E recebe apoio da FAPESP por meio de três projetos (22/10442-0, 17/22062-9 e 16/00194-8).

O trabalho integra a Iniciativa Amazônia+10, que reúne diversas agências de fomento do Brasil e do exterior, entre elas a FAPESP, no apoio à pesquisa e à inovação tecnológica na Amazônia Legal, promovendo a interação natureza-sociedade e o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região.

“Este é o primeiro trabalho realizado no projeto, com o objetivo de entender quais vírus estavam circulando em Roraima. A partir da análise de amostras coletadas entre dezembro de 2018 e dezembro de 2021 ?durante surtos de dengue e chikungunya em Roraima ?montamos um panorama de quais arbovírus estavam circulando por lá? informa Proença-Modena.

Das 822 amostras de sangue coletadas de pacientes atendidos em postos de saúde e que apresentavam doença febril aguda (febre alta associada a calafrios, cefaleia, dores musculares ou tosse geralmente relacionada a um agente infeccioso), 190 (23,1%) testaram positivo para algum arbovírus (vírus transmitidos por vetores invertebrados, sobretudo mosquitos).

Os pesquisadores extraíram o RNA de todas as amostras de sangue e, por meio de testes moleculares do tipo rRT-PCR, detectaram dengue em 146 delas (17,8%), mayaro em 28 (3,4%) e chikungunya em 16 (2%). Além desses patógenos, também foram buscados (mas não encontrados) os vírus zika e oropouche.

“Além de identificarmos a cocirculação de mayaro e chikungunya e uma frequência muito alta de dengue [inclusive coinfecção de dengue 1 e dengue 2], notamos que, na maioria dos casos [76,9%], não se sabe qual vírus está causando a infecção. Portanto, é provável que tenha algo novo por aí? alerta Proença-Modena à Agência FAPESP.

O artigo Molecular Epidemiology of Mayaro Virus among Febrile Patients, Roraima State, Brazil, 2018?021 pode ser lido em: wwwnc.cdc.gov/eid/article/30/5/23-1406_article.htm.

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??? ???? oncapass.com ?????? ?? ?? ?? //emiaow553.com/cientistas-brasileiros-encontram-virus-mais-antigos-em-ossos-de-neandertais/ Fri, 17 May 2024 17:03:30 +0000 //emiaow553.com/?p=571039 Pesquisadores da Unifesp identificaram três vírus antigos, com 50 mil anos, que representam versões anteriores dos microrganismos modernos

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Pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) encontraram os vírus que infectam seres humanos mais antigos já registrados. Os microrganismos estavam nos ossos de Neandertais que viveram há mais de 50 mil anos na caverna de Chagyrskaya, na Sibéria, Rússia.

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Até agora, o vírus mais antigo já encontrado datava de 31 mil anos atrás. Na época, cientistas encontraram ele em dentes de Homo sapiens recuperados do nordeste da Sibéria.

Os resultados da pesquisa foram publicados apenas em preprint, ou seja, ainda não passaram pela revisão de pares — processo em que outros cientistas atestam as descobertas de um estudo. 

Sobre os vírus dos Neandertais

No total, os pesquisadores da Unifesp encontraram sequências genéticas de três vírus:

  • um adenovírus, que causa sintomas de resfriado em humanos modernos;
  • um herpesvírus, que pode causar feridas frias, ou seja, um aglomerado de bolhas;
  • um papilomavírus de transmissão sexual, que pode causar verrugas genitais e câncer.

Para confirmar que esses realmente são vírus antigos e não foram fruto da contaminação das amostras por pessoas que as manusearam recentemente, os cientistas compararam as sequências genéticas dos microrganismos encontrados com vírus modernos.

“Em conjunto, nossos dados indicam que esses vírus podem representar vírus que realmente infectaram os Neandertais“, afirmou Marcelo Brione, um dos autores da pesquisa, ao New Scientist.

Cientistas especulam, inclusive, que esses vírus antigos podem ter um papel importante na extinção dos Neandertais.

Para Briones, é possível sintetizar esses vírus antigos e infectar células humanas modernas com eles – tudo em laboratório, com a segurança necessária. A ideia é poder estudar as características reprodutivas e de geração de doenças quando comparados aos seus equivalentes atuais.

No entanto, especialistas que não estiveram envolvidos no estudo estão céticos sobre essa possibilidade. Especialmente porque não sabem como a relação vírus-hospedeiro pode se dar em um ambiente completamente diferente.

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????? Archives??? ??- ??? ??? ??? //emiaow553.com/mutacao-no-virus-da-variola-dos-macacos-pode-gerar-novo-surto-mundial/ Wed, 24 Apr 2024 20:33:21 +0000 //emiaow553.com/?p=566125 Cepa do vírus da da varíola dos macacos é diferente da que causou o surto em 2022, é mais letal e, ao que parece, pode ser transmitida sexualmente

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Uma cepa do vírus que causa a varíola dos macacos aperfeiçoou sua capacidade de se espalhar por contato sexual, segundo especialistas relataram à revista Nature. Agora, cientistas e médicos temem um novo surto mundial de mpox, assim como aconteceu em 2022.

Se esse for o caso, o cenário seria mais grave que da última vez. Isso porque evidências indicam que esta cepa, chamada clado I, é mais letal do que aquela que causou a última alta de casos.

Entenda o contexto

A cepa clado I não é nova. Ela tem causado pequenos surtos há décadas, a maioria deles em comunidades da África Central.

Contudo, registros indicam que infecções por essa cepa não eram adquiridas sexualmente – até ano passado. Desde então, a clado 1 com capacidade de transmissão sexual aumentou consideravelmente o número de casos na República Democrática do Congo. 

De acordo com um estudo publicado apenas em preprint, ou seja, sem revisão por um grupo independente de cientistas, 241 suspeitas e 108 infecções confirmadas estão ligadas a este surto. No total, aproximadamente 30% das infecções ocorreram em trabalhadoras sexuais.

O surto de mpox de 2022, que também teve o contato sexual como forma de disseminação, foi causado por uma cepa do vírus da varíola dos macacos chamada clado II. Embora tenha sido a causa da OMS decretar alerta, ela é menos letal que a clado I.

Mutação da clado I

Ao passo que os casos de varíola dos macacos têm diminuído no mundo, o contrário acontece na República Democrática do Congo. O país registrou mais de 14 mil infecções suspeitas somente em 2023. No total, foram 650 mortes pela doença. 

E o cenário sugere que há subnotificação. Apenas cerca de 10% dos casos suspeitos de mpox na RDC em 2023 foram testados, devido à capacidade limitada de testes.

Em geral, cientistas se preocupam com uma região com alta incidência de casos da mpox. Na província de South Kivu, a doença tem se espalhado principalmente entre trabalhadoras sexuais, sugerindo que o vírus se adaptou para se transmitir facilmente por contato sexual.

Por isso, pesquisadores acreditam na mutação da cepa, o que a torna a disseminação mais rápida de humano para humano, com probabilidade de apresentar poucos sintomas.

Ao analisar os genes do vírus responsável pelo surto, cientistas encontraram mutações que indicam adaptação da cepa. Isso levou os autores do estudo a dar um novo nome à ela: clado Ib.

Ainda há agravantes. Primeiro, a República Democrática do Congo enfrenta também a disseminação da cólera no país, o que aumenta o risco de surto de mpox para além da área atual. 

Em segundo, South Kivu está lidando com “conflitos, deslocamentos, insegurança alimentar e desafios em fornecer assistência humanitária adequada”, cenário que também facilita a propagação do vírus.

Vacinas

A vacina contra a varíola também protege contra a varíola dos macacos. Contudo, no surto de 2022, elas foram administradas apenas em indivíduos com alto risco de contrair a doença. Ainda assim, poucas doses chegaram aos países africanos.

Agora, a República Democrática do Congo avalia a aprovação regulatória para essas vacinas. Quando isso acontecer, países como os Estados Unidos e o Japão já se comprometeram a fornecer milhares de doses. 

Mas uma campanha de vacinação adequada exigiria centenas de milhares, se não milhões de unidades, segundo especialistas.

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??????? ?? 7?? ??????????,??????,????????? //emiaow553.com/o-que-e-a-febre-do-oropouche-que-esta-crescendo-no-brasil/ Thu, 11 Apr 2024 21:03:59 +0000 //emiaow553.com/?p=563720 Febre do Oropouche tem mosquito como vetor e, apesar de ser mais comum no norte do país, mas já atingiu outras regiões. Veja mais

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O Brasil já confirmou 3.324 casos de febre do Oropouche em 2024, segundo dados atualizados na última terça-feira (9) pelo Ministério da Saúde. Em todo o ano de 2023, o país soma ao menos 832 casos, o que evidencia o avanço silencioso da doença.

Em geral, a região norte é a mais afetada. O estado do Amazonas lidera o ranking de maior número de casos, com 2.575 registros. Em seguida, estão Rondônia (592), Acre (110), Pará (29) e Roraima (18).

Embora esteja quase sempre restrita aos estados do norte do Brasil, desta vez a doença já atingiu estados do nordeste, do sudeste e também o Mato Grosso do sul, no centro-oeste.

A febre do Oropouche é parte da lista de doenças de notificação compulsória, uma vez que possui potencial de se tornar uma epidemia. Por causar sintomas parecidos com o da dengue, uma equipe do Ministério da Saúde foi enviada ao Acre para revisar os diagnósticos. 

Veja abaixo a faixa etária mais afetada pela doença em 2024.

O que é a febre do Oropouche, que está crescendo no Brasil

(Imagem: Ministério da Saúde/ Reprodução)

 

Sobre a febre do Oropouche

Há mais de 50 anos presente no Brasil, o vírus da febre do Oropouche foi identificado pela primeira vez durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Chamado de OROV (Orthobunyavirus oropoucheense), ele é um arbovírus, assim como aqueles que causam a dengue e a chikungunya.

Isso significa que o OROV também é transmitido tendo mosquitos como vetor. No caso da febre do Oropouche, são os insetos conhecidos como maruim (Culicoides paraensis e Culex quinquefasciatus) que costumam transmitir a doença

Assim como a dengue e a chikungunya, os sintomas da febre do Oropouche são dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, dor nas costas e lombar, náusea e diarreia. Além disso, a pessoa apresenta uma febre de início súbito.

Esses sinais tendem a durar de dois a sete dias, período em que é possível realizar um teste RT-PCR para identificar a presença do vírus OPOV no organismo. Como não há tratamento específico para a febre do Oropouche, os pacientes devem tratar os sintomas em acompanhamento com médico e permanecer de repouso.

Prevenção da doença

A transmissão acontece por mosquitos, e por isso autoridades sanitárias afirmam que a melhor prevenção é evitar a proliferação e as picadas dos vetores. As recomendações são as seguintes:

  • Remover objetos com água parada que possam ser possíveis criadouros de mosquitos;
  • Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível;
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo;
  • Aplicar repelente nas áreas expostas da pele.

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?????? ?????-yggdrasil?????????? //emiaow553.com/humanos-transmitem-mais-virus-aos-animais-do-que-eles-nos-transmitem-diz-estudo/ Sun, 07 Apr 2024 22:05:38 +0000 //emiaow553.com/?p=561389 Descoberta desafia a noção comum de que os animais são as principais fontes de doenças infecciosas para os humanos

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Normalmente quando pensamos em animais, a transmissão de doenças deles para a humanidade é considerado um grave problema. Porém ,um estudo publicado na revista científica Nature Ecology & Evolution, questiona esse risco e mostra que os animais é que precisam temer os humanos.

De acordo com a pesquisa conduzida pelo UCL Genetics Institute, da University College London, na Inglaterra, os seres humanos são mais propensos a transmitir vírus aos animais do que o contrário. Esta descoberta desafia a noção comum de que os bichos são as principais fontes de doenças infecciosas para os humanos.

A pesquisa analisou quase 12 milhões de sequências de genomas virais. Revelando que as doenças transmitidas pelos humanos aos animais são mais prevalentes do que se pensava anteriormente.

Dessa forma, os resultados indicam que 64% das transmissões virais são de humanos para animais, um fenômeno conhecido como zooantroponose.

Os animais afetados por essas transmissões incluem não apenas animais de estimação, como cães e gatos, mas também animais domesticados, como porcos e cavalos, além de uma variedade de espécies selvagens.

Perigos da humanidade para os animais

A pesquisa destaca o impacto significativo que os seres humanos têm sobre o meio ambiente e as outras espécies com as quais compartilhamos o planeta.

Segundo informações da agência Reuters, o estudo também observou que os animais selvagens têm muito mais probabilidade de sofrer uma transmissão humano-para-animal do que vice-versa.

Isso sugere que as atividades humanas, como a expansão urbana e a destruição de habitats naturais, podem estar facilitando essas transmissões.

A descoberta é particularmente relevante no contexto das pandemias recentes, onde a atenção tem se voltado para os vírus que saltam dos animais para os humanos, conhecidos como antropozoonoses.

No entanto, a zooantroponose representa uma ameaça igualmente importante para a saúde dos ecossistemas e a biodiversidade.

Os pesquisadores enfatizam a necessidade de uma abordagem mais holística para a saúde pública, que considere a saúde dos bichos e dos ecossistemas como parte integrante da saúde humana.

A prevenção de futuras pandemias pode depender não apenas de monitorar as doenças que recebemos dos animais, mas também daquelas que transmitimos a eles.

Este estudo serve como um lembrete de que nossa saúde está intrinsecamente ligada à saúde do mundo natural e que devemos agir com responsabilidade para proteger ambos.

A pesquisa continua a ser um campo vital para entender melhor as complexas interações entre humanos e animais. E para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e controle de doenças.

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??? ??? ????, ??? ???????? //emiaow553.com/estudo-revela-como-coronavirus-causa-desbalanco-nas-proteinas-de-celulas-humanas-abrindo-frente-para-novas-pesquisas/ Mon, 01 Apr 2024 22:53:09 +0000 //emiaow553.com/?p=560965 O vírus Sars-Cov-2 infecta vários tipos de células humanas, causando um desbalanço nas suas proteínas e no seu metabolismo

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisa mapeou proteínas de nove tipos de células do cérebro, sangue, sistema digestivo e tecido adiposo com funções alteradas pelo Sars-Cov-2
  • Alterações nas células vão de processos de transporte celular até mudanças no seu metabolismo
  • Resultados permitem formular tratamentos mais especializados para as diferentes manifestações da doença

O vírus da Covid-19 tem estratégias diversas para infectar células de diferentes regiões do corpo humano. Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e instituições parceiras traz novas respostas sobre como esse vírus age e mostra que ele modifica proteínas, alterando desde a estrutura das células até processos biológicos particulares como a produção de energia. Publicados na quarta (27) na revista “Scientific Reports? os achados avançam a pesquisa na área e podem servir para formular novos medicamentos e tratamentos para a Covid-19.

Para entender o processo de infecção causado pelo Sars-Cov-2, os pesquisadores mapearam o conjunto total de proteínas de diferentes células, com o uso de uma ferramenta chamada proteômica. Ao todo, foram mapeadas mais de 3 mil proteínas de nove diferentes tipos celulares infectados pelo vírus, incluindo células do cérebro, do sangue, do sistema digestivo e do tecido adiposo, que armazena gorduras.

No total, os estudiosos encontraram 1.652 proteínas que tiveram sua produção aumentada ou diminuída em resposta à infecção. Além disso, eles descobriram que a infecção afetou 151 reações bioquímicas que processam proteínas e outras moléculas para manter nosso corpo funcionando corretamente.

O trabalho demonstra que, durante a infecção, o vírus causa um desbalanço na produção de proteínas de cada célula, em diferentes células do corpo humano. Quando isso acontece, as funções biológicas relacionadas a essas proteínas ficam desreguladas, prejudicando o funcionamento do corpo.

Cada tipo celular apresentou seu próprio perfil de proteínas e atividades biológicas alteradas. Enquanto algumas células tiveram alterações mais significativas em processos de transporte celular, outras apresentaram mudanças na estrutura celular, por exemplo. Isso aprofunda o conhecimento sobre a forma como o vírus da Covid-19 infecta cada tipo de célula do organismo humano. Daniel Martins-de-Souza, coautor do estudo, explica: “Inicialmente, a gente achava que a Covid-19 era uma doença respiratória. Depois, a gente viu o quão versátil o vírus é, porque ele é capaz de invadir outros tipos celulares?

Apesar da singularidade de cada célula, um processo se mostrou alterado em todos os tipos celulares analisados: o metabolismo energético, ou seja, a forma como as células produzem e lidam com a energia. De acordo com o estudo, esse pode ter sido um mecanismo usado pelo vírus para se multiplicar dentro do corpo e garantir sua sobrevivência. “O vírus toma conta da maquinaria celular e passa a usar o mecanismo de produção de energia para ele próprio se replicar, podendo prejudicar ou, até mesmo, esgotar a célula? explica o pesquisador.

Para Martins-de-Souza, entender as respostas específicas que o vírus ativa em cada tipo de célula é essencial para formular tratamentos mais especializados ou focados nas sequelas da Covid-19, que dependem da célula infectada. “Saber o que afeta uma célula hepática, por exemplo, é importante para tratar pessoas que desenvolveram problemas hepáticos por causa da infecção do Sars-Cov-2, e assim por diante?

O estudo abre caminho para futuros estudos que investiguem os mecanismos de ação do vírus. Para ajudar em futuros projetos, o grupo de pesquisa da Unicamp desenvolveu uma ferramenta virtual que permite acessar cada proteína individualmente e verificar como ela foi alterada em cada uma das células. Esse banco de dados pode ser usado por diferentes grupos de pesquisa.

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??? ??????? ??- ??? ??? ??? //emiaow553.com/epidemia-de-gripe-aviaria-se-espalha-e-ja-atinge-vacas-que-produzem-leite/ Tue, 26 Mar 2024 20:39:48 +0000 //emiaow553.com/?p=560547 Casos mostram como a gripe aviária está se espalhando, mesmo nas áreas mais remotas do planeta. Entenda

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Autoridades do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos emitiram um alerta nesta terça-feira (26) para um novo surto de gripe aviária. De acordo com órgão norte-americano, o vírus já está atingindo o gado leiteiro nos estados do Texas e Kansas.

Agora, as agências federais e estaduais estão realizando novos testes e fazendo o sequenciamento do genoma viral para entender melhor a situação.

O alerta acontece no mesmo dia que autoridades do Alasca confirmaram pela 1ª vez a morte de um urso polar pelo vírus da gripe aviária H5N1.

Os pinguins da mesma região também testaram positivo para o vírus, apesar de não mostrarem sinais externos de doença. O medo é que o vírus cause a morte em massa de colônias dos animais. Isso mostra como a gripe aviária está se espalhando, mesmo nas áreas mais remotas do planeta.

A gripe aviária é uma doença causada por uma cepa do vírus Influenza, neste momento a H5N1. Ele circula principalmente entre aves. Algumas dezenas de infecções em humanos são registradas a cada ano, porém sempre por meio do contato próximo com o animal infectado, e nunca entre pessoas.

Notificada pela primeira vez em 1878, na Itália, a chamada praga aviária só foi classificada como Influenza A em 1955. O primeiro relato de contágio pela variedade H5N1 ocorreu em 1997, em Hong Kong. O Brasil, até 15 de março de 2023, nunca havia registrado focos da doença.

Gripe aviária em outros animais é preocupante, alerta especialista

Ottorino Cosivi, da Organização Pan-Americana da Saúde, alerta para a ocorrência de casos de influenza em outros animais, como em mamíferos.

“A principal preocupação é que o vírus possa apresentar adaptabilidade a diferentes espécies, especialmente mamíferos que podem ser biologicamente mais próximos dos seres humanos”, disse o especialista em um comunicado.

Para evitar a disseminação acelerada do vírus, Cosivi recomenda que os sistemas de vigilância de influenza nacionais, regionais e globais existentes monitorem de perto os vírus circulantes nesses animais.

“A fim de detectar possíveis mudanças e adaptabilidade para a transmissão humana. Isso também se aplica a outros subtipos de influenza aviária, não apenas ao A H5N1. Mas também como a outras influenzas zoonóticas, como a gripe suína”, disse.

Situação no Brasil

Atualmente, o Brasil soma agora um total de 151 casos da doença se espalhando em animais silvestres. Dessas ocorrências, 147 foram identificadas em pássaros e quatro em leões-marinhos.

Assim, apesar desses números, o Ministério da Agricultura frisou que as notificações de influenza aviária em aves silvestres e de subsistência não afetam o status do Brasil como um país livre do vírus.

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?????? ????????????? //emiaow553.com/nanoemulsao-de-oleo-de-copaiba-apresenta-potencial-antiviral-contra-o-zika/ Tue, 26 Mar 2024 20:11:33 +0000 //emiaow553.com/?p=560526 Resultados de testes com a substância, divulgados na PLOS ONE, abrem caminho para o desenvolvimento de medicamentos ou vacinas contra a doença

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Texto: Julia Moióli | Agência FAPESP

Em artigo publicado na revista PLOS ONE, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) descreveram uma potencial estratégia de combate ao vírus zika (ZIKV). O artigo mostra resultados de testes in vitro que apontaram efeito antiviral de uma nanoemulsão de óleo de copaíba (Copaifera officinalis), planta usada por indígenas da região amazônica para tratar doenças de pele.

Há cerca de oito anos, o zika se revelou capaz de causar em bebês uma síndrome congênita que inclui alterações visuais, auditivas e neuropsicomotoras. Em adultos também pode provocar transtornos neurológicos, como a síndrome de Guillain-Barré. Até o momento, não há vacinas ou opções específicas para tratar a infecção.

O Brasil foi um dos países mais afetados pelo problema, com mais de 250 mil casos suspeitos só em 2016. Apesar de o pior momento da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti ?transmissor também dos vírus dengue e chikungunya ?ter passado, o vírus zika ainda circula pelo país. Embora nenhuma morte por zika tenha sido registrada em 2024, os casos prováveis aumentaram cerca de 16% nos três primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. São um pouco mais de 1,3 mil, praticamente todos no Espírito Santo, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados na última terça-feira (19/03) pela Agência Brasil.

“Além de indicar caminhos para o desenvolvimento de terapias para uma doença negligenciada, é importante ressaltar que se trata de um óleo natural ?e usado em pequena quantidade, o que poderia facilitar o desenvolvimento de um futuro fármaco? afirma Marilia de Freitas Calmon, pesquisadora do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce) da Unesp, campus de São José do Rio Preto.

O estudo, que contou com financiamento da FAPESP, foi iniciado com ensaios que confirmaram a estabilidade das nanoemulsões por 60 dias, quando armazenadas a 4° C, e sua capacidade de ser internalizada pelas células infectadas pelo vírus.

Na sequência, foram feitos tratamentos simultâneos com a nanoemulsão a uma concentração máxima não tóxica de 180 microgramas por mililitro (μg/mL). Os resultados foram comparados com os de outra formulação sem o óleo de copaíba. Foi observada uma inibição viral de 80% para a versão com o óleo e de 70% para a versão sem, ou seja, tanto a estrutura da nanoemulsão quanto sua associação com o óleo apresentaram a atividade.

Os pesquisadores também fizeram um ensaio de dose-dependência para verificar se uma concentração aumentada melhoraria a capacidade de inibição nos níveis de RNA viral, o que foi confirmado.

Próximos passos

Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores são cautelosos: como a nanoemulsão sem óleo também apresentou atividade antiviral, existe a possibilidade de parte do efeito estar relacionada à composição da lecitina do ovo (principalmente fosfatidilcolina) presente na estrutura da nanoemulsão. Outros estudos já demonstraram, inclusive, capacidade inibitória de nanoemulsão lipídica derivada de alimentos naturais.

Além disso, faltam detalhes sobre como a replicação do ZIKV é inibida. A coordenadora da pesquisa explica que são necessários estudos adicionais para identificar, por exemplo, em quais etapas isso ocorre. “Com essas informações, seria possível determinar a maneira como um futuro medicamento poderia ser utilizado: como pré-tratamento ou após a infecção? acredita Calmon.

Por enquanto, a prevenção se mantém como a melhor maneira de combater a doença, segundo o Ministério da Saúde, que recomenda evitar acúmulo de água em calhas, caixas d’água abertas, lajes, pneus e vasos, locais onde o Aedes aegypti deposita seus ovos ?o que ajuda também no combate à dengue.

Caso apresente sintomas como febre abrupta, dor de cabeça, atrás dos olhos, nas articulações e no corpo; náuseas, vômitos e dores abdominais; além de coceira e manchas vermelhas na pele, a orientação é procurar o serviço de saúde o quanto antes.

O artigo Synthesis of copaiba (Copaifera officinalis) oil nanoemulsion and the potential against Zika virus: An in vitro study pode ser lido em: //journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0283817.

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???? ???? ???????????? //emiaow553.com/um-virus-antigo-ajudou-na-evolucao-do-cerebro-de-vertebrados-diz-estudo/ Sun, 24 Mar 2024 19:01:19 +0000 //emiaow553.com/?p=559272 Segundo pesquisa, o retrovírus foi essencial para o desenvolvimento da mielina, proteína que reveste células nervosas

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Um retrovírus pode ter ajudado a tornar pensamentos rápidos e cérebros complexos possíveis. É o que sugere um novo estudo publicado na revista Cell, que descreve como o RetroMyelin — apelido do vírus antigo — foi essencial para o desenvolvimento da mielina, proteína necessária para isolar as fibras nervosas.

Embora não seja comum, outros retrovírus também já ficaram conhecidos por auxiliar a evolução da placenta e do sistema imunológico, por exemplo.

O papel do RetroMyelin

O RetroMyelin não consegue produzir uma proteína por si só. Em geral, os retrovírus fazem cópias de DNA para se incorporarem ao material genético do hospedeiro. Raramente, essas inserções podem se tornar uma parte permanente do que somos, sendo transmitidas de pais para filhos.

Contudo, o novo estudo evidenciou que o RetroMyelin se liga a uma proteína chamada SOX10. Juntos, eles ativam a produção de uma proteína básica da mielina, que é responsável por envolver a fibra em de forma apertada ao redor das células nervosas.

O que mudou com o vírus antigo

Com o revestimento de gordura e proteína proporcionado pela mielina, as fibras nervosas conseguem enviar sinais elétricos mais rapidamente do que os nervos não isolados. Além disso, essas fibras, também chamadas de axônios, podem ser mais finas e crescer mais.

Isso, por sua vez, permite que os animais cresçam mais. Não à toa, o papel do retrovírus aparece na evolução de vertebrados com mandíbulas. De acordo com os pesquisadores, que analisaram genes que podem influenciar a produção de mielina, há altos níveis de RNA deste retrovírus em peixes, anfíbios e mamíferos.

Além disso, os cientistas descobriram também que cada espécie entre as analisadas possuem sua própria versão de RetroMyelin. Por isso, eles concluíram que o retrovírus infectou várias espécies em momentos diferentes.

Ainda assim, todas as infecções resultaram na mesma característica evolutiva – algo que a ciência chama de evolução convergente.

“Como resultado da mielina, os cérebros se tornaram mais complexos e os vertebrados se tornaram mais diversos. Se a mielinização não tivesse acontecido na evolução inicial dos vertebrados, não teríamos toda a galáxia de diversidade de vertebrados que vemos agora”, conclui Robin Franklin, um dos autores da pesquisa.

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??? ?? ??? Archives??? ??- ??? //emiaow553.com/cientistas-da-ufpr-criam-teste-da-covid-19-usando-sensor-optico/ Mon, 19 Feb 2024 17:45:46 +0000 /?p=552671 Descoberta representa avanço na luta contra a Covid-19 e abre caminho para o desenvolvimento de testes clínicos mais seguros e baratos

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A pandemia de Covid-19 mobilizou cientistas em todo o mundo na busca por novas ferramentas para combater o vírus. Na UFPR (Universidade Federal do Paraná), uma parceria entre físicos e bioquímicos resultou na criação de um biossensor ótico capaz de identificar a presença do vírus.

O DiNE (Grupo de Pesquisa de Dispositivos Nanoestruturados) e o NFN (Núcleo de Fixação Biológica de Nitrogênio) uniram forças para desenvolver um dispositivo que pode detectar pequenas quantidades de anticorpos, oferecendo alta sensibilidade e reduzindo o risco de falsos negativos.

O biossensor, no entanto, detecta apenas o anticorpo, o que limita seu uso após a vacinação em massa. Mas os pesquisadores já estão adaptando o dispositivo para detectar o vírus diretamente.

De acordo com o professor Emanuel Maltempi, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, o biossensor poderia ter sido uma ferramenta valiosa para testes mais práticos e rápidos durante a pandemia. “Seria uma técnica muito barata que poderia ser usada até no consultório do médico com uma gota de sangue do dedo? afirmou em um comunicado.

O que são biossensores e como eles detectam a Covid

Os biossensores possuem três elementos. Um biorreceptor, um transdutor (que converte um sinal bioquímico em um sinal mensurável) e uma unidade de processamento de sinal.

Quando o biorreceptor interage com o material de análise, ele gera um sinal. Um exemplo famoso é o sensor de glicose oxidase, que detecta a presença de glicose no sangue.

No caso do biossensor desenvolvido pela UFPR, ele forma-se camada a camada usando um polímero semicondutor F8T2 como base. Quando este material é submetido a uma fonte de luz, ele emite um padrão luminoso conhecido pelos cientistas.

Quando fazemos o exame com o material coletado de um paciente com Covid-19, reproduzimos o processo do vírus causador da Covid-19 se ligando à célula para introduzir seu material genético, mas na superfície do biossensor. Assim, quando o anticorpo se liga ao antígeno presente no sensor, ele altera a fotoluminiscência do polímero, indicando a presença do vírus.

De acordo com a UFPR, esta descoberta representa um grande avanço na luta contra a Covid-19. Ela também abre caminho para o desenvolvimento de testes clínicos mais seguros e baratos.

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?? ??? ??? ??? ?? ???????? //emiaow553.com/quais-os-sintomas-da-variola-do-alasca-matou-um-nos-eua/ Mon, 19 Feb 2024 11:01:13 +0000 /?p=552537 Doença já era conhecida há nove anos, mas havia causado apenas infecções leves em seis pessoas; vítima de varíola do Alasca estava debilitada

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As autoridades de saúde dos EUA conhecem o vírus Alaskapox, ou varíola do Alasca, há nove anos, mas consideravam a doença como algo controlado. Até agora, apenas 6 pessoas haviam sido contaminadas. No entanto, na última semana, a infecção pelo vírus resultou na morte de um homem — e trouxe um novo alerta à população.

Sobre a doença

O Alaskapox pertence a uma família de vírus chamada orthopoxvírus, que podem infectar animais e humanos. Em geral, a doença tende a causar lesões na pele, assim como outros tipos de varíola — a tradicional, a varíola dos camelos, varíola bovina, varíola dos cavalos e varíola dos macacos

Embora tenham essa característica em comum, cada uma tem seus próprios sintomas e algumas são consideradas mais perigosas do que outras. A varíola do Alaska, por exemplo, costuma causar inchaço nos gânglios linfáticos, bolinhas com pus na pele, além de dor nas articulações ou músculos.

Além de rara, ela costuma se manifestar de maneira leve. Dessa forma, o último caso surpreendeu as autoridades de saúde do Alasca.

Entenda o caso

A primeira vítima da varíola do Alasca foi um homem idoso, que estava em tratamento para combater um câncer. Por isso, ele tinha um sistema imunológico suprimido devido aos medicamentos que tomava.

Depois de notar uma ferida na axila, em setembro de 2023, ele buscou atendimento médico com queixas de fadiga e dor ardente. Por dois meses, médicos seguiram investigando seu quadro, até que em novembro o paciente foi hospitalizado. 

Sua morte ocorreu no mês passado e o boletim foi divulgado na última semana pelas autoridades de saúde pública do Alasca.

Contaminação

O caso levantou suspeita para a contaminação espalhada de varíola do Alasca por meio de animais infectados. A primeira vítima da doença vivia em uma região remota e arborizada do estado americano e havia sofrido diversos arranhões de um gato de rua. Um deles era na axila.

Descoberto em 2015, o Alaskapox já foi encontrado principalmente em pequenos mamíferos, como ratos e musaranhos. Contudo, as autoridades alegam que animais de estimação, como cães e gatos, também podem carregar o vírus.

Dessa forma, especialistas alertam para que as pessoas evitem tentar manter a vida selvagem como animais de estimação. Além disso, sugerem que donos de animais mantenham seus pets a uma distância segura e lavem as mãos sempre que entrar em contato com o bichinho.

Até hoje, não existem evidências de que um humano transmitiu a varíola do Alasca para outra pessoa.

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