O buracão norte-americano surgiu em junho do ano passado, na pequena cidade de Hinton, localizada no estado da Virgínia Ocidental. O problema começou com um pequeno buraco se formando em um estacionamento próximo ao departamento de polícia local.

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Inicialmente, a cratera tinha 1,8 metro de largura e cerca de nove metros de profundidade. A formação do sumidouro começou por conta de um sistema de drenagem entupido, construído há mais de 90 anos. No caso, a água entrava no solo e não tinha para onde escoar, o que fazia com que ela fosse acumulando e erodindo a terra e a rocha, até o colapso da fundação do estacionamento.

Engenheiros chegaram a instalar um novo bueiro temporário com cerca de 30 metros de profundidade, porém, com a chegada da temporada de chuvas — assim como a passagem do Furacão Nicole — o problema piorou. O buraco começou a crescer significativamente, invadindo uma faixa da estrada e avançando na direção da delegacia, quase engolindo o prédio, como visto no vídeo abaixo:

Diante do problema, o tráfego de veículos precisou ser redirecionado na região, e as escolas locais suspenderam em novembro as aulas presenciais, com os estudantes migrando para o formato remoto. Ainda em novembro, uma ponte temporária foi instalada de forma emergencial ao lado do buraco, para que os veículos pudessem trafegar em segurança.

Enquanto isso, a cidade abriu uma licitação para contratação de uma empresa para tapar o buraco, com um orçamento estimado em US$ 5 milhões. O plano envolveu instalar um novo sistema de drenagem e encher o sumidouro com cerca de 2.500 metros cúbicos de cascalho e pedra �material suficiente para encher uma piscina olímpica.

De acordo com o noticiário local 59 News, o trabalho de preenchimento foi concluído no último dia 9 de janeiro, com o nivelamento do sumidouro ficando para ser feito a partir de março.

Já no caso do buraco gigante no Chile �com cerca de 200 metros de profundidade � a mineradora Ojos de Salgado traçou um plano que deverá ser executado ao longo deste ano. A ideia é proteger suas paredes, enchê-lo com água e colocar uma espécie de “tampa�por cima.

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O sumidouro possui, no total, 192 metros de profundidade. Já seu interior tem 306 m de comprimento e 150 m de largura. Os pesquisadores tiveram que andar por várias horas para chegar até o fundo do poço, onde foram reveladas árvores antigas com mais de 40 metros de altura e três entradas para cavernas. Você pode conferir o vídeo da caverna neste link.

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Esses buracos gigantes não são novidade na China. Por lá, eles recebem o nome de Tiankeng, que significa “poço celestial� Este, por exemplo, é o 30º encontrado em Leye, com outras dezenas de sumidouros já tendo sido reveladas nas províncias de Xianxim e Guancim. 

As paisagens cársticas, como são conhecidas na ciência, nada mais são do que cavernas subterrâneas que perderam seus tetos. Com o tempo, a água levemente ácida da chuva acaba drenando através da terra e erodindo os blocos de rochas. Túneis e espaços vazios são formados nesse processo, e a camada superior do espaço acaba cedendo por estar muito fina e fraca.

Chen Lixin, líder da expedição, disse à agência de notícias “Xinhua“ que as plantas de sombra vistas nas profundidades eram tão altas que chegavam aos ombros dos exploradores. Não é improvável que espécies nunca antes reveladas habitem aquele ambiente.

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