??? ????????????? / Vida digital para pessoas Mon, 02 Sep 2024 19:10:46 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ???? / 32 32 ??????? ?? 14?? ???? ????????,??????,????????? //emiaow553.com/estudante-do-piaui-ganha-premio-na-suecia-com-projeto-inovador-para-monitorar-a-agua/ Mon, 02 Sep 2024 19:49:23 +0000 //emiaow553.com/?p=590173 Manoel José Nunes Neto conquistou prêmio em Estocolmo com rover aquático para o monitoramento de água de baixo custo

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O estudante brasileiro Manoel José Nunes Neto, de 17 anos, aluno de um colégio particular em Teresina/PI, venceu a premiação sueca que é considerada o Nobel da Ciência Jovem. Ele recebeu o maior número de votos na categoria internacional “People’s Choice Award” do Prêmio Jovem da Água de Estocolmo 2024.

Manoel é o responsável pelo projeto “Rover aquático autônomo para monitoramento da qualidade da água: uma ferramenta portátil de baixo custo”.

O equipamento navega de forma autônoma em corpos hídricos a fim de coletar dados sobre a qualidade da água, realizando medições e transmitindo as informações para um banco de dados.

O estudante teve a orientação do professor Eduardo Alves da Silva Carvalho.

Sobre o Prêmio Jovem da Água de Estocolmo

Na premiação internacional, Manoel competiu com outros alunos de 15 a 20 anos de mais de 40 países. Todos os projetos buscam solucionar os desafios relacionados à água, ao meio ambiente e à sustentabilidade.

A cerimônia aconteceu em 27 de agosto, durante a Semana Mundial da Água de Estocolmo, na capital da Suécia.

O jovem venceu a etapa brasileira em junho, em uma cerimônia no Teatro do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, Distrito Federal. Além disso, no país, a ABES (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental) é quem promove a premiação.

A associação atua junto à Câmara Brasileira de Comércio na Suécia e do Programa Jovens Profissionais do Saneamento (JPS) — com mais de 1.300 participantes que desejam atuar com saneamento ambiental.

Criado em 1997 pelo Instituto Internacional de Águas de Estocolmo, o Prêmio Jovem da Água de Estocolmo tem como patrona a princesa Vitória da Suécia. Ele acontece anualmente em duas etapas: nacional, em cada um dos países participantes participantes, e internacional, com a grande final.

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??? ?? ???2023? ?? ??? ????????? //emiaow553.com/brasil-continua-disputa-para-definir-limites-entre-piaui-e-ceara-entenda/ Tue, 02 Jul 2024 16:32:17 +0000 //emiaow553.com/?p=578751 Disputa territorial entre Piauí e Ceará sobre quase 3 mil km² de terras na Serra da Ibiapaba começou em 1758 e ainda está na justiça

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Na última semana, foi divulgado o laudo da perícia do Exército Brasileiro sobre o litígio que definirá limites entre as terras dos estados do Piauí e Ceará. O laudo entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal) para decisão dos ministros revela 5 possíveis formas de definir o limite entre o os estados. As informações são do G1.

A disputa territorial começou em 1758. A discussão é sobre aproximadamente 3 mil quilômetros quadrados de terras na Serra da Ibiapaba, que atualmente não pertencem a nenhum dos estados, onde vivem cerca de 25 mil pessoas.

Em 2011, o Piauí ingressou com Ação Cível Ordinária no Supremo Tribunal Federal a fim de reaver as terras que alegam terem sido roubadas. Já em 2019, a ministra Cármen Lúcia determinou o início de uma perícia técnica na região, que começou em agosto de 2023.

O STF deve tomar uma decisão a partir de 2025, mas não irá afetar questões identitárias da população piauiense ou cearense. Para o Ceará, o que está em risco são partes dos territórios de 13 cidades, enquanto o Piauí pode ter oito municípios aumentados.

Para a elaboração do laudo, foram necessárias quatro etapas: pesquisa histórica, levantamento de dados em campo, análise das etapas anteriores e, por fim, elaboração de laudo e relatório para a definição de limites entre o Piauí e o Ceará. As possíveis divisões são:

Anexar a Serra da Ibiapaba ao Piauí

Essa opção considera o divisor de águas, como embasado por documentos anexos ao processo. Dessa forma, o Ceará cederia territórios situados fora das Áreas de Litígio sob sua administração. Com isso, o estado faria a transferência de pequenas áreas até municípios inteiros. O Piauí, por outro lado, receberia uma área de 6.162 km², com três municípios, sete sedes municipais e 36 distritos.

Linha no centro das áreas de litígio

Conforme a solicitação do Piauí, a proposta dividiria as três Áreas de Litígio igualmente, com cada um dos estados recebendo, aproximadamente, 1.410 km². Entretanto, a divisão equivalente não seria equitativa na distribuição de edificações e na população total. Contudo, o Exército não encontrou mapas ou documentos históricos que amparem essa representação.

Entregar as três áreas de litígio para o Piauí

Nessa proposta, o Ceará cederia todo o território ocupado, afetando a população de 13 municípios cearenses. Quanto a área, o estado cederia para o Piauí 2.820 km².

Entregar as três áreas de litígio para o Ceará

Na opção contrária, o Piauí cederia todo o território ocupado das Áreas de Litígio, entregando 2.820 km² em área. Entretanto, a decisão vai contra o Artigo. 1º do Decreto Imperial nº 3.012, de 22 de outubro de 1880, que descreve a divisa entre as águas da Serra da Ibiapaba até o Boqueirão do rio Poti.

Maior parte das áreas de litígio para o Ceará

Considerando os dados do Censo Demográfico 2022, o Ceará receberia 2.606 Km² de área, enquanto o Piauí receberia 713 km² de área. Assim, a mudança não afetaria a população de nenhum dos lados, isso porque os estados já exercem posse das áreas que receberiam nesse caso. Porém, o Exército diz que há inconsistências devido ao fato de regiões definidas como de um estado serem administradas pelo outro.

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??? 1-3-2-4 ??? ??????, ??? //emiaow553.com/ambiente-a-luta-contra-as-nuvens-de-besouros-no-piaui/ Tue, 14 Nov 2023 11:00:42 +0000 /?p=532717 Milhões de insetos destroem cajueiros e outras árvores

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Texto: Carlos Fioravanti/Revista Pesquisa Fapesp

Ninguém conseguiu contar, mas provavelmente foram da ordem de milhões os besouros avermelhados que no início de outubro chegaram inesperadamente e devastaram as folhas dos cajueiros e de outras árvores da região de Pio IX, leste do Piauí. Para capturá-los, à noite, agricultores montaram armadilhas luminosas: atraídos pela luz de uma lâmpada, os insetos enchiam baldes de 60 litros, de onde eram depois retirados com pás.

“Em 45 anos, nunca tinha visto uma população tão grande de insetos? observa o agrônomo Paulo Henrique Soares da Silva, da Embrapa Meio-Norte, sediada em Teresina, capital do estado. “Provavelmente já era conhecido por aqui, mas como praga é a primeira vez.?/p>

A partir de amostras enviadas do campo, o agrônomo Paschoal Coelho Grossi, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), identificou o inseto como Liogenys pilosipennis. Descrito em 2015 na revista Dugesiana como espécie nova por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) com base em exemplares coletados no Cerrado, tem em média 12,5 milímetros (mm) de comprimento e 6 mm de largura.

No final de outubro, Silva e outros especialistas da Embrapa Meio-Norte e de órgãos de defesa agropecuária do Piauí se reuniram para elaborar um plano de combate à praga, que atacou cajueiros pela primeira vez. Eles recomendaram aos agricultores não aplicar inseticidas, já que a região produz mel orgânico, e continuar usando armadilhas luminosas. “Em alguns locais, principalmente onde usavam armadilhas luminosas, a quantidade de besouros está diminuindo, mas em outros continua aumentando? comenta Silva.

A seu ver, as nuvens de besouros podem ser uma consequência do período prolongado de chuvas ?seis meses, em vez dos três habituais. Em consequência, as larvas, que se alimentam de matéria orgânica em decomposição, tiveram mais tempo para se desenvolver. “Os besouros emergiram em grande quantidade, sem que os inimigos naturais tenham se proliferado na mesma velocidade? diz o pesquisador. “Os tatupebas [Euphractus sexcinctus], que se alimentam desses insetos, hoje são raros no semiárido.?/p>

Artigo científico
CHERMAN, M. A.; ALMEIDA, L. M. de. New Brazilian species of Liogenys Guérin-Méneville (Coleoptera: Melolonthidae: Melolonthinae) and redescription of two related speciesDugesiana. v. 22, n. 2, p. 171-178. dez. 2015

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??? ??????2024? ??? ????? ?????? ??????? ?? //emiaow553.com/efeito-b-r-o-bro-por-que-o-clima-no-piaui-fica-ainda-mais-seco-no-fim-do-ano/ Mon, 18 Sep 2023 16:17:23 +0000 /?p=519198 Apelido do período entre os meses de setembro e novembro identifica fenômeno de massa de ar que acontece anualmente no Piauí

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Apesar do verão ser a estação mais quente do ano, o período das mais altas temperaturas no estado Piauí começa mais cedo, já a partir de agora. Os meses de setembro, outubro e novembro marcam a época do efeito “B-r-o Bró”,  o período mais seco do estado.

O calorão do trimestre ganhou esse apelido pela população. Na prática, é uma brincadeira com a repetição da última sílaba dos três meses mais quentes do ano por lá. 

Entenda o efeito “B-r-o Bró”

O efeito “B-r-o Bró” é uma condição da ‘tropicalidade?do Piauí. Por sua localização, o estado enfrenta dois grandes momentos no seu clima durante o ano: o período chuvoso, que está relacionado ao verão, e o período de altas temperaturas.

O período chuvoso acontece pela influência dos ventos úmidos que vêm do Oceano Atlântico Sul. Já na época quente, que se estende por mais meses, o calor ganha mais espaço quando a umidade relativa do ar está mais baixa.

Isso acontece porque uma massa de ar equatorial continental estaciona sobre a região do Piauí. Com ela lá, não há circulação da umidade no sistema atmosférico. Por esse fenômeno, há falta de chuvas no estado durante o período, o que causa o efeito “B-r-o Bró”.

Neste ano, a seca do Piauí coincide com uma onda de calor que atinge o Brasil. Por isso, já nos próximos dias, os piauienses enfrentarão um calor intenso, com temperaturas acima dos  40°C em muitas áreas do estado.

Enquanto o litoral poderá ter algumas pancadas de chuva, no interior do Piauí o sol forte e o tempo seco vão predominar.

Consequências do efeito “B-r-o Bró” na prática

O “B-r-o Bró” diminui o leito dos rios do estado, especialmente o Parnaíba e o Poti. Além disso, outra característica dessa sazonalidade é a perda de folhas das plantas do cerrado piauiense. 

Isso acontece porque a vegetação da região é do tipo caducifólia e subcaducifólia. Em geral, o período de seca extrema favorece o alastramento de queimadas no Piauí

Já para os piauienses, o efeito “B-r-o Bró” gera consequências à saúde. O calor e a baixa umidade ultrapassam o desconforto e podem causar problemas respiratórios.

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????? ?????????, ?????? //emiaow553.com/pesquisadores-descobrem-fossil-de-camarao-com-90-milhoes-de-anos-no-piaui/ Fri, 05 May 2023 22:33:13 +0000 /?p=487888 A nova espécie recebeu o nome "Somalis piauiensis". Trata-se do primeiro fóssil de camarão já encontrado no estado

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Pesquisadores da UFPI (Universidade Federal do Piauí) descobriram um fóssil de camarão com aproximadamente 90 milhões de anos que representa um gênero e uma espécie inéditos na literatura científica. É o primeiro camarão fóssil encontrado no Piauí.

Ele recebeu o nome Somalis piauiensis. “Somalis?foi uma homenagem dos pesquisadores à Maria Somália Sales Viana, professora da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), no Ceará, por sua contribuição aos estudos de geologia e paleontologia, principalmente no Nordeste.

O fóssil apareceu em escavações realizadas em 2018, no município de Caldeirão Grande do Piauí, a 435 km da capital Teresina. Trata-se da porção oeste da Bacia do Araripe, um dos lugares mais importantes para a paleontologia no mundo, que inclui porções dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí.

Fóssil de camarão encontrado em viagem com alunos

A Bacia do Araripe tem depósitos sedimentares, como a Formação Crato, do início do período Cretáceo — de 145 a 66 milhões de anos atrás. É o depósito de fósseis mais rico e diverso do Brasil, com espécimes tão bem preservados que às vezes incluem tecidos moles, menos resistentes ao tempo.

É neste local que se encontrou o dinossauro Ubirajara jubatus, de 110 milhões de anos, que protagonizou uma polêmica entre paleontólogos brasileiros e alemães.

“Essa descoberta amplia a diversidade fossilífera da Bacia do Araripe como um todo? explica o professor Paulo Victor de Oliveira, da UFPI de Picos, em comunicado. Ele trabalha na borda oeste da bacia há 10 anos. Eventualmente, leva turmas de alunos até o local. Posteriormente, em uma destas viagens de campo à procura de fósseis que se encontrou o Somalis piauiensis.

Dessa forma, a descoberta de Oliveira e Olga Alcântara Barros, professora da URCA (Universidade Regional do Cariri), foi apresentada na última quinta (4), no Auditório do Geopark Araripe, localizado na cidade de Crato/CE, e publicada no periódico internacional Zootaxa. Por fim, o fóssil está tombado no Laboratório de Paleontologia de Picos, da UFPI.

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??? ??? ???? ?? 11?? ?????????,??????,????????? //emiaow553.com/cidade-do-piaui-busca-verba-para-validar-recorde-de-maior-cajueiro-do-mundo/ Wed, 25 Jan 2023 17:14:43 +0000 /?p=462737 Estudos atestaram que o município de Cajueiro da Praia é maior que o atual recordista, de Parnamirim, no Rio Grande do Norte

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A cidade de Cajueiro da Praia, no litoral do Piauí, vive uma situação peculiar: está pleiteando uma posição como o maior cajueiro-rei do mundo no Guinness Book, o livro dos recordes.

Tudo começou depois que estudos da UESPI (Universidade Estadual do Piauí) e IFPI (Instituto Federal do Piauí), com colaboração da USP e Unesp, atestaram que o município de 7 mil habitantes tem o maior cajueiro do mundo.

O levantamento notou que a árvore da cidade piauiense tem 8.834 metros quadrados e 732 metros de perímetro. É uma área maior que a atual recordista mundial: o cajueiro da cidade de Parnamirim, do Rio Grande do Norte, não passa dos 8.500 metros quadrados de área. 

Segundo uma fonte, que pediu ao Giz Brasil para não ser identificada, já há a confirmação informal de que a planta de Cajueiro da Praia é a maior da espécie do mundo. “Recebemos a confirmação em dezembro do Guinness, mas não assinamos contrato. Estamos em contato com o governo do Piauí? disse. 

O município pede que Teresina ajude nos custos para pagar a taxa de contrato do recordista com o Guinness Book. Segundo a fonte, o valor cobrado foi de US$ 28 mil ?mais de R$ 145 mil no câmbio atual. Por causa do alto valor, a cidade reivindica uma ajuda de custo com o governo do Piauí. 

“Nós informamos o valor e o estado se comprometeu a tramitar o processo na Setur [Secretaria de Turismo]? informou. “Como está no começo do novo governo estadual, estamos aguardando resposta? A expectativa para retorno sobre a ajuda de custo na assinatura do contrato é para fevereiro. 

O Giz Brasil entrou contato com o governo do Piauí para abordar o assunto, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto. 

O que diz o Guinness 

Por e-mail, o Guinness Book confirmou ao Giz Brasil que o cajueiro-rei de Cajueiro da Praia concorre ao trâmite. A árvore só não foi classificada como a maior por causa do processo burocrático por trás da solicitação.

“Após uma análise mais aprofundada, posso confirmar que o cajueiro da cidade de Cajueiro da Praia ainda não foi confirmado como o maior porque há um processo de solicitação que precisa ser concluído, que inclui a solicitação do título de registro, o requerente recebe diretrizes e envio de evidências para revisão? escreveu a porta-voz Kylie Galloway. 

Segundo ela, casos como o de Cajueiro da Praia, em que candidatos representam uma empresa, marca ou governo, devem passar por uma equipe de Consultoria. Nesse caso, o trâmite é pago. A gratuidade só se aplica à inscrição reconhecida como individual ou para fins de realização pessoal, explicou. 

“Os termos contratuais de privacidade estão em vigor com todos os nossos detentores de registros e tentativas, e não podemos divulgar mais dados? finalizou.

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???? ??? ????? ???? ??????????? //emiaow553.com/ferramentas-de-50-mil-anos-encontradas-no-brasil-podem-ter-sido-feitas-por-macacos/ Tue, 10 Jan 2023 13:31:01 +0000 /?p=460213 Lascas de pedra atribuídas em estudos anteriores aos primeiros hominídeos podem, na verdade, ser fruto do comportamento de macacos

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A maior parte dos pesquisadores defende que os primeiros humanos chegaram no continente americano entre 13 e 14 mil anos atrás. O grupo teria atravessado o Estreito de Bering, que um dia uniu a Ásia à América do Norte. 

Por outro lado, há uma parcela de cientistas que acredita que os humanos já estavam na região que é hoje o Brasil entre 20 e 50 mil anos atrás. A teoria é sustentada por ferramentas encontradas na gruta da Pedra Furada e outros sítios arqueológicos no Piauí. 

Um estudo recém publicado na revista científica The Holocene refuta essa última ideia. Segundo cientistas do Instituto Nacional de Antropologia e Pensamento Latinoamericano, na Argentina, as ferramentas de pedra podem ser obras de macacos-prego que habitavam o nordeste brasileiro. 

Para entender essa questão, é preciso conhecer um pouco mais sobre o comportamento dos primatas. Esses macacos são conhecidos por usar pedras como martelos ou bigornas para abrir nozes e outras frutas, além de utilizar as ferramentas para cavar e conseguir comida. 

Nestes processos, é comum que a pedra se quebre, gerando fragmentos de rocha similares aos esculpidos pelos hominídeos ancestrais. Neste novo estudo, a equipe comparou os vestígios antigos às ferramentas obtidas hoje pelos macacos-prego e não encontrou diferenças significativas, concluindo que os objetos do passado remetiam aos animais.

Esse não é o único fator que aponta para a ausência de presença humana há 50 mil anos. Pesquisadores nunca encontraram no local sinais de lareiras ou restos de alimento que remetessem a presença de hominídeos. O carvão já foi revelado na área, mas ele pode ser proveniente de incêndios naturais.

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????????????, ????????????? //emiaow553.com/datacao-indica-que-esqueleto-encontrado-no-piaui-tem-96-mil-anos/ Tue, 12 Jul 2022 15:49:19 +0000 /?p=429067 Apelidado de Zuzu, individuo foi contemporâneo dos grupos humanos mais antigos da América do Sul

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Texto: Ricardo Zorzetto, da Revista Pesquisa da Fapesp 

Zuzu, um esqueleto humano bastante antigo encontrado no interior do Piauí, já esteve envolvido em algumas polêmicas arqueológicas. Uma, aparentemente resolvida agora, é sobre quando esse indivíduo teria vivido. Zuzu habitou a região onde hoje é o sudeste do Piauí há cerca de 9,6 mil anos, aproximadamente 1.400 anos depois do que o estimado anteriormente. Mesmo assim, está entre os exemplares humanos mais antigos achados até o momento na América do Sul. A outra, ainda em aberto, é sobre seu sexo: o esqueleto já foi indicado por alguns estudos como sendo de uma mulher, enquanto outros sugerem que seria de um homem, opção favorecida pelas análises mais recentes, mas com constituição corpórea que sugere um esqueleto feminino.

“O valor obtido na nova datação de Zuzu está dentro do esperado? afirma a arqueóloga argentina Lumila Menéndez, pesquisadora das universidades de Bonn, na Alemanha, e de Viena, na Áustria, e primeira autora do artigo publicado em 12 de maio na Scientific Reports apresentando os resultados. “Esse valor é semelhante ao obtido por meio de datação direta para outros esqueletos antigos da América do Sul. Nenhum deles tem muito mais do que isso.?Baseando-se na análise de fogueiras e material lítico supostamente produzidos por seres humanos, a arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon, coautora do trabalho atual e líder por quase cinco décadas das pesquisas no Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, onde foi achado o esqueleto de Zuzu, defende desde os anos 1980 que o Homo sapiens se instalou na região dezenas de milhares de anos atrás. No entanto, o valor obtido na nova datação de Zuzu é o mais antigo para um esqueleto humano da região.

esqueleto Zuzu

Determinar quando viveram os exemplares humanos mais antigos do continente é fundamental para compreender como se deu a ocupação das Américas. A datação de materiais biológicos com milhares de anos, no entanto, é desafiadora no Brasil. O clima tropical, com alta umidade, e os solos muitas vezes ácidos dificultam a preservação adequada de ossos e outros tecidos que contêm material genético e elementos úteis para determinar a idade dos corpos. Como alternativa, os arqueólogos tentam obtê-la de forma indireta, por meio da datação de materiais associados ao esqueleto, como a camada de sedimento da qual foi retirado ou fragmentos de carvão associados a ele.

Foi possível agora estabelecer em que período Zuzu viveu a partir da datação direta de íons de carbonato (CO3) do esmalte do dente. Isótopos radioativos de carbono encontrados em dois molares permitiram afirmar que o esqueleto tem entre 9.526 e 9.681 anos. Essa, no entanto, seria uma idade mínima, afirmam os pesquisadores. É possível que Zuzu tenha algumas centenas de anos a mais, uma vez que carbonato de materiais do ambiente, mais jovem do que o do esqueleto, pode ter se integrado aos dentes após a morte.

“A ausência de datações diretas de esqueletos encontrados no Parque Nacional Serra da Capivara levava os pesquisadores estrangeiros que trabalham com o povoamento das Américas a desconsiderar os dados da região? relata a antropóloga física argentina Ana Solari, pesquisadora da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), entidade responsável pela preservação do patrimônio cultural e natural do parque, e coautora do trabalho publicado na Scientific Reports.

Localizado no sudeste do Piauí, a cerca de 530 quilômetros da capital, Teresina, o Parque Nacional Serra da Capivara ocupa uma área de aproximadamente 130 mil hectares de Caatinga nos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias. Ali está uma das maiores concentrações no país de sítios arqueológicos do Holoceno superior, época geológica que durou de 11,7 mil anos atrás a 8,2 mil anos. Vinte e sete deles abrigam esqueletos humanos, sepultados solitariamente, como Zuzu, ou em grupos de até 20 indivíduos. Idades obtidas por meio de datação indireta, feita a partir da análise de materiais encontrados junto aos esqueletos, indicam que alguns são contemporâneos de Zuzu e outros possivelmente até um pouco mais antigos.

A ossada de Zuzu foi encontrada em julho de 1997 em escavações realizadas em um pequeno abrigo rochoso conhecido como Toca dos Coqueiros, no município de Coronel José Dias, pela equipe de Guidon. O local é um paredão de rocha inclinado, coberto por pinturas rupestres, que oferecia proteção contra sol e chuva ?o clima na região era mais úmido naquela época. Zuzu estava em posição fetal, deitado sobre seu lado esquerdo, com a mão esquerda sob a face e a direita à frente do rosto.

Depois de algumas tentativas de datação direta do esqueleto, frustradas pela ausência de colágeno nos ossos, Guidon e a bioarqueóloga Andrea Lessa conseguiram em 2002 estabelecer a idade de um carvão incrustado no calcanhar direito do esqueleto. O material tinha aproximadamente 11 mil anos, a primeira idade atribuída ao esqueleto. “Sempre que possível, tenta-se privilegiar a datação direta do esqueleto, capaz de definir em que período o indivíduo viveu? explica a bioantropóloga Mercedes Okumura, da Universidade de São Paulo (USP), estudiosa do povoamento pré-histórico do Brasil, que não participou do trabalho atual.

A primeira datação, apresentada em um artigo publicado no American Journal of Physical Anthropology, era mais próxima à de outro esqueleto humano famoso, considerado até hoje o mais antigo da América do Sul: Luzia, uma mulher adulta que morreu entre 12,5 mil e 13 mil anos atrás nos arredores do atual município de Lagoa Santa, na região central de Minas Gerais. “Com exceção de Luzia e um ou outro caso, a quase totalidade do material humano encontrado em Lagoa Santa tem entre 9 mil e 10 mil anos, a mesma atribuída agora a Zuzu? conta o bioantropólogo Walter Neves, criador do Laboratório de Estudos Evolutivos Humanos da USP, responsável nos anos 1990 pela análise detalhada do crânio de Luzia e de outros esqueletos de Lagoa Santa.

No trabalho de 2002, Lessa e Guidon propuseram que Zuzu teria tido entre 1,40 e 1,60 metro em vida e morrido entre 35 e 45 anos de idade. Características dos ossos da pélvis indicavam que o esqueleto era de uma mulher, assim como os resultados de uma análise de DNA extraído de dois ossos da mão direita e de uma vértebra da coluna.
Era o início de outra polêmica envolvendo o esqueleto da Toca dos Coqueiros, uma vez que o resultado da análise genética gerou ceticismo entre os arqueólogos por causa da dificuldade de preservação do colágeno nos esqueletos da serra da Capivara.

Anos mais tarde, o arqueólogo Albert Russell Nelson, então pesquisador das universidades de Michigan e Wyoming, nos Estados Unidos, reconstituiu o crânio de Zuzu, encontrado bastante fraturado, e reanalisou suas características. Comparou ainda estruturas de sua pélvis com as de dois esqueletos femininos ?um quase contemporâneo a ele e outro bem mais recente ?encontrados na serra da Capivara.

Nelson concluiu que Zuzu teria sido um homem, embora com feições mais delicadas. Outro achado arqueológico apoiava a ideia: a presença de duas pontas de lança de pedra lascada encontradas junto ao corpo ?acredita-se que esse tipo de oferenda só fosse feito para homens. Em um comentário publicado em 2005 também no American Journal of Physical Anthropology, ele sugeriu ainda, com base na forma e em medições de estruturas do crânio, que Zuzu teria uma aparência próxima à de Luzia e dos outros indivíduos do povo que habitou a região de Lagoa Santa há cerca de 10 mil anos. A conclusão seria reforçada dois anos mais tarde por outra análise, publicada na mesma revista, feita por Neves e pelo bioantropólogo brasileiro Mark Hubbe, hoje professor na Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, em colaboração com Guidon. No trabalho, eles afirmaram: “Em relação ao sexo de Zuzu, nossas análises corroboram a ideia defendida por Nelson em 2005 de que esse esqueleto pertence a um homem grácil?

Quando analisou os crânios do povo de Lagoa Santa no final dos anos 1980, Neves verificou que esses indivíduos, assim como os outros esqueletos do mesmo período encontrados nas Américas, apresentavam feições semelhantes às dos africanos e dos aborígenes da Austrália e da Melanésia ?e distinta das de grupos indígenas atuais, com traços asiáticos. Chamados de paleoíndios, os indivíduos daquele grupo, ao qual pertenceriam Luzia e Zuzu, apresentam o crânio mais estreito e alongado no sentido ântero-posterior, com as órbitas mais baixas, do que o dos indígenas atuais. Eles seriam descendentes do primeiro grupo humano a entrar nas Américas, vindo a partir da Ásia e com traços australo-melanésios, de acordo com o modelo de ocupação do continente proposto em 1989 por Neves e pelo bioantropólogo argentino Héctor Pucciarelli. Essa morfologia teria existido até tempos históricos, em indivíduos de povos como os Botucudos. Os demais grupos indígenas, segundo o modelo, seriam descendentes de uma segunda leva migratória, composta por indivíduos com características asiáticas.

“O trabalho é muito elegante, mas já era esperado que Zuzu tivesse feições australo-melanésias, assim como os demais paleoíndios, como já havia sido indicado? afirma Neves, que não participou do presente estudo. Ele atribui a presença disseminada dessa característica naquela época à história evolutiva dos seres humanos. Como o Homo sapiens surgiu na África e possivelmente passou por um processo relativamente recente de transformação morfológica do crânio, essas características mais antigas se tornaram disseminadas pelo planeta. “Até 10 mil anos atrás vários grupos em todo o mundo apresentavam essa morfologia que chamo de pan-africana? afirma o bioantropólogo.

Além de estabelecer um valor obtido por datação direta para o esqueleto de Zuzu, no trabalho da Scientific Reports, Menéndez, Solari e colaboradores analisaram 10 medidas de seu crânio e compararam com as de outros 108 esqueletos ?39 de indivíduos que viveram no Holoceno superior e 69 no Holoceno inferior (últimos 4,2 mil anos) ?encontrados em diferentes regiões do Brasil. Os resultados mostraram que Zuzu tem uma similaridade muito maior com os crânios do primeiro grupo, quase todos paleoíndios de Lagoa Santa, do que com os dos indivíduos de períodos mais recentes, mesmo os que vivem ou viveram em locais geograficamente mais próximos da serra da Capivara, como o povo Guajajara, do Maranhão.

Ao confrontar as formas do crânio de Zuzu com as de indivíduos dos dois períodos, os pesquisadores concluíram que o esqueleto provavelmente seria de uma mulher. Já na comparação com os crânios apenas do Holoceno superior, período ao qual pertence, Zuzu é homem com feições delicadas. “Possivelmente o dimorfismo sexual, ou seja, as diferenças na fisionomia externa entre homens e mulheres, mudou ao longo do tempo. Essas diferenças podem ter sido menos acentuadas ou, simplesmente, esses povos podem ter apresentado características morfológicas diferentes no passado? supõe Menéndez. “Talvez seja por esse motivo que temos dificuldade em saber se era um esqueleto masculino ou feminino.?O dimorfismo sexual, no entanto, era bem marcado entre os habitantes antigos de Lagoa Santa, contemporâneos de Zuzu.

Artigos científicos
MENÉNDEZ, L. P. et al. Morphometric affinities and direct radiocarbon dating of the Toca dos Coqueiros?skull (Serra da Capivara, Brazil). Scientific Reports. v. 12, n. 7807. 12 mai. 2022.
LESSA, A. e GUIDON, N. Osteobiographic analysis of skeleton I, sítio Toca dos Coqueiros, Serra da Capivara National Park, Brazil, 11,060 bp: first results. American Journal of Physical Anthropology. v. 118, n. 8, p. 99-110. jun. 2002.
NELSON, A. R. “Osteobiographics?of dos Coqueiros paleoindian reconsidered: Comment on Lessa and Guidon (2002). American Journal of Physical Anthropology. v. 126, n. 4, p. 401-3. abr. 2005.
HUBBE, M. et al. “Zuzu?strikes again ?Morphological affinities of the early Holocene human skeleton from Toca dos Coqueiros, Piaui, Brazil. American Journal of Physical Anthropology. v. 134, n. 2, p. 285-91. out. 2007.

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