• Rover Perseverance da NASA fotografa outro “rostoâ€?de Marte
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Nesta quinta-feira (17), a NASA publicou um texto sobre a agitada jornada do Perseverance na última semana, com o título “Just Keep Roving� algo que em português seria “Apenas Continue Vagando�

E o Perseverance, desde 2020, faz exatamente isso: vaga por Marte realizando várias descobertas. Aliás, a palavra “rover� que dá nome aos robôs da NASA, significa “aquele que vaga�

Mas o Perseverance não é um andarilho, peregrino, nômade, vagabundo, ou qualquer outra definição. Isso fica nítido pelo trabalho do rover no último dia 30, quando o Perseverance chegou à parte mais complicada da cratera Jezero.

O rover precisou reduzir a velocidade na borda da cratera porque, além de ser ingrime, é formada pelo regolito de Marte.

Nesse trajeto, a equipe da NASA identificou um caminho sem obstáculos para chegar à borda da cratera. Ele foi batizado de Summerland Trail em homenagem a uma trilha montanhosa nos EUA.

Foi nessa trilha que o Perseverance, ao observar o céu, identificou o eclipse solar em Marte e os cientistas da NASA conseguiram captar o fenômeno graças às câmeras do rover.

A imagem, captada pela Mastcam-Z do lado esquerdo, mostra Phobos (uma das duas luas de Marte) bloqueando o Sol.

Veja o eclipse em Marte

Imagem: NASA/Reprodução

Além de lembrar uma marca de sabonetes, o curioso formato da lua de Marte, que parece uma batata, adiciona ainda mais humor ao inusitado registro do eclipse solar pelo Perseverance.

Phobos, a maior das duas pequenas luas de Marte, não é redonda, diferentemente da nossa Lua e de muitas outras do Sistema Solar. Aliás, o formato irregular é similar a um asteroide.

Além de ser bem pequena, com 27 quilômetros de diâmetro, Phobos é uma lua que orbita Marte de muito perto, a cerca de 6 mil quilômetros. A nossa Lua, por exemplo, está a 384 mil quilômetros de distância da Terra.

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Em julho de 1976, a sonda Viking, da NASA, registrou fotos da superfície da região Cydonia, em Marte, mostrando algo similar a um rosto humano. À época, muitos acreditaram que a imagem fosse uma escultura feita por antigas civilizações marcianas, dando um boost em conspiracionistas, sobretudo Richard Hoagland.

No final de setembro, quase 50 anos depois, o rover Perseverance registrou uma imagem de um grupo de rochas na cratera Jezero �região muito longe de Cydonia �e presenciou mais um “rosto�marciano.

No canto esquerdo da foto, uma rocha de aspecto peculiar lembra um rosto humano deitado de lado, o que, certamente, é incomum. Veja o detalhe:

Imagem: NASA/Reprodução

Aliás, o que não é incomum é o rover Perseverance encontrar rochas peculiares em Marte. No mês passado, por exemplo, o rover encontrou uma rocha com tons de “zebra”.

Ou seja, Marte é repleto de estranhezas espaciais e a culpa não é do planeta, mas, sim, dos humanos.

Fenômeno velho do novo “rosto�de Marte

Enxergar rostos humanos em objetos inanimados é um fenômeno psicológico que se chama “pareidolia”. Ela causa a ilusão na nossa percepção para impor um significado a interpretação de algo.

No entanto, o primeiro “rosto�de Marte, de Cydonia, inspirou teorias sobre civilizações marcianas perdidas, deuses astronautas e outros temas que você encontra até hoje no History Channel. Porém, a forma não passava de apenas um jogo de luz e sombra.

Vale ressaltar que, a partir de 1997, a NASA e a ESA tiraram novas fotos do antigo “rostoâ€?de Marte evidenciando a pareidolia. No entanto, isso não impediu que Richard Hoagland ganhasse o Prêmio IgNobel de Astronomia no mesmo ano (o “Framboesa de Ouro” do Prêmio Nobel).

Para entender a pareidolia  — e não acreditar que a nova foto do Perseverance também seja obra de marcianos — veja esse curto vídeo com fotos do “rostoâ€?de Marte da Viking captadas nas últimas décadas.

Por fim, além do novo “rosto�de Marte fotografado pelo rover Perseverance (outra pareidolia do planeta), um novo emoji de rosto feliz foi registrado recentemente pela ESA.

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A rocha com seu formato com listras em preto e branco, além de uma textura incomum, chamou a atenção de cientistas. Isso porque ela é mais uma das descobertas inéditas do Perseverance na cratera Jezero, em Marte.

Mas, assim como outras descobertas recentes do Perseverance, a “rocha zebra�aconteceu por acaso. Aliás, o objetivo atual da missão Perseverance é encontrar rochas antigas na Cratera Jezero que podem conter evidências da formação de Marte.

Mas, algumas descobertas, como rochas em formato de pipoca e agora a rocha zebra, deram um tom cômico ao rover, cuja jornada pelo terreno difícil da cratera também é marcada por ‘trapalhadas�

Descoberta

Foto da “rocha zebra” em 13 de setembro de 2024 pelo rover Perseverance. Imagem: NASA/Divulgação

Segundo a NASA, a descoberta da “rocha zebra�ocorreu durante uma viagem do rover Perseverance em um “terreno pedregoso comum� no último dia 13. Durante a viagem, conforme publicação da NASA na última segunda-feira (23), a equipe avistou a pedra à distância, com indícios de uma textura incomum pelas imagens da Navcam.

Antes de deixar o local, os cientistas da NASA utilizaram a câmera Mastcam-Z do Perseverance para ter um close-up da rocha.

Alguns dias após o registro, quando a NASA recebeu as imagens, ficou claro o quão incomum essa pedra é.

Origem da “rocha zebra�de Marte é um mistério para a NASA

O nome “Freya Castle�foi escolhido pela NASA como uma homenagem a uma área do Grand Canyon, assim como em outras descobertas do rover. Com 20 cm de diâmetro, a origem da “rocha zebra�é um mistério para a NASA e para a equipe de cientistas da missão Perseverance.

O visual da rocha aponta para uma formação mineral feita por fortes atividades geológicas, como vulcânicas ou por calor extremo e pressão.

“Nosso conhecimento em relação à composição química da rocha é limitado, mas as primeiras interpretações indicam que processos ígneos e/ou metamórficos criaram as listras� disse a NASA.

Processos ígneos têm relação com a cristalização de magma, enquanto os metamórficos são mudanças na composição de rochas pelo calor extremo e pressão.

Além disso, a “rocha zebra�é uma pedra solta e com composição diferente de sua base rochosa. Portanto, a NASA acredita que a rocha surgiu de outro lugar de Marte.

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A equipe responsável pela missão do rover nomeou a rocha de Cheyava Falls, em homenagem a uma região do Arizona. O Perseverance encontrou a rocha, que tem um metro de comprimento, no último domingo (21), durante uma expedição do rover na região de Marte chamada Neretva Vallis.

Há bilhões de anos, essa região era coberta de água no período em que Marte era mais quente, sendo, portanto, um possível espaço para o surgimento de vida.

A rocha que o Perseverance encontrou em Marte possui características peculiares, com um formato de flecha, com longos veios de sulfato de cálcio e formações de ferro com bandas de hematita.

A hematita, aliás, é um dos elementos responsáveis pela cor vermelha de Marte.

Mas, de volta à rocha, quando o Perseverance usou sua câmera (Mastcam Z) para observar melhor a rocha, o rover encontrou dezenas de círculos esbranquiçados com bordas pretas, cada um com menos cerca de 1mm de largura.

Análise pela câmera Mastcam-Z do Perseverance mostra ao fundo as “manchas de leopardo�na rocha encontrada em Marte. Imagem: JPL/Divulgação

De acordo com a NASA, em comunicado na quinta-feira (25), esses círculos na rocha lembram “manchas de leopardo�

A rocha que o Perseverance encontrou é evidência de vida em Marte ou não?

A equipe científica do Perseverance analisou a composição química desses círculos, descobrindo haver ferro e fosfato.

Segundo David Flannery, astrobiólogo da equipe científica da missão Perseverance, essas ‘manchas�da rocha “são uma grande surpresa� apontando para a possível existência de vida antiga em Marte.

“Na Terra, esse tipo de característica em rochas são geralmente ligadas ao registro fossilizado de micróbios vivendo em sua subsuperfície� diz o cientista.

Portanto, em nosso planeta, essas manchas aparecem pelas reações químicas que embranquecem a hematita vermelha, mas também produzem o ferro preto e os anéis de fosfato.

Além disso, essas reações também liberam energia que alimentam os micróbios.

Para Ken Farley, também da equipe científica da NASA, a rocha Cheyava Falls é a descoberta mais complexa da missão e pode ser “a rocha mais importante�que o rover encontrou em 3 anos de missão.

Obviamente, a equipe da missão Perseverance considera essa rocha “a mais importante� pois, afinal de contas, esse é um dos os maiores indícios de vida antiga em Marte.

No entanto, Farley admite que a equipe ainda não sabe muito sobre a formação da rocha.

De acordo com o cientista, uma possibilidade é que a rocha era inicialmente lama que continha componentes orgânicos e, eventualmente, se tornou uma rocha. Desse modo, quando fluídos penetraram fissuras nas rochas, surgiram depósitos minerais que criaram os veios de cálcio e as manchas.

Outra hipótese do time Perseverence surgiu pela presença de outro mineral na rocha Cheyava Falls: olivina.

A rocha em Marte é um mistério do Perseverance: um elemento aponta para a possibilidade de vida, mas há outro que pode refutar. Imagem: JPL/Divulgação

A formação desse mineral ocorre em magma. As manchas na rocha podem ter surgido por reações químicas de um período em que a região era incompatível com a formação de vida.

Trazer a rocha à Terra é o principal desafio da NASA

Os cientistas da NASA afirmaram que fizeram todos os processos para analisar a rocha com os instrumentos que o Perseverance tem em Marte. No entanto, mas para constatar �ou descartar �evidência de vida antiga na rocha que o Perseverance encontrou, a NASA precisa trazê-la para a Terra.

Aí surge outro problema. O plano mais recente da NASA para trazer à Terra amostras de rochas de Marte, que custava US$ 11 bilhões, foi considerado muito caro.

Agora, a agência procura ajuda da exploração comercial. Em junho, a NASA encomendou 10 estudos para encontrar meios alternativos de transportar as rochas de Marte em menor prazo e menor preço.

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O Perseverance — que pousou em Marte em 2021 — encontrou as rochas no início deste mês. Segundo a NASA, a  descoberta aconteceu quando o rover atravessava o Neretva Vallis â€?um delta de um rio em Marte que secou há mais de três bilhões de anos. Nessa região, a NASA examinou as amostras dos afloramentos geológicos em busca de resíduos orgânicos que possam esclarecer a história de Marte. 

Rota da missão Perseverance

Para evitar as dificuldades do terreno, o rover teve que alterar seu curso durante a rota, pegando um atalho através de um campo de dunas. Assim, o Perseverance conseguiu chegar à colina Mount Washburn, encontrando uma diversidade de minerais e rochas.

Mapa mostra trajeto do rover Perseverance entre 21 de janeiro e 11 de junho. Pontos brancos indicam onde o rover parou após completar uma travessia ao lado do canal do Neretva Vallis. As linhas azuis representam a rota do rover pelo canal. Imagem: NASA/JPL-Caltech/Divulgação

Algumas dessas rochas são de um tipo que “nunca havia observado anteriormente em Marte”. De acordo com a NASA, uma delas, aliás, intrigou os cientistas aqui na Terra. Com 45 centímetros de diâmetro e 35 centímetros de comprimento, essa rocha de tons claros se destaca entre as mais escuras na colina.

O líder da missão Perseverance batizou essa categoria de rochas de “Atoko Point� homenageando uma área no Grand Canyon. Contudo, segundo a própria NASA, a equipe da Perseverance apelidou essas rochas de “rochas do tipo pipoca�devido à peculiaridade do seu formato em relação a outras rochas em Marte.

Atoko Point: as rochas de “pipoca�em Marte 

A NASA examinou a composição mineral desse conjunto de rochas “pipoca�usando os instrumentos do rover em Marte, sugerindo a presença de piroxênio e feldspato. Ainda de acordo com a NASA, esse tipo de rocha é “única�devido ao seu tamanho, forma e arranjo geral dos minerais. Veja, abaixo:

Usando 18 imagens, esse mosaico de cores naturais mostra a rocha “pipoca�no Mount Washburn, na Cratera Jezero, em Marte. A outra versão aprimora a cor do mesmo mosaico, com as faixas de cores processadas para melhorar o contraste visual e acentuar as diferenças entre as cores. As linhas azuis representam a rota do rover pelo canal. Imagem: NASA/JPL-Caltech/Divulgação

Piroxênio e feldspato são minerais também presentes na Terra e na Lua. Por isso, alguns cientistas da missão especulam que os minerais nas rochas de “pipoca�podem ter vindo do magma que se formou abaixo da superfície de Marte. Ao longo do tempo, esse magma ficou exposto no anel da cratera Jezero devido à erosão.

Outros membros da equipe sugerem que o Atoko Point parece não pertencer à Washburn Hill. Para eles, a rocha surgiu, possivelmente, em uma parte diferente do planeta e se moveu com o canal do antigo rio para sua localização atual.

No entanto, a NASA afirmou que todos os cientistas da missão Perseverance acreditam que há mais rochas com uma composição similar �ou com formato de pipoca �em outros lugares de Marte.

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Nas estimativas atuais, a missão de retorno de amostras custaria US$ 11 bilhões (cerca de R$ 57 bilhões). Além disso, elas só chegariam na Terra em 2040. Porém, Nelson quer que esse valor diminua para menos de US$ 7 bilhões (R$ 36 bilhões) e que as amostras cheguem 10 anos antes, em 2030.

O projeto original foi descartado pela agência espacial dos EUA justamente por ser complexo demais, além de ser caro, envolver grandes riscos e ainda ter um cronograma irrealista. Veja no vídeo de como seria:

Além disso, a NASA corre contra o tempo, uma vez que a China pode acabar sendo a primeira a nação a trazer amostras de Marte para a Terra. De acordo com as estimativas, os chineses planejam conquistar tal feito em julho de 2031.

“Não é uma tarefa fácil. Precisamos olhar para fora da caixa para encontrar um caminho a seguir que seja acessível e que devolva amostras em um prazo razoável”, afirmou Bill em um comunicado.

Para atingir o ambicioso objetivo de devolver as amostras mais cedo e a um custo menor, a agência afirmou que está pedindo à comunidade de apoio da NASA que “trabalhe em conjunto para desenvolver um plano revisto que aproveite a inovação e a tecnologia comprovada”.

As amostras ajudarão a NASA a decidir para onde irão os astronautas em Marte em 2040.

Missão da NASA coleta amostras de Marte

O rover Perseverance, da NASA, já recolheu 24 amostras da cratera Jezero desde o pouso em 2021. Desde 18 de fevereiro de 2021, o equipamento viajou mais de 24,8 quilômetros. Inclusive, ele já ultrapassou a marca de mil sóis (dias marcianos), coletou 23 amostras e captou sons da superfície. Além disso, fez mais de 116 mil fotos de Marte.

O rover busca por evidências de vida microbiana no passado do planeta. Como parte dessa exploração, o veículo recolhe amostras de rocha e solo a fim de que uma missão futura tragam elas para a Terra.

Somente em 2023, o Perseverance encontrou moléculas orgânicas em Marte e sobreviveu a danos causados por uma tempestade de areia. Ele até mesmo gravou um redemoinho varrendo a superfície do planeta vermelho.

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A imagem capturada pelo Perseverance mostra uma rocha com uma forma curiosa, lembrando uma pirâmide em miniatura. A textura da rocha é áspera e irregular, com camadas visíveis. Agora, os cientistas querem analisar a amostra para entender sua composição e origem.

Os pesquisadores da NASA especulam que a formação da mini pirâmide pode estar relacionada a processos geológicos, como erosão, sedimentação ou atividade vulcânica. A presença de camadas sugere que essa rocha pode ter se formado em diferentes épocas, com mudanças nas condições ambientais.

A mini pirâmide foi encontrada em análises da NASA sobre o núcleo rochoso de Marte. O rover perfurou rochas e coletou amostras para análise.

Essas amostras podem revelar informações cruciais sobre os minerais presentes na rocha, bem como sobre as condições ambientais que moldaram sua formação ao longo do tempo.

Sobre o rover Perseverance, da NASA

Desde 18 de fevereiro de 2021, o equipamento viajou mais de 24,8 quilômetros, ultrapassou a marca de mil sóis (dias marcianos), coletou 23 amostras e fez mais de 116 mil fotos da superfície de Marte.

Desde que chegou ao planeta vermelho, o rover busca por evidências de vida microbiana. Como parte da exploração, o veículo recolhe amostras de rocha e solo que serão trazidas à Terra na próxima missão de retorno.

Somente em 2023, o Perseverance encontrou moléculas orgânicas em Marte e sobreviveu a danos causados por uma tempestade de areia. Ele até mesmo gravou um redomoinho varrendo a superfície do planeta vermelho.

O veículo também foi responsável por implantar o drone Ingenuity em Marte. Em abril de 2021, o equipamento fez história ao se tornar a primeira aeronave a realizar um voo motorizado e controlado em outro planeta.

O Ingenuity realizou 72 voos ao longo de quase três anos, antes de parar de funcionar no mês passado, devido a danos em uma das hélices.

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Imagens tiradas em 25 de fevereiro pelo SuperCam Remote Micro-Imager do Perseverance, localizado no topo do mastro do rover, fornecem a melhor visão dos danos, e podemos ver por que a NASA optou por aposentar o pobre coitado.

Simeon Schmauß, estudante de Design da Universidade de Ciências Aplicadas de Munique (Alemanha), usou os dados brutos publicados no site da missão Perseverance e compartilhou um conjunto de imagens reprocessadas mostrando o destino do Ingenuity com mais clareza.

O fato de todas as pás terem o mesmo dano indica que isso pode ter ocorrido antes da pá do rotor se separar do helicóptero. Porém, ainda não há indicação definitiva do que causou o dano. A distância percorrida pela pá do rotor sugere que ela se soltou durante o voo.

Na foto, é possível ver a pá que se soltou a aproximadamente 15 metros do helicóptero. Imagem: NASA/Simeon Schmauß

Fim da missão Ingenuity

Ingenuity concluiu seu 72º voo com um pouso de emergência. Perdendo contato com o rover Perseverance quando ainda estava a cerca de 3 metros do solo. A missão fez história ao superar (de longe) os 5 voos originalmente planejados pela agência.

No X (antigo Twitter), o atual administrador da NASA, Bill Nelson, publicou um vídeo para anunciar o fim da missão do Ingenuity. Ressaltando a resiliência do pequeno helicóptero e as oportunidades que ele trouxe em termos de avanço na exploração.

“�com alegria e tristeza que anuncio que o Ingenuity, o pequeno helicóptero que foi capaz �e ficava repetindo ‘Eu acho que sou, eu acho que sou�� fez seu último voo em Marte� disse Nelson.

Ao todo, o Ingenuity voou por 128 minutos, percorrendo 17 quilômetros, atingindo uma velocidade máxima de 35 km/h e uma altitude máxima de 24 metros.

A expectativa é que o sucesso do Ingenuity possa representar a maior adoção do uso de helicópteros na exploração de outros planetas e luas.

Sobre a missão Perseverance

Desde 18 de fevereiro de 2021, o equipamento viajou mais de 24,8 quilômetros, ultrapassou a marca de mil sóis (dias marcianos), coletou 23 amostras, captou sons de “demônios de poeira�e fez mais de 116 mil fotos da superfície de Marte.

Desde que chegou ao planeta vermelho, o rover busca por evidências de vida microbiana. Como parte da exploração, o veículo recolhe amostras de rocha e solo que serão trazidas à Terra na próxima missão de retorno.

Somente em 2023, o Perseverance encontrou moléculas orgânicas em Marte e sobreviveu a danos causados por uma tempestade de areia. Ele até mesmo gravou um redomoinho varrendo a superfície do planeta vermelho.

O veículo também foi responsável por implantar o drone Ingenuity em Marte. Em abril de 2021, o equipamento fez história ao se tornar a primeira aeronave a realizar um voo motorizado e controlado em outro planeta.

O Ingenuity realizou 72 voos ao longo de quase três anos, antes de parar de funcionar no mês passado, devido a danos em uma das hélices.

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Em 2021, o rover Perseverance pisava na superfície de Marte em uma missão de exploração. No último domingo (18), o veículo completou três anos da chegada ao planeta vermelho, gravada e transmitida ao vivo pela NASA na época. Em comemoração, a agência espacial compartilhou nas redes sociais alguns vídeos e informações sobre a jornada do veículo até agora.

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Durante o último voo do helicóptero, no último dia 18 de janeiro, uma hélice quebrou durante o pouso. Apesar do problema, o Ingenuity continua funcionando e em contato com o rover Preseverance — que está explorando locais para encontrar sinais de vida em Marte.

No entanto, o Ingenuity não fará mais parte da missão, que completará três anos em abril.

Após o seu 72º voo, o helicóptero Ingenuity captou esta imagem mostrando a sombra de sua hélice danificada durante o pouso. Imagem: NASA/JPL-Caltech

No X, o atual administrador da NASA, Bill Nelson, publicou um vídeo para anunciar o fim da missão do Ingenuity, ressaltando a resiliência do pequeno helicóptero e as oportunidades que ele trouxe em termos de avanço na exploração.

“�com alegria e tristeza que anuncio que o Ingenuity, o pequeno helicóptero que foi capaz �e ficava repetindo ‘Eu acho que sou, eu acho que sou�� fez seu último voo em Marte� disse Nelson. O diretor da NASA usou um famoso livro infantil americano que conta uma história de superação para simbolizar a trajetória do Ingenuity. Veja:

NASA's historic Ingenuity Helicopter has taken its last flight on Mars. After 72 incredible flights, that remarkable helicopter flew farther and higher than we ever thought possible. #ThanksIngenuity pic.twitter.com/eYwO9R6LY1

— Bill Nelson (@SenBillNelson) January 25, 2024

Trajetória do Ingenuity em Marte: uma aposta da NASA

Inicialmente, o Ingenuity era um experimento tecnológico da NASA para testar a possibilidade de voar em Marte, que possui uma atmosfera muito fina. Contudo, esse projeto se tornou em uma aclamada missão, permitindo que a agência espacial explorasse a superfície de Marte por uma perspectiva aérea.

O Ingenuity chegou à Marte junto do rover Preserverance, em fevereiro de 2021, se juntando à missão de explorar o Planeta Vermelho pouco antes do lançamento.

Posteriormente, no dia 19 de abril do mesmo ano, o helicóptero Ingenuity se tornou a primeira aeronave a voar em outro planeta. Para conseguir voar na atmosfera de baixíssima densidade de Marte, conta com suas hélices alcançado 2,4 mil rotações por minuto.

Aliás, a NASA planejava apenas cinco voos do Ingenuity por um período de 30 dias, mas o helicóptero conseguiu voar 72 vezes por quase 3 anos.

Contudo, a NASA decidiu concluir a missão após constatar que o Ingenuity não poderia mais voar, possivelmente devido ao estrago em uma de suas hélices durante o pouso de seu último voo. Veja um vídeo sobre o legado da missão:

Último Voo

Essa última viagem do Ingenuity em Marte, que seria um teste vertical de curta duração, sofreu uma perda de comunicação. Os operadores restabeleceram a comunicação com o helicóptero no dia 20 e esperavam fazer o Ingenuity voar novamente.

No entanto, uma foto tirada durante o último voo mostra a sombra de uma hélice danificada sob a areia de Marte. Esse estrago sugere que a hélice atingiu a superfície durante a descida.

Na coletiva de imprensa, Teddy Tzanestos, diretor de projeto do Ingenuity, destacou que acidentes como este costumam “representar o fim” para um helicóptero. Além disso, Tzanestos revelou que os recentes terrenos de voo não eram fáceis e, provavelmente, contribuíram para os pousos complicados da aeronave.

Ao todo, o Ingenuity voou por 128 minutos, percorrendo 17 quilômetros, atingindo uma velocidade máxima de 35 km/h e uma altitude máxima de 24 metros.

O sucesso do Ingenuity pode representar a maior adoção do uso de helicópteros na exploração de outros planetas e luas. “O Ingenuity conseguiu superar todas as nossas expectativas”, de acordo Nelson.

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De acordo com a NASA, o redemoinho de poeira se movia a cerca de 19 km/hora e estava a 4 km distante do rover. O local foi apelidado de “Thorofare Ridge�

“Não vemos o topo do redemoinho de poeira, mas a sombra que ele lança nos dá uma boa indicação de sua altura� disse Mark Lemmon, cientista planetário do Instituto de Ciências Espaciais em Boulder, nos EUA, e membro do equipe científica da missão em um comunicado.

Lemmon estima que a largura do redemoinho era de 60 metros e a altura de cerca de 2 km. No vídeo, só é possível ver apenas 118 metros da altura do redemoinho.

Veja o registro da NASA:

O que são os redemoinhos de poeira

Os redemoinhos de poeira — que também ocorrem na Terra — se formam quando células ascendentes de ar quente se misturam com colunas descendentes de ar mais frio.

Segundo a NASA, as versões marcianas podem crescer e ser muito maiores do que as encontradas na Terra.

Embora sejam mais proeminentes durante os meses de primavera e verão marcianos (onde o Perseverance está agora é atualmente verão), os cientistas não podem prever quando esses redemoinhos aparecerão em um local específico.

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Durante seu voo mais recente, na semana passada, o Ingenuity conseguiu alcançar sua maior altitude até agora: 20 metros. O diferencial desse voo é porque, ao contrário dos anteriores, o helicóptero se manteve imóvel.

Na terça-feira (19), o Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa divulgou a notícia em uma publicação no X (antigo Twitter). O “Ingenuity quebrou um novo recorde�em Marte, afirma o post, que insere um link para os registros de voos do Ingenuity.

Ingenuity has set a new record!

The #MarsHelicopter successfully completed Flight 59, flying its highest altitude yet �20 meters. The rotorcraft was in the air for 142.59 seconds. View the stats in the flight log: //t.co/1CXIWdYIAQ pic.twitter.com/mzxOmJfBXK

— NASA JPL (@NASAJPL) September 19, 2023

Papel do Helicóptero Ingenuity em Marte

O helicóptero Ingenuity chegou junto ao rover Perseverance da NASA, em fevereiro de 2021, na da cratera Jezero, que possui 45 quilômetros de largura. Desse modo, pelo tamanho da Jezero, o Ingenuity tem sido fundamental na exploração de áreas que podem ter abrigado corpos d’água no passado.

Imagem: NASA

Enquanto o Perseverance se dedica a buscar sinais de vida marciana antiga, o Ingenuity desempenha o papel vital de ‘batedor� ajudando na navegação do rover e identificando pontos científicos de interesse crucial.

Mas o Ingenuity superou as expectativas de sua missão primária, que era demonstrar a viabilidade da exploração aérea em Marte. Desde seus voos iniciais após o pouso, o helicóptero não apenas mostrou sua importância à missão, mas também continuou a desafiar seus limites.

Até o momento, em seus 59 voos, a aeronave cobriu 13.3 quilômetros, e permaneceu no ar por mais de 106 minutos. Antes do voo deste mês, o recorde de altitude anterior do Ingenuity em Marte era de 18 metros.

O helicóptero também estabeleceu outros recordes notáveis em Marte, como a maior distância de voo único: 704 metros, em abril de 2022.

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Os pesquisadores ainda não puderam identificar a presença de compostos orgânicos específicos nas amostras coletadas pelo Perseverance. Eles afirmam que, para isso, precisam aguardar que as amostras retornem à Terra �o que está programado para acontecer apenas em 2033 (entenda neste texto do Giz Brasil como a NASA pretende fazer isso.)

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Compostos orgânicos são feitos de átomos de carbono geralmente ligados a hidrogênio e outros elementos, como oxigênio ou nitrogênio. Eles são pistas importantes para os astrobiólogos, porque podem indicar a presença de vida em um local. Por outro lado, eles também podem ser resultado de processos geológicos — ou seja, não biológicos. 

Por isso, investigações futuras devem analisar as amostras para confirmar a presença dos orgânicos, descobrir como surgiram e avaliar se podem ou não estar ligados à vida marciana. 

“Como cientistas planetários e astrobiólogos, somos muito cuidadosos ao fazer reivindicações� disse Sunanda Sharma, autora do estudo e pesquisadora do California Institute of Technology (EUA), ao Space.com. “Alegar que os orgânicos são possíveis bioassinaturas é uma hipótese de último recurso, o que significa que precisamos descartar qualquer fonte não biológica.�/span>

Do Perseverance para os cientistas

O rover Perseverance está em Marte desde 2021. Ele explora a cratera Jezero, de 45 quilômetros de largura, ao norte do equador marciano. Trata-se de uma área que, os cientistas acreditam, já esteve inundada com água. Ela teria abrigada um lago que se formou há 3,5 bilhões de anos. 

O robô coletou amostras de duas formações rochosas na cratera Jezero, batizadas Máaz e Séítah, de 2,3 bilhões a 2,6 bilhões de anos atrás. Então, o SHERLOC entrou em ação. Ele é um dos instrumentos a bordo do rover, e a primeira ferramenta em Marte que pode mapear e analisar moléculas orgânicas em detalhes.

Segundo a NASA, o instrumento usa câmeras, espectrômetros e um laser para procurar compostos orgânicos e minerais ligados a ambientes aquosos no passado do planeta �como na cratera Jezero, por exemplo. De acordo com a agência, esses elementos são importantes pois podem ser indícios de antiga vida microbiana.

O SHERLOC ilumina amostras coletadas pelo Perseverance com luz ultravioleta, e o brilho de uma molécula pode ajudar a identificá-la. Ele examinou 10 alvos nas formações rochosas, e os cientistas analisaram os dados resultantes.

A equipe identificou que os possíveis sinais orgânicos diferem em tipo, número de detecções e distribuição. Isto sugere que eles podem ter se originado de vários minerais e mecanismos de formação, preservação e transporte diferentes na superfície do Planeta Vermelho.

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A rede de lojas alemã JB Spielwaren revelou em seu site imagens das caixas e dos conjuntos totalmente construídos, como você vê abaixo. A expectativa é que o modelo chegue em lojas da Europa em agosto deste ano.

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O LEGO NASA Mars Rover Perseverance é um conjunto LEGO Technic que reproduz com fidelidade o veículo que a NASA enviou a Marte em 2020. O objetivo da missão é procurar sinais de vida antiga e coletar amostras de solo e rochas marcianas.

Imagem: LEGO/Divulgação

O conjunto tem 1132 peças e replica características e funções do Rover real, como:

• braço robótico, que pode ser usado para manipular objetos;
• as câmeras, que permitem capturar imagens do ambiente;
• os geradores de energia, que usam painéis solares para alimentar o veículo;
• o logotipo oficial da NASA, que identifica a origem do rover.

Além de ser um item de coleção sensacional para os apaixonados pelo espaço, o conjunto NASA Mars Rover Perseverance também oferece uma experiência divertida de montagem. É possível, portanto, aprender sobre como funciona um rover de Marte e quais são os desafios de explorar um planeta tão diferente da Terra.

A coleção também tem direção de 360 graus e suspensão de rodas totalmente articulada, o que permite que você explore diferentes terrenos com o seu modelo. Você pode simular as condições de Marte ou criar seus próprios cenários.

O preço do conjunto NASA Mars Rover Perseverance na Europa é de â‚?94,99 — R$ 526,29 em conversão direta. No entanto, ainda não há informações sobre a disponibilidade e o valor em outros países.

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As imagens foram captadas durante o 51° voo do Ingenuity, que aconteceu no último dia 22 de abril. Na ocasião, ele alcançou a altitude de 12 metros e percorreu 188 metros na horizontal, ao longo de quase 137 segundos.

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Como Marte possui uma atmosfera rica em gás carbônico, a cor do céu marciano é predominantemente rosa. Porém, em determinadas ocasiões, como ao nascer e pôr do sol, o céu pode ficar com uma aparência azulada, principalmente em regiões próximas do Sol.

Contudo, este não é o caso da nova foto captada pela NASA. O céu aparece azul devido à câmera do Ingenuity tentar ajustar automaticamente o balanço de branco da imagem. Como quase tudo em Marte é avermelhado, o software da câmera tenta diminuir a intensidade dos tons vermelhos, o que acaba deixando algumas fotos com o céu azulado.

Segundo explica o JPL (Laboratório de Jato Propulsão da NASA), o pequeno helicóptero usa uma câmera comercial comum, parecida com as usadas em smartphones. A função de balanço de branco já veio incorporada na câmera do Ingenuity e previamente configurada para o modo automático.

Quanto ao Ingenuity fotografar o Perseverance (ele pode ser visto como uma pequena mancha escura no canto superior esquerdo da foto), isso acontece apenas em momentos que o helicóptero está próximo do rover, algo que nem sempre ocorre. A NASA também divulgou recentemente a foto abaixo, onde é possível ver o Ingenuity fotografado pelo Perseverance.

Got a closer look at the #MarsHelicopter than I’ve had in quite a while. Ingenuity is a little dustier since its first flight two years ago today (!!) �but it’s looking mighty good after 50 flights! pic.twitter.com/dfGsKbu7Uj

— NASA's Perseverance Mars Rover (@NASAPersevere) April 19, 2023

Essas imagens permitem aos engenheiros da NASA verificar como está a “saúde�dos dois exploradores robóticos. No caso do Ingenuity, é possível ver um pouco de poeira acumulada nos rotores do helicóptero, mas o mesmo ainda continua operacional.

O Ingenuity chegou a Marte preso na barriga do Perseverance, em fevereiro de 2021. Inicialmente, era esperado que ele fizesse apenas cinco voos experimentais. Porém, ele já conseguiu ultrapassar a marca de 50 voos, tendo percorrido mais de 11,7 mil metros em Marte.

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Desde o pouso, o rover já percorreu quase 15 km pela superfície empoeirada do planeta. Toda a sua jornada é acompanhada por meio de suas 19 câmeras, com a agência espacial divulgando regularmente imagens em alta definição da superfície marciana.

Atualmente, o Perseverance está investigando a Cratera Jezero, onde se acredita ter abrigado um lago há bilhões de anos. O rover carrega uma série de instrumentos que permitem coletar e analisar rochas marcianas em busca de indícios de vida microbiana.

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missão de retorno

Uma das principais tarefas da missão é coletar diversas amostras do solo e de rochas, para que elas possam ser trazidas para a Terra.  Há uma futura missão de retorno �prevista para o início da próxima década. Isso permitirá que as amostras sejam analisadas de forma mais detalhada por cientistas em laboratórios sofisticados.

Segundo a NASA, quase metade das amostras planejadas para a missão já foram coletadas e lacradas em tubos especiais. Nesta semana, o rover separou parte desses tubos e conseguiu depositar no solo, para que eles sejam recolhidos pela missão de retorno.

Além da busca pela vida, o Perseverance também está coletando dados importantes sobre a geologia e o clima de Marte. Com estas informação é possível preparar o envio das primeiras missões tripuladas para o planeta.

Ao longo dos últimos dois anos, o rover também conseguiu produzir oxigênio em Marte, usou um radar de penetração no solo para estudar camadas rochosas subterrâneas, além de utilizar um conjunto de técnicas para identificar vários minerais e moléculas orgânicas do planeta.

Helicóptero Ingenuity

Outra conquista da missão é o sucesso do helicóptero Ingenuity. A pequena aeronave viajou para Marte preso à barriga do Perseverance, e tem o objetivo de demonstrar a possibilidade do uso de explorar o planeta por meio de futuras aeronaves.

Inicialmente, o Ingenuity faria apenas cinco voos experimentais. Porém, ele já ultrapassou a marca de 40 voos, quebrando vários recordes em Marte.

Quanto ao rover Perseverance, ele foi projetado para funcionar por pelo menos dois anos, mas ainda não dá sinais de aposentadoria. A expectativa da NASA é que o seu gerador termoelétrico de energia funcione por cerca de 14 anos.

De forma geral, a NASA não traça missões pensando em vida útil máxima, uma vez que os objetivos da missão podem mudar ao longo do tempo. Contudo, seguindo exemplo de outras missões com o Opportunity e o Curiosity, é possível que o Perseverance ainda continue sua exploração por vários anos.

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Ao todo, ele já percorreu uma distância de 8.439 metros, além de somar um tempo de voo total de cerca de 70 minutos.

O Ingenuity é o primeiro teste de voo de uma aeronave motorizada realizado em outro planeta. Ele viajou até Marte preso à barriga do rover Perseverance, e vem testando tecnologias que poderão ser usadas em futuras missões espaciais de exploração aérea.

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Apesar de a atmosfera de Marte ser muito fina, com menos de 1% da densidade da Terra, o helicóptero demonstrou ser leve e forte o suficiente para voar além de sua capacidade projetada.

Por exemplo, o helicóptero foi desenvolvido para fazer voos de até 90 segundos. Porém, esse tempo limite de voo foi ultrapassado várias vezes, chegando à marca recorde de 169,5 segundos no ar, durante o 12º voo, em 16 de agosto de 2021.

Em 8 de abril do ano passado, o Ingenuity bateu o recorde de distância horizontal, percorrendo 704 metros através cratera Jezero em apenas um voo �indo além dos 300 metros projetados. Foi neste mesmo voo (o 25º da lista) que ele também atingiu pela primeira vez o seu recorde de velocidade máxima, de 5,5 m/s.

Já a sua maior altitude foi registrada no último dia 3 de dezembro, quando ele alcançou 14 metros acima do solo. Novamente, ele foi além do planejado, que era voar até no máximo 4 metros e meio do chão.

O 42º voo do Ingenuity

No seu último voo, realizado em 4 de fevereiro, ele percorreu 248 metros, atingiu a altitude de 10 metros e velocidade de 3 m/s. No Twitter, a NASA brincou com o número do voo fazendo referência ao livro “O Guia do Mochileiro das Galáxias”, em que o “42” é a resposta para a vida, o Universo e tudo mais.

Na prática, os voos do Ingenuity são feitos seguindo instruções enviadas com antecedência por controladores da NASA. Porém, como os sinais demoram para viajar entre a Terra e Marte, o helicóptero precisa decolar, voar e pousar de forma autônoma, sem qualquer intervenção humana.

No vídeo abaixo, é possível ver o primeiro voo do Ingenuity, realizado em 19 de abril de 2021 — gravado pelas câmeras do rover Perseverance. Na época, ele fez um voo modesto de apenas 39,1 segundos e subindo a até 3 metros de altura.

Embora não carregue nenhum instrumento científico, e já tenha cumprido a sua missão principal, a NASA pretende continuar a explorar os limites de voo do Ingenuity. A expectativa é que esse tipo de aeronave seja usado no futuro para explorar vastas áreas de Marte e de outros corpos celestes — como a lua Titã, de Saturno.

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A missão tem como principal objetivo buscar sinais de vida microbiana no passado do planeta. Para tal, o rover pousou na Cratera Jezero, onde os cientistas acreditam que tenha sido um antigo lago, próximo ao delta de um rio extinto.

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Para acompanhar a jornada do Perseverance �que tem o tamanho de um carro � a NASA disponibilizou o mapa interativo abaixo, onde é possível acompanhar a trajetória do rover.

O mapa é composto por duas camadas de imagens, sendo uma foto colorida de alta resolução da Cratera Jezero, captada pela sonda em órbita Mars Reconnaissance, da NASA; e outra da região conhecida como Syrtis, fotografada pela Mars Express, da ESA (Agência Espacial Europeia).

A ferramenta mostra o caminho percorrido pelo rover (marcado em branco) e as principais paradas ao longo de sua trajetória durante cada dia marciano. O mapa também mostra a posição atual do pequeno helicóptero Ingenuity.

Além do mapa interativo, a NASA também divulgou a rota planejada que o rover deverá percorrer ao longo do ano de 2023. A ideia é que o Perseverance viaje pelo topo do delta da Cratera Jezero, recolhendo amostras, realizando experimentos e captando imagens.

Em preto, a rota planejada para o rover Perseverance para o ano de 2023. Imagem: Crédito: NASA/JPL-Caltech

De acordo com a NASA, a missão do Perseverance faz parte do plano de exploração de longo prazo da Lua e de Marte, por meio do programa Artemis. Recentemente, o rover coletou amostras da poeira marciana, com o objetivo de preparar os futuros astronautas que irão explorar o planeta.

Neste mês, o rover também começou a depositar no solo os tubos com amostras coletadas da superfície. Futuramente, a NASA, em conjunto com a ESA, pretendem lançar uma missão conjunta para recolher esses tubos para que eles possam ser trazidos para a Terra e analisados por cientistas.

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O regolito é formado por rochas quebradas, areia e poeira. Até então, o rover tinha coletado 15 núcleos de rochas perfurados por uma broca instalada no braço robótico do rover. Já as novas amostras são de uma pilha de areia e poeira espalhada pelo vento.

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Por mais que o objetivo principal da missão seja procurar sinais de vida microbiana no passado do planeta, o estudo do regolito é importante para entender não apenas os processos geológicos de Marte, mas também como eles podem atrapalhar futuras missões tripuladas.

A ideia é estudar o tamanho, forma e química dos grãos de regolito para projetar e testar ferramentas que serão usadas por futuros astronautas, com o objetivo de proteger naves, rovers e instrumentos científicos de seu impacto. “O regolito pode afetar tudo, desde trajes espaciais a painéis solares, por isso é tão interessante para os engenheiros quanto para os cientistas� disse a NASA, em comunicado.

Uma das amostras do regolito marciano coletado pelo rover Perseverance. Imagem: NASA/Divulgação

A agência lembra que o regolito encontrado na Lua, por exemplo, é afiado o suficiente para abrir buracos microscópicos em trajes espaciais das missões Apollo.

Além disso, a superfície marciana contém perclorato, um produto químico tóxico que pode ameaçar a saúde de astronautas se o regolito for acidentalmente ingerido ou inalado. Por outro lado, o regolito também pode ser usado para cobrir os habitats dos astronautas, formando uma espécie de camada de proteção contra a radiação.

Essas amostras coletadas pelo Perseverance serão trazidas para a Terra em uma futura missão robótica, que deverá ser enviada para Marte exclusivamente para buscar esse material. Isso permitirá aos cientistas analisar as amostras usando equipamentos sofisticados para procurar sinais de vida e entender melhor os processos que moldaram a superfície do planeta.

A expectativa é que a missão de retorno seja lançada no ano de 2027. A chegada das amostras na Terra está prevista para 2033.

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A missão está sendo desenvolvida a partir de uma parceria entre a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA). A expectativa é que ela seja lançada em 2027, chegando ao planeta vermelho no ano seguinte.

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A ideia é enviar uma sonda para pousar próximo da área que o Perseverance está em Marte, para recolher os tubos com as amostras. A missão também pode incluir o envio de um ou mais helicópteros �parecidos com o Ingenuity �para pegar mais pedaços de rochas marcianas.

Em seguida, um braço robótico desenvolvido pela ESA vai transferir os tubos para um recipiente especial, que retornará à Terra. A partir daí, a sonda liberará um foguete com as amostras que voltará à órbita marciana, onde ele se encontrará com uma nave que fará a viagem de volta para a Terra. A jornada completa pode ser vista no vídeo abaixo:

Se tudo ocorrer conforme o planejado, esta será a primeira vez que uma missão com vários veículos (um módulo de pouso, um foguete e vários helicópteros) pousam em Marte. Esta também seria a primeira vez que um foguete é lançado da superfície marciana.

A NASA afirma que essas amostras podem revelar se já existiu vida no passado de Marte. “Somente trazendo as amostras de volta podemos realmente responder à pergunta [da vida em Marte] usando os laboratórios mais sofisticados e de última geração� disse a NASA, em comunicado.

O Perseverance pousou em Marte em fevereiro do ano passado, em uma região conhecida como Cratera Jezero. Cientistas acreditam que o local tenha sido o leito de um antigo lago de água há bilhões de anos, sendo inclusive próximo a um delta de um possível rio marciano �onde se encontra diferentes tipos de rochas e com potenciais sinais de vida microbiana antiga.

Ao longo dos últimos meses, o rover tem perfurado rochas e coletado amostras cuidadosamente selecionadas na superfície, com o objetivo de poder contar a história da Cratera Jezero.

Ao todo, o Perseverance transporta 43 tubos para amostras, sendo que, até o mês passado, 14 deles já contém núcleos de rocha coletados. Além disso, um dos tubos possui amostra do ar marciano, e outros três foram usados como teste �para garantir que eles não tenham sido contaminados com vida terrestre.

Segundo a NASA, a expectativa é que as primeiras amostras de Marte cheguem à Terra em 2033. “Ao entender melhor a história de Marte, melhoramos nossa compreensão de todos os planetas rochosos do Sistema Solar, incluindo a Terra� afirmou a agência.

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