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De acordo com as fontes, Musk e Putin mantêm contato desde 2022. No final do ano passado, segundo a reportagem, Putin pediu um favor a Elon Musk: não colocar satélites da Starlink em Taiwan.

Aparentemente, Musk aceitou a solicitação do Kremlin, que seria um favor ao presidente da China. Atualmente, Taiwan aparece no site da Starlink com a legenda “em breve� mas sem data para o serviço de internet.

Mas o que a relação entre Musk e Putin significa para a NASA?

Para a NASA, Elon Musk é muito importante, principalmente após o fracasso da espaçonave da Boeing. Isso porque, assim como várias outras agências do governo dos EUA, a agência espacial é bastante dependente das tecnologias das empresas de Elon Musk.

Atualmente, a SpaceX tem exclusividade no transporte de astronautas para a ISS (Estação Espacial Internacional). A empresa de Elon Musk também conta com contratos para lançamentos de satélites e sondas, bem como será a responsável por transportar astronautas até a superfície Lua, durante programa Artemis.

Além disso, a SpaceX também possui contratos para lançamentos da Força Espacial dos EUA, o braço militar do país no espaço.

Desse modo, a relação Elon Musk e Vladimir Putin pode colocar em risco a segurança dos EUA caso o CEO da SpaceX revele, por exemplo, segredos tecnológicos importantes ou mesmo informações sigilosas.

Em entrevista ao Semafor, Bill Nelson, atual administrador da NASA, afirmou na última sexta-feira (25) que a matéria precisa ser apurada. Nelson disse que, caso as conversas sejam reais, isso seria bastante preocupante, sobretudo para a NASA e o Departamento de Defesa.

Aliás, Nelson e a NASA mostraram uma surpresa notável, mas que faz sentido, devido ao forte vínculo entre a SpaceX e a agência.

Por outro lado, o comportamento errático e cada vez mais polarizado de Elon Musk é outra preocupação da NASA. No final de setembro, quando o principal assunto sobre Elon Musk era sua batalha contra o STF, Bill Nelson amenizou os efeitos das atitudes de Musk.

No entanto, o chefe da NASA mudou o tom após os indícios de conversas entre Elon Musk e Vladimir Putin. Veja o vídeo:

Asked about the WSJ report on Elon Musk's conversations with Putin, @SenBillNelson tells @burgessev:

"[SpaceX] have been phenomenally successful … I don't know that that story is true. I think it should be investigated. If the story is true … that would be concerning." pic.twitter.com/5Mlo2AEDNx

— Semafor (@semafor) October 25, 2024

A SpaceX, por sua vez, nega as acusações e diz que o jornal publicou “alegações completamente infundadas de fontes não identificadas“.

The Wall Street Journal published yet another incredibly misleading story about @Starlink based upon completely unsubstantiated claims from unnamed sources.
 
As has been repeatedly confirmed by the Department of Defense, SpaceX has worked (and continues to work) in close�/p>

— SpaceX (@SpaceX) October 25, 2024

Relação Musk e Putin pode impactar as eleições de 2024

Elon Musk não comentou sobre a matéria do WSJ, enquanto o Kremlin disse ao jornal que o bilionário se encontrou apenas uma vez com Putin para discutir “espaço e tecnologias atuais e futuras�

Na sexta-feira (25), políticos do partido democrata, nos EUA, entraram com um pedido de investigação sobre as conversas entre Elon Musk e Putin para avaliar os riscos à segurança nacional e aos projetos da NASA.

Enquanto isso, no último domingo (27), Elon Musk discursou em um evento da campanha presidencial de Donald Trump.

ELON MUSK: “America is not just going to be great. America is going to reach heights that it has not seen before. The future is going to be amazing!�pic.twitter.com/n7NFLl4YDM

— America (@america) October 28, 2024

Vale lembrar que a eleição de Trump, em 2016, foi marcada pela acusação da ação de desinformação coordenada por agentes russos. Segundo o WSJ, Elon Musk manteve contato com oficiais do governo da Rússia neste ano, incluindo Sergei Kiriyenko, chefe de gabinete de Putin.

No mês passado, o Departamento de Justiça dos EUA anunciou o bloqueio de 30 domínios online, incluindo no X/Twitter, por espalhar desinformação sobre as eleições nos EUA. De acordo com o Departamento, Kiriyenko criou os 30 domínios.

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• Rússia destrói tesouros arqueológicos ucranianos de 5 mil anos
• 3 vezes que a tecnologia foi decisiva na Guerra na Ucrânia

A informação foi divulgada pelo periódico ucraniano Defense Express, que publicou fotos de um drone russo abatido durante um ataque na última quarta-feira (24).

A foto mostra o drone ao lado do terminal de uma antena da Starlink, também destruído, com o número de série e o QR code da SpaceX.

Com 3 metros de comprimento, o drone com a antena da Starlink era um dos 32 drones iranianos usados pela Rússia durante os ataques aéreos na Ucrânia desta semana.

Drones com antenas da Starlink é uma vantagem para a Rússia 

Anteriormente, as forças armadas da Ucrânia descobriram telecomunicações via 4G nesses drones, usando chips de celular até mesmo de operadoras ucranianas.

No entanto, acoplar uma antena da Starlink no drone seria uma alternativa melhor para comunicação das forças russas em locais sem sinal de telefonia. A Starlink opera via satélites na baixa órbita da Terra.

Antena da Starlink encontrada em drone usado pela Rússia. Imagem: Defense Express/Telegram/Reprodução

Portanto, a descoberta preocupa a Ucrânia no sentido de que a Rússia possa aproveitar da tecnologia da Starlink para realizar missões com drones de longo alcance.

O Shahed-136 consegue viajar por até 2,5 mil quilômetros. Então, acoplando a antena da Starlink ao drone, a Rússia teria informações de reconhecimento e ataques militares em tempo real dentro da Ucrânia.

A Ucrânia também utiliza antenas da Starlink em seus drones na guerra contra a Rússia, mas com autorização do dono da empresa, um tal de Elon Musk.

Aliás, Musk e o Pentágono tentam travar o uso da Starlink pela Rússia desde quando alguns soldados do Kremlin contrabandearam alguns terminais.

Mesmo com a SpaceX bloqueando o acesso a Starlink na Rússia, o sistema de satélites continua online na Ucrânia e na fronteira entre os países.

Muitas dessas áreas de fronteira, como Donetsk, estão sob controle da Rússia desde 2022. Mas, no papel, fazem parte da Ucrânia, o que dificulta o bloqueio da rede da Starlink.

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• Elon Musk vai mexer no bloqueio no X/Twitter
• Anatel e STF contra-atacam e X/Twitter volta a ser bloqueado no Brasil

No último dia 17, um dia antes de Elon Musk driblar o STF e liberar o Twitter/X no Brasil (por pouco tempo), a FAA anunciou que poderia multar a SpaceX.

A FAA planeja aplicar uma multa de US$ 630 mil (ou R$ 3,4 milhões em conversão direta) por violações de procedimentos em dois lançamentos de foguetes da SpaceX no ano passado.

Aliás, neste ano, a FAA suspendeu temporariamente voos da SpaceX em duas ocasiões após falhas em foguetes durante a decolagem e pouso.

Multas podem impedir humanos de viajarem a Marte, diz Musk

Elon Musk contestou as multas, afirmando que as supostas infrações não são violações. Musk anunciou a intenção de processar a FAA por “abuso regulatório”.

Além disso, uma semelhança entre os casos com o STF e a FAA é o argumento. Aqui no Brasil, Musk fala em “censura”. Lá nos EUA, é “guerra jurídica” â€?e ainda justifica a ação do órgão devido ao seu apoio à candidatura do ex-presidente Donald Trump.

O chefe da FAA, Mike Whitaker, defendeu a aplicação das multas e o adiamento do quinto lançamento da Starship — previsto para as próximas semanas. O diretor ressaltou que a SpaceX não completou uma análise necessária.

Elon Musk, por sua vez, reagiu pedindo a renúncia de Whitaker… (do mesmo modo com o ministro brasileiro do STF).

Musk também criticou o fato do procurador da FAA fazer comentários sobre o caso no anúncio oficial das multas à empresa. Ele considerou isso como algo “extremamente irregular”.

O bilionário afirmou ainda que, com o atraso, a humanidade nunca chegará em Marte. Novamente, “forças ocultas” entram no caminho de Elon Musk para atrapalhar suas promessas.

Mania de perseguição tanto pelo STF quanto pela FAA

Na semana passada, Elon Musk atacou autoridades da FAA �assim como fez com o STF � afirmando que o órgão estava multando sua empresa por “assuntos banais�

“Enquanto isso, a FAA negligencia os verdadeiros problemas de segurança que ocorrem na Boeing. Isso é muito errado e coloca vidas em risco� disse o chefão da SpaceX em uma publicação na rede social de sempre.

Em contrapartida, a FAA afirmou que as multas são a única maneira que o órgão tem para obrigar empresas a se comprometerem com diretrizes de segurança. O órgão destaca que tanto a Boeing quanto a SpaceX devem receber tratamento igual.

Histórico de tretas de Elon Musk

A figura de Elon Musk em relação ao trato com agentes políticos está para além das brigas com o STF no Brasil e com FAA nos EUA. Por anos, o bilionário esteve envolvido em brigas judiciais nos EUA, enquanto levantava a bandeira sobre a “ineficácia do governo�

Essa ineficácia, aliás, foi explorada pela SpaceX na última quarta-feira (24). A empresa alegou que o órgão responsável pelo transporte espacial comercial “não tem os recursos necessários para revisar materiais em tempo hábil�

Desse modo, ao contrário do X/Twitter e o STF, o problema nos EUA não é somente uma briga entre Elon Musk e o Estado. A treta é uma questão que envolve o poder público não acompanhando a evolução de uma indústria.

Vale destacar que, com o crescimento do número de lançamentos de empresas privadas, é natural que os governos precisem revisar suas normas regulatórias. Quanto às empresas, elas devem obedecer as regras, uma vez que as medidas servem para proteger não apenas os astronautas que embarcam em foguetes, mas também as pessoas que estão aqui embaixo.

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• Marinha dos EUA acha antena da Starlink escondida em navio de guerra
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A taxa da Starlink

A chamada �a href="//www.starlink.com/support/article/63d885d3-c269-21f9-69d6-3ed1b2fd18e9">taxa de congestionamento�é cobrada antes da finalização da contratação do serviço Starlink Residential, que custa US$ 120 por mês, em alguns locais com capacidade limitada de conexão, como é o caso dos estados americanos do Texas, Flórida e Kansas, por exemplo.

Nos últimos anos, o serviço da empresa, que é de propriedade da SpaceX, se popularizou muito rapidamente nos Estados Unidos. O crescimento no número de clientes, no entanto, não acompanhou o desenvolvimento da infraestrutura de fornecimento de internet.

A velocidade de conexão dos serviços da empresa caíram significativamente desde que o número de assinantes aumentou, o que tem sido notado por usuários e também pelas autoridades americanas, que já admitem que a empresa tem um limite no que pode oferecer.

Este cenário impacta diretamente na qualidade do serviço oferecido em áreas onde a empresa possui mais pessoas com planos ativos. A Starlink afirma que, se os novos assinantes cancelarem o plano dentro do período de 30 dias, recebem a taxa de congestionamento de volta.

Satélites da Starlink atrapalham visão do Universo, aponta agência holandesa

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A companhia ainda afirma que o valor deixará de ser cobrado caso a conexão de rede atinja níveis melhores. Neste momento, no entanto, não há previsão de quando isso pode ocorrer nas áreas onde a empresa enfrenta um cenário desafiador para garantir o funcionamento de seu serviço.

A Starlink também está oferecendo um crédito de US$ 100 para assinantes das áreas onde a empresa tem poucos clientes e, por este motivo, não enfrenta nenhum problema de congestionamento. Ou seja, na realidade, nestas regiões a cobertura de rede está funcionando bem melhor que o esperado.

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Consequentemente, os satélites da Starlink dificultam a observação de corpos celestes distantes e afeta o trabalho de astrônomos que estudam os corpos celestes distantes.

A radiação que os satélites emitem �de maneira não intencional �é mais forte do que as fontes de luz que os radiotelescópios tentam captar. Segundo Jessica Dempsey, diretora da Astron, a radiação dos satélites da Starlink está atrapalhando a observação de jatos cósmicos de buracos negros no centro das galáxias.

Além disso, os satélites da Starlink, segundo Dempsey, também atrapalham a observação das primeiras galáxias, “a milhões e milhões de anos-luz de distância� bem como exoplanetas. Veja:

Lei de Musk: SpaceX prometeu resolver o problema, mas ficou na promessa

Apesar de algumas ações da SpaceX para “não atrapalhar�a observação astronômica, como pintar os satélites de preto, a situação não melhorou.

Na verdade, o problema tende a piorar conforme a SpaceX continue enviando mais satélites da Starlink a órbita, lançando dezenas desses satélites toda semana, aumentando a interferência e atrapalhando ainda mais as observações terrestres.

Os satélites da Starlink da segunda geração (V2) emitem radiação 32 vezes mais fortes que os satélites da primeira geração. Esse nível ultrapassa os limites estabelecidos pela União Internacional de Telecomunicações.

Semanalmente, a SpaceX lança 40 satélites da Starlink V2. A radiação desses satélites é cerca de 10 milhões de vezes mais brilhantes que as fontes de luz mais fracas do Universo, segundo Cees Bassa, autor do estudo.

Portanto, o futuro da observação astronômica está ameaçado pela interferência satélites da Starlink. Nessa história, algo que não surpreende é uma empresa de Elon Musk causando problemas à sociedade.

Em julho do ano passado, o Giz Brasil publicou sobre o vazamento de radiação de mais de 40 satélites com vazamento de radiação que estavam atrapalhando a observação astronômica.

Naquela matéria, citamos que a SpaceX trabalhava em uma solução definitiva, mas, assim como muitas das promessas de Elon Musk, essa solução ainda não chegou.

Leia mais: Satélites Starlink da SpaceX estão vazando radiação, diz estudo

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Como funciona a E-Space

Segundo informações da companhia, seus satélites são pequenos, mas muito resistentes a colisões e situações adversas na órbita terrestre. Os satélites da companhia, de acordo com dados oficiais, ainda são capazes de recolher escombros de outros satélites posicionados na órbita da Terra.

A permissão para atuar no Brasil saiu ainda no primeiro semestre deste ano, no mês de abril. O pagamento da primeira parcela da autorização, no entanto, saiu apenas na última semana e, segundo as informações disponíveis, a companhia desembolsou R$ 20 mil de um total de R$ 102 mil.

Agora, a E-Space Brazil Holdings está autorizada a operar com seus 8.640 satélites de baixa órbita, o que são mais que os 4,4 mil da Starlink. É importante lembrar que a empresa de Musk ainda aguarda autorização para colocar mais 7,5 mil satélites em operação no país.

Marinha dos EUA acha antena da Starlink escondida em navio de guerra

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Embora explore o mesmo serviço que a Starlink, a proposta da E-Space é um pouco diferente. Os satélites da companhia são menos potentes. E têm como principal objetivo alimentar dispositivos de Internet das Coisas (IoT), mas a empresa sustenta que os clientes conectados aos seus serviços poderão utilizar a conexão oferecida para comunicação ou transmissão de conteúdos de mídia.

Como parte do acordo com a Anatel, a empresa precisa iniciar suas operações dentro do período de até dois anos. Ou corre risco de perder sua licença, que é válida por cinco anos e pode ser renovada caso a francesa tenha interesse em continuar operando no Brasil.

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Internet era para uso particular

De acordo a reportagem, os membros da tripulação do navio USS Manchester utilizavam a rede para acessar placares de competições esportivas, consumir conteúdos de entretenimento e manter contato com familiares.

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A rede Wi-Fi clandestina, nomeada “STINKY� que significa “fedorento�ou “mal-cheiroso�em inglês, era conhecida por pelo menos 15 oficiais em postos de comando. Dessa forma, militares de patentes inferiores não tinham acesso à conexão da Starlink.

Apontada como mentora do esquema, após o caso vir à tona, a comandante Grisel Marrero sustentou a falsa tese de que o terminal oferecia acesso parcial à internet. Ou seja, apenas nos momentos em que a embarcação estava atracada em portos.

A utilização de internet via satélite por militares que, durante suas missões, ficam completamente isolados de suas famílias ou de qualquer informação externa, pode parecer bastante inofensiva. No entanto, a proibição de redes externas é necessária, principalmente, por motivos de segurança.

Inquérito vai apurar

O uso de redes terceiras pode comprometer sistemas críticos e informações sigilosas, além de deixar as forças armadas vulneráveis à ação de cibercriminosos. Por este motivo, a Marinha Americana instaurou um inquérito para apurar a versão contada por Marrero e avaliar a extensão dos danos possivelmente causados pelo esquema secreto.

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�em>O perigo que estes sistemas representam para a tripulação, o navio e à Marinha não pode ser minimizado� diz um dos trechos do documento apresentado pela investigação.

O caso repercutiu de forma muito negativa internamente. Principalmente em razão dos graves riscos de segurança que a prática, aparentemente inofensiva, pode oferecer às Forças Armadas. A investigação da Marinha classificou todo o esquema como o terminal secreto da Starlink como uma �em>conspiração criminosa�

Assim, Marrero, a líder do esquema, segundo a apuração do Navy Times, foi condenada ainda no ano passado após mentir para seu superior direto. Após o julgamento, a então comandante foi rebaixada a uma patente inferior.

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“Independentemente do tratamento ilegal dado à Starlink no congelamento de nossos ativos, estamos cumprindo a ordem de bloquear o acesso ao X no Brasil”, disse a Starlink, em comunicado.

Inicialmente, a Starlink estava recusando bloquear X (antigo Twitter) no Brasil, mesmo após a determinação do STF. Porém, o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, já havia afirmado que se a empresa insistisse em descumprir a decisão, um processo administrativo seria aberto.

“As sanções possíveis são aquelas previstas na lei geral de telecomunicações, começando na advertência, sanção de multa e aí, depois, a cassação da outorga”, disse em entrevista à emissora GloboNews. “Perdendo a outorga, [a Starlink] perde autorização de prestar os serviços de telecomunicações no Brasil”, explicou.

Além disso, em caso de desobediência, autoridades brasileiras poderiam apreender equipamentos de 23 estações terrestres da Starlink que estão instalados em solo nacional. Esses equipamentos ajudam a melhorar a ligação entre os satélites e a qualidade da prestação do serviço.

Desde abril, Musk, dono do X e da Starlink, vem descumprindo decisões judiciais ao não bloquear perfis que disseminam desinformação e ataques às instituições democráticas. Além disso, não paga multas impostas pelo Supremo.

Por isso, a rede social X foi suspensa do país. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas da Starlink, por entender que a empresa e a rede social X operam como um mesmo grupo econômico.

Histórico da Starlink no Brasil

A Starlink já tem autorização para atuar no território brasileiro desde 2022, oferecendo serviços de internet via satélite. A atual concessão da companhia, que permite a operação dos mais de 4 mil equipamentos em órbita, é válida até 2027.

O objetivo da empresa é oferecer serviços de internet para regiões com baixa cobertura de banda larga por meio de outras tecnologias, como cabo, fibra óptica ou rádio, por exemplo.

Isso por serem distantes dos grandes centros urbanos ou que tiveram as redes de telecomunicações impactadas por desastres naturais ou conflitos armados. A região da Amazônia, por exemplo, foi uma das principais beneficiadas com a chegada da empresa ao país.

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• 10 fotos que mostram a evolução dos foguetes da SpaceX
• Assista à decolagem da SpaceX com o bilionário que caminhará no espaço

O incidente ocorreu após a entrega dos satélites da Starlink em órbita, durante a tentativa de pouso do foguete em uma plataforma marítima, na última quarta-feira (28). O propulsor chegou a tocar a plataforma. Porém, uma das “pernas” do foguete quebrou no impacto, fazendo ele tombar de lado. Além disso, um incomum incêndio é visto em seus motores antes da queda do foguete. O vídeo da transmissão é cortado logo após o tombamento.

A SpaceX confirmou que perdeu o propulsor. No entanto, apesar da falha no pouso, a missão foi bem sucedida, com 21 satélites da Starlink entrando em órbita. Reveja o momento do pouso:

2º incidente de 2024

Este é o primeiro incidente deste propulsor, que já participou de 23 lançamentos — sendo reutilizado ao longo de quatro anos. No entanto, esta é a segunda vez no ano que a FAA suspende os lançamentos da SpaceX envolvendo alguma explosão em foguetes da série Falcon 9.

Em julho, uma anomalia — que a empresa chamou de “desmontagem rápida não programada” — no segundo estágio do Falcon 9, causou um vazamento de oxigênio, resultando na explosão do foguete.

Assim como na suspensão anterior, a FAA afirmou que vai investigar a segurança do foguete, examinando todos os aspectos do incidente.

Agora, a FAA vai coletar dados e analisar evidências, buscando identificar a causa do incidente e determinar medidas necessárias para evitar incidentes semelhantes no futuro.

A SpaceX, por sua vez, terá que comprovar que implementou todas as correções necessárias e que os foguetes Falcon 9 estão aptos a voar com segurança antes de receber autorização para retomar as operações.

O vice-presidente da SpaceX, Jon Edwards, afirmou que empresa trabalha o mais rápido possível para identificar as causas da explosão.

Suspensão dos foguetes impacta missões da SpaceX e da NASA

Embora não haja uma estimativa de quanto tempo os foguetes da SpaceX ficarão proibidos de voar �a última suspensão durou apenas duas semanas � a decisão da FAA pode complicar várias missões.

A suspensão dos foguetes da SpaceX pode afetar a missão Polaris Dawn, cujo lançamento será impulsionado por um foguete da linha Falcon 9. Nesta semana, antes do incidente, a SpaceX adiou a decolagem da missão duas vezes. A primeira por um vazamento de hélio, e a segunda devido às condições climáticas.

Por outro lado, Jared Isaacman, o bilionário que comanda a missão, afirmou que a suspensão não deve atrasar muito o lançamento da Polaris Dawn.

No entanto, se a investigação durar muito tempo, a suspensão dos foguetes afeta também a missão Crew-9, que levaria a próxima equipe de revezamento de astronautas da NASA na ISS. Consequentemente, os astronautas da nave da Boeing podem ficar mais tempo presos no espaço.

Desse modo, a NASA afirmou em comunicado que vai participar das investigações. A ideia é entender o problema dos foguetes da SpaceX para antecipar o fim da suspensão.

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A empresa do excêntrico bilionário Elon Musk quer autorização para adicionar mais 7,5 mil novos dispositivos de segunda geração que, segundo as informações divulgadas, atuam com melhor performance e eficiência se comparados aos equipamentos da geração anterior. 

O processo de aprovação não deve ser tão simples, uma vez que a agência brasileira precisa analisar o cenário com bastante cautela. Isso porque há risco de interferência em outros sistemas de telecomunicações que operam exatamente na mesma faixa de radiofrequência dos Starlink GEN2. 

Os satélites da companhia norte-americana trabalham em diferentes bandas de frequência (Ka, Ku e E) e, por este motivo, a operação demanda a exploração de mais faixas de radiofrequência, de 71 GHz a 76 GHz e 81 GHz a 86 GHz.

Starlink no Brasil

A Anatel vai ouvir as considerações da sociedade civil, especialistas e até de empresas concorrentes sobre as implicações da expansão da rede de satélites de baixa órbita da Starlink. De acordo com informações da agência, a consulta pública ficará aberta até o dia 31 de julho.

A Starlink já tem autorização para atuar no território brasileiro desde 2022, oferecendo serviços de internet via satélite. A atual concessão da companhia, que permite a operação dos mais de 4 mil equipamentos em órbita, é válida até 2027.

O objetivo da empresa é oferecer serviços de internet para regiões com baixa cobertura de banda larga por meio de outras tecnologias, como cabo, fibra óptica ou rádio, por exemplo. Isso por serem distantes dos grandes centros urbanos ou que tiveram as redes de telecomunicações impactadas por desastres naturais ou conflitos armados. A região da Amazônia, por exemplo, foi uma das principais beneficiadas com a chegada da empresa ao país.

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Elon Musk, CEO da SpaceX, afirmou que o foguete sofreu uma anomalia chamada “desmontagem rápida e não programada� o que significa a destruição ou explosão do veículo. Mas a empresa ainda não descobriu o motivo por trás da falha.

“A equipe da SpaceX está revisando os dados para entender a causa do incidente. Os satélites da Starlink foram lançados, mas o perigeu (ponto baixo da órbita) pode ter sido muito baixo para os satélites subirem à órbita� disse Musk.

Upper stage restart to raise perigee resulted in an engine RUD for reasons currently unknown. Team is reviewing data tonight to understand root cause.

Starlink satellites were deployed, but the perigee may be too low for them to raise orbit. Will know more in a few hours.

— Elon Musk (@elonmusk) July 12, 2024

Desse modo, a FAA proibiu os lançamentos de foguetes Falcon 9 até que a SpaceX conclua a investigação e envie os resultados à agência. A agência afirmou que estará “envolvida em todos os passos do processo de investigação�

Suspensão pode atrasar voos da NASA

A FAA vai determinar se os foguetes da SpaceX vão poder voar novamente após uma avaliação de segurança. Além disso, a SpaceX vai precisar solicitar autorização da FAA para alterar as diretrizes das permissões de lançamentos de foguetes.

Na sexta-feira (12), a SpaceX afirmou que conseguiu fazer contato com 10 dos 20 satélites da Starlink que estavam a bordo do foguete. De acordo com a empresa, os satélites não vão conseguir entrar em órbita, retornando, portanto, à atmosfera.

No entanto, segundo a SpaceX, os satélites não colocam em risco outros satélites em órbita e nem afetam a segurança.

Dependendo do prazo de suspensão dos voos dos foguetes Falcon 9, a proibição pode afetar os lançamentos da NASA e os projetos de turismo espacial da SpaceX, bem como o lançamento de outros satélites da Starlink.

A falha da última quinta-feira (11) foi o primeiro incidente do Falcon 9 desde 2016.

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• Buraco na camada de ozônio atinge 3 vezes o tamanho do Brasil
• SpaceX vai construir rede de satélites espiões para os EUA

Pesquisadores do Departamento de Engenharia Astronáutica da University of Southern California (USC) estudaram o efeito das megaconstelações dos satélites durante o retorno à atmosfera.

O estudo, publicado no dia 11, alerta que o enorme aumento de satélites da Starlink na baixa órbita da Terra pode causar reações químicas prejudiciais à atmosfera.

6 mil satélites da Starlink

Atualmente, há mais de oito mil satélites de internet de baixa órbita, sendo seis mil da Starlink. Todos esses satélites da Starlink possuem bastante alumínio e foram desenvolvidos para durar pouco tempo,

De acordo com o estudo, o problema ocorre quando esses satélites voltam à atmosfera da Terra, produzindo óxido de alumínio resultante da queima. Desse modo, os satélites da Starlink, durante o retorno, causam uma reação química “altamente destrutiva�para a camada de ozônio.

Os efeitos dos óxidos duram décadas conforme as partículas descem pela atmosfera, piorando ainda mais o efeito.

O estudo constatou que, entre 2016 e 2022, houve um aumento de oito vezes da presença desses óxidos na camada de ozônio, o que pode aumentar ainda mais com os planos da Starlink.

A SpaceX planeja ter 42 mil satélites da Starlink na baixa órbita. Outras empresas, como a Amazon, também querem lançar mais satélites, segundo o estudo.

Em 2022, 18,7 toneladas de nanopartículas de óxido de alumínio foram lançadas na atmosfera por satélites com defeito. Com os planos da Starlink, o estudo afirma que esse número pode subir para 397 toneladas por ano. Isso gera uma “destruição significativa da camada de ozônio�

Segundo o estudo, conforme mais satélites retornam, é crucial entender os problemas ambientais que isso acarreta.

“Este estudo usou simulação de dinâmica molecular em escala atômica para quantificar a quantidade de óxido de alumínio gerado para a reentrada de um modelo de satélite. E, então, usou o número de satélites de reentrada planejados para megaconstelações de satélites para prever a quantidade de óxido de alumínio que será gerada no futuro”, disse Joseph Wang, professor de Astronáutica e Engenharia Aeroespacial e Mecânica da USC e autor do estudo ao portal Space.com.

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Com “tirar de órbita�a SpaceX quer dizer literalmente derrubá-los, mas de forma controlada, levando em consideração todos os procedimentos necessários para manter a segurança de áreas habitadas do planeta.

Lixo espacial virou problema

A empresa está tentando lidar com um problema bastante incômodo quando se trata de realizar lançamentos na órbita da Terra: o lixo espacial. Portanto, destruir os objetos que podem ter mau funcionamento no futuro de forma voluntária tem sendo visto com bons olhos.

Para evitar problema, a empresa vai desativar os modelos mais antigos enquanto eles ainda funcionam bem — e podem ser manobrados remotamente pelos técnicos.

O processo para desativação dos satélites deve começar dentro das próximas semanas, e deve durar pelo menos seis meses para ser completamente finalizado. Isso porque o processo deve ser realizado em algumas fases, para evitar colisão com outros objetos.

A empresa já lançou mais de 6 mil satélites de baixa órbita, e já precisou desativar mais de 400. Destes, segundo informações da própria SpaceX, 17 não são mais manobráveis, mas são monitorados mesmo assim para evitar problemas durante a “descida�

Os satélites de baixa órbita Starlink tem como principal objetivo oferecer serviço de internet em locais remotos ou com baixa cobertura de empresas que utilizam métodos mais tradicionais para prover conexão. Mais recentemente, a empresa atual estabelecendo redes de conexão na Ucrânia e também na Faixa de Gaza, para auxiliar o trabalho de organizações que oferecem ajuda humanitária para moradores de zonas de conflito.

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Gilberto Ruzzon, de 72 anos, morador de Camapuã/MS, havia contratado uma assinatura que tinha um valor mensal pré-estabelecido de R$ 280. Porém, já no segundo mês, a cobrança da Starlink foi de R$ 2.159. Já a mensalidade seguinte chegou a R$ 8.152.

Ao todo, a empresa cobrou cerca de R$ 19,8 mil do fazendeiro. Não está claro o motivo dessa cobrança “astronômica”.

A Justiça ainda não julgou o processo. Contudo, o juíz responsável pelo caso atendeu a um pedido de tutela antecipada. Ou seja, uma espécie de adiantamento da decisão final para amenizar os prejuízos sofridos, que obriga a Starlink a fixar o valor das parcelas mensais em R$ 280 e reestabelecer a conexão de internet — que havia sido cortada em razão da falta de pagamentos.

A defesa de Ruzzon ainda solicita uma indenização de R$ 30 mil por danos morais. Porém, o resultado deste pedido deve ser revelado apenas em março, durante uma audiência de conciliação.

Starlink no Brasil

Após fazer fama no exterior, a Starlink chegou ao Brasil com a promessa de levar internet às regiões mais remotas do país através de seus satélites de baixa órbita. A chegada da empresa visa possibilitar que comunidades na Amazônia ou fazendeiros estabelecidos longe de regiões urbanas pudessem estar 100% conectados.

A companhia já tem bastante experiência em atuar em regiões afetadas por desastres naturais ou em conflito. Ela vem oferecendo conexão para moradores locais, equipes de resgate ou entidades que prestam serviço humanitário.

Ela não é a única a oferecer este tipo de serviço, mas é de longe a mais popular do planeta. Muito disso se deve à fama de seu CEO, o bilionário Elon Musk.

O plano “padrão� o mais acessível oferecido pela marca, sai a partir de R$ 184 e promete velocidade de download de até 220 Mbps. É importante ressaltar que para ter o serviço é necessário comprar o kit de instalação, com um valor único de R$ 1.400.

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A Starlink quer oferecer conexão à internet para o seu celular de qualquer lugar do planeta — até mesmo do oceano. Para isso, a empresa lançou mais uma leva de satélites de conexão 4G localizados no espaço. A ideia da empresa é liberar o serviço aos poucos, até o final de 2025.

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O lançamento dos satélites aconteceu na última terça-feira (2). Ao todo, a Starlink posicionou 21 satélites na órbita da Terra. Dentre eles, seis contam com a tecnologia “direto para o celular� que fornece dados móveis a qualquer celular com suporte a 4G no mundo.

Segundo a Starlink, o serviço vai oferecer “acesso onipresente a mensagens de texto, chamadas e navegação na Internet onde quer que você esteja em terra, lagos ou na costa� Há também planos para conectar dispositivos inteligentes, no futuro.

Tecnologia de Direto para o Celular da Starlink (Imagem: Starlink/Divulgação)

O serviço de 4G espacial deve ser liberado ainda em 2024 para troca de mensagens de texto, somente. Em 2025, a Starlink planeja começar a oferecer suporte a ligações de voz e vídeo, além de navegação na web. Até o final do próximo ano, a tecnologia deve conectar dispositivos inteligentes.

No final de novembro de 2023, o diretor de políticas de satélites da SpaceX, Jameson Dempsey, enviou um e-mail à chefe da divisão de licenciamento de satélites da Comissão Federal de Comunicações (FCC), dos EUA. A mensagem, obtida pelo PC Magazine, dizia o seguinte:

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A Starlink, chefiada pelo bilionário Elon Musk, por exemplo, tem despontado como uma das principais alternativas no fornecimento de serviços de telecomunicação via satélite. A banda larga via satélite da empresa se tornou uma boa opção, principalmente, para aqueles que vivem em zonas remotas e de difícil acesso.

Nos Estados Unidos, a empresa de Musk tem planos para começar a oferecer seus serviços de telefonia móvel via satélite em larga escala já a partir de 2024, a partir de parcerias com operadoras norte-americanas. A empresa promete que não será necessária nenhuma modificação nos aparelhos atuais para usufruir da tecnologia.

No entanto, outras empresas ao redor do mundo estão trabalhando para entrar nesta nova modalidade de provimento de conexão, inclusive as operadoras brasileiras.

A intenção do pedido da Claro e TIM é viabilizar um período de testes de até dois anos com a conexão celular via satélite. No entanto, o processo que decidirá a autorização ou não dos testes foi adiado pela Anatel. O motivo é um pedido de vista de um dos conselheiros do órgão.

O impasse em torno da solicitação das operadoras se dá porque a atual estrutura regulatória não prevê a autorização de testes do tipo pelo período solicitado. Aparentemente, a solução pode ser através do chamado “sandbox regulatório� que na prática permitiria os testes em regime extraordinário.

Os conselheiros divergem do método e também discutem uma possível liberação provisória, de sessenta dias, para a realização dos testes. Isso ofereceria uma autorização especial para um experimento de caráter científico. Enquanto a Anatel não finaliza a análise da solicitação das operadoras brasileiras, o processo deve ficar paralisado.

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O bilionário afirmou em resposta a uma publicação no “X�que daria suporte para links de comunicações com organizações humanitárias reconhecidas internacionalmente.

No terminals from Gaza have attempted to communicate with our constellation.

SpaceX will support communication links with internationally recognized aid organizations.

— Elon Musk (@elonmusk) October 28, 2023

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O Ministro israelense se opôs categoricamente à intenção do bilionário e respondeu ao comentário afirmando que usaria todos os meios disponíveis para inviabilizar a ação proposta por Musk. 

Karh acredita que, se disponível, o Hamas utilizará a tecnologia para “atividades terroristas� e comparou o grupo ao Estado Islâmico. O representante do governo israelense finalizou o comunicado afirmando que todas as relações com a Starlink, por ora, estão cortadas.

Algumas entidades que atuam na região denunciam um apagão nos serviços de telefonia e internet. Além da dificuldade de contato com familiares, as vítimas do conflito ficaram impossibilitadas de solicitar socorro médico, tudo isso em meio a bombardeios aéreos e uma operação terrestre das Forças de Defesa Israelenses (IDF).

De acordo com a Reuters, a Starlink não respondeu quais medidas serão tomadas para garantir que a infraestrutura de comunicações seja utilizada apenas para auxiliar organizações humanitárias reconhecidas internacionalmente e não pelo grupo extremista Hamas, que controla a região desde 2007.

A Starlink utiliza um sistema de satélites de baixa órbita para oferecer conexão de internet em locais remotos, atingidos por desastres naturais ou em conflito, como é o caso da Faixa de Gaza neste momento.

No início de 2022, um Tsunami danificou o cabo submarino que levava conexão de internet para Tonga, um arquipélago formado por mais de 170 ilhas na Oceania. Para minimizar os efeitos do apagão de internet a Starlink disponibilizou alguns terminais para reconectar a população local com o restante do planeta.

Musk também prestou auxílio para a Ucrânia, que teve grande parte de sua infraestrutura de telecomunicações inutilizada após ataques realizados pelo exército Russo. O país do leste europeu também recebeu tecnologia da Starlink para continuar conectado à rede mundial de computadores.

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O levantamento mostra o impacto que o provedor tem sobre o Brasil. Especialmente na Amazônia Legal, que abrange cidades dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Maranhão. O território é marcado pela dificuldade de expansão da infraestrutura cabeada.

Na região, a operadora de internet via satélite ligada à SpaceX tem participação em 697 dos 772 municípios. A maior densidade de estações individuais se concentra em Boa Vista (RR) e Manaus (AM).

O destaque não é notado apenas nas capitais. Um mapa interativo da BBC Brasil mostra que a operadora tem uma participação considerável em outros municípios, como Altamira (PA), Itaituba (PA) e Tefé (AM). A Starlink também tem clientes em cidades fronteiriças, como Atalaia do Norte (AM) e São Gabriel da Cachoeira (AM).

Imagem: Starlink/Reprodução

Benefícios e preocupações

A presença da Starlink ajuda, mas também traz preocupações.

De um lado, os habitantes da Amazônia Legal, especialmente indígenas, conseguem acessar à internet sem precisar se deslocar. Dessa forma, é possível solicitar resgate às equipes de saúde e até conferir informações sobre a região, por exemplo.

As cidades da região também conseguem utilizar meios de pagamento digitais. Com a conexão, os moradores podem fazer transações via Pix e até usar maquininhas de cartão de crédito e débito.

Mas nem tudo são flores. A reportagem também apontou que equipamentos da Starlink já foram apreendidos em operações de combate ao garimpo ilegal. A forte presença da operadora também levanta preocupações sobre a soberania nacional.

Afinal, a Starlink é um braço da SpaceX, cuja sede está localizada nos Estados Unidos. A empresa sequer depende de infraestrutura física no Brasil para operar, pois o sinal é transmitido por satélites em órbita terrestre baixa (LEO, em inglês).

O que fazer, caso a operação da Starlink seja suspensa no Brasil pela Anatel e a empresa decida desrespeitar a ordem, por exemplo? E o que fazer caso Elon Musk tome uma decisão avessa aos regulamentos previstos para a prestação de serviços de telecomunicações no país?

Imagem: Alpha Foto/Twitter/Reprodução

Starlink leva internet para regiões remotas, mas não é para todos

A Starlink se destaca por dar escalabilidade à internet via satélite. Ainda que os valores sejam proibitivos para algumas pessoas, todo o processo de contratação do provedor é simples: os equipamentos são adquiridos pela internet e entregues pelo correio.

Também não é preciso agendar uma visita técnica para instalar a internet. Qualquer pessoa pode instalar a antena da Starlink, já que o procedimento é simples e intuitivo. Dá até para carregar os equipamentos para outros lugares, se for necessário.

Apesar do sucesso, vale lembrar que a Starlink atende um público muito específico: quem vive em regiões rurais ou remotas e não tem acesso à internet cabeada via fibra ótica ou cabo coaxial — bem como outras tecnologias (como internet via rádio ou mesmo a rede móvel 4G/5G). Ou seja, em muitos casos, a banda larga via satélite acaba sendo a única opção para levar o sinal às residências, escritórios e estabelecimentos comerciais.

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Segundo informações do site TechCrunch, o custo para o lançamento dos satélites é avaliado em US$ 64 milhões (cerca de R$ 317 milhões). Como parte de um acordo, a Apple reembolsará 95% de todo o gasto operacional da Globalstar relacionados aos serviços de comunicação aeroespacial.

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Além disso, a empresa da maçã concordou em investir ao menos US$ 252 milhões (cerca de R$ 1,25 bilhão) para financiar uma futura reposição dos satélites em órbita, assim como melhorar a infraestrutura das estações de comunicação em solo.

Em troca, a Apple tem direito de usar 85% da capacidade de transmissão da Globalstar, cuja principal utilidade é o recurso SOS de Emergência via satélite. Essa tecnologia, revelada em setembro de 2022 permite que donos dos modelos iPhone 14 possam enviar mensagens para serviços de emergência mesmo quando não há conexão com internet móvel ou fixa. Também é possível enviar sua localização manualmente usando o app Buscar.

Por enquanto, esse recurso está disponível apenas em alguns países: Alemanha, Austrália, �ustria, Bélgica, Canadá, EUA, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Nova Zelândia, Portugal e Reino Unido. A Apple diz que o recurso será gratuito por dois anos após a ativação, mas ainda não há informações sobre quanto ele custará após esse período.

Serviço é exclusivo para o iPhone 14. Imagem: Apple/Divulgação

Rivalidade espacial

O acordo entre a Globalstar e a SpaceX chama atenção porque as duas empresas vêm travando uma disputa pelos direitos de explorar a comunicação via satélite nos EUA.

Segundo o site PCMag, no ano passado a Globalstar entrou com um pedido na Comissão Federal de Comunicações (FCC na sigla em inglês) para impedir que a empresa de Elon Musk explore a faixa de rádio 1,6 GHz e 2,4 GHz para seu serviço Starlink. A alegação é de que isso poderia interferir na comunicação com os satélites da Globalstar.

Por outro lado, a SpaceX acusa a Globalstar de querer minar seus planos de criar uma rede de comunicação para celulares via satélite por meio do Starlink. Algumas operadoras, como a T-Mobile, já firmaram um acordo, mas o serviço ainda aguarda aprovação da FCC.

Por outro lado, como aponta o The Wall Street Journal, isso reflete como a SpaceX possui atualmente o monopólio sobre o lançamento de foguetes nos EUA. Em 2023, 88% dos lançamentos do país tiveram participação da empresa de Elon Musk, o que faz com que seus rivais nos negócios não tenham alternativas.

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A empresa usou seu foguete Falcon 9 para enviar seus 22 satélites, partindo do Centro Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. A SpaceX tinha planejado inicialmente um lançamento anterior, mas reagendou para garantir as melhores condições.

Watch Falcon 9 launch 22 @Starlink satellites to orbit //t.co/tZZsFhYnhU

— SpaceX (@SpaceX) August 27, 2023

Esse foi o 14º lançamento dos mini satélites V2, que são maiores e, por isso, possuem uma banda larga quatro vezes mais rápida que os satélites anteriores.

Aliás, a última semana foi bastante agitada para a SpaceX. Além de enviar os satélites que aumentaram a frota da Starlink para 5 mil, a empresa de Elon Musk também lançou a missão Crew-7.

A Crew-7 decolou do Centro Espacial Kennedy, na última sexta-feira (25), enviando quatro astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS).

SpaceX enviou 5 mil satélites da Starlink em quatro anos

Com 5 mil satélites agora em Órbita Terrestre Baixa (LEO), a visão sobre a Starlink da SpaceX é ambiciosa. A empresa já obteve permissão para lançar até 12.000 satélites da Starlink e solicitou autorização para lançar mais 30.000.

Os satélites que SpaceX lançou até agora geralmente pesam entre 200 e 300 kg cada. Esse peso está se aproximando de 500 kg que alguns usam para classificar um satélite como “pequeno”, embora outros aumentem esse limite para 1,2 tonelada.

Embora a SpaceX não tenha fornecido informações detalhadas sobre o V2 Mini, documentos regulatórios indicam um peso de aproximadamente 800 quilos.

Em fevereiro, a SpaceX começou a enviar satélites da Starlink V2 Mini maiores para o espaço, devido a atrasos do seu foguete pesado Starship, capaz de lançar satélites V2 em tamanho completo para melhorar a conexão à internet.

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