????? ?????????????? / Vida digital para pessoas Sat, 10 Aug 2024 10:49:01 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ??? ????? ?? - ?????? / 32 32 ??????? //emiaow553.com/fato-ou-mito-e-verdade-que-o-petroleo-e-feito-de-dinossauros/ Sat, 10 Aug 2024 17:13:54 +0000 //emiaow553.com/?p=584378 O boom do petróleo coincide com o boom do interesse por dinossauros, durante o fim do século 19 e início do século 20, o que deu força à teoria de que o petróleo é feito de dinossauros. Saiba a verdade.

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Muitos acreditam que o petróleo é feito de dinossauros. No entanto, a crença popular é um equívoco que surgiu por alguns fatores, como, por exemplo, o termo ?a href="//emiaow553.com/pela-1a-vez-brasil-produz-combustivel-100-renovavel-feito-de-soja/">combustível fóssil?— cunhado em 1759.

Isso porque o boom do petróleo coincide com o boom do interesse por dinossauros, durante o final do século 19 e início do século 20. Nos EUA, as escolas chegaram a ensinar que o petróleo de fato havia surgido pelos dinossauros.

Em 1933, o rumor ganhou força após a empresa Sinclair Oil Corporation criar uma narrativa sobre o petróleo ser feito de dinossauros. Aliás, a Sinclair tinha um Apatossauro como mascote, que aparecia em seus postos de gasolina. Veja:

A empresa Sinclair Oil foi responsável por reforçar a teoria dos dinossauros como a origem do petróleo

Posto de gasolina da Sinclair com o dinossauro mascote da empresa. Imagem: Sinclair Oil/Divulgação

Aliás, Barnum Brown, paleontólogo americano que descobriu o Tiranossauro rex, em 1902, tinha uma relação com a Sinclair, escrevendo os panfletos promocionais da empresa em troca de apoio para financiar suas expedições paleontólogas.

Com esse reforço científico, a narrativa contribuiu para criação de mito sobre o petróleo se originar dos dinossauros. No entanto, a afirmação não é verdadeira. Então, qual é a origem do petróleo?

Como surgiu o petróleo

O petróleo, embora formado por matéria orgânica de milhões de anos atrás, se originou na verdade por bactérias microscópicas e organismos marinhos, sobretudo plânctons.

Por milhões de anos, esses organismos se acumularam no fundo do mar junto de camadas de sedimentos. Essas camadas transmitiam calor e pressão que transformaram a matéria orgânica em hidrocarbonetos, o principal responsável pela formação de petróleo e gás natural.

Gráfico mostra a origem do petróleo

Formação do petróleo. Imagem: Chernicoff/Divulgação

Além disso, o tipo de biomassa e as condições específicas do local determinam se o resultado do processo é petróleo ou gás natural.

De acordo com o pesquisador Átila da Rosa, do Departamento de Geociências da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), há uma pequena ligação dos dinossauros com a origem do petróleo. Segundo o pesquisador, o petróleo se forma pela maturação da matéria orgânica dos plânctons marinhos. Esse processo de maturação pode acontecer, em menor número, por dinossauros.

No entanto, o pesquisador afirma que, apesar da matéria orgânica dos dinossauros também passar por degradação, eles, “ou quaisquer vertebrados marinhos, são insuficientes para formar tanto petróleo?

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????? ???? ???? ??? ?? //emiaow553.com/petrobras-troca-humanos-por-robos-em-mergulhos-profundos/ Mon, 15 Apr 2024 15:03:53 +0000 //emiaow553.com/?p=564177 Mudança permite reduzir riscos às pessoas e aumentar a segurança. A substituição ocorre em profundidades maiores que 50 metros

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A Petrobras se tornou a primeira entre as grandes empresas de petróleo a substituir o mergulho em altas profundidades por robôs submarinos. A estatal anunciou a novidade na última semana.

De acordo com a empresa, a mudança permite reduzir riscos às pessoas e aumentar a segurança. A substituição ocorrerá nos mergulhos em profundidades superiores a 50 metros. Ou seja, a partir dessa profundeza, a empresa utilizará apenas robôs submarinos.

Para se ter uma ideia, no passado, a Petrobras já chegou a realizar (em média) 2 mil mergulhos saturados por ano. Nesse tipo de mergulho, os trabalhadores podem ficar vários dias submersos, com o auxílio de cisternas ou câmaras hiperbáricas.

Assim, além da segurança, a nova solução tecnológica também aumentou a confiabilidade nos trabalhos, como o acionamento das válvulas de segurança de plataformas submersas.

“Na Petrobras, buscamos as soluções e tecnologias mais modernas para tornar a operação cada vez mais segura. O uso de robôs, por exemplo, já vem sendo aplicado em situação de combate a incêndio, de manutenção em altura, entre outros? destaca o gerente executivo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, Flaubert Machado.

Vale lembrar que a empresa também anunciou recentemente que vai usar cachorro robô para ajudar em inspeções.

Mergulhos continuam (mas em profundidades menores)

A companhia brasileira informou que, apesar do uso de robôs, continuará contando com mergulhadores para as atividades até 50 metros de profundidade. Segundo a empresa, parte dos profissionais também está sendo migrado para operação de robôs submarinos.

“A Petrobras tem em seu Plano Estratégico o respeito à vida, às pessoas e ao meio ambiente como um dos seus valores. Por isso atua de forma constante para permanecer entre as principais referências de segurança do setor no mundo”, disse a empresa.

Adequação do sistema

A oportunidade de implementar o projeto 100% “diverless” (“sem mergulho”) surgiu durante as adequações nos circuitos de válvulas de segurança da plataforma de Mexilhão (PMXL-1), na Bacia de Santos — as chamadas ESDV (Emergency Shutdown Valve), ao longo de 2023.

Originalmente a troca dos umbilicais e as adequações nas conexões do sistema de controle das seis ESDVs da plataforma seriam feitos por meio de mergulho saturado. Dessa forma, após análises, foi aplicada a solução com uso de robôs submarinos.

Assim, em dezembro do ano passado, a empresa finalizou as intervenções mais críticas da campanha, cujos cenários operacionais eram inéditos para operações diverless. A plataforma de Mexilhão tem grande relevância na oferta de gás, por ser responsável pelo escoamento de quase 20% do gás produzido no Brasil.

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????? ?????????, ?????? //emiaow553.com/cientistas-concluem-que-homem-tambem-pode-provocar-terremotos/ Fri, 22 Dec 2023 13:02:41 +0000 /?p=542080 Estudo sobre terremoto no Canadá em 2022 concluiu que os tremores foram resultado de ações da indústria que explora combustíveis fósseis. Saiba mais

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Em geral, um terremoto é resultado de movimentos súbitos que acontecem em falhas nas camadas internas da Terra. Geralmente, os tremores são causados por movimentos de placas tectônicas, mas não só por isso.

Agora, um novo estudo publicado na revista Seismological Research Letters identificou que um terremoto que aconteceu no Canadá em 2022 foi consequência de ações humanas.

O caso do Rio da Paz, no Canadá

Em novembro de 2022, a província de Alberta, no Canadá, sofreu com tremores de um terremoto que teve magnitude de 5,2 na escala Richter. Inicialmente, especialistas interpretaram o acontecimento como resultado de um processo natural.

A ideia foi confirmada pelos primeiros relatórios sobre os tremores, que indicaram que o terremoto havia sido profundo. Os documentos também sugeriam que o episódio não ocorreu próximo a nenhuma operação de fraturamento hidráulico.

Esse trabalho consiste na extração de materiais líquidos e gasosos do subsolo, como combustíveis, por exemplo. É assim que se extrai o petróleo e o gás natural. Em Alberta, os operadores da indústria são obrigados a relatar dados mensais desse tipo de injeção.

No entanto, quatro meses e um estudo depois, os especialistas identificaram que o terremoto foi justamente consequência de um processo de fraturamento hidráulico e aos poços de descarte de água associados. 

O novo veredicto veio após pesquisas descobrirem que o evento foi mais superficial do que os especialistas pensavam. Além disso, os estudos indicaram que havia um poço de descarte a menos de um quilômetro de distância do local dos tremores.

Desafios e consequências

Para chegar a essa conclusão, especialistas enfrentaram dificuldades como a falta de dados e a imprecisão da percepção das pessoas. Isso porque o trabalho foi feito por meio da aplicação de questionários, que encontraram respostas muito variadas.

Mesmo sendo professores e estudantes de doutorado na área e tendo recebido dados sobre a evolução temporal e espacial da sismicidade do evento, os especialistas ainda emitiram opiniões inconclusivas. 

Por exemplo, termos como “regional” e “próximo a” – que são importantes para definir o relacionamento de um terremoto com a atividade da indústria – foram interpretados de maneiras diferentes pelos especialistas.

Dessa forma, os pesquisadores defendem que, em pesquisas no futuro, haja uma lista de verificação sobre o que precisa ser definido um padrão.

Agora, os resultados devem afetar os modelos de risco sísmico para a província de Alberta. Como foi um terremoto induzido, a pesquisa deve embasar decisões para regulamentar a indústria. 

Também pode haver impacto em outras tecnologias, como utilização e armazenamento de carbono ou energia geotérmica.

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??????-???????-rtg-slots???? //emiaow553.com/capitao-de-navio-gera-desastre-ambiental-por-buscar-sinal-de-celular/ Mon, 02 Oct 2023 21:13:27 +0000 /?p=522887 O capitão do navio estabeleceu esse novo curso sem autorização dos órgãos de segurança da região e não sabia que as águas daquela área tinham menos de 20 metros de profundidade.

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Na última quinta-feira (28/9), a Diretoria de Segurança de Transportes do Japão afirmou que o navio cargueiro que derramou mil toneladas de petróleo na costa do país africano, Ilhas Maurício, em 2020, estava fora do curso, pois o capitão do navio buscava um sinal de celular.

O MV Wakashio saiu do porto Lianyungang, na China, com destino ao porto de Tubarão, em Santa Catarina, quando se chocou próximo ao parque marinho da Baía Azul, nas  Ilhas Maurício, no Oceano Índico, em 25 de julho de 2020. O navio, de propriedade japonesa, navegava sob uma bandeira do Panamá e o capitão era da Índia.

À época, o país insular no Leste da África declarou estado de emergência ambiental após o derramamento.

De acordo com o relatório, dois dias antes do incidente, para obter sinal de celular, o capitão alterou o curso do navio para viajar a cinco milhas náuticas da costa (9 km), em vez das originalmente planejadas 22 milhas náuticas (40 km).

O capitão do navio estabeleceu esse novo curso sem autorização dos órgãos de segurança da região. Além disso, ele não sabia que as águas daquela área tinham menos de 20 metros de profundidade. Por isso, o navio colidiu com um recife de corais.

“Maior desastre ambiental da história das Ilhas Maurício”, segundo o Greenpeace

A investigação também descobriu que o capitão do navio alterou o plano de viagem com o intuito de encontrar sinal para seu celular. Segundo o Japão, esse caso não foi isolado, indicando um comportamento irresponsável por parte de toda a tripulação.

Além disso, o relatório detalhou que, pouco antes do incidente, o capitão consumiu duas doses de whisky durante uma festa de aniversário a bordo do navio. Ele foi preso um mês após o incidente.

A limpeza do mar sofreu atrasos devido à COVID-19 e às condições climáticas, causando ainda mais danos. O Greenpeace considera esse incidente como o pior desastre ambiental da história do lugar.

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????? ???? ???? ??? ???????? //emiaow553.com/gasolina-sem-petroleo-brasil-quer-investir-r-250-bilhoes-em-producao/ Sun, 24 Sep 2023 20:02:55 +0000 /?p=519376 O presidente Lula afirmou que o projeto é uma chance de transformar o Brasil “em algo tão mais importante do que o Oriente Médio é para o mundo com o petróleo?/p>

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No último dia 14, o Governo Federal apresentou ao Congresso o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, um conjunto de medidas sustentáveis para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e a emissão de gases do efeito estufa no Brasil. O investimento previsto é de R$ 250 bilhões, incluindo a produção de gasolina sem petróleo.

Uma das propostas do projeto é criar um marco regulatório para os combustíveis sintéticos no Brasil, que já são produzidos em pequena escala, inclusive pela Petrobras.

Durante a cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o projeto é uma chance de transformar o Brasil “em algo tão mais importante do que o Oriente Médio é para o mundo com o petróleo?

O combustível sintético é a gasolina ou diesel com produção sem uso de petróleo, conhecido como e-fuel, ou e-combustível. Além da Petrobras no Brasil, empresas como Porsche e Audi também iniciaram a produção da gasolina sem petróleo.

Os e-combustíveis ganharam destaque após a União Europeia começar a discutir a implementação de normas mais rigorosas para as emissões de gases do efeito estufa.

Neste ano, o órgão definiu uma meta para alcançar zero emissão de carbono até 2035 em carros e vans, proibindo a fabricação de motores a gasolina ou a diesel a partir de 2026.

Como é a produção da gasolina sem petróleo

Segundo a eFuel Alliance, a produção de e-combustível ocorre pela extração de hidrogênio. Tal processo ocorre por meio da eletrólise, quando qual a água se divide em seus componentes: o hidrogênio e o oxigênio.

Após a eletrólise, o hidrogênio se junta ao CO2 capturado do ar. Através de um catalisador de alta pressão, os elementos se transformam no e-combustível líquido.

No entanto, a eletrólise depende do uso de eletricidade, o que pode envolver o consumo de combustíveis fósseis.

No final de 2022, a Porsche abriu a primeira fábrica comercial para produzir gasolina sem petróleo no Chile. A empresa quer produzir 550 milhões de litros do combustível sintético anualmente a partir de 2027.

Fábrica da Porsche no Chile para produzir gasolina sem petróleo

Fábrica da Porsche no Chile começou a produzir gasolina sem petróleo em janeiro deste ano. Imagem: Porsche/Divulgação

Embora ainda use carbono, a produção da gasolina sem petróleo, segundo ambientalistas, é uma maneira de reduzir as emissões de carbono.

Além disso, para ser carbono neutro, a produção da gasolina sem petróleo precisa usar fontes de energia renovável ou sem emissão de CO2. Também é preciso usar metódos sustentáveis na captura de carbono.

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??? ????? ???????????????? //emiaow553.com/brasil-bate-recorde-na-producao-de-petroleo-e-gas-confira-os-numeros/ Thu, 31 Aug 2023 19:37:32 +0000 /?p=515908 Aumento foi de 4,3% e superou o recorde anterior registrado em junho

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O Brasil bateu um novo recorde na produção de petróleo e gás, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (30) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). A produção do pré-sal, que é retirado de reservas petrolíferas que fica debaixo de uma profunda camada de sal, também foi recorde.

De acordo com a ANP, foi produzido um total de 3,513 milhões de barris de petróleo por dia — um aumento de 4,3% na comparação com o mês anterior e de 18,6% em relação a julho de 2022. A maior produção registrada até agora foi a de junho de 2023, com 3,367 milhões de barris ao dia.

A produção de gás natural em julho foi de 154,076 milhões de metros cúbicos por dia, um acréscimo de 1,2% em relação a junho de 2023 e de 13,6% na comparação com julho de 2022.

Também foi o maior volume até hoje, superando o de junho de 2023: 152,258 milhões de metros cúbicos por dia.

Pré-sal

A produção total (petróleo + gás natural) no pré-sal, em julho, foi de 3,359 milhões de barris de óleo equivalente por dia e correspondeu a 74,9% da produção brasileira.

Esta foi a maior registrada, superando, portanto, a de fevereiro de 2023. No começo do ano, o Brasil extraiu 3,268 milhões de barris de óleo equivalente por dia.

Além disso, houve aumento de 3,5% em relação ao mês anterior e de 16,6% na comparação com o mesmo mês de 2022. O país produziu 2,638 milhões de barris diários de petróleo e 114,8 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural por meio de 142 poços.

De onde vem a produção de petróleo

Em julho, os campos marítimos produziram 97,6% do petróleo e 85,8% do gás natural. A Petrobras, sozinha ou em consórcio com outras empresas, foi responsável por 88,47% do total produzido nos campos que opera. Além disso, a produção teve origem em 6.424 poços, sendo 515 marítimos e 5.909 terrestres, mostram dados.

Do mesmo modo, no mês de julho, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás. Ele registrou 865,71 mil barris diários de petróleo e 41,63 milhões de m³/dia de gás natural.

Preço sobe mesmo com produção em alta

Após o reajuste de 16,3% da gasolina pela Petrobras, válido desde o último dia 16, o preço médio do combustível no Brasil é de R$ 5,82 por litro neste final de agosto. Ao todo foram sete reajustes consecutivos nos últimos 39 dias.

O litro da gasolina vendido pelas refinarias privadas está custando, em média, 11,7% mais caro do que o da Petrobras. A diferença é de R$ 0,34, contudo, ela varia de acordo com a região.

Os dados são de um levantamento do OSP (Observatório Social do Petróleo), que monitora os aumentos sucessivos no preço dos combustíveis.

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????????????,??????? //emiaow553.com/maior-derramamento-de-petroleo-no-pais-causa-forte-impacto-na-biodiversidade-marinha/ Fri, 18 Aug 2023 19:23:55 +0000 /?p=512831 Conclusão é de estudo baseado em 21 artigos científicos e relatórios oficiais sobre evento que aconteceu no litoral nordestino há quatro anos

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Texto: Sarah Schmidt/Revista Pesquisa Fapesp

Em outubro de 2019, quando soube que manchas de petróleo haviam chegado à costa cearense, dois meses depois de aparecerem na Paraíba, a bióloga Emanuelle Rabelo telefonou para pescadores artesanais da cidade de Icapuí. Estavam desesperados: quando as redes de pesca eram puxadas, vinha junto óleo escuro e espesso, em bolhas viscosas ou cobrindo os peixes e lagostas. Até março de 2020, manchas de óleo se espalharam por cerca de 2.900 quilômetros (km) do litoral brasileiro atingindo 11 estados, do Maranhão ao Rio de Janeiro, no mais extenso derramamento de óleo já registrado em águas tropicais. Segundo nota da Polícia Federal (PF), de novembro de 2021, os indícios apontam para um navio petroleiro de bandeira grega como o responsável pelo vazamento de estimados 5 milhões a 12 milhões de litros de petróleo (ver box).

Quatro anos depois, Rabelo contribuiu para a compilação do que se sabe sobre os danos causados à biodiversidade marinha e costeira. “Mesmo em curto prazo, há impactos que ficam bem visíveis. Foram afetados de corais e esponjas-do-mar até peixes, aves e tartarugas? observa a pesquisadora da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), em Mossoró, no Rio Grande do Norte, que ajudou a reunir esses dados em um artigo de revisão publicado em maio na revista científica Marine Environmental Research. Os dados se baseiam em 21 artigos revisados por pares e relatórios oficiais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) publicados entre 2019 e 2022.

De acordo com o levantamento, as manchas invadiram os hábitats de ao menos 35 espécies ameaçadas, entre tartarugas, peixes, aves migratórias e corais. Segundo apontado na revisão, o Ibama registrou, até março de 2020, 159 animais encobertos pelo óleo, dos quais 112 morreram. Também provocou mudanças comportamentais e no tamanho de peixes, alterações na proporção entre machos e fêmeas de crustáceos, redução de populações, contaminação de outros frutos do mar por hidrocarbonetos (compostos químicos formados apenas por átomos de carbono e de hidrogênio presentes no petróleo), entre outros efeitos (ver infográfico).

No período foram recolhidas na costa brasileira 5.379 toneladas de petróleo que atingiram ao menos 57 Unidades de Conservação costeiras e marinhas como parques e áreas de proteção ambiental. Apesar da extensão alcançada, algo que chamou a atenção dos pesquisadores foi que quatro estados receberam cerca de 98% do petróleo: Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe. “A concentração ocorreu devido a uma combinação de fatores que incluem a direção das correntes oceânicas que desembocam naquela região, o sentido dos ventos e a movimentação das marés? diz o biólogo Marcelo Soares, do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC), primeiro autor da revisão. Essa região nordestina também concentrou 88% dos estudos abordados na revisão.

Ecossistemas afetados

O levantamento indicou que embora as manchas de óleo tenham chegado a pelo menos 10 ecossistemas, em uma área de 6.048,92 quilômetros quadrados (km2), até agora os estudos mapeados detectaram impactos relacionados ao petróleo em apenas metade deles. “Essa é uma das lacunas que encontramos: não foram avaliadas as consequências do óleo em todos os lugares aonde ele chegou? diz Rabelo.

Imagem: Alexandre Affonso/Revista Pesquisa FAPESP

Apesar de terem concentrado a maioria dos estudos, os recifes de coral somam apenas 55,64 km2 ou 0,9% da área total de ecossistemas atingidos pelo derramamento. Não é possível afirmar se eles e os manguezais de fato sofreram maior impacto ou se simplesmente foram os mais estudados.

Alguns fatores podem ajudar a explicar a concentração de análises nesses locais. Recifes e manguezais estão entre os ecossistemas marinhos mais ricos em biodiversidade, e mesmo uma quantidade pequena de óleo pode afetar a vida presente neles. “Some-se isso ao fato de que é difícil remover petróleo desses ambientes? explica Soares. “Nos recifes, o óleo fica impregnado nas rochas; nas florestas de mangue, ele se deposita sobre a lama e se mistura ao sedimento, agindo por mais tempo. Pode ser que os animais que vivem ali estejam mais expostos.?/p>

Populações

Foi nos recifes que um dos exemplos de modificação de populações apareceu (ver mais exemplos no infográfico acima). No grupo de animais mais estudado, os crustáceos (47,4%), uma das pesquisas mapeadas na revisão apontou a diminuição na proporção de fêmeas em populações do caranguejo Pachygrapsus transversus, que vivem em recifes de coral das praias de Gaibu e Carneiros, em Pernambuco, e de Pontal do Coruripe, em Alagoas, depois do vazamento.

Como as tocas foram encontradas bloqueadas pelo óleo, as principais hipóteses para explicar a redução é que elas podem ter ficado presas e morreram asfixiadas ?geralmente as fêmeas dessa espécie passam mais tempo nos buracos do que os machos. Ou, ainda, não puderam voltar para seus abrigos entupidos de petróleo e acabaram expostas a predadores, ou fugiram para outras áreas.

Já nos recifes da praia pernambucana do Paiva, um dos mais bem preservados da costa brasileira, o óleo provocou a diminuição da população local de poliquetas, minhocas marinhas que vivem em simbiose com esponjas do gênero Cinachyrella e ajudam no fluxo de sedimentos marinhosAs esponjas tinham óleo em sua superfície e gotículas do material entre os grãos de areia acumulados dentro de seus canais; nos poliquetas Branchiosyllis foram registradas gotículas de óleo em sua superfície e faringes.

Contaminações

Em Salvador, na Bahia, um índice considerável de anomalias no desenvolvimento embrionário de larvas e ovos de peixes de 34 espécies foi observado em áreas afetadas pelo petróleo. Se antes as larvas tinham 5 milímetros (mm) em média, cerca de um ano depois do acidente estavam entre 1 e 3 mm. As larvas tinham deformidades na coluna e edemas na bolsa de nutrientes que auxilia na alimentação do embrião, o saco vitelínico, indicando intoxicação por hidrocarbonetos.

Entre os moluscos, o segundo grupo mais pesquisado (31,6%) no mapeamento, foram detectadas contaminações relativamente altas em 45 amostras de frutos do mar pescados na região afetada pelo óleo, especialmente para a ostra-japonesa (Crassostrea gigas) e o mexilhão-castanho (Perna perna), além de peixes, lagostas e polvos, principalmente por substâncias como benzoantraceno, benzopireno e benzofluoranteno, compostos químicos pertencentes à classe dos hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs). Apesar de consideradas elevadas, as concentrações estavam abaixo dos níveis de preocupação estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela União Europeia.

Essas substâncias, no entanto, sofrem processos químicos ao se dispersarem das bolhas de óleo e levam anos para chegar ao fundo do oceano e contaminar os sedimentos onde os moluscos vivem. Por isso, Rabelo destaca que os impactos precisam continuar a ser medidos por um bom tempo. “A borra preta do petróleo ?o que é visível ?é só uma parte do problema. As substâncias solúveis que o produto libera ao longo do tempo, que se dispersam na água, são ainda mais perigosas. Seus efeitos podem se estender por décadas? observa ela. “Para entender o que pode ocorrer com comunidades e ecossistemas por conta dessas contaminações, precisamos de estudos de longo prazo.?A pesquisadora lembra que essas substâncias, ao serem ingeridas ou absorvidas pelos animais, podem ter efeitos cumulativos. Soares alerta que é preciso também investir em estudos de saúde pública que observem os efeitos do consumo de pescados sobre as pessoas nas áreas afetadas.

A falta de monitoramentos anteriores à chegada do óleo nas praias brasileiras é uma das limitações que as pesquisas sobre os impactos do derramamento enfrentam hoje, segundo Soares. “Há muitas localidades em que o óleo chegou, mas não é possível fazer comparações, pois não há dados coletados anteriormente para afirmar quais alterações ocorreram. É o caso de colegas que estudam a costa do Rio Grande do Norte? diz. Ele mesmo, que coordena um Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (Peld) da Costa Semiárida do país, começou a monitorar uma área de cerca de 20 km da costa da Região Metropolitana de Fortaleza há apenas quatro anos. “Precisamos de mais programas dessa natureza, com investimentos que permitam pesquisas de longo prazo.?/p>

Aspectos socioeconômicos

“?importante ter uma compilação de dados como essa, porque nos ajuda a construir a colcha de retalhos formada pelas consequências desse crime? observa a oceanógrafa Maria Gasalla, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), que não participou do levantamento. Ela ressalta que esses impactos não ocorrem de maneira uniforme ao longo da costa e são averiguados por estudos diversos, em locais específicos.

A pesquisadora argumenta que suas consequências, porém, vão além da vida dentro da água ?é preciso levar em conta a dimensão social quando se pensa nas consequências do acidente. Em parceria com pesquisadores de Pernambuco, ela conduz um projeto apoiado pela FAPESP que procura entender os efeitos socioeconômicos sobre comunidades de pescadores artesanais do estado. “Esse impacto durou muito tempo, pois durante meses ninguém queria comprar o pescado, independentemente do grau de contaminação ou procedência de áreas afetadas pelo óleo? relata. Segundo Gasalla, o estado tem hoje cerca de 9 mil pescadores cadastrados no Registro Geral da Pesca ?60% são mulheres. Além dessas famílias, o impacto afetou todos os elos da cadeia produtiva do pescado. “Essas pessoas foram fundamentais para a limpeza da costa, e deram um verdadeiro exemplo de organização comunitária.?/p>

Seu projeto foi contemplado em uma chamada aberta em novembro de 2019 pela FAPESP em parceria com a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe), com foco em pesquisa sobre prevenção e remediação de acidentes petrolíferos. Gasalla planeja finalizar a análise dos resultados no segundo semestre deste ano, esperando ampliar o escopo para uma discussão sobre o futuro das comunidades pesqueiras.

O mistério da origem

Assim que soube da chegada das manchas de petróleo à costa brasileira, em 2019, Marcelo Soares criou um grupo no WhatsApp com os colegas da UFC Rivelino Cavalcante, Carlos Teixeira e Luis Bezerra, batizado como “O mistério do óleo? Até hoje eles trocam mensagens, informações e se articulam para fazer análises em busca de vestígios da origem do material. Para ele e seus colegas, o caso não parece estar encerrado, ainda que as investigações tenham apontado para um navio petroleiro de bandeira grega como o responsável pelo derramamento de petróleo, segundo nota oficial publicada pela Polícia Federal (PF) em novembro de 2021. A PF também estimou em R$ 188 milhões apenas os custos dos poderes públicos federal, estadual e municipal para a limpeza de praias e do oceano. Segundo a nota, o inquérito policial seguiu “para o Poder Judiciário Federal do Rio Grande do Norte e Ministério Público Federal naquela unidade federativa, para análise e adoção das medidas cabíveis? Procurada por Pesquisa FAPESP, a PF não informou se há novidades sobre condenações da empresa responsável, nem forneceu mais detalhes.

“Até onde se sabe, não foi feita a comparação do óleo coletado das embarcações suspeitas com o que foi encontrado na costa brasileira. Essa é a maneira mais precisa usada pela geoquímica forense para encontrar, de fato, a origem da substância? afirma Soares. Ao lado de outros pesquisadores da UFC e de instituições norte-americanas, como os institutos Oceanográfico de Woods Hole e de Tecnologia de Massachusetts (MIT), ele publicou um artigo na revista Energy & Fuels em julho de 2022 que foi capa da revista e ainda se refere ao incidente como “um vazamento de óleo misterioso?

Imagem: Alexandre Affonso/Revista Pesquisa FAPESP

Nele, os pesquisadores analisaram 12 amostras coletadas na costa cearense de setembro a outubro de 2019, por meio de cromatografia, técnica que identifica e separa os componentes da substância, além de caracterização detalhada em nível molecular. Depois, compararam os resultados com os de estudos anteriores feitos com óleo coletado em localidades diferentes ao longo da costa. Soares e os colegas concluem que todas as amostras ?suas e dos outros trabalhos ?apontam para a mesma origem, reforçando a ideia de que vieram de uma mesma fonte. Também indicam que as amostras analisadas pelo grupo tinham características químicas (de densidade e massa) que revelam uma mistura de dois tipos de petróleo que se assemelham ao óleo combustível marítimo, pois passaram por refinamento. “Isso invalida a ideia inicial que se falou muito no começo que o vazamento era de óleo cru? afirma Marcelo Soares. O produto tanto poderia ter como finalidade o uso como combustível para a própria embarcação como estar sendo apenas transportado.

Ainda segundo o artigo, os resultados não descartam que o óleo tenha vindo de um naufrágio ocorrido há cerca de oito décadas, na Segunda Guerra Mundial, em consequência da corrosão do casco ou salvamento não autorizado da sua carga de metais nobres. Eles ressaltam que mais de 500 naufrágios já foram mapeados no Atlântico Sul e têm potencial para poluir o oceano e a costa brasileira com vazamentos.

Até o momento, foram estimados entre 5 milhões e 12,5 milhões de litros de petróleo disseminados ao longo de quase 3 mil km da costa brasileira por esse derramamento, segundo estudo publicado por pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP em abril de 2021 na revista Marine Pollution Bulletin. “Talvez nunca consigamos saber, de fato, de onde esse petróleo veio, pois os órgãos brasileiros não coletaram óleo dos naufrágios ou dos navios suspeitos? diz Marcelo Soares.

Projeto
Os vazamentos de petróleo e suas consequências nas dinâmicas socioambientais e econômicas das comunidades pesqueiras do litoral de Pernambuco (nº 20/02283-3); Modalidade Auxílio à Pesquisa ?Regular; Pesquisadora responsável Maria de los Angeles Gasalla; Investimento R$ 161.280,66.

Artigos científicos
SOARES, M. O. e RABELO, E. F. Severe ecological impacts caused by one of the worst orphan oil spills worldwideMarine Environmental Research. v. 187, 105936. mai. 2023.
REDDY, M. C. et alSynergy of analytical approaches enables a robust assessment of the Brazil mystery oil spillEnergy & Fuels Energy Fuels. v. 36, n. 22. jul. 2022.
ZACHARIAS, D. C. et. alMysterious oil spill on Brazilian coast: Analysis and estimates. Marine Pollution Bulletin. v. 165, 112125. abr. 2021.

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??? ?? ??? ??? ?? ??TOP5 ?? ??? //emiaow553.com/efuel-conheca-a-gasolina-que-nao-vem-do-petroleo/ Thu, 01 Jun 2023 22:11:51 +0000 /?p=416944 Startup no Chile desenvolveu combustível sintético carbono neutro e que promete colocar fim à dependência do petróleo

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Com o vai e vem no preço da gasolina, cresce em todo o mundo um movimento preocupado em criar alternativas mais sustentáveis (e baratas) para o combustível proveniente do petróleo. Uma empresa chilena, por exemplo, desenvolveu o e-Fuel, que promete ser um substituto viável para a gasolina convencional.

Inclusive, ele pode ser utilizado em motores de carros, navios e aviões atuais, sem a necessidade de modificações tecnológicas.

O novo combustível é uma criação da HIF (Highly Innovative Fuels). A produção da gasolina sintética é feita sem utilizar o petróleo, tendo como matéria-prima apenas o ar e a água.

Para isso, são utilizados eletrolisadores, responsáveis por dividir a água em oxigênio e hidrogênio, por meio do uso de energia eólica. A partir daí, o dióxido de carbono capturado da atmosfera é filtrado e combinado com o hidrogênio da água para produzir o metanol sintético, que é convertido no eFuel. O processo é explicado no vídeo abaixo.

A gasolina que não vem do petróleo

Por enquanto, a produção do combustível é considerada cara demais. Porém, ela surge como uma potencial alternativa, por não depender das oscilações da cotação internacional do petróleo. E, no futuro, quando as reservas do combustível fóssil baixarem, o e-Fuel pode dar uma sobrevida aos carros movidos a combustão.

A Fórmula 1, por exemplo, já avalia a adoção do e-Fuel nos seus carros de corrida já a partir de 2025. A ideia é manter a propulsão híbrida de motores já adotada, porém com o novo combustível e mais eletrificação.

A migração para o eFuel também seria interessante sob o ponto de vista ambiental, pois ajuda a frear as emissões de carbono e reduzir os efeitos das mudanças climáticas.

Segundo a startup, outra vantagem é que os postos de gasolina convencionais não precisariam ser alterados, pois, os consumidores podem simplesmente acessar as bombas existentes e encher seus tanques da maneira tradicional. Além disso, o eFuel pode ser transportado pelo mundo da mesma forma que outros combustíveis de hoje em dia.

Startup quer produzir 550 milhões de litros de eFuel até 2027

Por mais que as grandes montadoras estejam empenhadas em desenvolver carros elétricos, marcas como Volkswagen, Audi e Bosch estão apostando no desenvolvimento de combustíveis sintéticos e de zero carbono. Recentemente, a Porsche e outras empresas anunciaram o investimento de US$ 260 milhões na produtora chilena.

No final do ano passado, a HIF iniciou oficialmente a produção do eFuel. A expectativa é alcançar durante a fase piloto uma produção de cerca de 130 mil litros da gasolina sintética por ano. A ideia é capturar mais de 25 milhões de toneladas por ano de CO2 da atmosfera, produzindo cerca de 150 mil barris por dia de e-Fuel.

Para os próximos anos, esse montante deve subir até 55 milhões de litros de eFuel até 2025, e alcançar 550 milhões de litros até 2027.

A startup escolheu o norte do Chile para iniciar o projeto, pois esta região conta com ventos que sopram durante cerca de 270 dias por ano. Isso permite manter as turbinas eólicas em plena capacidade. A fábrica também está localizada próximo do Estreito de Magalhães, o que facilita a exportação do combustível.

“[O eFuel] é a nossa resposta ao desafio global das mudanças climáticas e descarbonização, que exige uma solução global, tornando nossa expansão em mercados internacionais uma parte crucial da nossa estratégia? afirmou César Norton, Presidente e CEO da HIF Global.

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????? ????????- ??? ??? ???? //emiaow553.com/cientistas-criam-plastico-que-nao-deriva-do-petroleo-bruto/ Sat, 01 Apr 2023 18:32:20 +0000 /?p=479948 O novo material desenvolvido por pesquisadores americanos foi feito a partir da supercola; entenda o processo

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Pesquisadores do Universidade Estadual de Boise, nos EUA, desenvolveram um novo tipo de plástico que não é feito de petróleo bruto e seus derivados. O melhor: é um material capaz de ser quase que inteiramente reciclado e possui um baixo custo de produção. 

A equipe usou como matéria-prima o polietil cianoacrilato (PECA), preparado a partir do monômero usado para fazer supercola. Ou seja, esse material possui propriedades semelhantes às dos plásticos usados ​​em produtos descartáveis, como talheres, copos e embalagens.

Segundo a equipe, 93% do novo plástico pode ser facilmente convertido aos seus materiais iniciais, mesmo quando combinado com outros resíduos plásticos. O estudo completo foi publicado na revista Science Advances.

Pense no potencial da supercola. Após sua aplicação, ela reage com a umidade do ar ou da superfície do objeto em que foi posta. A reação forma cadeias moleculares chamadas de polímeros. 

Os polímeros produzidos durante o ato de colar são curtos e não se ligam bem, ou seja, o material colado pode quebrar de novo. Por outro lado, os polímeros longos resultam em materiais mais fortes.

Ao mesmo tempo, os cientistas criaram versões mais longas do mesmo tipo de polímero feito de supercola para produzir plástico transparente e resistente. 

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Para fabricar o plástico, entretanto, a equipe juntou apenas supercola, acetona e um catalisador ecológico. Antes da mistura secar, os pesquisadores a colocaram em moldes de diferentes tamanhos e formatos, produzindo objetos.

Depois de usado, a reciclagem é simples. Basta aquecer o material a 210ºC, quebrando as cadeias em pequenas moléculas individuais. Assim, fica fácil para os cientistas separar o material de outros resíduos, como alimentos, alumínio, papel ou mesmo outros plásticos.

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?? ????? ??? - ???? ??? //emiaow553.com/exxonmobil-gigante-petroleo-previu-mudancas-climaticas-1977/ Fri, 13 Jan 2023 19:16:53 +0000 /?p=461115 Dados produzidos pela empresa no século passado concordam com pesquisas atuais e refletem mudanças climáticas vistas evidenciadas no presente

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Pense no seguinte cenário: a empresa sabe que seus serviços podem destruir o mundo, mas nega esse fato e continua operando como se nada estivesse acontecendo. Anos depois, o colapso chega, mas já é tarde demais para mudar o cenário. 

Parece até filme de ficção científica, mas é realidade. Um estudo publicado na revista Science sugere que a ExxonMobil, uma das principais empresas de petróleo e gás do mundo, tinha dados que apontavam para as mudanças climáticas desde 1977, mas negaram essa informação. 

Essa não é uma novidade total. Em 2015, repórteres investigativos dos jornais Los Angeles Times e The Guardian encontraram documentos internos de cientistas da empresa que detalhavam os efeitos dramáticos que os combustíveis fósseis poderiam gerar até 2050. 

A empresa, claro, seguiu negando o risco. Eles diziam que a crise climática era coisa de alarmistas e que os modelos usados para prever o aquecimento global eram incertos. 

No estudo atual, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, voltaram-se para estes documentos e compararam com outros produzidos por cientistas independentes e autoridades governamentais. Dessa forma, descobriram que entre 63 e 93% das projeções secretas da empresa produzidas entre 1977 e 2003 estavam corretas.

Segundo a equipe, a taxa de aquecimento projetada pela ExxonMobil foi de cerca de 0,20°C por década, uma estimativa próxima àquela alcançada por outros pesquisadores. Além disso, os cientistas da empresa também previram que os efeitos da crise climática só se tornariam aparentes na virada do século.

Os dados sobre as mudanças climáticas estavam escancarados para a empresa, mas eles optaram por negar a ciência. Mais uma vez, o mundo sai perdendo.

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?????? ? ?? ?? ??? ?????? //emiaow553.com/pesquisadores-estudam-producao-de-plastico-sustentavel-sem-usar-petroleo/ Sat, 17 Dec 2022 18:03:58 +0000 /?p=456669 Pesquisadores brasileiros estão integrando químicas do CO2 e do etanol para produzir plástico que não usa derivados do petróleo

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Texto: Agência FAPESP

Produzir plástico e outros materiais poliméricos que não sejam derivados do petróleo é a meta do projeto “Integrando as químicas de CO2 e etanol para preparar poliuretanos biobaseados? realizado no âmbito do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído com apoio da FAPESP e da Shell e sede na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

O estudo é realizado por pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP. “O Brasil é um grande produtor de etanol. Uma de nossas ideias é aproveitar o bagaço da cana-de-açúcar como combustível para aquecer caldeiras e criar moléculas orgânicas para a produção de um plástico sustentável? diz Antonio Carlos Bender Burtoloso, professor do IQSC-USP e coordenador do projeto, em entrevista para a Acadêmica Agência de Comunicação.

O foco dos pesquisadores são os poliuretanos, materiais poliméricos versáteis muito utilizados pela indústria e encontrados em espumas, colas, adesivos de alto desempenho e rodas de skate, por exemplo. “A constituição química dos poliuretanos é simples. Em geral, ela resulta da combinação de apenas dois monômeros, que é como chamamos as moléculas menores: no caso, um isocianato e um poliol. Esses monômeros são como peças de um quebra-cabeça. Nas reações de polimerização, eles se juntam e formam moléculas longas e ramificadas. Essas, por sua vez, dão forma ao plástico ou de outro material polimérico? explica o pesquisador.

De acordo com Burtoloso, o isocianato é um composto utilizado nas reações de polimerização. No caso, a preparação industrial desse composto costuma ser feita, em geral, a partir da combinação de aminas e gás fosgênio.

“Apesar de ser uma opção barata e com ótima performance nessa situação, o gás fosgênio é um produto extremamente tóxico que faz mal à saúde e ao meio ambiente? diz o especialista. No momento, a equipe do projeto investiga formas de substituir o gás fosgênio pelo dióxido de carbono (CO2) na estrutura química do isocianato. “Além de não ser tóxica, essa alternativa contribui para reduzir a concentração de gás carbônico na atmosfera, um dos grandes vilões do efeito estufa, ao transformar o CO2 em um produto que poderá ser utilizado pela indústria.?/p>

Outros grupos de pesquisa no Brasil e no mundo estudam maneiras de efetuar essa substituição. “Os resultados estão se mostrando promissores, mas cada equipe tem sua própria abordagem, que difere a partir dos reagentes utilizados e dos métodos reacionais empregados no decorrer da pesquisa? conta Burtoloso. Ao longo do projeto, o grupo já preparou, por exemplo, um tipo específico de amina. “Essa amina que sintetizamos é produzida a partir da biomassa da cana-de-açúcar em vez de ser originária do petróleo, como é o caso das aminas utilizadas geralmente pela indústria? prossegue Burtoloso.

Outro elemento

A atenção dos pesquisadores do RCGI também está voltada ao poliol, outro elemento-chave na estrutura química dos poliuretanos. “Praticamente todos os polióis usados industrialmente na preparação de poliuretanos são derivados do petróleo, mas pretendemos prepará-los a partir do bagaço da cana? prevê o especialista. “A celulose presente no bagaço é um polímero de açúcares que se quebram e dão origem a várias substâncias, sobretudo o ácido levulínico, após um tratamento em meio ácido. Por sua vez, o ácido levulínico pode ser transformado em uma outra molécula, a valerolactona. A partir dela vamos fazer uma série de polióis totalmente oriundos da biomassa. Inclusive nossa equipe já construiu alguns deles de forma bastante eficiente.?/p>

O projeto é desdobramento de outro estudo realizado entre 2018 e 2021, no IQSC, também sob comando de Burtoloso. “Na época, conseguimos produzir um plástico com poliol totalmente originário do bagaço da cana, mas o isocianato era derivado do petróleo. Agora, queremos produzir outros polióis, bem como o isocianato, tudo a partir de biomassa. Sem contar a ideia de substituir o gás fosgênio pelo CO2 . É um grande desafio.?/p>

*Com informações da Assessoria de Comunicação do RCGI.

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?????? ?? ??????? ??- ??? ??? //emiaow553.com/empresas-de-petroleo-estao-culpando-os-consumidores-pelas-mudancas-climaticas/ //emiaow553.com/empresas-de-petroleo-estao-culpando-os-consumidores-pelas-mudancas-climaticas/#respond Tue, 18 May 2021 20:37:12 +0000 //emiaow553.com/?p=380432 Um estudo de Harvard analisou documentos da petrolífera Exxon e concluiu que a estratégia de propaganda omite informações sobre combustíveis fósseis

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Nas últimas décadas, as empresas de petróleo se afastaram do discurso de negação das mudanças climáticas. No entanto, ainda não assumem a culpa. Um novo estudo dos pesquisadores de Harvard Geoffrey Supran e Naomi Oreskes conclui que a linguagem de comunicação dessas empresas faz parecer que o problema do clima é nossa culpa, não delas.

Os autores, que publicaram seu trabalho na revista científica One Earth, usaram o aprendizado de máquina para analisar 212 documentos públicos e internos da petrolífera Exxon entre 1972 e 2019, incluindo todos os memorandos internos da empresa disponíveis ao público, anúncios publicitários pelos quais a empresa pagou no New York Times e todos dos principais relatórios de mudança climática da empresa. 

Como resultado, os cientistas descobriram diferenças na comunicação interna e pública. Em discussões privadas, por exemplo, a Exxon não hesita em usar termos como “combustíveis fósseis” e “emissões de combustível fóssil”. Porém, em público, a abordagem é completamente diferente: a comunicação sugere que as escolhas individuais são o problema e omitem informações sobre quais produtos criam essa poluição.

A empresa também foca publicamente na necessidade de aumentar a “eficiência energética?como uma solução ?se autopromovendo. Os autores chamam essa narrativa de “salvador de combustível fóssil?combinado com “otimismo tecnológico? que evita qualquer discussão sobre o fim da extração de combustível fóssil. “Há uma grande assimetria na forma como o problema e suas soluções são representados? disse Supran. “A função disso é promover a empresa como como solucionadora de um problema que aparentemente nós, os consumidores, causamos.?/span>

Em um cenário mais amplo, os gigantes da energia, incluindo a Exxon, estão enfrentando diversos processos judiciais que alegam que eles divulgaram informações incorretas ao público. Ativistas e advogados em todo o mundo também estão lutando para proibir a publicidade de combustíveis fósseis, ou pelo menos fazer com que ela venha com avisos sobre os perigos de seus produtos. 

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Como resposta ao estudo, a Exxon afirmou que a coautora de Supran tem um relacionamento com um escritório de advocacia que está entrando com ações judiciais sobre o clima. Por email, os autores disseram que “Sher Edling não desempenhou nenhum papel no artigo publicado, nem em qualquer outro trabalho acadêmico que fizeram? A Exxon também divulgou um comunicado dizendo que “está trabalhando para reduzir as emissões da empresa e ajudando os clientes a reduzir suas emissões enquanto trabalha em novas tecnologias de baixa emissão e políticas eficazes?

“A ExxonMobil agora está enganando o público sobre sua história de enganar o público? disseram os pesquisadores.

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//emiaow553.com/empresas-de-petroleo-estao-culpando-os-consumidores-pelas-mudancas-climaticas/feed/ 0
?? 1 Archives?????????? //emiaow553.com/tecnica-transformar-plastico-petroleo/ //emiaow553.com/tecnica-transformar-plastico-petroleo/#respond Thu, 22 Apr 2021 21:25:08 +0000 //emiaow553.com/?p=378441 Novo tipo de técnica poderia quebrar todos os tipos de plásticos difíceis de reciclar em petroquímicos líquidos.

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Existe plástico demais no mundo — e estamos produzindo mais a cada dia, mesmo enquanto lutamos para encontrar uma maneira de nos livrarmos do material antigo. Um novo estudo apresenta uma solução interessante: derreter sacos plásticos e garrafas para transformá-los de volta no óleo do qual foi originalmente feito.

A nova pesquisa, publicada na quarta-feira (21) na Science Advances, analisa uma técnica chamada pirólise, que essencialmente derrete a poliolefina em sua forma original — isto é, petróleo e gás. As poliolefinas são um tipo muito comum de plástico em itens do dia a dia, desde canudos até embalagens, roupas íntimas térmicas e filmes plásticos. É responsável por dois terços da demanda mundial de plástico.

A produção desses tipos de plástico tem sido um grande benefício para a indústria de petróleo e gás e está dando aos produtores de combustíveis fósseis um vislumbre de esperança para o futuro; enquanto plásticos representam apenas 14% da demanda de petróleo hoje, projeções indicam que eles representarão metade da demanda mundial de petróleo em 2050.

O estudo detalha um novo tipo de técnica para tratar plásticos descartáveis ​​que, dizem os pesquisadores, pode quebrar todos os tipos de plásticos difíceis de reciclar — incluindo garrafas e bolsas de polietileno — em petroquímicos líquidos. Uma das coisas mais notáveis ​​sobre a nova técnica é que ela é capaz de quebrar o plástico em temperaturas mais baixas do que outros métodos de pirólise, o que ajuda a transformar o material em um combustível mais denso e usa duas a três vezes menos energia.

“A maioria dos trabalhos anteriores se concentra na pirólise que aquece o plástico a altas temperaturas de 400-800 [graus Celsius]? disse por e-mail o autor do estudo Dionisios Vlachos, professor de engenharia química e biomolecular da Universidade de Delaware. “A demanda de energia é super alta.?/p>

Essas técnicas de alta temperatura, disse Vlachos, quebram a maioria das ligações químicas no plástico, o que faz com que o produto final se pareça com gases leves como o xisto. Esta nova técnica, por outro lado, pode criar combustíveis líquidos com calor mais baixo — cerca de 225 graus Celsius — produzindo “combustíveis quase prontos para uso em carros, caminhões ou aviões e lubrificantes”, disse Vlachos.

Plásticos descartáveis, como sacolas, canudos e anéis de latas, são basicamente feitos para irem pro lixo logo após o uso. Essas coisas fáceis de serem descartadas representam metade das 300 milhões de toneladas de plástico produzidos no mundo todo a cada ano, então há muito trabalho a ser feito. É também o que mais está obstruindo o meio ambiente, à medida que pedaços maiores se quebram em microplásticos que podem representar uma ameaça para humanos, animais e ecossistemas.

Claramente, porém, transformá-lo em combustível não é uma cura para todos os nossos problemas ambientais. Basicamente, isso não vai conter as mudanças climáticas. Os combustíveis fósseis, é claro, emitem poluentes quando você os queima; usar um galão de petróleo derretido de um monte de Tupperware não vai mudar isso.

Ainda assim, há uma necessidade urgente de descobrir o que fazer com todo esse lixo de plástico que está obstruindo o planeta. Ele está poluindo os corpos d’água e matando a vida selvagem. Nosso melhor método atual de se livrar dele — simplesmente queimar o lixo — também libera emissões tóxicas e que aquecem o planeta.

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Converter o plástico de volta ao material do qual foi originalmente feito pode não ser uma solução perfeita, mas com certeza é melhor do que nada (e potencialmente tem um bônus adicional de criar menos fluxos de receita para empresas de petróleo e gás à medida que encontramos maneiras de reutilizar as coisas que eles nos venderam). E agora é a hora, disse Vlachos, de dedicar esforços a técnicas de pesquisa como essas, antes que nosso vício em plástico fuja do nosso controle.

“Precisamos agir em relação ao problema do plástico e desenvolver tecnologias e políticas para eliminá-lo do meio ambiente? disse Vlachos. “Pesquisas levam mais de 10 anos antes de se tornarem úteis. Investir neste campo agora é uma prioridade.?/p>

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??? ?? ?????? ??? ?????? ?? ??? //emiaow553.com/preco-petroleo-wti-negativo/ //emiaow553.com/preco-petroleo-wti-negativo/#respond Mon, 20 Apr 2020 22:23:35 +0000 //emiaow553.com/?p=352282 As empresas agora pagarão para você ficar com o petróleo que elas produzem. Não, você não está maluco. Esta segunda-feira (20) é o dia mais impressionante da história do comércio de petróleo. O West Texas Intermediate (WTI), um dos tipos de petróleo mais comercializados no mercado, despencou e entrou em território negativo pela primeira vez. […]

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As empresas agora pagarão para você ficar com o petróleo que elas produzem. Não, você não está maluco. Esta segunda-feira (20) é o dia mais impressionante da história do comércio de petróleo. O West Texas Intermediate (WTI), um dos tipos de petróleo mais comercializados no mercado, despencou e entrou em território negativo pela primeira vez. Quando comecei a escrever isso, o WTI estava em US$ 0,19 por barril. Chegou a US$ 36,15 negativos por barril quando terminei.

Isso significa que os produtores estão pagando os traders para tirarem o petróleo de suas mãos. A demanda pela commodity entrou em colapso devido à pandemia de coronavírus, e é por isso que estou pensando em transformar meu escritório em um depósito de petróleo para ajudar a pagar meu aluguel.

É difícil até colocar em palavras a loucura que é isso. No mês passado, o petróleo das areias betuminosas do Canadá caiu para US$ 5 por barril. Este preço surpreendentemente baixo foi o prenúncio da destruição da indústria de areias betuminosas. Agora, parece uma fortuna.

O coronavírus está provocando uma enorme queda nos preços do petróleo, em grande parte por causa de uma enorme queda na demanda. Ninguém está indo a lugar nenhum, e as principais indústrias estão fechadas. O mundo inteiro está essencialmente em pausa.

A indústria do petróleo não recebeu o memorando, entretanto, e continuou a extrair mais petróleo. Isso levou a medidas extremas, como a queda do preço do Canadá e comerciantes gastando milhões de dólares por dia em superpetroleiros para guardar a mercadoria no mar. Também houve grandes cortes de produção pelo cartel da OPEP+. Mas nada disso foi suficiente diante de uma pandemia. E aqui estamos nós, com preços negativos para o petróleo.

“Resumindo, os Estados Unidos estão simplesmente ficando sem espaço para armazenar o petróleo“, disse Mark Paul, economista do New College of Florida, ao Gizmodo por e-mail. “As refinarias estão começando a recusar remessas. A falta de espaço de armazenamento, impulsionada pelo excesso de oferta, está destruindo o mercado de petróleo.?/strong>

Consequências

Este deve ser absolutamente um ponto de inflexão para a economia global. Com o comércio de petróleo abaixo de zero dólar por barril, as empresas praticamente estão praticamente implorando para serem fechadas.

Mas Paul também observou que há o perigo de que este preço seja uma “sinalização para consumidores, empresas e governo consumirem cada vez mais petróleo”. Isso poderia minar as energias renováveis, que começaram a competir com o petróleo no quesito preço.

O outro risco é para a indústria de fraturamento hidráulico, uma das principais fontes de petróleo dos EUA. Este setor pode ter enormes cortes de empregos. Ele nunca foi particularmente lucrativo, dependendo de US$ 300 bilhões em dívidas alavancadas para produção futura. As margens finas evaporaram quando o preço do petróleo começou a despencar no início da pandemia. Agora, elas foram incineradas e suas cinzas flutuam em algum lugar acima do xisto de Eagle Ford, no Texas.

Mas não devemos torcer por isso. É provável que signifique que milhares de trabalhadores diretamente vinculados a esta indústria vão perder seus empregos. Isso terá repercussões nas comunidades e empresas que surgiram para atendê-los. Essa situação deve durar enquanto os preços permanecem em território negativo, ou mesmo em território positivo baixo com valores baixos.

Isso aponta para a necessidade de intervenção do governo. Uma forma possível é comprar empresas de combustíveis fósseis, uma vez que nunca estiveram tão baratas, e financiar a ajuda aos trabalhadores.

Paul também disse que agora é, paradoxalmente, um ótimo momento para criar um imposto sobre o carbono. “Precisamos conversar sobre os preços do carbono na faixa de centenas de dólares por tonelada de dióxido de carbono, juntamente com grandes investimentos ecológicos e regulamentações inteligentes para fazer a transição da economia de maneira gerenciável”, diz o economista.

“Como já argumentei em outros lugares, agora é a hora de uma grande injeção de recursos públicos em investimentos na economia verde, que é extremamente necessária. Em suma, agora é a hora de destruir a demanda de petróleo e investir em um programa de descarbonização por meio de um crash no petróleo.?/p>

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??? ??? ???? ?? 11?? ?????????,??????,????????? //emiaow553.com/substancia-usada-na-extracao-de-gas-e-petroleo-pode-causar-infertilidade-e-impotencia-em-homens/ //emiaow553.com/substancia-usada-na-extracao-de-gas-e-petroleo-pode-causar-infertilidade-e-impotencia-em-homens/#respond Wed, 01 Apr 2020 14:52:06 +0000 //emiaow553.com/?p=351149 Novas pesquisas oferecem outra possível desvantagem do fraturamento hidráulico: ele aumenta o risco de problemas de impotência e fertilidade nos homens. Pelo menos, é o que dizem os resultados de testes em laboratório com células. Esta pesquisa, que ainda está sendo revisada por pares antes da publicação, deveria ser apresentada durante a reunião anual da […]

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Novas pesquisas oferecem outra possível desvantagem do fraturamento hidráulico: ele aumenta o risco de problemas de impotência e fertilidade nos homens. Pelo menos, é o que dizem os resultados de testes em laboratório com células.

Esta pesquisa, que ainda está sendo revisada por pares antes da publicação, deveria ser apresentada durante a reunião anual da Endocrine Society, que estava programada para a semana passada, se uma pandemia não estivesse nos forçando a ficar em casa.

O fraturamento hidráulico é um processo que extrai petróleo e gás injetando água, produtos químicos industriais como solventes e biocidas e areia em rochas profundas, criando pressão suficiente para que a rocha rache e libere óleo ou gás. Pesquisadores decidiram investigar como esse processo pode afetar o sistema reprodutivo do homem.

Antes de mais nada, a equipe teve que identificar os principais produtos químicos usados ​​durante o processo de fraturamento que poderiam causar danos ao sistema endócrino, que regula nossos hormônios. A testosterona era o hormônio em foco. A equipe analisou especificamente a indústria de fraturamento da Califórnia, que é mais transparente sobre os produtos químicos utilizados.

A equipe usou um processo de duas etapas para investigar qualquer conexão potencial entre poluentes usados no fraturamento e a testosterona.

Os pesquisadores começaram usando um programa de computador para rastrear centenas de produtos químicos emitidos no ar durante o processo de fraturamento. Apenas 60 deles foram escolhidos, pois eram os únicos cujas estruturas moleculares são pequenas o suficiente para se ligarem aos receptores hormonais masculinos.

A equipe então usou o programa para filtrar esses produtos químicos e encontrou cinco que foram capazes de se ligar a esses receptores e, teoricamente, interromper o sistema endócrino em geral.

No entanto, eles não pararam em um modelo de computador para chegar à sua conclusão. Eles compraram esses cinco produtos químicos e testaram seu impacto em culturas de células em um laboratório. No total, a equipe estudou 96 placas de culturas celulares.

Examinar os impactos em uma cultura de células é mais parecido com ver como uma substância afetaria um feto em desenvolvimento do que um ser humano adulto. Essa é uma limitação clara da pesquisa, mas a equipe conseguiu identificar um produto químico surfactante cujos danos foram significativos: o Genapol X-100, um agente de limpeza industrial usado na maioria das operações de fraturamento da Califórnia.

“Pelo que fizemos aqui, mostramos que esse composto pode afetar os receptores de hormônios sexuais masculinos, que é o receptor androgênico”, disse Phum Tachachartvanich, pesquisador de pós-doutorado da Universidade da Califórnia em Davis e principal autor do estudo.

Até que os pesquisadores saibam o quanto dessas substâncias vão parar dentro dos corpos humanos, eles não podem dizer que o fraturamento em si pode estar prejudicando o sistema reprodutor masculino. No entanto, pesquisas anteriores descobriram que a interrupção dos receptores de andrógenos pode resultar em aumento da infertilidade, redução da contagem de espermatozoides e até mesmo câncer testicular.

A falta de testosterona também pode prejudicar o desejo sexual masculino e ereções. Pesquisas já mostraram que poluentes do fraturamento podem contaminar o ar perto de locais de perfuração, ameaçando a saúde das pessoas que vivem nas proximidades.

Os seres humanos em desenvolvimento são tipicamente mais sensíveis a esses danos ambientais. Se uma mulher grávida é exposta a esses desreguladores endócrinos, provavelmente seu feto também é. Pesquisas anteriores descobriram que a exposição a produtos químicos desreguladores endócrinos no útero pode causar danos permanentes ao sistema reprodutivo de uma criança. Isso pode se apresentar como uma criança nascida com um único testículo ou, em casos graves, testículos não descidos.

Para deixar claro, os autores não podem dizer conclusivamente que o fraturamento hidráulico está causando esses danos, mas suas descobertas sugerem que isso é possível.

“Uma grande limitação é que o que vimos in vitro — em cultura de células — pode não ser visto em humanos, então essa é a principal limitação deste estudo”, disse Tachachartvanich. “Esta é apenas a fase inicial do estudo. Você precisa fazer mais pesquisas para confirmar se essa exposição química pode realmente afetar os receptores de andrógenos nos seres humanos.?/p>

Queremos mesmo esperar pata ter certeza se isso é verdade? Já sabemos que o fraturamento reduz o peso ao nascer dos recém-nascidos. Toda a poluição que o processo emite no ar também não é saudável para a população geral. E o metano emitido só agrava a crise climática.

Infelizmente, o governo dos EUA não vem tentando reprimir a poluição. Em vez disso, Trump suspendeu a fiscalização ambiental e considerou oferecer às empresas de fraturamento uma injeção de dinheiro por causa das perdas causadas pela diminuição da demanda em meio à pandemia do coronavírus.

Levando tudo isso em consideração, há apenas um caminho a seguir para esse setor: ele deveria ser proibido.

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????????????,????????? //emiaow553.com/bancos-investindo-bilhoes-destruicao-amazonia/ //emiaow553.com/bancos-investindo-bilhoes-destruicao-amazonia/#respond Thu, 19 Mar 2020 20:17:18 +0000 //emiaow553.com/?p=350217 Bancos se comprometeram a serem sustentáveis; no entanto, relatorio da Amazon Watch mostra que eles estão investindo em extração de petroleo da Amazônia.

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Atualmente, o investimento na destruição planetária é alto. Nos últimos meses, grandes empresas como Amazon e Microsoft se comprometeram a priorizar a sustentabilidade, embora seus planos para isso sejam, no mínimo, problemáticos. Ativistas ambientais direcionaram seus esforços contra as instituições financeiras e analisaram suas atividades relacionadas ao aquecimento do clima.  Apesar de também terem assumido compromissos de terem ações “mais limpas? uma nova pesquisa mostra que essas empresas estão fazendo um trabalho muito ruim.

Um novo relatório do grupo de direitos ambientais e indígenas Amazon Watch revela que cinco dos maiores bancos do mundo estão financiando a extração de petróleo na Amazônia ocidental. As cinco instituições financeiras destacadas ?Citigroup, JPMorgan Chase, Goldman Sachs, HSBC e BlackRock ?forneceram dezenas de bilhões de dólares para empresas de petróleo que operam no Peru, Equador e Colômbia.

Os locais de petróleo e gás já se espalharam por dois terços da floresta tropical no Equador e no Peru. A extração de combustíveis fósseis não é apenas um dos principais contribuintes diretos para a crise climática. Também resulta em desmatamento, destruindo assim um sumidouro de carbono essencial e territórios ancestrais dos quais dependem os povos indígenas e dezenas de milhares de espécies.

O relatório observa que, como muitos locais de exploração de petróleo e gás estão em áreas remotas, a perfuração exige a construção de novas estradas nas profundezas da floresta, o que “abre caminho para mais destruição da floresta devido a extração ilegal de madeira, mineração ilegal, novos assentamentos e instalação de oleodutos?

A ironia é que, em alguns casos, esses investimentos contradizem as promessas de sustentabilidade que algumas empresas anunciaram nos últimos meses. Em janeiro, a BlackRock, por exemplo, prometeu “reformular fundamentalmente o financiamento para lidar com as mudanças climáticas? Logo após, o JPMorgan Chase anunciou novas restrições ao financiamento de carvão e petróleo e gás do Ártico, compromissos ambientais de seu braço de gerenciamento de ativos e um plano para financiar mais energia limpa.

Mas o relatório afirma que, a partir do quarto trimestre financeiro de 2019, a BlackRock detém US$ 2,5 bilhões em ações e títulos em empresas petrolíferas que extraem petróleo na Amazônia, e o JPMorgan Chase contribuiu com mais de US$ 890 milhões para a extração de petróleo na Amazônia.

Esses investimentos ocorreram apesar da “oposição explícita de grupos indígenas no terreno e do agravamento da crise climática que essa atividade promove? informou a Amazon Watch em um comunicado.

À medida que a crise climática se torna ainda pior, precisamos eliminar rapidamente a perfuração de petróleo e gás, proteger e expandir os sumidouros naturais de carbono do planeta. E enquanto alguns bancos estão discutindo boas ações, o dinheiro deles está indo na direção oposta.

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??? ??? ??? ???? ?? ??? //emiaow553.com/demanda-petroleo-coronavirus/ //emiaow553.com/demanda-petroleo-coronavirus/#respond Tue, 10 Mar 2020 12:07:34 +0000 //emiaow553.com/?p=349479 A previsão da Agência Internacional de Energia (IEA) aponta para um queda de 90.000 barris de petróleo por dia em comparação com 2019.

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A piora da crise global provocada pelo COVID-19 está levando ao cancelamento de negociações internacionais e a desperdícios causados por voos “fantasmas?/a>. E agora está projetado para levar à primeira queda na demanda de petróleo em mais de uma década.

A Agência Internacional de Energia (IEA) atualizou sua previsão do mercado de petróleo na segunda-feira e projeta que a demanda global continuará em queda neste ano devido ao vírus. O mercado já havia sofrido a queda trimestral mais drástica e repentina da história. A previsão de fevereiro da IEA para o ano era um crescimento de 825.000 barris por dia na demanda, mas os números revisados agora apontam para um queda de 90.000 barris por dia em comparação com 2019.

“O impacto do coronavírus nos mercados de petróleo pode ser temporário”, disse o diretor executivo da IEA, Fatih Birol, em comunicado. “Mas os desafios de longo prazo enfrentados pelos fornecedores mundiais não vão desaparecer, especialmente aqueles fortemente dependentes das receitas de petróleo e gás”.

A queda esperada na demanda deve-se ao fato de as pessoas ficarem em casa, ignorando seus carros que consomem gasolina e cancelando voos, entre outros impactos ligados às consequências do coronavírus. De acordo com a projeção média, o mundo ainda usará 99,9 milhões de barris por dia este ano o que significa uma queda comparativamente pequena, mas o fato de que a demanda está projetada para cair de qualquer forma ainda é algo grande. É a primeira vez desde a recessão de 2009 que a demanda global por petróleo deverá diminuir. A previsão ainda pode mudar nos próximos meses, dependendo de como o COVID-19 se espalhar e afetar a economia.

Embora a expectativa da IEA seja uma queda na demanda, o quão grave isso pode se tornar varia muito. A agência projeta dois cenários diferentes: um em que as coisas correm ladeira abaixo e outro em que os governos conseguem se organizar. No cenário pessimista, o vírus não será contido e o uso de petróleo vai cair ainda mais do que a projeção média para 730.000 barris por dia em 2020. No cenário otimista, no entanto, o mundo se move rapidamente para conter o COVID-19 e a demanda global por petróleo cresce 480.000 barris por dia este ano.

O fato de a IEA considerar o cenário otimista como sendo aquele em que o consumo de petróleo cresce ignora todas as maneiras pelas quais a crise climática deve impactar nossa economia a longo prazo. O aumento do uso de combustíveis fósseis não é bom para a economia e certamente nem um pouco para o planeta. Isso não significa que essa queda intensa no setor seja boa. É particularmente ruim, pois deixa os trabalhadores expostos.

O relatório da IEA inclui até mesmo uma observação para essa mudança na política global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A agência escreve:

O impacto das transições de energia limpa no suprimento de petróleo permanece incerto, com muitas empresas priorizando projetos de ciclo curto para os próximos anos. Até o momento, os anúncios das principais empresas de petróleo sobre a redução de suas emissões de CO2 tendem a se concentrar em objetivos de longo prazo. No entanto, os investidores continuam aumentando a pressão sobre o setor para aprimorar seu foco nas questões de sustentabilidade, enquanto ativistas, especialmente na Europa e América do Norte, buscam impedir novos desenvolvimentos de petróleo.

Afinal, o coronavírus é apenas um desastre. Em um mundo onde os choques climáticos se tornam mais comuns, é provável que as chances de uma recessão aumentem. Como a economia responderá então?

Os líderes do governo têm outras preocupações em mente enquanto tentam definir os planos adequados para lidar com o COVID-19, mas não podem perder de vista o trabalho necessário para resolver as mudanças climáticas. E esse trabalho envolve a transição para um mundo que não seja tão dependente de combustíveis fósseis. É disso que trata o Green New Deal.

Se essa transição não ocorrer de forma tranquila – ou se não acontecer logo! – a economia global sofrerá muito mais sustos. O que estamos vendo é apenas um gostinho da realidade que virá em um futuro devastado pelo aumento das temperaturas. Ou podemos optar por um futuro onde nós vemos isso como uma oportunidade para investir em energias renováveis e construir uma economia inteiramente nova.

Até a indústria solar está sendo afetada devido à produção chinesa de material necessário, relata a Bloomberg. As ações estão despencando, e a Bolsa de Valores de Nova York interrompeu as negociações por 15 minutos na segunda-feira (9) de manhã como resultado.

De fato, esse reconhecimento já está afetando o bem-estar financeiro de petróleo e gás. Bancos como o Goldman Sachs e o JPMorgan Chase já estão encerrando o financiamento de projetos no Ártico. Ativistas e investidores estão pressionando mais os bancos a encerrar o financiamento de petróleo e gás em geral. É apenas uma questão de tempo até que os interesses financeiros procurem gastar seu dinheiro em outro lugar. Até as empresas de energia estão reconhecendo que seus produtos estão em risco.

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???? ????? ?? [?? ??]??? ?? //emiaow553.com/microsoft-zerar-emissoes-carbono-2030/ //emiaow553.com/microsoft-zerar-emissoes-carbono-2030/#respond Mon, 20 Jan 2020 17:43:56 +0000 //emiaow553.com/?p=324479 A Microsoft tem uma meta ousada para 2030: zerar suas emissões de carbono. Além disso, a companhia quer, até 2050, retirar o carbono que já emitiu. O plano ambicioso tem um problema: contratos de longo prazo com petroleiras.

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Na última quinta-feira (16), o presidente da Microsoft, Brad Smith, fez uma promessa ousada sobre o clima: até 2030, a companhia passaria a remover mais carbono do ambiente do que emite. E ele foi além: até 2050, removerá mais carbono do que a empresa já produziu em sua história.

Este é um grande passo à frente dos planos de ação climáticos anteriores da Microsoft. Mas não está claro o que o plano significará para os contratos da empresa com empresas de petróleo e gás que estão alimentando a crise climática. E enquanto a Microsoft continuar ajudando essas empresas, seu compromisso com a emissão “negativa” de carbono não é tão grandioso quanto parece.

Smith disse em seu anúncio que a Microsoft passará a usar 100% de energia renovável até 2025, e que sua “frota de veículos de operações em campus” em todo o mundo utilizará apenas energia elétrica até 2030.

Para dar transparência ao progresso, a companhia publicará um Relatório Anual de Sustentabilidade Ambiental “baseado em fortes padrões de relatórios globais”. A empresa tem sido “neutra em emissões de carbono” desde 2012, mas ativistas dizem que a Microsoft confiou demais na compra de créditos de energia renovável para compensar as suas emissões de carbono, em vez de os reduzir diretamente.

A iniciativa acontece menos de um ano após a empresa realizar outras promessas climáticas, apesar de terem sido menos ousadas. Mas em geral, o novo plano faz algumas grandes promessas que são definitivamente boas.

A empresa também tem planos para reduzir as emissões de carbono ao longo da cadeia de fornecimento. Mas o plano não diz nada específico sobre descarbonização de empresas às quais fornece serviços, especificamente a computação em nuvem.

A Microsoft mantém contratos de vários anos para vender serviços de nuvem à Shell e à Chevron e está desenvolvendo tecnologia de inteligência artificial com a BP (British Petroleum). Em fevereiro, a Microsoft anunciou uma parceria com a ExxonMobil que poderia expandir a produção da gigante do petróleo em até 50 mil barris de petróleo por dia até 2025, a partir da bacia de Permian.

Tradução: Contudo, é importante notar que este objetivo é incompatível com contratos que visam aumentar a extração de petróleo, um processo que sabemos não ser sustentável.

“A união com a Exxon, BP, Chevron e outras empresas para extrair mais petróleo e gás é uma grande desconexão e agrava a crise climática”, disse Elizabeth Jardim, ativista climática do Greenpeace, em um comunicado. “Para se tornar verdadeiramente negativa ao carbono, a Microsoft tem de acabar com os seus contratos de inteligência artificial com a Big Oil [grandes empresas do ramo]”.

E parece que isso não deve acontecer tão cedo.

“O significado e a complexidade da tarefa à frente é incrível e vai exigir contribuições de todas as pessoas e organizações do planeta. É por isso que estamos empenhados em continuar a trabalhar com todos os nossos clientes, incluindo os do negócio de petróleo e gás, para ajudá-los a satisfazer as exigências comerciais atuais, ao mesmo tempo que inovamos juntos para alcançar as necessidades comerciais de um futuro sem carbono”, diz o plano da Microsoft (grifo nosso).

A meta de carbono negativo da empresa também vai depender de tecnologia que não existe hoje. Para isso, a Microsoft disse que também vai criar um fundo de US$ 1 bilhão para acelerar o desenvolvimento da tecnologia de remoção de carbono.

A remoção de dióxido de carbono não é um objetivo exclusivo da Microsoft. A ideia é popular entre os grandes poluidores. Uma aliança de 13 grandes companhias de petróleo e gás impulsionou uma iniciativa de captura de carbono no ano passado. Em 2016, foi realizado um investimento de US$ 1 bilhão entre 10 empresas de combustíveis fósseis para o desenvolvimento dessas tecnologias.

E faz sentido que as indústrias poluidoras queiram que essa tecnologia avance, porque, em teoria, ela permitiria que elas se tornassem neutras em carbono sem mudar seus modelos de negócios.

A Microsoft se promove junto à indústria de combustíveis fósseis como uma ferramenta para ajudar a extrair mais petróleo e gás mais rapidamente (a companhia até patrocinou uma conferência que apresentou Caleb Rossiter, membro do CO2 Coalition, uma organização sem fins lucrativos que defende que o dióxido de carbono na atmosfera contribui para o planeta).

Com US$ 1 bilhão em pesquisa de tecnologia de captura de carbono, a a companhia provavelmente continuará nesse mercado ?a ideia é de não faz mal emitir gases com efeito de estufa desde que você possa retirá-los do ar depois.

Mas a ciência mostra que precisamos acabar rapidamente com a extração e o uso de combustíveis fósseis. Não temos tempo para esperar por novas tecnologias, que podem levar anos para serem desenvolvidas.

O Gizmodo entrou em contato com a Microsoft para comentar e irá atualizar esse post se obtiver alguma resposta.

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??? ??? ???? ??????????????? //emiaow553.com/peixes-sao-inteligentes/ //emiaow553.com/peixes-sao-inteligentes/#respond Tue, 12 Nov 2019 12:01:10 +0000 //emiaow553.com/?p=294694 Conversamos com três especialistas para entender o quão inteligente são os peixes e quais suas habilidades mais surpreendentes.

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Enquanto muitos adultos se identificam como “pais?ou “mães?de cães e gatos (e até de plantas), os peixes costumam ser “pets?mais populares entre crianças. A impressão de muita gente é que esses bichinhos aquáticos não fazem nada além de ficar nadando de um lado para o outro dentro de uma caixa de vidro. No entanto, muitas pesquisas mostram que esses animais são muito mais inteligentes do que imaginamos, sendo capazes até mesmo de usar ferramentas e desenvolver personalidades.

Recentemente, Jorge Seif Júnior, secretário de Aquicultura e Pesca, se pronunciou em um vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro sobre as manchas de petróleo que têm afetado o litoral brasileiro. “O peixe é um bicho inteligente. Quando ele vê uma manta de óleo ali, capitão, ele foge, ele tem medo. Então, obviamente, você pode consumir o seu peixinho sem problema nenhum. Lagosta, camarão, tudo perfeitamente sano? disse o secretário. 

Para entender se o peixe é realmente inteligente o suficiente para fugir do óleo e como esse desastre ambiental pode influenciar seu comportamento, consultamos especialistas sobre o tema para este Giz Pergunta. Todos ressaltaram que os peixes são, de fato, muito mais inteligentes do que as pessoas imaginam e que, obviamente, percebem as manchas de petróleo. Contudo, nem sempre desviar delas é algo simples e isso não impede que eles sejam contaminados. 

“Os peixes, assim como os humanos, podem perceber uma determinada situação de perigo e não ter capacidade de fugir porque esse perigo está ocorrendo em uma escala que é incompatível com sua mobilidade”.

Alexander Turra

Professor titular do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP), atuando nas áreas de Ecologia Marinha e Gerenciamento Costeiro. É membro do Grupo de Trabalho do GESAMP (Grupo de Especialistas sobre Aspectos Científicos da Proteção do Ambiente Marinho).

Os peixes são muito inteligentes. Eles têm vários sistemas sensoriais, sendo um deles baseado na visão e outro baseado na percepção química do ambiente. Então, eles percebem mudanças da qualidade da água, assim como nós percebemos as mudanças na qualidade do ar. Ou seja, os peixes conseguem perceber a mancha de óleo, mas o grande problema é a sua capacidade de agir. Os peixes, assim como os humanos, podem perceber uma determinada situação de perigo e não ter capacidade de fugir porque esse perigo está ocorrendo em uma escala que é incompatível com sua mobilidade. Por exemplo, se você está em um ambiente e, de repente, começa a sentir um cheiro de gás, você vai tentar fugir disso, mas é preciso ter uma noção de onde é a região que não tem gás. A mesma coisa vale pra uma tempestade, você pode perceber que ela está vindo, tentar ir no sentido contrário, mas às vezes esses fenômenos vêm de uma forma muito forte, muito rápida, muito abrangente, então não tem como fugir. Isso pode acontecer com a mancha de óleo em relação ao peixe. 

Manchas de óleo em Sergipe. Imagem: Ibama

Os peixes têm uma grande capacidade de aprendizado e um bom exemplo disso são aqueles visualmente orientados que acabam se deparando com alimentos que são inadequados para consumo, como esponjas, que são muito coloridas. Assim como as aves com as lagartas, eles acabam associando a cor ao gosto desagradável e aprendem a deixar de consumi-los e evitar aquele determinado tipo de alimento. Além disso, eles têm outros aprendizados relacionados a comportamento reprodutivo. Alguns peixes agora fazem atividades muito elaboradas de cortejamento, de oferta, sinais para as fêmeas de que eles são machos apropriados para o acasalamento – e tudo isso faz parte de um comportamento inato, mas que também tem elementos aprendidos ao longo da vida.

Em termos comparativos, os peixes são vertebrados, assim como aves, répteis e mamíferos. Ou seja, eles têm o cérebro centralizado, razoavelmente bem desenvolvido em relação aos invertebrados, e utilizam basicamente dois mecanismos cruciais para sobrevivência: busca por alimento e fuga de predadores. Porém, dentre os vertebrados, nós temos os mamíferos em um extremo e os peixes e os anfíbios no outro, que apresentam uma clara diferença na capacidade de aprendizado. Os peixes são animais parecidos com os outros vertebrados em termos de centralização do sistema nervoso, mas possuem um repertório um pouco mais rudimentar em relação ao que pode ser visto nos primatas, que somos nós.

Já o comportamento social não é algo muito disseminado em peixes, e eles se manifestam em diferentes graus e níveis. Por exemplo, em um cardume há um comportamento de grupo ou social que acaba diluindo a chance de predação de um indivíduo. No caso da mancha de óleo, um dos principais problemas são os efeitos crônicos, que são imperceptíveis em um primeiro momento, porque eles não levam à morte imediata, eles vão fazer o animal sofrer influências, mudanças fisiológicas que vão impactar a reprodução, o crescimento e o próprio comportamento. Há várias pesquisas que estudam o efeito da exposição a hidrocarboneto em laboratório para mostrar como os animais estão sendo afetados. E tem estudos que mostram efeitos no DNA, levando à fragmentação do DNA, efeitos fisiológicos como a geração de proteínas de estresse ou prejuízo no crescimento e reprodução, além de prejudicar a percepção do ambiente.

E esse fenômeno da percepção do ambiente pode levar a uma complexidade de reações especialmente pelo fato de o animal perder a capacidade de perceber presas, as características do ambiente e acabar tornando-se mais suscetível à predação. Além disso, essas manchas desprendem muitos elementos, muitas moléculas que não são visíveis, mas que ficam presentes na água e que passam a fazer parte do peixe tanto pela absorção pelas brânquias quanto pelo alimento que ele consome via cadeia alimentar. Então, organismos menores vão passar essa contaminação para o peixe ao ser ingerido e isso eventualmente vai parar nos outros predadores ou consumidores desses animais, como nós.

“Em geral, os peixes são tão inteligentes como a maioria dos animais terrestres. Eles têm capacidades fantásticas de aprendizado e memória”.

Culum Brown 

Professor Associado da Macquarie University (Austrália) e editor do The Journal of Fish Biology. Grande parte de seu PhD na University of Queensland e pós-doutorado em Cambridge teve como foco o reconhecimento de predadores e comportamento social dos peixes, com ênfase em aprendizado social. 

Primeiramente, grande parte do óleo estará na superfície da água, então não irá afetar a maioria das espécies de peixes por algum tempo. Apenas quando começar a coagular ou se misturar com a água é que isso terá um impacto. A dificuldade é que isso é um fenômeno não natural e os peixes (ou qualquer outro animal) não estão equipados para lidar com isso. Não existe uma resposta natural de fuga ao óleo. 

Em geral, os peixes são tão inteligentes como a maioria dos animais terrestres. Eles têm capacidades fantásticas de aprendizado e memória. Eles se reconhecem e se associam de forma preferencial, têm personalidades e podem até contar. Alguns deles, como o “tuskfish? usam ferramentas. Suas habilidades de navegação espacial são tão boas, se não melhor, quanto qualquer animal terrestre. Eles conseguem aprender por meio de aprendizado individual ou social e este último pode resultar em tradições ou culturas passadas de geração em geração. No geral, eles são muito mais sofisticados do que as pessoas imaginam. 

Imagem: Pixabay

É possível que os peixes possam detectar os efeitos tóxicos dos compostos de óleo na água e tentem fugir dele, mas é difícil imaginar como isso poderia funcionar, especialmente se o derramamento ocorrer em larga escala. Isso pode, por exemplo, fazer com que eles se movam mais para baixo na coluna de água para evitar as camadas tóxicas da superfície. Isso depende muito da resposta fisiológica ao óleo. Há relatos de rins inchados e mudanças na frequência cardíaca e respiratória, o que sugere que há uma resposta a tóxicos e estresse ao nível fisiológico, mas não está muito claro como isso pode impactar o comportamento deles.

“Os peixes nunca encontraram catástrofes antropogênicas como derramamentos de óleo em sua história evolucionária e, portanto, não estão equipados com as habilidades para demonstrar uma resposta apropriada”.

Alex Jordan

Pesquisador principal no Max Planck Institute Department of Collective Behaviour (Alemanha), membro do conselho editorial do The American Naturalist and Movement Ecology, e é Pesquisador bolsista Senior na  University of Texas, em Austin

Embora seja fantástico saber que políticos estão se tornando mais conscientes da inteligência de outros animais, incluindo peixes, e é verdade que os peixes têm capacidades cognitivas incríveis, essa afirmação [do Secretário Jorge Seif Júnior] parece um pouco exagerada. O principal problema é que mesmo os animais inteligentes precisam ter experiências com um problema para poder resolvê-lo. Os peixes nunca encontraram catástrofes antropogênicas como derramamentos de óleo em sua história evolucionária e, portanto, não estão equipados com as habilidades para demonstrar uma resposta apropriada. 

Imagem: Ibama

Os peixes têm muitas das mesmas capacidades avançadas de mamíferos, sendo capazes de coisas como reconhecimento individual, memória espacial, numerosidade, enganar, inferência transitiva e resolução de problemas muito complexos.

A primeira coisa a se lembrar é que metade de todos os vertebrados são peixes. Por isso, para cada coisa inteligente que outro animal consegue fazer, quase certamente existe um peixe que pode fazer o mesmo. É claro que nenhum peixe tem a combinação de tantos traços de “inteligência?como, por exemplo, de um primata, mas alguns chegam bem perto.   

A interação entre a atividade humana e o comportamento natural dos peixes é algo que estudamos muito em meu laboratório. Embora os impactos exatos dos derramamentos de óleo sejam imprevisíveis, em geral, é correto dizer que muitos comportamentos naturais dos peixes são impactados pelas mudanças causadas por humanos ao meio-ambiente. Por exemplo, em muitas regiões do mundo, o aumento do nível do mar significa que os peixes começaram a habitar locais que antes eram habitados por humanos. Isso pode mudar drasticamente o comportamento social desses peixes assim como sua composição de comunidade. Eu imaginaria que os impactos dos derramamentos de óleo, ao matar grandes quantidades de espécies e limitar o alimento disponível, teria um efeito devastador ainda maior que a maioria das atividades humanas no mar.

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?????????????? //emiaow553.com/ataque-drones-petroleo-arabia-saudita/ //emiaow553.com/ataque-drones-petroleo-arabia-saudita/#respond Sun, 15 Sep 2019 15:33:34 +0000 //emiaow553.com/?p=288360 Estima-se que o ataque com drones, realizado por rebeldes houthis, tenha interrompido cerca de 5% da produção mundial de petróleo.

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A Arábia Saudita fechou aproximadamente metade de sua capacidade de produção de petróleo após “ataques coordenados de drones em instalações [na sua] Província Oriental?atearem fogo no campo de petróleo de Hijra Khurais e Abqaiq, a maior instalação de estabilização de petróleo do mundo, informou o Wall Street Journal.

Os rebeldes houthis do Iêmen, que assumiram o controle da capital do país, San’a, em 2014 e foram alvos da Arábia Saudita em uma campanha violenta contra insurgência que matou milhares de civis, se declararam responsáveis pelo ataque, segundo o Journal. O governo da Arábia Saudita não atribuiu nenhuma culpa e não houve relatos imediatos de mortes, escreveu o jornal, embora estima-se que o ataque tenha interrompido cerca de 5% da produção mundial de petróleo. Também é provável que prejudique a próxima oferta pública inicial da gigante estatal Saudi Aramco, talvez a maior do mundo.

Imagens de satélite dos resultados de um ataque de drones à instalação de processamento de petróleo de Abqaiq, na Arábia Saudita, em 14 de setembro de 2019, supostamente realizada por rebeldes Houthi. Foto: Visão Mundial da NASA (AP)

Um painel de especialistas disse ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que os houthis haviam adquirido tecnologia de drones do Irã em janeiro de 2018, segundo o New York Times. Embora eles tenham usado ataques de drones antes, a uma distância de 800 quilômetros do Iêmen, este ataque seria mais profundo no território saudita do que em missões anteriores e (se acreditarmos nos rebeldes) envolveu 10 drones. De acordo com a agência de notícias Associated Press, as capacidades de drones dos houthis aumentaram constantemente de modelos prontos para o mercado para “versões quase idênticas aos modelos iranianos”, com as Nações Unidas, as nações do Golfo e o Ocidente dizendo que o Irã forneceu armas aos rebeldes.

A AP escreveu que há algumas indicações de que as forças de segurança sauditas tentaram derrubar os drones, aparentemente com sucesso limitado:

O primeiro relato do ataque ocorreu em vídeos online de incêndios gigantes nas instalações de Abqaiq, a cerca de 330 quilômetros a nordeste da capital saudita, Riad. O tiro de metralhadora pode ser ouvido em vários clipes junto com a primeira chamada muçulmana do dia às orações, sugerindo que as forças de segurança tentaram derrubar os drones pouco antes do amanhecer…À luz do dia, a televisão estatal saudita exibiu um segmento com seu correspondente local perto de um posto de controle da polícia, havia uma espessa nuvem de fumaça visível atrás dele.

Os incêndios começaram depois que os locais foram “atacados por drones”, disse o Ministério do Interior em comunicado divulgado pela Agência de Imprensa Saudita. Segundo o veículo estatal, uma investigação estava em andamento.

Um porta-voz militar houthi, Yahia Sarie, disse no canal de notícias por satélite Al-Masirah, administrado pelo grupo, que as forças rebeldes haviam recebido “inteligência?da Arábia Saudita e que “a única opção para o governo saudita é parar de nos atacar? a AP escreveu.

O Iêmen é o país mais pobre da região árabe, e a guerra civil que começou lá em 2015 se transformou em uma das maiores catástrofes humanitárias em andamento no mundo. O Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos, com sede nos EUA, estima que cerca de 90.000 pessoas morreram como resultado do conflito, segundo a AP, e a coalizão liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos EUA teria se envolvido em atrocidades , como o bombardeio de mercados, hospitais, casamentos e, em um caso, um ônibus carregando dezenas de crianças.

A ONU declarou no ano passado que a maioria das vítimas foi resultado de ataques aéreos da coalizão, e não da ação de Houthi, embora o Grupo de Especialistas Eminentes Internacionais e Regionais do presidente do Iêmen, Kamel Jendoubi, tenha dito: “Há poucas evidências de qualquer tentativa das partes no conflito para minimizar as vítimas civis? Nada disso, no entanto, gerou uma barreira entre a Arábia Saudita e a administração de Donald Trump, que apoiou o príncipe herdeiro do país, Mohammed bin Salman, por meio do desastroso empreendimento militar e acusações de outras violações de direitos humanos, desde o assassinato de um jornalista dissidente à repressão generalizada dos dissidentes.

Como observou o Jerusalem Post, o ataque de sábado é uma grande escalada não apenas porque os rebeldes estão provando repetidamente que podem realizar ataques de drone de longo alcance e precisão, mas porque servirá apenas para aumentar as tensões entre os EUA e o Irã que vêm crescendo desde que Trump decidiu se afastar de um acordo de 2015 destinado a limitar o escopo do programa nuclear do Irã.

“É uma façanha tecnológica impressionante, mas preocupante”, disse à CNN James Rogers, pesquisador visitante do Departamento de Estudos Internacionais de Segurança da Universidade de Yale. “Ataques de precisão de longo alcance não são fáceis de serem feitos e o fato de ter causado incêndios substanciais em Abqaiq e Khurais destaca que este drone tem um grande potencial explosivo?

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