???????????????????????? / Vida digital para pessoas Sun, 10 Nov 2024 11:59:19 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6.2 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ??????????????, ?????????? / 32 32 ??????? Archives??? ??- ??? ??? //emiaow553.com/pesquisadores-denunciam-ias-por-preconceito-racial-e-de-genero/ Sun, 10 Nov 2024 18:00:11 +0000 //emiaow553.com/?p=607345 Sistemas de inteligência artificial reproduzem preconceitos de gênero e raça durante a triagem de currículos, conclui estudo da Universidade de Washington (EUA)

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Especialistas em inteligência artificial (IA) alertam, já há alguns anos, para os vieses de preconceito que a tecnologia aplicada em algumas áreas, como segurança pública, pode demonstrar. Ainda assim, a aplicação da tecnologia é encarada como a solução para problemas em vários setores. Veja um novo estudo sobre isso abaixo.

Há alguns anos, a Amazon foi obrigada a deixar de utilizar uma ferramenta de IA que recrutava novos funcionários por ter uma conduta contra mulheres. Embora a empresa de Jeff Bezos tenha parado de usar o software, muitas organizações ainda recorrem à tecnologia para triagem de currículos.

Novo estudo de preconceitos de IA

Um estudo recente conduzido por pesquisadores da Universidade de Washington constatou que grandes modelos de linguagem reproduzem preconceitos de raça e gênero durante a análise de currículos para posições de trabalho e acabam beneficiando, na esmagadora maioria das vezes, homens brancos.

A pesquisa analisou, dessa maneira, centenas de currículos e descrições de vagas através de três modelos MTE baseados no Mistal-7B LLM. Ao invés de utilizar comandos objetivos, como perguntas sobre se um currículo se encaixa ou não na descrição de vagas, os cientistas geraram pontuações de relevância para cada currículo e anúncio de vaga.

Primeiro, para avaliar a confiabilidade dos resultados, os pesquisadores executaram os modelos sem nomes. E, posteriormente, rodaram os sistemas de IA novamente com os nomes que atingiram altas pontuações raciais. E também de gênero com base no uso real em grupos da população.

Por fim, os 10% de currículos considerados mais compatíveis para cada posição de trabalho foram analisados. A ideia era ver se grupos raciais foram escolhidos em maiores ou menores taxas.

Os resultados

Os resultados concluíram que, em todos os modelos 85% dos nomes escolhidos tinham maior incidência na branca, enquanto nomes negros foram elegidos em apenas 8,6%. Quando o recorte era gênero, os nomes masculinos foram escolhidos em 51,9% dos casos contra 11% dos femininos.

Quando a comparação foi entre nomes masculinos, os negros não foram escolhidos em nenhuma ocasião.

IA generativa cria versão caipira de “Game of Thrones?/a>

Meta desenvolve mecanismo de busca alimentado por IA

As tendências se repetiram em todos os modelos. O que revela que isso é uma consequência do tipo de dado para treinamento usado no desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial.

O estudo mostra que, embora sejam encarados como ferramentas imparciais durante o processo de seleção de candidatos, os sistemas reproduzem os mesmo vieses que recrutadores humanos podem ter durante o processo de seleção para posições de trabalho.

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??????,??????????????? //emiaow553.com/empresa-brasileira-desenvolve-monoculo-capaz-de-captar-o-calor-emitido-pelo-corpo/ Fri, 08 Nov 2024 22:31:13 +0000 //emiaow553.com/?p=608747 Equipamento de uso militar foi projetado para detectar pessoas na escuridão e em ambientes com fumaça, poeira e nevoeiro

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Imagem: Yuri Vasconcelos / Revista Pesquisa Fapesp

Um dispositivo óptico que permite que forças militares, policiais e de segurança identifiquem a presença de pessoas, animais, instalações e veículos em condições adversas de luminosidade, apenas pelo calor que emitem, foi desenvolvido pela empresa brasileira especializada em sistemas optrônicos Opto Space & Defense, pertencente ao Grupo Akaer. Sediada em São José dos Campos, a Akaer tem como foco a fabricação de estruturas, equipamentos e sistemas para os setores aeroespacial e de defesa. O monóculo de imagem térmica Olhar, primeiro do gênero criado por uma companhia nacional, foi projetado a partir de requisitos definidos pelo Exército brasileiro. Um primeiro lote com 21 aparelhos foi homologado em agosto, após mais de um ano em testes pela força militar.

“O Olhar foi projetado para ser um equipamento robusto, leve e com dimensões reduzidas. Esse desenvolvimento demonstra que o país detém o conhecimento de visão termal e pode fabricar seus próprios equipamentos. Com ele, ficamos independentes de questões geopolíticas que dificultam a aquisição desses aparelhos pelas Forças Armadas brasileiras? afirma o engenheiro eletrônico Cláudio Carvas, diretor-presidente da Opto Space & Defense. O projeto, iniciado há mais de 15 anos, foi feito em parceria com o Centro de Tecnologia do Exército (CTEx) e recebeu apoio, em seu estágio inicial, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Imagem captada pelo Olhar durante testes do equipamento por tropas do Exército

Imagem captada pelo Olhar durante testes do equipamento por tropas do Exército. Imagem: Exército brasileiro

Menos de 10 países do mundo, entre eles China, Estados Unidos, França, Israel e Reino Unido, dominam a tecnologia de fabricação de monóculos de visão termal para uso militar ?e quem tem essa capacidade restringe a comercialização dos dispositivos.

“A visão termal é fundamental para quem entra em guerra. Especialistas em defesa costumam dizer que o soldado brasileiro é cego, porque guerra de dia a gente só vê no cinema. O conflito real acontece à noite, quando as dificuldades são grandes e equipamentos como o monóculo criado pela Akaer são essenciais? sustenta o físico Jarbas Caiado de Castro Neto, do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP), que não participou diretamente do desenvolvimento.

Dispositivos como o Olhar detectam a radiação infravermelha, associada ao calor, emitida pelo corpo humano ou por objetos, e a convertem em uma imagem visível. Para isso, são dotados de sensores, normalmente feitos de silício amorfo ou óxido de vanádio, capazes de captar a emissão de radiação térmica dos corpos. A radiação infravermelha detectada é convertida em sinais elétricos que, por sua vez, são processados dando origem a uma imagem térmica em que diferentes cores ou tons representam diferentes temperaturas. Essa imagem é exibida em um display.

O monóculo criado pela Opto Space & Defense poderá ser usado não apenas em operações militares, mas também em missões de resgate para localizar pessoas, animais e objetos quentes em condições de pouca ou nenhuma visibilidade, como em ambientes com fumaça, poeira e nevoeiro. “O dispositivo detecta partes quentes em uma imagem, seja numa operação noturna ou diurna. Essa é sua grande função? diz Carvas. “Na maioria das aplicações, o Olhar pode ser utilizado para aumentar a capacidade de observação do usuário.?/p>

Com cerca de 800 gramas e 155 milímetros (mm) de comprimento por 72 mm de largura e 67 mm de altura, o Olhar pode ser operado manualmente ou acoplado a capacetes, fuzis e metralhadoras. Diferentemente da maioria dos concorrentes internacionais, o dispositivo brasileiro tem duas opções de lentes intercambiáveis, com distâncias focais de 14 mm (modelo básico) e 54 mm (modelo Caçador), que aproxima mais a imagem.

Modelo avançado

Carvas explica que o Olhar difere dos óculos de visão noturna. Os militares norte-americanos usaram esses últimos na missão de captura e morte do terrorista Osama Bin Laden, no Paquistão, em 2011. “Não é a mesma tecnologia. Óculos de visão noturna são intensificadores de luz, ou seja, captam uma luz mínima existente no ambiente e a amplificam para formar uma imagem. O monóculo termal independe da luz ambiente.?/p>

De acordo com a Akaer, que este ano se tornou a primeira empresa brasileira do setor aeroespacial a obter o status de fornecedora global de nível 1, ou Tier 1 (ver box), o monóculo se vale do que há de mais avançado em termos de microeletrônica, mecânica de precisão e óptica. “O projeto óptico das objetivas termais e ocular garante elevado desempenho que se traduz em imagens com alto contraste e baixa distorção? afirma o executivo da Opto Space & Defense.

Na área de eletrônica, foram desenvolvidas placas de circuito impresso com dimensões reduzidas contendo componentes com encapsulamentos muito pequenos. Também foram utilizados módulos de processamento e um microdisplay com tecnologia Oled, que usa diodos orgânicos emissores de luz, além de um sensor termal de alta resolução, comprado no exterior.

“Para a estrutura mecânica, foi necessário projetar e fabricar o corpo do monóculo em dimensões reduzidas, de forma que ele pudesse abrigar e garantir a segurança dos componentes internos? informa Carvas. “O conjunto mecânico teve que assegurar o alinhamento óptico do sensor termal e da objetiva, sem o qual a imagem não teria boa resolução e nitidez.?A robustez do sistema foi outro pré-requisito estabelecido pelo Exército. O monóculo resiste por 30 minutos dentro d’água e saiu-se bem nos testes de resistência ao choque, conforme a Akaer.

“Trata-se de uma tecnologia desafiadora? reconhece Castro Neto, do IFSC-USP, que acompanhou o projeto de uma primeira versão do monóculo. Batizado de VDN X-1, ele começou a ser projetado em 2007 nos laboratórios da startup Opto Eletrônica, de São Carlos, da qual o físico foi um dos criadores. Em 2016, a divisão Espaço e Defesa (E&D) da empresa foi comprada pela Akaer e rebatizada de Opto Space & Defense. Três anos depois, o projeto do monóculo foi retomado.

Desenhar e fabricar lentes de visão termal, assim como planejar sua eletrônica, é uma tarefa considerada das mais complexas por quem conheceu o projeto. “Diferentemente das lentes para câmeras no espectro visível, as termais precisam ser feitas de materiais muito específicos, como sulfeto de zinco, silício e germânio, cuja disponibilidade é limitada. O design do sistema óptico é intrincado e precisa ser projetado para anular aberrações cromáticas, distorções e outros problemas, a fim de que se tenha uma imagem precisa? diz o pesquisador da USP.

Procurado por Pesquisa FAPESP, o Exército limitou-se a informar, por meio de nota, que “a avaliação do projeto foi encerrada recentemente e o equipamento ainda está em estudos para adoção? Durante os processos de avaliação técnica e operacional e homologação, foram analisados múltiplos requisitos de desempenho em laboratório e em campo, segundo normas compatíveis com as definidas pelas Forças Armadas dos Estados Unidos. O lote com 21 aparelhos entregue ao Exército no ano passado foi submetido a testes de suscetibilidade eletromagnética, emissão sonora, resistência a altas e baixas temperaturas, areia, umidade, entre outros.

Ainda não há uma definição sobre quando o monóculo será incorporado ao braço terrestre das Forças Armadas. “Não sabemos quantos aparelhos serão adquiridos nem quando. Mas já recebemos consultas de outros países interessados no equipamento. A venda para o exterior, contudo, depende da autorização do Exército, já que o projeto foi encomendado por ele? afirma o diretor da Opto Space & Defense.

A Akaer não revela o preço do monóculo. O valor, segundo a empresa, depende de algumas variáveis, como o número de unidades previstas na negociação. Monóculos de imagem térmica já em operação ?como os das norte-americanas Teledyne Flir Systems e L3Harris Technologies, uma das fornecedoras do Exército dos Estados Unidos, da britânica BAE Systems e da israelense Elbit Systems ?custam a partir de US$ 3 mil e podem superar US$ 20 mil. O valor varia conforme as características do dispositivo, o nível de sofisticação tecnológica, os acessórios, entre outros fatores. “O Olhar será competitivo. Não seremos o mais caro nem o mais barato do mercado? destaca Carvas.

D328eco: Akaer é a responsável pela fabricação da fuselagem dianteira do turboélice alemão. Imagem: Deutsche Aircraf

Fornecedora mundial

Akaer é a primeira empresa brasileira qualificada como fornecedora global de nível 1 para o setor aeroespacialEm março deste ano, a Akaer, empresa de engenharia do polo aeroespacial de São José dos Campos, no interior paulista, foi selecionada pela fabricante alemã Deutsche Aircraft para projetar e fabricar a fuselagem dianteira do D328eco, turboélice com 40 lugares destinado a mercados regionais. Com o contrato, a companhia tornou-se a primeira empresa brasileira fornecedora global nível 1 (Tier 1) para o mercado aeroespacial, meta que vinha perseguindo nos últimos anos (ver Pesquisa FAPESP nº 270).

“A qualificação da Akaer como Tier 1 é um marco para a indústria aeronáutica brasileira? destaca o economista Marcos José Barbieri Ferreira, da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), especialista em indústria aeroespacial e de defesa. “Apesar de termos no país a terceira maior fabricante de aviões do mundo, a Embraer, ainda não tínhamos uma companhia Tier 1.?/p>

Ele explica que empresas com essa capacidade são fornecedoras de primeiro nível de componentes estruturais, segmentos e sistemas aeronáuticos complexos, tais como asas, fuselagem (aeroestruturas), trens de pouso, motores e aviônicos. O Brasil, até então, só tinha companhias Tier 2 e 3, normalmente empresas de pequeno e médio portes fornecedoras de componentes com menor valor agregado, como peças usinadas ou materiais compósitos que irão compor estruturas maiores.

O turboélice D328eco, destinado a uso civil ou militar, está sendo projetado para voar com o chamado combustível sustentável de aviação (SAF), solução em adoção pela indústria aeronáutica para reduzir a pegada de carbono do setor (ver Pesquisa FAPESP nos 317 e 337). A Akaer estima que a primeira fuselagem fabricada no Brasil será entregue no fim do próximo ano. A aeronave está programada para entrar em operação comercial no quarto trimestre de 2027.

Jato supersônico e foguete

A empresa de São José dos Campos participa de outro projeto internacional de grande porte, a construção do jato militar supersônico Hürjet, da Turquia. A Turkish Aerospace Industry (TAI), líder da iniciativa, selecionou a Akaer como parceira para o desenvolvimento e o detalhamento do projeto estrutural, do cálculo estrutural e das instalações de sistemas da fuselagem traseira, partes da fuselagem central e instalações da empenagem (superfícies traseiras) do Hürjet. O primeiro protótipo fez seu voo inaugural em abril de 2023.

“O maior desafio nesse projeto foi revisar a concepção e ter toda a documentação do primeiro protótipo liberada em um prazo extremamente curto? destacou, em nota à imprensa, o vice-presidente de Operações, Fernando Ferraz. “Atender a esse desafio só foi possível em razão da larga bagagem acumulada no desenvolvimento de produtos aeronáuticos complexos para os setores de defesa, aviação executiva e civil.?/p>

A Akaer também está envolvida em projetos estratégicos nacionais, como a revitalização da aeronave de patrulha P-3AM Orion, da Força Aérea Brasileira (FAB), e o desenvolvimento de um novo veículo lançador de pequeno porte capaz de levar ao espaço nano e microssatélites.

No exterior, participa de um projeto em andamento, o Deep Underground Neutrino Experiment (Dune), nos Estados Unidos. A Akaer construiu, por meio de sua controlada Equatorial Sistemas e do apoio de físicos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), uma das máquinas que equiparão o experimento.

A reportagem acima foi publicada com o título ?strong>À procura do calor?na edição impressa nº 344, de outubro de 2024.

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????? ???? ???????????? //emiaow553.com/estagio-em-tecnologia-startup-aposta-em-50-de-vagas-para-mulheres/ Tue, 05 Nov 2024 22:11:39 +0000 //emiaow553.com/?p=606392 Mercado de tecnologia tem grande demanda, mas tem déficit de mulheres; como reverter essa tendência masculina nos estágios?

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Como está a situação de estágio para mulheres na tecnologia? Em 2021, dados da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) mostraram que o mercado de TI, um dos mais promissores do momento, precisará de 797 mil profissionais até 2025.

Porém, os 53 mil profissionais formados por ano não devem suprir a demanda, resultando em um déficit de cerca de 106 mil talentos anuais. Além disso, o levantamento apontou ainda um déficit de mulheres e pessoas negras na área. Para se ter uma ideia, a proporção de homens para mulheres nos cursos de TI, por exemplo, é de cerca de 85% e 15%, respectivamente.

O mesmo ocorre até no setor da indústria de ficção, onde um estudo de pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, mostrou que, dos 116 profissionais que atuam com inteligência artificial nos longa-metragens mais influentes sobre o tema, apenas nove são mulheres.

O estágio para mulheres

Uma das formas de combater esses problemas é através do compromisso por parte das empresas. A Select Soluções, startup líder no mercado de tecnologia em nuvem, por exemplo, criou o Programa de Estágio Tech Selekers, uma iniciativa que visa preparar os estagiários, aprimorando suas habilidades técnicas e comportamentais.

De acordo com Michele Cliber, gerente de People da Select, a taxa de retenção do programa é de apenas um desligamento em nove meses. “Temos nos esforçado para aprimorar o programa continuamente, criando mecanismos que minimizam desligamentos voluntários e promovem uma cultura de trabalho em equipe e resolução de conflitos”, disse.

Um dos principais diferenciais do programa é a tentativa de tornar o meio mais atrativo para mulheres, com 50% de suas vagas destinadas a elas.

Como é ser uma mulher profissional de tecnologia?

Hoje efetivada, a ex-estagiária Julia Werlang, da Select, contou sobre sua experiência como uma mulher na área de tecnologia. Segundo ela, sua principal dificuldade no processo de estágio foi relacionada à autoconfiança, tanto para ela quanto para outras colegas.

“A gente sente que a cobrança é muito maior”, disse. “Uma cobrança não da empresa em si, mas da sociedade no geral, porque a gente precisa fazer dez vezes mais em toda a posição que a gente vai estar. E isso eu sinto que não é só para a mulher em tecnologia, é para a mulher em geral. Mas como a tecnologia é uma área que é muito ocupada por homens, a gente sente que a gente tem que fazer dez vezes mais para a gente conseguir ser notada.”

Werlang também acredita que o baixo número de mulheres no meio, em relação a homens, se deve, em partes, à falta de incentivo.

“Nós, mulheres, não somos incentivadas desde pequenas a mexer com tecnologia. Eu, por exemplo, não sou uma pessoa que cresceu brincando com computadores. Eu comecei na área de tecnologia porque fiz um técnico em informática […] porque era o único curso que tinha de ensino médio e depois acabei gostando”, contou.

Por essa razão, ela ressalta a importância de vagas afirmativas, como as da Select. “Nesse processo de conseguir vaga, recebi muitos nãos, fiz muita entrevista… Você começa também a duvidar do seu potencial, por mais que você, lá no fundo, saiba que […] eu sei que eu faço um bom trabalho, eu sei que sou boa, mas você começa a duvidar por conta desses nãos que você vai recebendo”, concluiu.

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??? ?? ??? ??? ??? //emiaow553.com/brasileiros-participam-do-maior-experimento-internacional-que-vai-estudar-neutrinos/ Fri, 25 Oct 2024 17:20:38 +0000 //emiaow553.com/?p=605332 Pesquisadores criaram método de purificação de argônio líquido para o projeto Dune

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Texto: Renata Fontanetto/Revista Pesquisa Fapesp

Uma inovação tecnológica brasileira deverá ser usada pelo Deep Underground Neutrino Experiment (Dune), empreendimento bilionário liderado pelo Fermilab, o principal laboratório de física de partículas dos Estados Unidos, com previsão de início de funcionamento até o final desta década. Com o apoio de outras instituições de pesquisa e empresas nacionais, uma equipe de físicos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um método de filtragem que retira um tipo de impureza comumente encontrada no argônio líquido: átomos de nitrogênio.

Mantido a 184 graus Celsius (oC) negativos em câmaras, o argônio, que é um gás nobre à temperatura ambiente, torna-se líquido e pode ser empregado para atingir o principal objetivo do experimento: a detecção de neutrinos, misteriosas partículas subatômicas que quase não têm massa, não apresentam carga elétrica e interagem muito pouco com qualquer material. Por ter núcleo atômico relativamente pesado, esse elemento químico tem maior probabilidade de interagir com os neutrinos, a segunda partícula mais abundante do Universo depois dos fótons (partículas de luz).

As câmaras de argônio líquido são o que há de mais avançado para a detecção de neutrinos. Quanto maior seu volume, maior a probabilidade de interação com as partículas. Por isso, o Dune terá quatro piscinas, cada uma com 17 mil toneladas desse elemento químico liquefeito. No entanto, alguns contaminantes dentro do tanque podem comprometer os resultados dos experimentos. Os três mais comuns são o oxigênio, a água e o nitrogênio. Para os dois primeiros tipos de impurezas, existem filtros moleculares eficientes. Para o nitrogênio, não ?ao menos até a equipe brasileira aparecer com seu invento.

Os contaminantes são encontrados geralmente numa ordem de grandeza abaixo de 10 partes por milhão (ppm), ou seja, de pouquíssimos microgramas em cada grama de argônio. “Esse nível de impureza inviabiliza a realização do experimento e não existe a possibilidade de comprar no mercado argônio líquido com um grau de pureza mais elevado? explica o físico Pascoal Pagliuso, líder do grupo na Unicamp que desenvolveu o novo método. “O nível exigido para o Dune dar certo é de pouquíssimas moléculas de impurezas, em partes por trilhão.?/p>

Maior experimento em construção para estudos de neutrinos, no qual já foram investidos US$ 3,3 bilhões, o Dune é composto por uma instalação dedicada à produção de um feixe com trilhões dessas partículas, o Long Baseline Neutrino Facility (LBNF), instalado no Fermilab, e dois detectores separados por uma grande distância. Tudo começa no acelerador de partículas do Fermilab, em Batavia, nos arredores de Chicago, estado de Illinois. A partir de colisões de prótons, são geradas partículas menores, que decaem e originam outras partículas. Os neutrinos são um dos subprodutos desses choques e transformações da matéria ocorridos no acelerador, e o LBNF se encarrega de recolher e direcionar, de forma subterrânea, um feixe apenas com essas partículas para os dois detectores.

Alexandre Affonso / Revista Pesquisa FAPESP

Imagem: Alexandre Affonso / Revista Pesquisa FAPESP

O primeiro, de menor porte, vai funcionar ali ao lado, perto da fonte de neutrinos no Fermilab, em uma caverna rasa, a 60 metros de profundidade. O segundo, muito maior, ficará a 1.300 quilômetros de distância no interior de uma antiga mina abandonada em Lead, cidade do estado de Dakota do Sul. Nessa localidade, funciona hoje a Sanford Underground Research Facility (Surf), que vai abrigar o detector em uma caverna que está sendo escavada a 1.500 metros de profundidade. A instalação foi projetada para evitar que a detecção do feixe de neutrinos em Dakota do Sul possa sofrer a interferência de raios cósmicos e neutrinos vindos do espaço e de perturbações da superfície.

Com apoio da FAPESP, os pesquisadores brasileiros começaram a desenvolver em 2020 uma forma eficiente de purificar o argônio com o emprego de uma peneira molecular porosa conhecida como zeólita, à base do mineral aluminossilicato (composto de alumínio, silício e oxigênio). A pesquisa básica que deu origem à tecnologia foi uma investigação da equipe de Pagliuso na Unicamp sobre as diferenças entre as moléculas de nitrogênio (N2) e de argônio (Ar) e sua resposta à aplicação de um campo elétrico.

O objetivo prático do trabalho era descobrir uma zeólita que pudesse adsorver (promover a adesão ou fixação) somente as moléculas de nitrogênio, deixando-as livres de argônio. Nessa busca, os conhecimentos do químico Dilson Cardoso, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), especialista em zeólitas, foram imprescindíveis. Foram feitas simulações computacionais com materiais que poderiam ser candidatos a atuar como um filtro para separar o nitrogênio do argônio. “A modelagem permitiu determinar o comportamento dos sistemas de circulação e purificação de argônio, oferecendo dados para o projeto de diversas peças do sistema? explica o engenheiro químico Dirceu Noriler, da Unicamp. “Ganhamos informação sobre o tempo de saturação dos filtros, o número necessário de purificadores e o de ciclos para alcançar a pureza desejada.?/p>

Em seguida, começaram testes em pequena escala em ambiente controlado superfrio com os materiais mais promissores. Com esse intuito, a Unicamp montou o Criostato de Testes de Purificação de Argônio Líquido (PuLArC). O equipamento, feito de aço inox, com capacidade para abrigar 90 litros de um fluido para ser purificado, foi construído pelas empresas Equatorial Sistemas e Akaer. Para o desenho da parte de refrigeração, o time também contou com a experiência do Laboratório de Criogenia do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro. O criostato é como se fosse uma garrafa térmica de parede dupla, com vácuo no meio. Ele previne a condução de temperatura do ambiente para dentro do recipiente.

Segundo o engenheiro de materiais Fernando Ferraz, vice-presidente de Operações da Akaer, o experimento possibilitou a geração de modelos 3D de toda a planta de purificação. “Realizamos simulações completas do processo de transporte, montagem e instalação de todos os equipamentos necessários para um dos laboratórios do Dune? comenta Ferraz. “O processo de controle de pureza do argônio requer ciclos de filtragem nos estados líquido e gasoso, regeneração e condensação.?/p>

Caverna do experimento Dune em uma antiga mina de Dakota do Sul onde ficará um dos detectores de neutrinos

Caverna do experimento Dune em uma antiga mina de Dakota do Sul onde ficará um dos detectores de neutrinos. Imagem: Ryan Postel? Fermilab

Os resultados dos testes feitos no PuLArC foram publicados em agosto de 2024 na revista Journal of Instrumentation. Segundo o trabalho, um filtro feito com o material conhecido como Li-FAU, que contém lítio além do aluminossilicato, foi o mais eficiente em capturar moléculas de nitrogênio em meio ao argônio líquido. Com seu emprego, a contaminação em 100 litros de argônio, que inicialmente se situava entre 20 e 50 ppm, desceu para a faixa de 0,1 a 1 ppm em menos de duas horas. O filtro também foi testado pela equipe do Dune em um recipiente maior, com capacidade para 3 mil litros, e os resultados foram igualmente bons.

No momento, o método à base de Li-FAU está em estágio final de testes no ProtoDune, o protótipo do Dune que funciona na Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern), na fronteira franco-suíça. Ali, a quantidade de argônio líquido a ser purificado ultrapassa a casa das toneladas. O novo método foi patenteado e pode, no futuro, servir a outros fins. Ele parece ser versátil e ter potencial para ser utilizado para purificar outros gases, talvez o dióxido de carbono, e líquidos em escala industrial.

O filtro para retirar contaminantes do argônio líquido é a segunda contribuição significativa da participação brasileira no Dune, que reúne 1.400 cientistas e engenheiros de 200 instituições e 35 países. A primeira foi o desenvolvimento de uma armadilha de fótons, que capta a luz cintilante produzida pela interação dos neutrinos com os átomos de argônio. Invisível ao olho humano, a luz apresenta um comprimento de onda de 127 nanômetros. Ao armazenar esse tipo de registro, a armadilha permite estudar propriedades dos neutrinos e reconstituir sua trajetória em três dimensões. O aparato, denominado X-Arapuca, foi criado em meados da década passada pelos físicos Ettore Segreto e Ana Amélia Machado, da Unicamp. Sua versão 2.0, a mais atual, já está sendo utilizada nos Estados Unidos.

Os neutrinos disparados no Fermilab vão viajar pela crosta terrestre e chegar aos tanques com argônio líquido. A interação com o argônio libera elétrons e produz cintilações de luz. Um campo elétrico uniforme dirige os primeiros para detectores de elétrons. Os fótons gerados pelas cintilações são capturados pelas armadilhas X-Arapuca. “Com os fótons produzidos na cintilação, consigo calcular em que momento os neutrinos chegaram, de qual direção vieram e como se deu sua interação com o argônio? explica Machado. Até hoje, não se conhece a massa de cada um dos três tipos de neutrinos conhecidos ?neutrino do múon, neutrino do tau e neutrino do elétron ?nem por que eles oscilam entre si conforme se movimentam.

No centro de pesquisas Sanford, onde ficará o maior detector do Dune, pelo menos dois dos quatro módulos do experimento contarão com X-Arapucas. As armadilhas formarão um sistema de fotodetecção ao redor das piscinas de argônio líquido. Por meio de financiamento da FAPESP, o Brasil será responsável pela construção de parte dos componentes e pela montagem e instalação de 6 mil X-Arapucas em um dos módulos do Dune até o início da tomada de dados, prevista para 2029. “O maior desafio será coordenar o processo de construção das armadilhas no país e o recebimento dos componentes restantes do exterior sem desrespeitar o cronograma do experimento? avalia Segreto. “No Brasil, vamos produzir as partes mecânicas e os filtros ópticos, que são os itens mais importantes para o funcionamento do dispositivo.?/p>

Para o físico Sylvio Canuto, da Universidade de São Paulo (USP), é muito importante investir no Dune, que deverá revelar detalhes sobre os neutrinos e, consequentemente, sobre a formação do Universo. Uma das questões mais intrigantes é tentar entender por que há mais partículas do que antipartículas no Cosmo. “Em tese, esperávamos que partículas e antipartículas tivessem sido criadas na mesma proporção no início de tudo. Mas vemos hoje que o Universo é formado majoritariamente por partículas. A origem desse mistério é atribuída ao papel dos neutrinos e hoje estamos mais próximos de desvendá-lo? comenta Canuto, que acompanha a participação brasileira no Dune desde o início do projeto e é assessor da Diretoria Científica da FAPESP. O próximo passo, segundo o físico da USP, é garantir a participação brasileira no trabalho de análise dos dados produzidos no Dune, formando assim um hub de referência no país para a América Latina.

A reportagem acima foi publicada com o título ?strong>Mais perto dos neutrinos?na edição impressa nº 344, de outubro de 2024.

Projetos
1.
Instrumentação avançada para grandes colaborações em física de altas energias: Purificação de ar e fotodetecção para o LBNF-Dune ( 24/07128-7); Modalidade Auxílio à Pesquisa ?Projetos Especiais; Pesquisador responsável José Pagliuso (Unicamp); Investimento R$ 84.484.851,05.
2. Sistema de detecção de luz do Deep Underground Neutrino Experiment (21/13757-9); Modalidade Projeto Temático; Pesquisador responsável Ettore Segreto (Unicamp); Investimento R$17.916.736,09.
3. Sistema de detecção de luz para o experimento Dune X-Arapuca (19/11557-2 ); Modalidade Jovem Pesquisador; Pesquisadora responsável Ana Amélia Bergamini Machado (Unicamp); Investimento R$ 2.992.720,82.

Artigo científico
CARDOSO, D. et al. Innovative proposal for N2 capturingin Liquid Argon using the Li-FAU molecular Sieve. Journal of Instrumentation.v. 19. ago 2024.

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??? ?? ??? ?????????? //emiaow553.com/tsmc-lider-de-chips-do-planeta-quer-construir-novas-fabricas-na-europa/ Mon, 14 Oct 2024 22:33:01 +0000 //emiaow553.com/?p=602725 Empresa iniciou recentemente a construção de sua primeira fábrica no coninente europeu

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Recentemente, a TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company) iniciou a construção de sua nova fábrica em Dresden, na Alemanha. Este é o primeiro polo de fabricação da empresa na Europa e tem como principal objetivo produzir semicondutores para aplicações automotivas e industriais.

A nova fábrica alemã, que deve começar a funcionar até 2030, está avaliada em ?10 bilhões (R$ 60,8 bilhões). Metade dos custos de construção serão financiados pelo governo alemão, um dos principais incentivadores do projeto da gigante taiwanesa — que também conta com o apoio de outras grandes europeias, como Bosche, Infineon e NXP.

De acordo com o líder do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia de Taiwan, Wu Cheng-wen, a TSMC está estudando construir mais fábricas em outros países da Europa. Em entrevista concedida à Bloomberg, Cheng-wen afirmou que a empresa já está planejando os passos futuros e visando atender necessidades de outros segmentos do mercado. Isso inclui o investimento em unidades em outros países da Europa. Porém, não detalhou em quais países.

Além disso, o chefe do conselho afirmou que o órgão sempre auxiliará a companhia na execução de projetos de colaboração conjunta para seguir desenvolvendo novas tecnologias. Esse apoio é essencial para que a companhia siga tenha sucesso em planos de expansão pelo planeta.

União Europeia e Estados Unidos querem diminuir dependência dos países asiáticos

A União Europeia está incentivando financeiramente fabricantes de chips que queiram construir pólos de produção nos países do bloco. No ano passado, o chamado “Chips Act I?— lei para impulsionar a fabricação de semicondutores no velho continente — passou a vigorar e tem potencial para atrair muitas empresas para a região.

Os Estados Unidos, que enfrenta tensões comerciais com a China nos últimos anos, também colocou em prática um plano parecido.

Em 2022, o presidente Joe Biden afirmou que o país se tornaria líder na fabricação semicondutores do mundo. Assim, ele anunciou, em parceria com o Congresso, um investimento de mais de US$ 50 bilhões para atrair empresas estrangeiras ao país.

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??? ??? ????? ??- ??? ??? ??? //emiaow553.com/feed-zero-conheca-a-nova-tendencia-da-geracao-z-no-instagram/ Sun, 13 Oct 2024 19:43:03 +0000 //emiaow553.com/?p=600823 Geração Z está preocupada com privacidade e, por isso, está deixando menos "pegadas digitais"

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Atualmente, os jovens estão passando por uma transformação na forma como lidam com as redes sociais e isso está resultando em um movimento bastante peculiar. Em uma tendência observada globalmente, a geração Z está preferindo se expor cada vez menos no Instagram e em outras plataformas. O movimento vem sendo chamado por especialistas como “feed zero?ou “grid zero? 

A menor exposição não significa que os jovens estão usando menos plataformas de mídia social, pelo contrário. Eles seguem mais ativos do que nunca, no entanto, as postagens permanentes estão caindo em desuso. A preferência agora são pelas publicações temporárias, como os stories do Instagram, por exemplo, que ficam ativos por apenas 24 horas.

As interações via mensagens diretas também são populares entre essa parcela do público, que compartilha publicações e segue interagindo normalmente com seus amigos mais próximos diariamente.

A preocupação não é exatamente com o excesso de uso de plataformas de internet, mas sim com as pegadas digitais, ou seja, o rastro de dados que uma pessoa deixa ao utilizar os espaços online. A geração Z está adotando um comportamento muito mais reservado, o que é completamente diferente das gerações anteriores.

Outro fenômeno gerado por essa preocupação com a exposição digital é o número crescente de perfis falsos, fator que permite com que os jovens estejam inseridos no ambiente online de maneira completamente anônima. Isso lhes possibilita a expressão de seus sentimentos e preferências sem medo de serem julgados por pessoas próximas.

Feed zero

Os que utilizam um perfil real preferem mantê-lo fechado e restrito apenas a pessoas de confiança e amigos próximos. Perfis cheios de postagens são enxergados como algo característico dos “millennials? geração anterior, frequentemente lembrada pela superexposição nas redes sociais desde o início dos anos 2000.

Essa diferenciação entre gerações é algo bastante importante para os mais jovens que buscam se distanciar do tipo de comportamento dos mais velhos e evitam até mesmo excessos no que diz respeito a edição de imagens. O objetivo é evitar representações de si que não correspondam à realidade. Mais uma tentativa de se mostrar diferente das gerações anteriores.

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?????? Archives??????? //emiaow553.com/empresa-lanca-tenis-que-cresce-junto-com-o-seu-pe/ Sun, 13 Oct 2024 17:31:20 +0000 //emiaow553.com/?p=600913 Designer cria tênis que aumenta junto com os pés, à venda pela Target; entenda como funciona

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Parece loucura, mas um novo tênis com design inteligente da norte-americana Target cresce junto com os pés do usuário! Com o nome de “ÜNOS by Sz”, abreviação de “U Need One Size” (“Você precisa de um tamanho”, em tradução livre), eles estão disponíveis até mesmo em tamanhos infantis.

Lançados em setembro deste ano, os menores custam US$ 34,99 (cerca de R$ 192), enquanto os tamanhos adultos saem por US$ 49,99 (R$ 274), em 16 opções de cores diferentes.

Os tênis foram projetados pelo Dr. D’Wayne Edwards, presidente do PLC (Pensole Lewis College), universidade de negócios e design em Detroit, nos EUA. Considerado um dos designers de destaque na indústria de calçados, com mais de 30 anos de experiência, ele já passou por marcas como a Nike.

Como os tênis aumentam de tamanho?

Imagem: Target/Reprodução

Os tênis têm uma sola dividida em duas seções por um canal em forma de Z e cada lado é conectado por tecidos flexíveis. Dessa forma, o design permite que os sapatos se expandam em largura e comprimento, fornecendo um ajuste seguro. Eles aumentam até meio tamanho na versão infantil e até um tamanho inteiro na versão adulta.

Para as crianças, o principal benefício é que os tênis ajudam estender a usabilidade dos pares dos pequenos. Isso porque seus pés costumam crescer antes mesmo de os sapatos estarem gastos, e pode levar um tempo para que os pais percebam que o tamanho não está adequado.

Já para os adultos, o design unissex facilita com que pessoas com pés maiores tenham facilidade de encontrar um par de seu agrado. As opções vão até o equivalente ao tamanho 15 para mulheres nos EUA, que seria o número 47 no Brasil.

Além disso, também ajuda as pessoas que tem os pés de tamanhos ligeiramente diferentes.

Leia também no Giz Brasil: Marca de luxo imprime tênis em 3D sob medida ?e com designs exclusivos.

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????? ???? 2024-2025? ??? ??? ?? //emiaow553.com/audio-cu-gadget-promete-transmitir-musica-para-a-casa-toda-pela-tomada/ Sun, 06 Oct 2024 16:34:41 +0000 //emiaow553.com/?p=600192 Ainda não há previsão de quando o produto chegará ao mercado, mas empresa promete revolução na transmissão de áudio sem fio

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A Fasetto, uma empresa especializada em equipamentos de áudio com sede nos EUA, está apresentando um novo produto capaz de transmitir áudio através da rede de energia. O aparelho em questão chama-se ?a href="//www.youtube.com/watch?v=kW5_krD4d3Y&pp=ygUQYXVkaW8gY3UgZmFzZXR0bw%3D%3D" target="_blank" rel="noopener">Audio Cu? e promete transmissão sonora em múltiplos canais sem nenhuma perda e com alta resolução.

A marca vem apostando muito no novo gadget e dando passos importantes para disponibilizá-lo no mercado. Recentemente, o produto recebeu a certificação Dolby Atmos, a fim de atestar a capacidade do eletrônico em proporcionar uma experiência de áudio espacial.

Aliás, a empresa não escolheu o nome do produto por acaso — embora soe estranho para falantes da variante brasileira do português. “Cu?é o símbolo do cobre na tabela periódica. Isso porque o metal é utilizado em equipamentos de áudio e instalações elétricas em razão de suas propriedades condutivas.

A utilização de cabos de energia para transmissão de informações e dados não é algo novo. A TP-Link, por exemplo, já possui algumas soluções alternativas ao sinal Wi-Fi e à conexão Ethernet. Entretanto, o que a Fasetto vem fazendo com equipamentos de áudio, pode ser considerado algo inédito.

Transmissão pela tomada

O principal desafio no desenvolvimento da tecnologia é, justamente, transmitir informações de áudio por meio de uma infraestrutura desenvolvida e instalada para uma finalidade completamente diferente. Porém, isso pode gerar problemas de latência e interferência, bem como alta incidência de ruídos provenientes da rede de energia.

A Fasetto garante que superou todos esses desafios com o produto capaz de reproduzir som sem perdas de qualidade ou resolução. Executivos da empresa sustentam ainda que a tecnologia desenvolvida internamente é superior a transmissões via Wi-Fi, Bluetooth utilizadas em dispositivos convencionais.

O Audio Cu consiste em um transmissor conectado à energia e a uma Smart TV ou qualquer outro dispositivo com conexão HDMI. Quanto aos receptores, os usuários podem conectar em qualquer tomada do ambiente. Eles contam com uma saída de áudio para emitir sons.

Neste momento, a empresa não divulgou uma previsão de venda do produto. Além disso, as informações sobre preço ainda seguem um mistério.

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????? ?? Archives??????? //emiaow553.com/tecnologia-quais-misseis-o-ira-usou-para-atacar-israel/ Wed, 02 Oct 2024 19:20:03 +0000 //emiaow553.com/?p=599519 Tensões aumentam ainda mais no Oriente Médio. Irã lança quase 200 mísseis contra Israel; assista ao vídeo

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Na última terça-feira (1), o Irã disparou entre 180 e 200 mísseis balísticos contra Israel, um ataque que eleva ainda mais as tensões no Oriente Médio. Após mais uma ofensiva, a comunidade internacional teme que a escalada do conflito resulte em uma guerra total na região.

Este não é o primeiro ataque realizado por Teerã neste ano. Em abril, em retaliação a um ataque israelense na embaixada iraniana em Damasco, capital da Síria, foram lançados dezenas de mísseis e drones contra o território de Israel. O novo ataque, no entanto, é ainda mais grave e preocupante.

A maior parte dos mísseis foi direcionada à capital Tel Aviv, onde foram registradas uma série de explosões. O espaço aéreo israelense ficou completamente restrito por cerca de uma hora. Nesse período, os moradores da região ficaram abrigados em bunkers subterrâneos para se defender dos ataques.

O Irã possui o maior arsenal de mísseis do Oriente Médio, com mais de 3 mil mísseis balísticos. O país é considerado uma das indústrias mais avançadas no que diz respeito aos mísseis de longo alcance, embora ainda utilize tecnologias consideradas defasadas em outras áreas de defesa. Veja vídeos do ataque iraniano contra Israel:

Arsenal iraniano contém mísseis com tecnologia sofisticada

Após análise de imagens dos locais atingidos, especialistas concluíram que o Irã utilizou algumas variantes do “Shahab-3?(“Meteoro-3” em persa) nos ataques.

O foguete com quase 17 metros de comprimento é uma espécie de base para todos os mísseis balísticos de médio alcance produzidos dentro do programa de defesa do país.

O míssil comporta uma ogiva que pode variar entre 760 Kg e 1.200 Kg. Ele pode ser lançado de plataformas móveis, construídas sobre veículos militares ou bases fixas.

Além disso, existem registros de que o “Shahab-3?vem sendo utilizado desde 2003. Porém, os usados no ataque contra Israel na última terça são versões mais modernas e sofisticadas.

Míssil hipersônico

O Irã já havia utilizado as variantes “Ghadr?e “Emad?nos ataques de abril, mas não foi só isso. O governo iraniano utilizou dois modelos ainda mais modernos: o Kheibar Shekan, que vem sendo utilizado desde 2022 e o Fattah. Este último, de acordo com o governo iraniano, é um míssil hipersônico capaz de viajar a velocidade Mach 5, ou seja, cinco vezes a velocidade do som.

O país projetou ambos os mísseis para “driblar?sistemas de defesa aérea e, por este motivo, possuem um sofisticado sistema que permite manobras no ar mesmo em velocidades hipersônicas.

No entanto, existe uma grande controversa em torno do Fattah. Isso porque especialistas não consideram ele como um míssil hipersônico por especialistas. A melhor descrição do foguete seria uma ogiva acoplada em um veículo de reentrada controlável. Isso permite que ele realize manobras durante o curso. Contudo, isso não o enquadra dentro dos requisitos para ser um míssil hipersônico.

Mesmo assim, ele é uma arma extremamente sofisticada considerando as limitações de desenvolvimento e acesso à tecnologia do Irã. E, sim, pode representar uma ameaça ao sistema antimísseis ?a href="//emiaow553.com/entenda-como-funciona-o-domo-de-ferro-o-sofisticado-sistema-antimisseis-israelense/">Domo de Ferro?de Israel.

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?? ??? Archives??????? //emiaow553.com/offline-club-nova-moda-global-te-desafia-a-ficar-longe-do-celular-por-24h/ Mon, 23 Sep 2024 18:51:16 +0000 //emiaow553.com/?p=597112 Movimento começou na capital Holandesa, Amsterdã, e já começou a ganhar outras cidades europeias

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Um estudo, divulgado no primeiro semestre deste ano, concluiu que o Brasil é o segundo no ranking dos países cujos habitantes passam mais tempo em frente às telas. A pesquisa conduzida pelo Electronics Hub, revelou que os brasileiros passam em média 54% do dia interagindo com dispositivos eletrônicos — o que dá algo em torno de 9 horas e 13 minutos.

Esta questão não é exatamente imperceptível. Muitas pessoas tem plena consciência de que estão gastando muito tempo do seu dia em frente às telas. Porém, não sabem por onde começar a abandonar o hábito e começar a cultivar práticas consideradas um pouco mais “saudáveis?

São essas pessoas que o movimento Offline Club, iniciado na capital Holandesa, Amsterdã, deseja alcançar fornecendo dicas para superar 24 horas sem contato com aparelhos digitais. O grupo diz que sua principal missão é ajudar as pessoas a substituir o tempo gasto em frente às telas pelo tempo da vida real.

Recentemente, mais de mil pessoas se dispuseram a cumprir a dura missão. E, por este motivo, no último sábado (21), participaram de um videoconferência para absorver as orientações necessárias para superar o desafio no domingo (22).

Encontro de detox digital

A entidade realizou em fevereiro o primeiro encontro presencial para um “detox digital?em Amsterdã, na Holanda. Além de se expandir para outras cidades neerlandesas importantes, como Roterdã e Utrecht, o movimento já está ganhando outros lugares no mundo, como Londres, Paris, Milão e Dubai. Aliás, a prática vem se popularizando tanto que não seria surpresa se chegasse também ao Brasil.

Ao jornal britânico The Guardian, o fundador do movimento, Ilya Kneppelhout, afirmou que as pessoas que aderem ao Offline Club relatam estar menos estressadas, além de mais conectadas com si mesmas e as pessoas à sua volta. Isso com apenas algumas horas longe da internet.

As notificações de plataformas de mídia social ou e-mails, por exemplo, são desenhadas para fisgar a atenção dos usuários e, de certa forma, convencê-los a passar mais tempo online. Além disso, o excesso de lembretes e notificações com mensagens “urgentes?podem ser prejudiciais para a saúde psicológica dos usuários.

Uma das apostas do movimento é um retiro de dois dias aos finais de semana no interior da Holanda. Nele, todos os participantes precisam deixar seus smartphones logo na entrada e só podem reavê-los ao final do período de “detox?

Aliás, a experiência não é de graça, custando pelo menos 425 euros (R$ 2.620). Porém, pode ser útil para quem encontra muitas dificuldades para se desconectar do mundo digital.

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?????????, ???, ????????????? //emiaow553.com/tumblr-cresce-350-apos-bloqueio-do-x-twitter-no-brasil/ Mon, 23 Sep 2024 17:19:22 +0000 //emiaow553.com/?p=597080 Crescimento não é tão significativo quanto o do Bluesky, mas é motivo de comemoração para a plataforma

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Não é segredo que o bloqueio do X/Twitter no Brasil beneficiou redes sociais de microblogging, como Threads e Bluesky — plataforma esta que quase dobrou o número total de usuários após o ocorrido. Porém, não para por aí. Outra rede social que registrou um aumento surpreendente no número de usuários foi o Tumblr.

De acordo com o portal TechCrunch, desde o dia 31 de agosto, a rede social registrou um aumento de 349,55% no número de usuários. Além disso, o microblog viu um crescimento de 222,99% nas comunidades, enquanto o número de brasileiros ativos diariamente na plataforma disparou 30%.

A empresa vem enfrentando um momento econômico bastante conturbado há mais de uma década. Para se ter uma ideia do tamanho da crise, segundo informações internas, a companhia tem um prejuízo anual de US$ 30 milhões e luta para desenvolver estratégias para seguir arrecadando receitas mesmo com a baixa popularidade.

Ascensão e queda do Tumblr

O Tumblr foi fundado oficialmente em 2007 e nos anos seguintes se tornou uma das principais redes sociais do planeta. O sucesso, no entanto, não durou muito, já que a empresa começou a perder usuários ativos rapidamente conforme plataformas, como Facebook, por exemplo, ganharam a preferência do público.

Em 2017, a rede foi adquirida pelo Yahoo por aproximadamente US$ 1 bilhão. Porém, cinco anos depois, foi vendida para a Automatic, empresa responsável pelo WordPress, por apenas US$ 3 milhões. Recentemente, a companhia realocou pelo menos 140 profissionais que atuavam diretamente no Tumblr para outros projetos internos.

Mesmo tendo uma base de usuários bastante fiel por vários anos, a plataforma nunca foi exatamente lucrativa. A administração do Yahoo tentou entrar no negócio de venda de anúncios, mas a presença de conteúdo adulto na plataforma afastou muitos potenciais anunciantes.

A plataforma chegou a banir conteúdo +18, mas a medida resultou em uma debandada de usuários. A empresa reverteu a decisão no fim de 2022, mas o Tumblr não conseguiu recuperar os números anteriores. De acordo com especialistas, a rede não possui um cenário muito animador pela frente.

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????? ??????????????????? //emiaow553.com/vazamento-revela-drone-dji-com-lidar-e-camera-com-sensor-maior/ Tue, 17 Sep 2024 22:55:39 +0000 //emiaow553.com/?p=595361 Produto já recebeu certificação da FCC, órgão equivalente à Anatel nos EUA

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Um novo vazamento compartilhado no X/Twitter reforça a tese de que o drone de médio alcance Air 3S, da chinesa DJI, está mais perto do que nunca de seu lançamento. Uma captura de tela do aplicativo DJI Fly compartilhada nas redes sociais mostra uma clara menção a um novo modelo de drone.

Segundo relatos de alguns internautas, a menção ao vindouro produto já foi completamente removida do aplicativo e não pode mais ser consultada. No entanto, esta não é a única informação a sugerir que a chegada dos dispositivo ao mercado está próxima.

Recentemente, o produto recebeu a certificação da FCC (Federal Communication Commission), órgão dos EUA equivalente à Anatel. A autorização do órgão é necessária para todos os aparelhos eletrônicos que emitam algum tipo de radiofrequência. Ele é um passo fundamental para viabilizar o lançamento de drones em território norte-americano.

Conforme é possível conferir no registro, a bateria do drone DJI Air 3S é de 4.276 mAh, o que representa um ligeiro upgrade em relação ao seu antecessor. Outros vazamentos ainda revelam a existência de um novo conjunto de lentes com melhor qualidade.

Além disso, uma das câmeras pode contar com um sensor um pouco maior que seus antecessores, o que é, sem dúvidas, uma atualização muito bem-vinda para os entusiastas de drones.

Mais novidades do drone DJI

Outra novidade importante é a presença de um sensor LiDAR — para melhorar o desempenho de voo –, algo que não é comum em drones nesta faixa de preço.

Mesmo com toda a expectativa em torno de seu próximo lançamento, a companhia enfrenta um cenário bastante complicado nos Estados Unidos. Assim como o TikTok, a DJI está sob risco de banimento do mercado norte-americano. Ou seja, pode significar um duro golpe para os negócios da empresa no mercado ocidental.

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????? ???? ???? ??? ?? //emiaow553.com/bluesky-libera-compartilhamento-de-videos-na-plataforma/ Thu, 12 Sep 2024 20:19:49 +0000 //emiaow553.com/?p=593681 Neste primeiro momento, os uploads são limitados a 25 vídeos ou 10 GB por dia

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Após muitos pedidos do público brasileiro, o Bluesky está (finalmente) liberando o compartilhamento de vídeos na plataforma. A rede social vem se popularizando no país após o X/Twitter, chefiado pelo bilionário Elon Musk, ser bloqueado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A funcionalidade está sendo gradualmente liberada para os usuários, que terão possibilidade de compartilhar conteúdos de até 1 minuto de duração nas extensões ?mp4? ?mpeg? ?webm?e ?mov? Neste primeiro momento, a plataforma vai limitar os upload a 25 vídeos ou 10 GB por dia.

Na timeline, os vídeos terão reprodução automática por padrão, assim como no X. Assim, eles marcam uma atualização importante na plataforma que até pouco tempo atrás suportava apenas a publicação de imagens estáticas ou GIFs.

A chegada do recurso acontece poucos dias após a empresa revelar que estava trabalhando na funcionalidade. Na ocasião, a conta oficial da plataforma publicou um meme, repostado pela CEO, Jay Graber, que referenciava o árduo e acelerado trabalho dos engenheiros para lançar a funcionalidade o mais rápido possível.

A empresa também atualizou as diretrizes de conteúdo explícito na plataforma. Segundo o Bluesky, a rede social permite a publicação de conteúdo adulto. Os criadores que publicarem tais conteúdos poderão rotulá-los como sensíveis, o que servirá como um alerta para os usuários desavisados.

Mais novidades no Bluesky

As melhorias não devem parar por aí. Ainda de acordo com o Bluesky, os engenheiros da plataforma estão trabalhando em um equivalente aos trending topics. O recurso também é muito pedido pelos usuários que desejam desfrutar de uma experiência mais próxima do X.

Aliás, após a suspensão do Twitter em território nacional, o que aconteceu em 30 de novembro, a plataforma adquiriu 2 milhões de novas inscrições e, recentemente, confirmou que atingiu a marca de 9 milhões de usuários — sendo aproximadamente 4 milhões ativos diariamente.

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????????? ?? ????????? //emiaow553.com/nova-versao-do-bluetooth-vai-rastrear-objetos-melhor-do-que-airtags/ Fri, 06 Sep 2024 14:40:31 +0000 //emiaow553.com/?p=591393 O Bluetooth 6 promete trazer uma série de inovações para esta tecnologia que é uma peça fundamental na conectividade nos dispositivos

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A tecnologia Bluetooth, que há muito tempo é uma peça fundamental na conectividade de dispositivos eletrônicos, está prestes a ganhar novas funções com o anúncio do Bluetooth 6.0. Este novo padrão promete, por exemplo, avanços em localização, pareamento inteligente e eficiência energética.

Um dos destaques do Bluetooth 6 é a sua capacidade aprimorada de localização de dispositivos. O novo padrão introduz técnicas de localização mais precisas, permitindo que dispositivos sejam encontrados com uma margem de erro de apenas alguns centímetros.

Assim, abre portas para aplicações em rastreamento de ativos, realidade aumentada e até mesmo para melhorar a segurança em ambientes industriais. Seria como um AirTag, da Apple, mas melhorado.

De acordo com o Bluetooth SIG, grupo internacional de empresas responsável pelo desenvolvimento dessa tecnologia, essa inovação traz “verdadeira percepção de distância, introduzindo benefícios transformadores em várias aplicações? tornando mais fácil e rápido localizar itens perdidos

Bluetooth 6 traz mais inovações, mas ainda sem tem previsão de chegada

Outra inovação é o sistema de pareamento inteligente. O Bluetooth 6 introduz um novo método de conexão que simplifica o processo de pareamento entre dispositivos, tornando-o mais rápido e seguro.

Esta nova funcionalidade promete reduzir o tempo de conexão inicial e minimizar a interferência de outros dispositivos próximos, garantindo uma experiência mais fluida e confiável.

Além disso, o Bluetooth 6 se destaca por sua eficiência energética. O novo padrão foi projetado para consumir menos energia, o que é especialmente benéfico para dispositivos portáteis como fones de ouvido e wearables. Isso significa que os usuários poderão desfrutar de uma maior autonomia de bateria, sem comprometer a qualidade da conexão.

O Bluetooth SIG explica que a tecnologia ainda pode demorar de chegar nos usuários finais. Isso porque depende das fabricantes colocarem a nova conexão nos aparelhos.

A Bluetooth SIG lançou o Bluetooth 5, por exemplo, em dezembro de 2016. Por outro lado, a Apple só foi lançar o iPhone 8 e o iPhone X com suporte ao Bluetooth 5 em setembro de 2017.

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???????????,??????,????????? //emiaow553.com/universidades-brasileiras-discutem-regras-de-uso-de-inteligencia-artificial/ Tue, 27 Aug 2024 13:40:15 +0000 //emiaow553.com/?p=588430 Diante de incertezas por parte de estudantes e pesquisadores, instituições debatem quais seriam os limites éticos do uso dessas ferramentas na escrita e na pesquisa científica

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Imagem: Sarah Schmidt/Revista Pesquisa Fapesp

Instituições científicas e de ensino superior do Brasil começam a formular recomendações para o uso de inteligência artificial (IA), especialmente a generativa, no ensino, na pesquisa e na extensão. A popularização de softwares como o ChatGPT, capazes de gerar texto, imagens e dados, tem levantado dúvidas sobre limites éticos no uso dessas tecnologias, principalmente na escrita acadêmica. Professores têm procurado novas formas de avaliar trabalhos de alunos, tentando contornar os riscos de uso indevido de IA. De maneira geral, as orientações pedem que seu uso seja transparente e alertam para o perigo de ferir direitos autorais, praticar plágio, gerar desinformação e replicar vieses discriminatórios que essas ferramentas podem reproduzir.

Em fevereiro, o centro universitário Senai Cimatec, na Bahia, publicou um guia para orientar sua comunidade acadêmica quanto à IA generativa. Ele segue três princípios: transparência; “centralidade na pessoa humana? ou seja, que o controle humano seja preservado sobre as informações geradas por IA, já que ela deve ser usada de forma benéfica à sociedade; e atenção à privacidade de dados, sobretudo em atividades que envolvam contratos com empresas por meio de parcerias para desenvolvimento e transferência de tecnologias. Ocorre que as informações compartilhadas em plataformas de IA podem ser armazenadas pela ferramenta, quebrando o sigilo de dados. “Não podemos nos esquecer de que, se nós aprendemos com essas ferramentas, elas também aprendem com a gente? ressalta a engenheira civil Tatiana Ferraz, pró-reitora administrativo-financeira do Senai Cimatec e coordenadora do guia. Uma atualização do regulamento disciplinar da instituição passou a prever punições para estudantes que quebrarem as regras.

O guia autoriza professores a usarem softwares de detecção de plágio quando julgarem necessário, embora não sejam 100% precisos ao indicar conteúdo produzido por IA. As ferramentas não podem ser citadas como coautoras de trabalhos acadêmicos, mas sua aplicação para auxiliar processos de pesquisa e ajustes de escrita acadêmica é permitida. Para isso, todos os comandos utilizados ?as perguntas e direcionamentos dados à ferramenta, também chamados de prompts ?e as informações originais geradas por IA devem ser descritos na metodologia do trabalho e anexados como material suplementar.

Outras instituições brasileiras seguem por esse caminho. “A universidade não deve proibir, mas criar orientações para utilização responsável dessas ferramentas? observa o cientista da computação Virgílio Almeida, coordenador de uma comissão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que propôs recomendações para o uso de tecnologias de IA na instituição, apresentadas à comunidade acadêmica em maio. As sugestões devem servir de base para a criação de uma política institucional com regras e normas e de um comitê de governança permanente.

Elas passam pelas áreas de ensino, pesquisa, extensão e administração e têm como princípios a transparência no uso dessas ferramentas, atenção à proteção e privacidade de dados, à desinformação e aos vieses discriminatórios que essas tecnologias podem reproduzir. “Uma das propostas é que a universidade invista em cursos de letramento em IA para professores, pesquisadores, funcionários e alunos? explica Almeida. No ensino, uma das indicações é que as ementas das disciplinas de graduação e de pós-graduação da UFMG devem informar o que é permitido fazer com essas tecnologias. Na pesquisa, a ênfase está na transparência: é preciso detalhar como a IA foi usada no processo científico e quais vieses pode trazer a ele. A análise cuidadosa dos resultados gerados por IA, para que se evitem dados falsos, é outro ponto recomendado.

A Universidade de São Paulo (USP) publicou um dossiê da Revista USP sobre inteligência artificial na pesquisa científica em maio e tem realizado encontros e debates sobre o assunto. “A sugestão geral é estudar como incorporar esse uso no ensino e na pesquisa e verificar quais seriam suas limitações éticas e seus potenciais? observa a advogada Cristina Godoy, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP-USP), integrante de um grupo de pesquisadores que elaborou propostas para a universidade, como a necessidade de criar guias de orientação na graduação e pós-graduação. Há alertas para o cuidado com a privacidade de dados sensíveis ou inéditos de pesquisa, como teses e dissertações, e para a necessidade de buscar novas maneiras de avaliar os trabalhos em sala de aula. As recomendações foram feitas durante um evento em março de 2023 e estão sob análise de um grupo de trabalho.

O uso de IA na pesquisa não é novo. Ferramentas de aprendizado de máquina e de processamento de linguagem natural já são usadas para analisar padrões em meio a grandes volumes de dados. Mas, com o avanço das plataformas que usam IA generativa, diversas universidades dos Estados Unidos e da Europa criaram instruções sobre o assunto, que serviram de inspiração para instituições brasileiras. No Senai Cimatec, os guias das universidades de Utah, nos Estados Unidos, de julho de 2023, e de Toronto, no Canadá, ainda preliminar, serviram de norte para o grupo de trabalho, assim como o guia rápido ChatGPT e a inteligência artificial na educação superior da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), de abril de 2023.

Nesse cenário, há casos de professores que passaram a pedir aos alunos que fizessem apresentações orais, trabalhos dentro da sala de aula ou mesmo feitos à mão, no papel. Godoy, da USP, que costumava pedir trabalhos escritos sobre artigos estudados, passou a exigir que os alunos apresentassem esquemas com mapas mentais que mostrem as conexões entre os textos estudados em aula.

Em 2024, ela desenvolveu uma atividade de pesquisa no âmbito do Centro de Inteligência Artificial (C4AI) da USP, apoiado por IBM e FAPESP, com alunos de iniciação científica, mestrado e doutorado em computação, ciência política e direito em que eles precisaram desenvolver prompts no ChatGPT para realizar a análise de sentimentos ?técnica que classifica opiniões como positivas, negativas ou neutras ?de usuários do X (ex-Twitter) sobre IA. Os dados vão integrar um artigo em processo de escrita. Parte do trabalho será detalhar a metodologia e os prompts usados. Por não ser preciso criar um algoritmo específico para a atividade, a ferramenta acelerou o processo de análise dos dados ?segundo Godoy, caso precisassem fazer tudo do zero, o trabalho levaria oito meses, mas com o ChatGPT levou dois meses.

“Algumas instituições do Poder Judiciário já avaliam usar IA para otimizar etapas de análises de processos. Por isso, negar seu uso não é uma vantagem para os alunos, que precisam estar preparados, de uma maneira crítica e responsável? pondera a advogada. Em sua percepção, os alunos que têm melhor desempenho em redações e provas são os que desenvolvem os melhores prompts. “Para fazer boas perguntas à plataforma de IA e chegar ao resultado desejado, é preciso identificar com clareza o problema que se quer abordar? diz Godoy.

Exemplo de exercício que o administrador de empresas Ricardo Limongi, da UFG, faz em sala de aula para ajudar os estudantes a entender conceitos na área de estatística

Exemplo de exercício que o administrador de empresas Ricardo Limongi, da UFG, faz em sala de aula para ajudar os estudantes a entender conceitos na área de estatística. Imagem: Léo Ramos Chaves? Revista Pesquisa FAPESP

O cientista da computação Rodolfo Azevedo, do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ministrou no primeiro semestre de 2024 uma disciplina-piloto de introdução à programação com assistente de código, junto ao engenheiro eletrônico Jacques Wainer, também professor da Unicamp. Os alunos, estudantes do curso de engenharia de alimentos, aprenderam a programar pela primeira vez com o ChatGPT como assistente em sala de aula, usando a linguagem Python. “O objetivo foi ensinar conceitos de programação, focando em desenvolver a habilidade de decompor um problema em etapas menores e resolvendo essas partes. Os meios sempre estão em transformação, desde os primeiros cartões perfurados? diz Azevedo.

Em sua avaliação, usar IA generativa fez com que os alunos pudessem se preocupar com problemas mais complexos. “Se antes era preciso programar do zero, o que tomava mais tempo, agora a IA escreve os códigos com base nas instruções que o aluno fornece. O estudante consegue analisar de maneira mais profunda os erros, que sempre acontecem, e propor soluções e melhorias mais elaboradas? afirma o cientista da computação, que ressalta que a tecnologia já está em uso por programadores de muitas empresas, que a utilizam para otimizar seus processos. Ele ainda vê outros usos no meio acadêmico. “Essas ferramentas podem diminuir a desigualdade para pesquisadores que não têm o inglês como língua nativa, já que eles podem pedir que a IA melhore as traduções de seus artigos para o idioma? avalia.

O administrador de empresas Ricardo Limongi, da Universidade Federal de Goiás (UFG), procura ensinar aos alunos como usar essas ferramentas com uma visão crítica. “Explico que eu uso e que eles também podem usar. Isso não é trapacear? observa. Em sala de aula, ele abre plataformas de IA e mostra aos alunos como se faz um prompt, por exemplo. Em uma das disciplinas que ministra, de estatística, Limongi costuma contar com a ajuda da IA generativa para explicar conceitos que os alunos têm dificuldade de entender, sempre supervisionando as respostas. “Saem analogias ótimas? diz.

Autor de um artigo sobre aplicação de IA na pesquisa científica publicado em abril de 2024 na Future Studies Research Journal, Limongi tem sido convidado para proferir palestras sobre o tema em universidades. Nos encontros, ele realiza oficinas em que apresenta ferramentas de IA generativa que tem utilizado com seus alunos para otimizar processos de pesquisa.

Nas revistas científicas

Além das universidades, as maiores editoras científicas mundiais têm divulgado regras sobre IA generativa. Em um levantamento da Nature de setembro de 2023, com mais de 1.600 cientistas, quase 30% deles afirmaram ter utilizado essa tecnologia para auxiliar na redação de manuscritos e cerca de 15% para a escrita de pedidos de financiamento. Já um estudo publicado na revista British Medical Journal (BMJ) em janeiro de 2024 indicou que, entre as 100 maiores editoras de revistas científicas, 24% forneceram orientações sobre o uso de IA, e dos 100 periódicos mais bem ranqueados, 87% estabeleciam regras nesse sentido. Das editoras e periódicos com diretrizes, a inclusão de IA como autora de um artigo foi proibida em 96% e 98%, respectivamente.

O grupo Springer Nature atualiza suas regras de maneira constante e define que o uso de IA generativa deve ser documentado na seção de métodos do manuscrito. Imagens e vídeos gerados por IA são proibidos. Os revisores também não devem utilizar softwares de IA generativa na avaliação de artigos científicos, por conterem informações inéditas de pesquisa. A editora Elsevier permite que a IA seja usada para melhorar a linguagem e legibilidade do texto, “mas não para substituir tarefas autorais essenciais, como produzir insights científicos, pedagógicos ou médicos, tirar conclusões científicas ou para fornecer recomendações clínicas?

No Brasil, a biblioteca SciELO lançou um guia de uso de ferramentas e recursos de IA em setembro de 2023. “Acompanhando as editoras internacionais, um dos principais pontos é que a IA não pode ser considerada uma autora do trabalho? explica Abel Packer, coordenador da SciELO. O manual exige que os autores declarem quando utilizarem as ferramentas ?quem esconder estará cometendo uma grave falha ética. Entretanto, o documento incentiva a aplicação da tecnologia para a preparação, redação, revisão e tradução de artigos. “Na nossa visão, daqui a cinco anos, a comunicação científica deve mudar completamente e o uso dessas ferramentas será ubíquo? diz Packer. Para ele, essas ferramentas devem, em breve, ter um papel auxiliar nos processos de avaliação e revisão dos manuscritos submetidos aos periódicos.

A reportagem acima foi publicada com o título ?strong>Orientações a caminho?na edição impressa nº 342, de agosto de 2024.

Artigos científicos
LIMONGI, R. The use of artificial intelligence in scientific research with integrity and ethics. Future Studies Research Journal: Trends and Strategies. v. 1, n. 16. abr. 2024.
GANJAVI, C. et al. Publishers?and journals?instructions to authors on use of generative artificial intelligence in academic and scientific publishing: bibliometric analysis. BMJ, v. 384. 31 jan. 2024.

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???? ?????????, ?????? | //emiaow553.com/bioetica-a-ciencia-que-mira-o-sofrimento-dos-animais/ Sun, 18 Aug 2024 23:00:52 +0000 //emiaow553.com/?p=586021 Pesquisadores investigam meios de dar qualidade de vida a espécies usadas ou consumidas pelos homens

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Texto: Mônica Manir com colaboração de Fabrício Marques/Revista Pesquisa Fapesp

O tratamento escrupuloso dos animais, uma preocupação em geral associada a organizações não governamentais (ONG) e a donos (ou tutores) de pets, ganha cada vez mais espaço na agenda de pesquisadores. Cientistas de diferentes áreas envolvem-se na tarefa de produzir conhecimento para reduzir o estresse e dar qualidade de vida aos animais, notadamente aqueles utilizados ou consumidos pelos seres humanos. Dessa mobilização, surgiu um campo interdisciplinar: a ciência do bem-estar animal. Ele integra veterinários, biólogos, psicólogos, especialistas em bioética, entre outros profissionais, em pesquisas que avaliam, para citar alguns exemplos, quais são as condições mais apropriadas para criar e transportar bois e porcos ou para manter ratos ou coelhos utilizados em experimentação científica. Também há estudos que ampliam a compreensão sobre a dor e a cognição dos bichos, essenciais para mensurar níveis de sofrimento, e os que analisam, do ponto de vista ético, as relações entre seres humanos e animais.

O ponto de partida desse campo remonta aos anos 1960, no ativismo contra a crueldade na pecuária do Reino Unido (ver box) e na convocação de pesquisadores para ajudar a enfrentar o problema. Na academia, um grande marco, em meados da década de 1980, foi a indicação do biólogo Donald Broom, hoje com 81 anos, para criar e ministrar a primeira disciplina de bem-estar animal em uma instituição acadêmica, a Universidade de Cambridge, no Reino Unido. O principal fundamento é a ideia de que animais são seres sencientes, ou seja, possuem a capacidade de experimentar sensações e sentimentos básicos, como frio e calor ou dor e medo, e distinguir as agradáveis das desagradáveis. Quando são retirados de seu hábitat natural para domesticação ou exploração comercial, é responsabilidade dos seres humanos zelar por seu bem-estar, o que inclui, de acordo com os cânones dessa área do conhecimento, três preocupações éticas: que eles possam desenvolver suas capacidades de forma análoga à da vida natural, não sintam dor ou medo e possam sentir prazer e recebam cuidados de forma a ter boa saúde.

Um novo impulso veio na década de 1990, com o lançamento de revistas científicas especializadas, como Animal Welfare ou Journal of Applied Animal Welfare Science. Um vislumbre nas edições mais recentes desses dois periódicos dá a medida de como o campo se aprimorou. Há artigos de pesquisadores de todos os lugares do planeta, como Vietnã, Turquia, Brasil, Austrália, México, Reino Unido e Nigéria. Os temas abrangem tópicos como o bem-estar de civetas, um mamífero asiático, criadas em cativeiro em plantações de café da Indonésia ?os grãos digeridos e defecados por esses mamíferos produzem um café que custa US$ 2 mil o quilograma (kg) ? protocolos para a criação de tartarugas-marinhas para fins de pesquisa ou as razões pelas quais alguns tutores de pets do Reino Unido deixam de procurar assistência veterinária, mesmo com a oferta de tratamento gratuito. “Hoje, as publicações sobre o tema chegam a milhares anualmente, as conferências envolvem centenas de pesquisadores e apresentações não são incomuns nas reuniões sobre agricultura, ecologia, cognição e até mesmo sobre emoções humanas? observou a bióloga comportamental Georgia Mason, diretora do Centro Campbell de Estudos de Bem-Estar Animal da Universidade de Guelph, no Canadá, em um artigo divulgado há seis meses na revista BMC Biology.

O esforço de pesquisadores em evitar que os animais sejam tratados com crueldade responde à pressão de cidadãos e consumidores e a exigências de legislações nacionais, mas a maioria das pesquisas também mira interesses como o aumento da produtividade e da sustentabilidade na produção de carnes. Um tema frequente em países como Brasil, Uruguai e Argentina, grandes exportadores de carne, são as falhas na produção, no embarque, transporte e manejo no frigorífico ?além do sofrimento, elas comprometem a competitividade da pecuária. Um estudo publicado em 2021 pelo zootecnista Mateus José Rodrigues Paranhos da Costa, pesquisador da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Jaboticabal, definiu parâmetros para a quantidade de porcos alocados em caminhões, quando são transportados para abatedouros.

A conclusão do trabalho é de que densidades de carga inferiores a 235 kg por metro quadrado (m2) permitem que os leitões tenham espaço suficiente para viajar com mais conforto nos caminhões e chegar menos cansados e machucados ao abatedouro. Essa densidade equivale a pouco mais de dois porcos por metro quadrado ?o peso de um suíno na época do abate fica em torno dos 100 kg. “No Brasil, estima-se que mais de 10 milhões de quilos de carne sejam descartados anualmente por causa dos hematomas nas carcaças em virtude de quedas, pancadas e escorregões do animal, que poderiam ser evitados com um manejo mais cuidadoso? afirma Paranhos da Costa. O estudo avaliou as condições de quase 2 mil suínos transportados. Os índices de lesão foram bem mais altos quando a densidade de porcos era de 270 kg/m2 na comparação com densidades de 240 e 200 kg/m2.

O engenheiro-agrônomo Alex Maia, também da Unesp em Jaboticabal, atualmente pesquisador visitante da Universidade de Idaho, nos Estados Unidos, estuda o papel do conforto térmico para a melhoria na qualidade de vida de bovinos. Por ano, o Brasil engorda em confinamentos aproximadamente 7 milhões de bovinos de corte em currais sem nenhum anteparo contra intempéries do ambiente, expondo-os à radiação solar (ver Pesquisa FAPESP nº 340), principalmente ultravioleta. “?um ambiente muito desconfortável para os animais, incômodo para os produtores e desafiador para a indústria, pois atualmente a sociedade tem um olhar crítico sobre esses sistemas que buscam altos lucros em detrimento da qualidade de vida dos animais.?Em parceria com o Centro de Inovação Campanelli, do grupo Agropastoril Paschoal Campanelli, localizado na fazenda Santa Rosa, em Altair, a 419 quilômetros de São Paulo, Maia desenvolve o conceito smart shade: um curral em formato retangular, com estrutura metálica com cabos de aço suspensos fixando telhas, que oferece uma projeção de sombra de 20% da área total durante qualquer horário do dia, permitindo que 100% do rebanho se proteja contra a radiação solar direta.

Foram realizados experimentos com mais de 6 mil bovinos de corte, a maioria da raça nelore, que tinham a liberdade de escolher entre ficarem expostos ao Sol ou se protegerem na projeção da sombra. Parte desses resultados foi publicada em 2023 na Frontiers in Veterinary Science. Em média, os bovinos em currais sombreados tiveram de 5 kg a 10 kg a mais no peso da carcaça, a depender da raça, quando comparados ao gado manejado em currais sem sombreamento. Do ponto de vista ambiental, um resultado que chamou a atenção foi o consumo de água. Em média, os animais dos currais smart shade reduziram a ingestão em torno de 10 litros de água por dia em relação aos bovinos que não desfrutaram do sombreamento. Com base em seus dados de pesquisa, Maia está desenvolvendo nos Estados Unidos modelos de inteligência artificial capazes de predizer o consumo de matéria seca e de água, além do ganho de peso, em razão da exposição do rebanho à radiação solar.

Curral smart shade na fazenda Santa Rosa, em Altair, interior paulista: mais conforto térmico e consumo menor de água

Curral smart shade na fazenda Santa Rosa, em Altair, interior paulista: mais conforto térmico e consumo menor de água. Imagem: Centro de Inovação Campanelli

A agenda dos cientistas pode parecer convergente com a das entidades de proteção, mas seus objetivos são diferentes. Do ponto de vista das ONG, praticamente todo tipo de uso de animais é eticamente reprovável, enquanto os pesquisadores se concentram em dar a eles um tratamento digno e indolor, tentando reduzir, quando possível, seu uso, como no caso da experimentação animal. Essa abordagem dos cientistas, contudo, não é consensual nem se exime de debates éticos, às vezes, acalorados. A veterinária Carla Molento, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), considera essencial avaliar se as pesquisas e as novas tecnologias sobre bem-estar têm um interesse genuíno em melhorar as condições de vida dos animais, mesmo em um ambiente de produção, ou se o verdadeiro alvo é aumentar os ganhos do produtor. “Muitas vezes, existe um desvio insidioso. Um estudo se apresenta como pesquisa de bem-estar, mas na verdade ele visa apenas melhorar a produtividade? diz Molento, coordenadora do Laboratório de Bem-estar Animal (Labea) da UFPR ?primeiro centro brasileiro a incluir a expressão “bem-estar animal?em seu nome, em 2004.

Em um trabalho publicado por seu grupo em 2023 na revista Animals, Molento e suas colaboradoras selecionaram 180 artigos científicos que traziam as expressões “animal welfare?ou “animal well-being?em seus objetivos ou hipóteses. Cinco avaliadoras deram pontos para os artigos, em uma escala de 1 a 10, de acordo com o valor intrínseco que o texto atribuía aos animais. Nos trabalhos de revistas que tinham como mote a produção, a média foi de 4,74 pontos, enquanto os publicados em periódicos sobre bem-estar alcançaram 6,46. “A baixa pontuação geral evidenciou que as publicações sobre bem-estar não estão, em média, priorizando os interesses dos animais? escreveu Molento. Ela propõe que estudos científicos nessa área passem a conter uma declaração explícita sobre as motivações e interesses dos pesquisadores, para aferir se os animais são tratados como prioridade.

Animais de laboratório

A experimentação científica é um outro foco importante da ciência do bem-estar animal. Garantir que os animais de laboratório tenham uma vida saudável e livre de dor é essencial para que eles cumpram a finalidade de gerar informações que façam o conhecimento avançar ou testar novas rotas para medicamentos. “Além de ser intolerável para a sociedade manter um animal em condições insalubres, isso pode criar vieses nos resultados de pesquisas? explica a médica-veterinária Luisa Maria Gomes de Macedo Braga, presidente do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) responsável por formular e zelar pelo cumprimento de normas para o funcionamento de instalações em que animais são criados e utilizados.

O Concea foi criado pela Lei Federal nº 11.794, sancionada em outubro de 2008, que propôs procedimentos e normas para o uso de animais em pesquisas no Brasil. Ela é mais conhecida como Lei Arouca, em referência ao seu autor, o sanitarista e deputado federal Sérgio Arouca (1941-2003), presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de 1985 a 1989. A lei também determinou que cada instituição de pesquisa tivesse uma Comissão de Ética de Uso de Animais (Ceua) encarregada de avaliar projetos que utilizem animais de laboratório, zelando para que sejam usados no menor número possível, em condições dignas e com o mínimo de sofrimento.

Resoluções do Concea mudaram o panorama da experimentação animal no Brasil. Recentemente, determinaram a substituição do uso de animais por métodos alternativos no controle de qualidade de lotes de produtos e medicamentos. Entre as tecnologias que buscam substituir o uso de animais em testes de cosméticos, uma das mais promissoras é conhecida como body-on-a-chip (BoC), baseada na impressão 3D de tecidos humanos, como pele e intestino (ver Pesquisa FAPESP nº 335). As resoluções também tiveram impacto na aplicação de políticas públicas. Um grupo de 120 pesquisadores brasileiros, coordenados na maioria por membros do Concea, trabalhou nos últimos 10 anos para produzir o Guia brasileiro de produção, manutenção ou utilização de animais para atividades de ensino ou pesquisa científica, um manual de 1,1 mil páginas que reúne orientações sobre edificações, cuidados e manejo.

Roedor criado em biotério da USP: docentes e técnicos dispõem de curso de capacitação em princípios éticos e manejo

Roedor criado em biotério da USP: docentes e técnicos dispõem de curso de capacitação em princípios éticos e manejo. Imagem: Léo Ramos Chaves? Revista Pesquisa FAPESP

O guia define de modo minucioso como deve ser feita a criação de roedores, coelhos, cães e gatos, macacos, ruminantes, peixes, suínos, aves, entre outros, utilizados em experimentos científicos. Reúne descrições sobre como estruturar biotérios e outras instalações de pesquisa, sem o que elas não podem ser licenciadas ?do espaço mínimo reservado a cada espécie à existência de áreas exclusivas para quarentena. Também propõe protocolos a serem adotados para reduzir a dor e o estresse dos bichos, como o nível de ruído no ambiente ou o tamanho das agulhas usadas em anestesia, ou o tipo de treinamento que os profissionais que lidam com essas experimentações precisam receber (ver Pesquisa FAPESP nº 328).

O impacto dos 15 primeiros anos de aplicação da Lei Arouca está sendo avaliado por uma equipe liderada pelo veterinário José Luiz Jivago de Paula Rôlo, da Universidade de Brasília (UnB). Um dos dados já analisados pelo grupo é o do número de artigos de autores do Brasil que mencionaram o termo “bem-estar animal?e fizeram referência a algum tipo de regulamentação relacionada ao uso de animais em projetos de pesquisa. Até a década de 1990, o número de papers era muito pequeno ?no máximo, cinco por ano ? mas cresceu exponencialmente a partir de meados dos anos 2000. Só em 2020 houve mais de 200 artigos citando instruções normativas e guias do Concea. O levantamento, que deve ser concluído no final do ano, também vai mapear os grupos de pesquisa envolvidos com o tema no país. “Já é possível afirmar que existem duas grandes vertentes. Há equipes que têm como alvo a experimentação e as que se dedicam a estudos sobre animais na pecuária. E esse segundo grupo é mais numeroso? diz Rôlo.

As duas vertentes com frequência se entrelaçam. O médico-veterinário Helder Louvandini, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (Cena-USP), em Piracicaba, participou de uma das equipes que produziram o manual do Concea. Ele ajudou a sistematizar as normas sobre pesquisas com grandes ruminantes, como bovinos e búfalos, que estabelecem desde os cuidados na criação de bezerros até os parâmetros detalhados para sistemas de confinamento, como uso de pisos antiderrapantes e sistemas de ventilação. Louvandini conta que a questão do bem-estar se tornou uma parte indissociável de seus estudos sobre nutrição. “Coordeno um projeto apoiado pela FAPESP que pretende validar o uso de nanopartículas de óxido de zinco como um alimento funcional em ruminantes. O objetivo não é só melhorar as condições nutricionais dos animais, mas analisar o efeito no combate a parasitas, o que é um parâmetro fundamental para o bem-estar. Toda pesquisa que busque ampliar a sustentabilidade na produção acaba tendo elo com o bem-estar? afirma.

Um dos pioneiros na ciência do bem-estar animal no Brasil é o veterinário gaúcho Adroaldo José Zanella. Ele coordena o Centro de Estudos Comparativos em Saúde, Sustentabilidade e Bem-Estar na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FM-VZ) da USP, campus de Pirassununga, e lidera pesquisas sobre bovinos de corte e de leite, ovelhas e, principalmente, suínos. Um artigo recente de seu grupo, publicado em abril na Nature Food, mapeou indicadores de sustentabilidade e bem-estar na cadeia de suínos no Brasil e no Reino Unido. O trabalho comparou dados sobre 74 criações de suínos no Reino Unido e 17 no Brasil. Um dos resultados mais relevantes indicou que, entre suínos criados em condições de bem-estar comprometido, há mais uso de antimicrobianos. “Esses fármacos são utilizados em menor quantidade quando os indicadores de bem-estar são melhores? afirma. Zanella, que orientou a formação de mais de 30 mestres e 25 doutores, busca uma abordagem multidisciplinar para levar as pesquisas adiante, integrando advogados, médicos, filósofos, pedagogos, profissionais das ciências exatas ligados à inteligência artificial e outros. “Nosso grupo está tentando buscar pessoas nas áreas de ciências humanas que possam nos ajudar a entender, por exemplo, como melhorar a mão de obra trabalhando com animais? diz.

Zanella se doutorou em bem-estar animal pela Universidade de Cambridge em 1992, tendo o pioneiro Broom como orientador. Sua tese teve como foco os indicadores de bem-estar de fêmeas suínas durante a gestação, até hoje um dos principais focos de seu centro de estudos. Na tese, ele identificou um marcador neurofisiológico associado ao comportamento repetitivo de suínos, que é semelhante ao comportamento desenvolvido por algumas pessoas com autismo. Outros trabalhos do grupo demonstraram que a espécie sofre de ansiedade, aumento de comportamento agressivo, problemas de memória e comprometimento das áreas do cérebro responsáveis pela modulação das emoções e processos cognitivos, em situações de isolamento social ou quando submetida ao desmame precoce, dados publicados no periódico Brain Research. Em um artigo recente de Zanella, divulgado na revista Frontiers in Animal Science, ele mostrou que, mesmo sem nunca ter entrado em contato com o pai, leitões originados de machos que permaneceram quatro semanas em celas apresentaram mais medo e ansiedade, além de níveis elevados de cortisol na saliva quando expostos a situações estressantes pelas quais nunca tinham passado antes. Essas mesmas questões vêm sendo avaliadas em ovelhas e cabras, com resultados semelhantes.

Ovinos, tilápia massageada por cerdas em aquário no campus da Unesp e coleta de fluido oral de suínos de forma não invasiva, ambos no campus de Pirassununga da USP

Ovinos, tilápia massageada por cerdas em aquário no campus da Unesp e coleta de fluido oral de suínos de forma não invasiva, ambos no campus de Pirassununga da USP. Imagem: Léo Ramos Chaves? Revista Pesquisa FAPESP | Ana Carolina dos Santos Gauy

Apesar da prevalência de estudos voltados para a pecuária, hoje já há pesquisas no país sobre muitas outras espécies. Pesquisadores da UnB apoiam instâncias do governo federal, como o Ministério da Agricultura e Pecuária, a Polícia Federal e a Receita Federal, que utilizam cães de olfato excepcional utilizados para farejar drogas, explosivos e alimentos, e ajudam a definir protocolos que devem ser seguidos para garantir o bem-estar dos animais. Cães, que chegam a custar R$ 60 mil reais, podem ter o desempenho diminuído na execução de tarefas quando são submetidos a condições exaustivas ou muito adversas.

“O potencial máximo de um animal é atingido quando ele se sente confortável, bem alimentado e hidratado, e há uma série de parâmetros de bem-estar, como horas de trabalho e pausas para descanso, que precisam ser seguidas? explica o médico-veterinário Cristiano Barros de Melo, professor da UnB, que ministra uma disciplina sobre Cães de Interesse do Serviço Público na pós-graduação em ciências animais da universidade e oferece capacitação científica a empresários e funcionários públicos que lidam com caninos. “Para os cães, o trabalho de farejar é uma brincadeira agradável. Se ele entender o trabalho como uma grande brincadeira, suas habilidades são aproveitadas. Quando fareja em alto desempenho, sua boca permanece fechada e a respiração segue pelas narinas, por conta do foco que necessita manter durante o trabalho. Por isso, é preciso calibrar seu esforço.?/p>

Em um estudo publicado em maio na revista Frontiers in Veterinary Science, o grupo de Melo avaliou o desempenho de cães da Receita Federal envolvidos em apreensões de drogas entre 2010 e 2020 em fronteiras, aeroportos, portos e centros de recepção de encomendas dos Correios, em cenários reais no Brasil. Foram apreendidos 97,7 mil quilos de maconha, 179,3 mil quilos de cocaína, entre outros entorpecentes. A conclusão do estudo é de que, a cada novo cachorro introduzido no sistema de fiscalização, houve um aumento de mais de 3 toneladas de drogas apreendidas.

Mas também há pesquisas em fases de investigação anteriores à aplicação. A zoóloga Eliane Gonçalves de Freitas, do Laboratório de Comportamento Animal da Unesp, campus de São José do Rio Preto, está estudando como a estimulação táctil corporal, um recurso usado para reduzir o estresse de diversas espécies, pode melhorar o bem-estar de tilápias. Em dois artigos, um publicado em 2019 e outro em 2022 na revista Scientific Reports, seu grupo analisou o comportamento de tilápias criadas em aquários que, para chegar ao local onde havia alimento, eram obrigadas a passar por uma coluna de cerdas macias de silicone que massageavam suavemente seus corpos. Embora a estimulação não tenha tido impacto nos níveis do hormônio cortisol, cuja elevação está associada a estresse, as tilápias do experimento reduziram sua agressividade em interações com as outras.

Também se observou que os peixes cresceram mais rapidamente com menor consumo de alimentos, o que foi atribuído ao gasto energético poupado em lutas. Em um projeto apoiado pela FAPESP em parceria com pesquisadores da Universidade do Porto, em Portugal, e da Universidade de Tecnologia da Dinamarca, Freitas investiga agora se as tilápias procuram voluntariamente a massagem caso não sejam obrigadas a ultrapassar as cerdas, além de alguns mecanismos neurais envolvidos com a resposta à estimulação táctil. Também está analisando o efeito da massagem em três peixes ornamentais de comportamento agressivo e se os efeitos também se reproduzem em espécies marinhas de interesse para a aquicultura europeia, como a dourada (Sparus aurata) e o sargo (Diplodus sargus). “A quantidade de estudos sobre o bem-estar dos peixes ainda é pequena e essa área só começou a crescer neste século. Há evidências de que eles sentem dor, mas há poucos estudos sobre como reduzir o sofrimento? afirma. Um dos desafios da ciência do bem-estar animal, observa Freitas, é expandir seus domínios para espécies que hoje não atraem muita atenção dos pesquisadores, seja porque não inspiram compaixão nos seres humanos ou então porque não despertam interesse comercial.

O gatilho contra a crueldade
Livro da década de 1960 denunciou currais superlotados no Reino UnidoEm 1964, a ativista inglesa Ruth Harrison abriu a caixa de Pandora da crueldade na produção animal ao publicar Animal machines. No livro, de 186 páginas e sem tradução no Brasil, ela denunciava o imenso contraste entre fazendas idílicas com seus celeiros cobertos de líquens e vaquinhas chamadas pelo nome e os “desajeitados?galpões que, àquela altura, já aplicavam antibióticos e hormônios nos animais e os confinavam em currais superlotados para transformá-los em mercadorias. O livro teve um forte impacto. Em junho do mesmo ano, o governo do Reino Unido convocou o professor de zoologia Francis William Rogers Brambell, da Universidade de Bangor, para liderar uma equipe de investigadores e dar uma resposta técnica à questão. Afinal, o livro era um exagero ou o sistema intensivo estava realmente causando sofrimento aos animais?Em dezembro de 1965, o grupo, chamado tempos depois de Comitê Brambell, divulgou um relatório de 85 páginas no qual reconhecia que os animais poderiam experimentar dor física e sentimentos como medo, raiva, apreensão, frustração e prazer. Também destacou a importância da independência de movimento do animal, definida em cinco “liberdades? virar-se, limpar-se, levantar-se, deitar-se e esticar os membros. Ante a falta de pesquisas a respeito, o comitê propôs que cientistas voltassem seus estudos ao tema do bem-estar a fim de definir o termo com maior precisão e desenvolvessem índices e parâmetros para que as condições em que vivem os animais, especialmente aqueles criados com fins alimentares, pudessem ser mais bem avaliadas e mensuradas. Estava aberta a porteira da ciência do bem-estar animal.
Apoio à formação profissional
Cursos dão treinamento sobre princípios éticos e manejo em experimentação animalEm 2017, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançou um edital para financiar cursos e treinamento para docentes, técnicos, veterinários e estudantes que trabalham em instalações em que se faz experimentação animal. O grupo da bióloga Patrícia Gama, diretora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e coordenadora da Rede USP de Biotérios, teve um projeto selecionado na chamada. Ele resultou na criação de um curso a distância de extensão de capacitação em princípios éticos e manejo, que atendeu mais de 10 mil profissionais. “Classificamos o curso como de difusão, categoria na qual pudemos incluir pessoas sem formação completa, já que muitos funcionários de instituições de pesquisa não completaram o ensino médio? explica Gama, que montou o programa com Claudia Cabrera Mori, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, e mais um grupo de veterinários que já atuavam na instituição.Na primeira edição, de 2018 a 2021, 10.726 pessoas foram selecionadas, das quais 6.418 concluíram o curso. Na segunda rodada, de 2021 a 2022, houve 7.914 selecionados e 4.895 concludentes. Diante da demanda do Concea para que o treinamento obrigatório se estendesse para além de ratos e camundongos, abrangendo cuidados com outros animais, como bovinos, aves e peixes, o grupo da USP constituiu a partir de março de 2023 um curso de princípios éticos e de manejo, com módulos dessas espécies em separado. Até janeiro deste ano, 4.559 dentre 10.813 inscritos haviam concluído esse curso. “Na prática, já vemosmudanças de comportamento? diz Gama. Segundo ela, a qualidade do treinamento e das instalações tem feito com que se use menos animais por experimento científico, o que também reflete na disseminação dos resultados.

A reportagem acima foi publicada com o título ?b>Cuidado e empatia com os animais?na edição impressa nº 341, de julho de 2024.

Projetos
1. Bem-estar animal como valor agregado nas cadeias produtivas da pecuária (nº 23/12374-4); Modalidade Auxílio Organização ?Reunião Científica; Pesquisador responsável Mateus José Rodrigues Paranhos da Costa (Unesp); Investimento R$ 96.605,44.
2. Estimulação táctil corporal e bem-estar em peixes: Efeitos sobre a agressividade, monoaminas cerebrais e desempenho produtivo (nº 23/02306-1); Modalidade Auxílio à Pesquisa ?Regular; Pesquisadora responsável Eliane Gonçalves de Freitas (Unesp); Investimento R$ 273.424,42.
3. Nanopartícula de óxido de zinco como alimento funcional (nº 19/26042-8); Modalidade Projeto Temático; Pesquisador responsável Helder Louvandini (USP); Investimento R$ 2.528.542,97.
4. Consequências epigenéticas da experiência no período pré-cópula de machos suínos na cognição e emocionalidade de leitões (nº 20/00826-0); Modalidade Auxílio à Pesquisa ?Sprint; Convênio Linköping University (LiU) Pesquisador responsável Adroaldo Jose Zanella (USP); Investimento R$ 32.630,38.
5. Sombreamento com uso de painéis fotovoltaicos para bovinos de corte: Um estudo do equilíbrio térmico, da viabilidade econômica e do impacto ambiental (nº 18/19148-1); Modalidade Auxílio à Pesquisa ?Programa de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais; Pesquisador responsável Alex Sandro Campos Maia (Unesp); Investimento R$ 208.086,17.
6. A contribuição do macho para o desenvolvimento de fenótipos robustos e o papel mitigador do bem-estar das fêmeas suínas (nº 18/01082-4); Modalidade Auxílio à Pesquisa ?Regular; Pesquisador responsável Adroaldo Jose Zanella (USP); InvestimentoR$ 222.973,53.

Artigos científicos
MASON, G. J. Animal welfare research is fascinating, ethical, and useful ?but how can it be more rigorous? BMC Biology. v. 21, n. 302. 2023.
URREA, V. M et al. Behavior, blood stress indicators, skin lesions, and meat quality in pigs transported to slaughter at different loading densities. Journal of Animal Science. v. 99. ed. 6. 2021.
MAIA, A. S. C et al. Economically sustainable shade design for feedlot cattle. Frontiers in Veterinary Science. v. 10. 2023.
FRAGOSO, A. A. et al. Animal Welfare Science: Why and for Whom? Animals. v. 13. p. 1833. 2023.
BARTLET, H. et al. Trade-offs in the externalities of pig production are not inevitable. Nature Food. v. 5. p. 312-22. 2024.
ZANELLA, A. J. et al. Effects of early weaning and social isolation on the expression of glucocorticoid and mineralocorticoid receptor and 11β-hydroxysteroid dehydrogenase 1 and 2 mRNAs in the frontal cortex and hippocampus of piglets. Brain Research. v. 1067. p. 36-42. 2006.
ZANELLA, A. J. et al. Inheriting the sins of their fathers: Boar life experiences can shape the emotional responses of their offspring. Frontiers in Animal Science. v. 4. 2023.
MELO, C. B. et al. Detection dogs fighting transnational narcotraffic: Performance and challenges under real customs scenario in Brazil. Frontiers in Veterinary Science. v. 11. 2024.
BOLOGNESI, M. C et al. Tactile stimulation reduces aggressiveness but does not lower stress in a territorial fish. Scientific Reports. v. 9. n. 40. 2019.
GAUY, A. C et al. Long-term body tactile stimulation reduces aggression and improves productive performance in Nile tilapia groups. Scientific Reports. v. 12, n. 20239. 2022.

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????????????,????????? //emiaow553.com/spotify-huawei-mapa-mostra-marcas-tech-com-piores-pronuncias-do-mundo/ Fri, 16 Aug 2024 16:43:01 +0000 //emiaow553.com/?p=586199 A pesquisa reflete um desafio comum para marcas globais: a adaptação e a comunicação eficaz em diferentes idiomas e culturas

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O mundo está cada vez mais conectado, com as marcas se tornando internacionais. Mas com isso vem um problema curioso: a pronúncia de nomes estrangeiros. Um estudo, conduzido por analistas da Business Financing, revelou quais são as marcas de tecnologia mais mal pronunciadas globalmente.

A pesquisa, que analisou um banco de dados de 16.875 marcas de destaque mundial no Forvo.com — o maior dicionário de pronúncia do planeta –, revelou dados interessantes sobre a dificuldade que algumas marcas enfrentam em termos de pronúncia em diferentes idiomas.

O estudo classificou as marcas com base no número de audições que receberam no Forvo.com. Além disso, a pesquisa reflete um desafio comum para marcas globais: a adaptação e a comunicação eficaz em diferentes idiomas e culturas.

Nomes que parecem intuitivos ou prestigiados em um idioma podem ser confusos em outros, tornando-se assim essencial para as empresas considerar a fonética e a recepção internacional ao escolher e promover seus nomes.

Veja o mapa com as marcas tech com piores pronúncias do mundo

Mapa mostra as marcas mais difíceis de pronunciar. Imagem: Business Financing/Reprodução

O Spotify, da Suécia, por exemplo, lidera a lista das marcas mais mal pronunciadas no mundo, com impressionantes 374 mil escutas no Forvo.com. Fundado por Daniel Ek e Martin Lorentzon em 2006, o nome “Spotify” acabou sendo uma confusão. O nome não tem nenhum significado especial. Lorentzon disse essa palavra ou um termo parecido quando ambos discutiam qual nome utilizar. Spotify acabou prevalecendo por ser uma junção das palavras “spot?e “identify?

Outra marca tech com destaque na lista é a Hitachi, uma das quatro empresas asiáticas entre as dez mais mal pronunciadas globalmente, com 303 mil ouvintes. A dificuldade com a pronúncia de “Hitachi” destaca como os nomes de marcas podem desafiar a comunicação internacional, especialmente quando os fonemas não são comuns em outros idiomas.

Já no Brasil, a marca Embraer também aparece como destaque entre as mal pronunciadas, entre 48 mil ouvintes. Numero ligeiramente superior à finlandesa Nokia, com 41 mil ouvintes.

Além disso, o estudo também abordou a importância de adaptar os nomes das marcas para facilitar a pronúncia global. Por exemplo, a Hewlett-Packard utiliza geralmente a sigla “HP” em vez do nome completo. Fundada em Palo Alto por Bill Hewlett e David Packard, a empresa teve que considerar o impacto global de seu nome. O uso de “HP” se mostrou uma decisão acertada, simplificando a comunicação e ajudando a empresa a se estabelecer em mercados internacionais.

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????? ???????????????? //emiaow553.com/seis-em-cada-10-escolas-tem-regras-para-uso-do-celular-pelos-alunos/ Wed, 07 Aug 2024 19:51:30 +0000 //emiaow553.com/?p=584564 Em 28% das escolas, uso do dispositivo por estudantes é proibido

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Texto: Luiz Claudio Ferreira/Agência Brasil

Seis em cada dez escolas de ensino fundamental e médio adotam regras para uso do telefone celular pelos alunos, permitindo que o aparelho seja usado apenas em determinados espaços e horários. Em 28% das instituições educacionais, o uso do dispositivo pelos estudantes é proibido, segundo aponta a pesquisa TIC Educação 2023, lançada nesta terça-feira (6) pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O levantamento foi realizado junto a 3.001 gestores de unidades de ensino, tanto urbanas como rurais.

A pesquisa mostra que o controle do uso do celular tem se intensificado. Nas instituições que atendem alunos mais novos, até os anos iniciais do ensino fundamental, a proporção de escolas que proíbem a utilização do dispositivo passou de 32% em 2020, para 43% em 2023. Naquelas que oferecem até os anos finais do ensino fundamental, a porcentagem subiu de 10% para 21%, entre as edições 2020 e 2023 do levantamento.

Apenas 8% das instituições que atendem estudantes de ensino médio proíbem o uso do telefone celular na escola, segundo levantamento feito pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

O estudo constatou ainda que, além de estabelecer regras em relação à utilização do telefone celular, mais escolas também passaram a limitar o uso de wi-fi pelos estudantes. Do total de instituições de ensino fundamental e médio com internet, na maioria (58%), o acesso a esse tipo de rede sem fio é restrito pelo uso de senha, sendo que em 26% das instituições, os alunos podem utilizar a tecnologia. É possível observar ainda, com base na comparação dos indicadores coletados entre as edições 2020 e 2023 da pesquisa, uma redução na proporção de escolas que liberam o Wi-Fi para os alunos ?de 35% para 26% ?e um aumento na porcentagem das que restringem o acesso ?de 48% para 58%.

Acesso à internet

O acesso à internet nas escolas de ensino fundamental e médio no Brasil chegou a 92%. Numa comparação com os números de 2020, com as mesmas características de público, a conectividade naquele ano de pandemia era de 82% (10 pontos percentuais a menos do que os dados atuais).

O crescimento maior de acesso à internet, conforme aponta o levantamento, ocorreu nas escolas de área rural: passou de 52% (em 2020) para 81%. Porém, só 65% das unidades de ensino dessa característica disponibilizam o acesso aos alunos.

Também são mais identificáveis as transformações de conectividade nas unidades do interior do Brasil, passando de 79% para 91%. Nas capitais, a porcentagem seguiu inalterada na casa dos 98%. Outras alterações de cenários de conectividade de internet, entre 2020 e 2023, são mais notórias pelos números das escolas municipais (de 71% para 89%) e públicas (de 78% para 91%).

Equipamentos

Além da disponibilidade de acesso à internet de qualidade, é fundamental que as escolas possuam dispositivos digitais em número suficiente, possibilitando o uso desses recursos para fins pedagógicos.

Nas unidades de ensino rurais ocorreu uma evolução na disponibilização de computadores. A porcentagem cresceu de 63% (no ano de 2020) para 75%. No entanto, os gestores das escolas municipais registram a menor oferta de equipamentos para uso especificamente dos alunos em atividades de ensino. Ao todo, 42% apontaram não haver nenhum computador para os estudantes.

São também nas escolas ligadas às cidades, em geral, tanto nos espaços administrativos e pedagógicos, onde há menor disponibilização de acesso à internet. Um exemplo é que, em bibliotecas ou sala de estudos para os alunos, a conectividade só existe em 40% das escolas pesquisadas. Já em 73% das escolas estaduais e 72% das particulares esses espaços têm internet.

Nas salas

A conectividade nas salas de aula, no entanto, registrou aumento entre 2020 e 2023, tanto em escolas municipais (foi de 60% para 82%) como nas estaduais (de 63% para 80%), aproximando-se da porcentagem de escolas privadas, que, no ano passado, era de 88%.

Os desafios para as administrações municipais revelam-se também em uma queda de disponibilização, por exemplo, de laboratórios de informática com acesso à internet. Apenas 22% dessas unidades ofereciam o serviço. Há três anos, essa porcentagem era de 25%. Os melhores números com relação a esse tipo de laboratório são nas escolas estaduais, que são em 65%, maior que a das particulares em que há esse equipamento em só 42%.

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X5 Archives????- ??? ??? ???? //emiaow553.com/cientistas-implantam-1o-coracao-artificial-feito-de-titanio-veja-como-foi/ Wed, 31 Jul 2024 16:46:51 +0000 //emiaow553.com/?p=583189 Órgão artificial pode revolucionar tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca

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Uma parceria entre o Texas Heart Institute e a BiVACOR, nos Estados Unidos, promoveu o primeiro transplante feito com um coração artificial construído em titânio. De acordo com as informações divulgadas, o processo cirúrgico foi um enorme sucesso e o órgão tem atingido o desempenho esperado.

Os pesquisadores realizaram o procedimento inédito como parte dos estudos para avaliar o nível de segurança e também o funcionamento do “Coração Artificial Total?(TAH, na sigla em inglês) em um cenário real. 

O órgão, que consiste em uma bomba de sangue com dois ventrículos, não é definitivo. Na verdade, ele foi desenvolvido pelo BiVACOR para pacientes com insuficiência cardíaca que aguardam transplante. Após o sucesso do primeiro implante, mais quatro pacientes passarão pelo procedimento como parte do programa de testes.

Imagem: BiVACOR/Reprodução

Aplicação do coração de titânio

O coração artificial é uma peça única com rotor giratório no interior. O componente fica suspenso por um campo magnético e girando continuamente, a fim de reproduzir o funcionamento de um órgão saudável. Ele contribui para o bombeamento de sangue para todo o corpo.

Os médicos pretendem usar o TAH no tratamento de casos graves de insuficiência cardíaca que, de acordo com dados divulgados no final de 2022, acomete cerca de 26 milhões de pessoas em todo o mundo. A doença é uma condição crônica caracterizada pela perda da capacidade do coração em bombear sangue.

Pessoas com insuficiência cardíaca podem sentir falta de ar, cansaço, batimentos acelerados e inchaço nas pernas. Em casos mais leves, o tratamento pode ser realizado com restrição de ingestão de sal e líquido, além do uso regular de medicamentos. Além disso, os mais graves podem demandar o uso de marcapasso para estimular o ritmo cardíaco ou a realização de um transplante, por exemplo.

Daniel Timms, fundador e diretor de tecnologia da BiVACOR, demonstrou bastante otimismo com o andamento dos estudos. Aliás, ele comemorou os bons resultados atingidos após a primeira instalação do TAH e agradeceu a coragem do paciente que se voluntariou para contribuir com os testes.

VEJA TAMBÉM:

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?? ??? ????? ?? ????? ??? ?? //emiaow553.com/especialistas-comentam-apagao-cibernetico-global-desta-sexta/ Fri, 19 Jul 2024 15:36:54 +0000 //emiaow553.com/?p=581544 Lucas Galvão, CEO da Open Cybersecurity, e Allan de Alcântara, proprietário da FrankFox Informática, falam sobre o apagão de tecnologia que afeta serviços no mundo inteiro

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O apagão cibernético desta sexta-feira (19), que afeta serviços de aviação, bancários e de emergência no mundo todo, é atribuído a problemas na atualização de um software da CrowdStrike. Esta é uma corporação especializada em segurança cibernética que presta serviços para as maiores empresas do planeta. E como é feita a gestão dessas atualizações? Os especialistas ouvidos pelo Giz Brasil analisam o tema abaixo.

Até o momento, as informações disponíveis sobre o caso indicam que o update com erro foi liberado para o programa Falcon. Ele atua de forma silenciosa realizando monitoramento detalhado a fim de identificar potenciais ameaças em redes corporativas.

Dessa forma, a falha interrompeu o funcionamento de serviços essenciais no mundo inteiro. Países da América do Norte, Europa e Ásia estão com voos suspensos e emissoras de TV estão relatando problemas para transmissão de sinal ao vivo. Canais como Sky News e CBBC chegaram a sair do ar.

O apagão cibernético também interrompeu completamente os serviços de algumas instituições bancárias ao redor do mundo. Em muitos lugares, ainda não há previsão de quando as operações serão totalmente reestabelecidas.

Uma das empresas mais afetadas pela falha foi a Microsoft, que tenta resolver uma série de instabilidades em seus serviços online. As versões mais recentes do Windows também acabaram afetadas pelo problema, com muitos computadores apresentando a “tela azul da morte?

Especialista defende melhor gestão de atualizações

Lucas Galvão, especialista em cibersegurança e CEO da Open Cybersecurity, afirmou, em conversa com o Giz Brasil, que problemas como esse são comuns e ocorrem, na maioria das vezes, em razão da programação de atualizações automáticas de software.

?/span>Falhas como essas podem ocorrer, principalmente, se são colocadas em modo automático. Isto é, dá-se autorização para que esses sistemas atualizem e corrijam as falhas, que podem ser melhorias, podem ser correções e fragilidades de segurança.  Neste caso, especificamente, estamos falando de uma atualização do sistema que ocorreu em larga escala, sem muito consentimento e sem muito estudo.?/span>

Normalmente, no setor de tecnologia, antes de uma atualização ser liberada para os clientes físicos ou, principalmente, empresas, são realizados uma série de testes para atestar a estabilidade do pacote de atualização, para evitar transtornos após o processo de instalação.

Para Galvão, é fundamental que, para que incidentes como esse não se repitam,  os administradores de sistemas adotem um processo de avaliação mais rígido. Além disso, tratem as atualizações automáticas de maneira mais consciente.

“Para que esse tipo de situação aí não aconteça no futuro, é muito importante que os administradores de tecnologias, os gestores e, principalmente, a direção das empresas, se conscientizem quanto à importância de se avaliar constantemente essas atualizações.?/span>

Outro ponto destacado pelo CEO da Open Cybersecurity é o nível de controle concedido a este tipo de plataforma. Ele também faz um apelo para que este gerenciamento seja mais descentralizado, o que pode evitar que problemas dessa natureza ocorram novamente em escala global.

“?muito importante que tenhamos atenção e que não demos também tanto poder a estes aplicativos, que possamos, sim, administrar e ter os aplicativos nas mãos das nossas mãos.?/span>

Brasil aparentemente foi menos afetado

No Brasil, Latam e Gol se pronunciaram afirmando que não foram afetadas pelo problema. Por outro lado, a Azul admitiu que alguns de seus voos podem sofrer atrasos. Até o momento, das instituições bancárias que atuam no país, apenas o Bradesco confirmou oficialmente ter tido seus serviços digitais afetados pelo apagão. Já o Banco Neon notificou seus clientes sobre a instabilidade no sistema devido à crise cibernética global.

Mesmo assim, há uma percepção geral de que o país não foi tão impactado pela falha global. Isso porque apenas alguns poucos serviços sofreram impactos pelo apagão cibernético. 

Ao Giz Brasil, Allan de Alcântara, engenheiro de computação e sócio-proprietário da FrankFox Informática, ressaltou que o impacto não foi localizado. Ou seja, ele afetou múltiplas regiões do globo. Porém, alguns fatores, como as diferenças na infraestrutura e uso de tecnologia, podem ajudar a explicar o entendimento geral de que o Brasil foi menos impactado.

?/span>A infraestrutura de TI e o uso de tecnologia podem variar significativamente entre países. Alguns países podem ter implementações diferentes de software, configurações de segurança, ou até mesmo estar menos integrados a certos serviços ou plataformas que foram afetados pelo incidente específico.?/span>

Cada incidente cibernético é único

Assim, o especialista disse que aspectos culturais, regulatórios e econômicos também podem contribuir para a forma como o acontecimento é percebido pela população. A forma como algumas questões são notificadas podem gerar ideias completamente diferentes sobre a gravidade e magnitude de incidentes.

?/span>A percepção de que os computadores brasileiros foram menos afetados pode ser devido a uma combinação de diferenças na infraestrutura de TI, medidas de segurança adotadas, respostas rápidas e a natureza específica do incidente cibernético em questão. Cada incidente cibernético é único e sua repercussão pode variar significativamente entre diferentes regiões e sistemas tecnológicos.?/span>

Como se preparar para novos apagões?

Para Kaio Nascimento, CTO na Select Soluções, principal consultoria em Cloud para startups na América Latina e parceira Advanced da AWS, o risco de mais apagões no futuro é grande, especialmente devido à crescente complexidade das infraestruturas de TI e à dependência de múltiplos fornecedores de software. Ele deu dicas de como se precaver para futuros incidentes cibernéticos como o deste dia 19 de julho. Confira:

– Realizar testes de compatibilidade: é essencial testar extensivamente todas as atualizações de software antes de sua implementação.

– Utilizar ambientes de teste: manter ambientes de teste isolados para validar atualizações sem riscos.

– Comunicar-se com fornecedores: estabelecer canais de comunicação diretos para obter suporte rápido durante atualizações críticas.

– Garantir backups regulares: manter backups frequentes e acessíveis de dados críticos.

– Desenvolver planos de contingência: criar e testar regularmente planos de recuperação de desastres e continuidade de negócios.

– Por fim, implementar monitoramento contínuo:  utilizar ferramentas avançadas de monitoramento para detectar e responder rapidamente a incidentes.

Duas falhas

Para Tiago Arruda, gerente de TI da Leste, do Rio de Janeiro, empresa que fornece internet banda larga por fibra ótica na região do Leste Fluminense desde 2012, existiram falhas dos dois lados. De um, a CrowdStrike por não ter testado devidamente a atualização. E, do outro, a Microsoft que, segundo ele, foi omissa em um tema que é essencial no atual momento da cibersegurança.

“Podemos dizer que foram duas falhas. Uma da empresa terceira, a CrowdStrike, que lançou uma atualização não testada até a exaustão. Sabemos que a velocidade dos ataques cibernéticos é muito elevada, mas, mesmo assim, isso mostra a importância de se ter um ambiente de teste com critérios bem rigorosos. Do outro, temos a Microsoft, que pecou pela omissão. Eu acho que quando você tem que lançar um update dentro do seu sistema, levando em consideração que Microsoft Windows não é open source, é um sistema pago, deveria ter um QA (Quality Assurance).”

 

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