??? ???? ???? ??? ???????? //emiaow553.com/tag/passaros/ Vida digital para pessoas Fri, 28 Jun 2024 10:29:56 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6.2 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ????? Archives??? ??- ??? ??? ???? //emiaow553.com/tag/passaros/ 32 32 ????? ?? ? ???? ? ??? ?? //emiaow553.com/nova-especie-de-ave-da-caatinga-e-descoberta-e-tem-origem-em-variacoes-historicas-do-sao-francisco/ Fri, 28 Jun 2024 12:45:23 +0000 //emiaow553.com/?p=577892 Oscilações climáticas na Caatinga resultaram no surgimento da espécie Sakesphoroides niedeguidonae. A foto apresenta uma fêmea dessa espécie

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisa avaliou dados como a plumagem, o canto e a genética de 1079 indivíduos e concluiu que as chocas-do-nordeste são, na verdade, duas espécies
  • Resultados sugerem que mudanças climáticas históricas e variações no curso do rio São Francisco tiveram papel importante na separação dessas espécies irmãs
  • As descobertas podem contribuir para a criação de estratégias mais eficazes de preservação para esses animais e favorecer os cuidados com o bioma Caatinga

Dados genéticos de um grupo de aves da Caatinga conhecidas como choca-do-nordeste indicam que alterações no curso do rio São Francisco e oscilações climáticas ocorridas ao longo de um milhão de anos causaram a divisão do grupo em duas espécies distintas. Uma delas foi descrita pela primeira vez nesta terça (18) na revista científica “Zoologica Scripta? O artigo é fruto de parceria entre o Instituto Tecnológico Vale (ITV), o Museu Paraense Emílio Goeldi e as universidades federais do Pará (UFPA) e do Rio Grande do Norte (UFRN).

Os indivíduos da nova espécie, nomeada Sakesphoroides niedeguidonae, até então, eram considerados parte da espécie Sakesphoroides cristatus. Porém, o estudo descobriu diferenças genéticas, de plumagem e de canto entre os grupos.

Os pesquisadores analisaram características da plumagem, das formas e as medidas corporais de 1079 aves, incluindo 92 exemplares preservados em museus e 987 fotografias digitais. Além disso, estudaram 115 gravações sonoras atribuídas às chocas-do-nordeste, 58 amostras de material genético e 568 registros de ocorrência que indicavam a distribuição geográfica dessas aves. Com as informações em mãos, estimaram ainda a história genética do grupo e as relações de parentesco entre as linhagens. Também foi possível inferir o tamanho populacional e os nichos climáticos ?ou seja, a distribuição de indivíduos de acordo com condições climáticas ?ocupados pela espécie ao longo de sua história.

A equipe identificou dois padrões distintos no canto das aves, que coincidiam com diferenças na plumagem das fêmeas. Ao mesmo tempo, os dados genéticos revelaram a presença de dois grupos diferentes nas amostras, com uma diferença no material genético de 1,8%. Alexandre Aleixo, pesquisador do ITV autor do artigo, explica que, se todos os indivíduos pertencessem à mesma espécie, como se acreditava antes do estudo, esse número seria próximo de zero. “Comparamos as informações com outras espécies da mesma família e vimos que esse valor é até maior do que o encontrado entre outras espécies já reconhecidamente há séculos como diferentes? completa Pablo Cerqueira, atualmente pesquisador-bolsista do ITV e primeiro autor do artigo.

Os achados chamam atenção para a diversidade da Caatinga. “Estamos vendo que a Caatinga tem espécies ainda não descritas de todos os grupos e, quanto mais frequente for a incorporação de dados moleculares nos estudos, maior é a chance de encontrar novas espécies? comenta Aleixo. Cerqueira destaca que esse foi o primeiro estudo a mostrar um novo padrão evolutivo para as aves da região, sinalizando que ainda há muito a ser descoberto.

O estudo pode contribuir para a criação de estratégias de proteção para essas espécies e para o ecossistema como um todo, além de abrir espaço para outras pesquisas. “Os futuros estudos ecológicos e populacionais podem ser mais focados em cada uma das espécies, avaliando se os tamanhos populacionais estão sofrendo influência do desmatamento e se variam com o aumento de temperatura? exemplifica Cerqueira.

A partir da hipótese de diversificação da Caatinga mediada pelo rio São Francisco e das oscilações climáticas históricas, o grupo planeja continuar testando esses padrões em outras espécies com distribuição similar. “Queremos também trabalhar com genomas completos em torno dessa nova espécie e entender melhor como é a relação com a espécie irmã quando elas se encontram? conclui Aleixo.

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??? ??? ?? ???????? //emiaow553.com/mudancas-climaticas-reduziram-diversidade-genetica-de-passaros-na-amazonia-nos-ultimos-400-mil-anos/ Wed, 01 May 2024 19:01:47 +0000 //emiaow553.com/?p=566722 O estudo foi realizado com pássaros do gênero Willisornis, conhecidos no Brasil como rendadinhos ou formigueiros

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisadores realizaram sequenciamento genômico inédito de nove indivíduos de uma mesma espécie de ave localizados em diferentes regiões da Amazônia
  • Resultados indicam reduções populacionais e deslocamentos mais drásticos em áreas impactadas por mudanças climáticas no passado
  • O estudo desses eventos pode contribuir para estratégias de mitigação e proteção da biodiversidade diante de novos eventos extremos climáticos

As mudanças climáticas ocorridas ao longo dos últimos 400 mil anos gravaram seus efeitos no genoma de pássaros da Amazônia. Um artigo publicado na quarta (24) na revista científica “Ecology and Evolution?mostrou que as linhagens de aves do gênero Willisornis residentes no sul, sudeste e leste da Amazônia têm menor diversidade genética e padrões de flutuação populacional mais variados em relação a grupos de outras regiões do bioma. Isto indica reduções bruscas no tamanho da população e fortes eventos de migração nos últimos milênios.

A pesquisa tem participação de instituições nacionais, como a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Universidade Federal do Pará (UFPA) e o Instituto Tecnológico Vale (ITV), e de instituições internacionais como a Universidade de Toronto.

O estudo foi realizado com pássaros do gênero Willisornis, conhecidos no Brasil como rendadinhos ou formigueiros. Os pesquisadores sequenciaram o genoma de nove indivíduos pertencentes a diferentes grupos encontrados na região amazônica. O processo envolveu a extração e análise de todas as informações contidas no DNA das aves. Com esses dados, modelos computacionais auxiliaram o grupo a estudar fatores como o impacto de mudanças ambientais ao longo de um determinado período histórico no tamanho das populações, relações de parentesco entre os indivíduos e diversidade genética.

Para Alexandre Aleixo, autor líder da pesquisa, o mecanismo natural de contração e expansão da cobertura vegetal da floresta amazônica tem grande papel nesse histórico. “A Amazônia é como uma sanfona que se expande e contrai dependendo do clima? comenta o pesquisador. Ele explica que as regiões sul e sudeste estão localizadas justamente sobre a faixa de ‘sanfona?e, lá, durante períodos secos, a floresta úmida se transforma em ambientes abertos, como cerrados. “Quando tem floresta, as populações dessa ave se instalam e, quando não tem, desaparecem ou diminuem bastante? completa.

Cada um desses eventos de migração ou redução populacional deixa uma marca no material genético das linhagens. Grupos menores, por exemplo, tendem a apresentar taxas maiores de cruzamentos entre parentes, o que resulta em uma baixa diversidade genética e, consequentemente, menor resistência a possíveis mudanças do ambiente. O caso do estudo, no entanto, mostrou que, mesmo com baixa variabilidade genética, as populações de Willisornis foram capazes de resistir às contínuas perturbações climáticas na floresta tropical, trazendo à tona um importante questionamento. “A gente quer entender se existem genes relacionados com essa maior resistência? pontua Aleixo.

O passado registrado no DNA desses pássaros pode estar prestes a se repetir. O artigo explica que a floresta tropical no sul e no leste da Amazônia está, atualmente, próxima de seus limites climáticos e que um aquecimento global de 3 a 4ºC poderia representar uma nova mudança para um ambiente de vegetação aberta. Nesse contexto, pesquisas genéticas também podem contribuir para estratégias de conservação. “Podemos encontrar no genoma das populações que sobreviveram às mudanças climáticas passadas características que permitam que elas resistam às mudanças futuras, assim como identificar grupos mais diversos que podem ser matrizes para reintrodução em outros locais? diz o autor.

O estudo abre caminho para novas investigações sobre o efeito das mudanças climáticas e da cobertura vegetal na história genética dos seres vivos. “Esse foi o primeiro trabalho que aponta para uma resiliência dentro de algumas populações de espécies da Amazônia. Agora, queremos explorar isso melhor? releva Aleixo. O pesquisador pontua que o grupo já está em contato com outras instituições de pesquisa para desenvolver trabalhos mais amplos, levando em conta espécies de répteis e plantas, por exemplo.

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??? ?? ?? ???????? ??? //emiaow553.com/por-que-os-passaros-comem-as-proprias-e-outras-fezes/ Thu, 14 Mar 2024 18:31:35 +0000 /?p=557951 Estudo identificou benefícios à microbiota intestinal das aves, mas cientistas alertam que hábito também pode ser nocivo à saúde dos pássaros

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Se você pensa que, assim como muitas pessoas, as aves comem frutas e grãos no café-da-manhã, você está enganado. Longe de ser a refeição ideal do ponto de vista dos humanos, muitas vezes elas se voltam para uma outra massa: as fezes, sejam as próprias, ou de outros pássaros.

Como nada na natureza acontece de maneira aleatória, cientistas sabiam que esse hábito traria algum benefício para as aves. Agora, eles identificaram qual é em um estudo publicado na revista Biological Reviews

De acordo com a pesquisa, as fezes de pássaros fornecem nutrientes, energia e auxiliam na adaptação a ambientes quando elas estão se desenvolvendo.

Aves e sua microbiota intestinal

O estudo concluiu que o hábito de comer fezes, também conhecido como coprofagia, molda a microbiota intestinal das aves selvagens. Isso porque elas têm contato com nutrientes e microrganismos – especialmente as bactérias – de diferentes locais, tipos de alimentos e períodos do ano. 

Dessa forma, o comportamento é especialmente importante para aves migratórias, que têm de se adaptar conforme mudam de ambiente. Geralmente, esses pássaros viajam longas distâncias e “fazem a transição entre estados metabólicos de jejum e abastecimento enquanto voam ao redor do mundo”, segundo o estudo.

Mas de maneira geral, o hábito de comer fezes auxilia todos os pássaros, já que permite que absorvam nutrientes perdidos ou deficientes. Contudo, há também o lado negativo desse hábito.

“Dependendo de sua faixa geográfica, comportamento e interações com outros animais e ambientes, as aves – especialmente as migratórias – podem espalhar eficientemente patógenos ao redor do mundo”, explica a Barbara Drigo, autora da pesquisa.

Além disso, comer fezes de pássaros também pode aumentar sua exposição a antimicrobianos, especialmente pesticidas e produtos de limpeza. Isso, por sua vez, pode levar à resistência antimicrobiana.

Fezes, sim, mas pão, não

Os benefícios de comer fezes para os pássaros explicam também o porquê muitos cientistas repreendem o hábito que pessoas têm de alimentá-los com migalhas de pão. De acordo com Drigo, esse alimento reduz a diversidade da microbiota intestinal das aves.

Já se elas recebem alimentos locais naturais, por exemplo, o trato digestivo se mantém mais saudável.

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??? ??? ?? ???????? //emiaow553.com/esta-especie-de-beija-flor-muda-de-cor-com-a-luz-assista/ Fri, 16 Feb 2024 15:52:25 +0000 /?p=552203 Vídeo mostra macho da espécie beija-flor-de-anna mudando de cor com o movimento da cabeça; entenda como isso acontece

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Com machos adultos de aparência extravagante, com penas rosas ou vermelhas na região da cabeça e da garganta; e fêmeas de manchas mais discretas, o pássaro beija-flor-de-anna (Calypte anna) surpreende por sua habilidade de mudar de cor com o movimento. Mas, na verdade, tudo não passa de uma ilusão.

Pouco conhecida no Brasil, essa espécie da costa Oeste da América do Norte possui coloração iridescente. Ou seja, varia conforme a mudança do ângulo de incidência da luz. Com a chegada da idade, os pássaros machos têm suas penas juvenis substituídas por plumagens coloridas de adultos devido aos pigmentos das penas, sobretudo melanina e carotenóides.

Tudo isso faz parte de seu ritual de acasalamento, quando os machos voam até 40 metros de altura em direção ao sol, exibindo suas cores para as fêmeas. Além disso, as penas sofrem influência da qualidade da dieta e servem como indicativos de nutrição para parceiros ou rivais.

Diferentemente de outros colibris, os beija-flores-de-anna também cantam como parte do namoro, produzindo um som rouco. Uma vez que as aves machos e fêmeas só se reúnem para o acasalamento, as fêmeas são as únicas responsáveis pela construção do ninho e o cuidado com os filhotes.

O beija-flor-de-anna pode ser visto em lugares como o Alasca, Canadá e o México, segundo o Laboratório Cornell de Ornitologia, nos EUA. Isso ocorre principalmente em espaços abertos como florestas e parques, por exemplo. Mas, desde a década de 1950, têm expandido seu alcance, em partes, devido a jardins urbanos, atraídos por alimentadores de beija-flores e “flores amigáveis”.

O curioso nome da espécie é uma homenagem à duquesa italiana Anna Massena, do século 19. A expectativa de vida de um beija-flor-de-anna é de em média oito anos e meio. Já o tamanho de uma ave da espécie é de cerca de 10 cm e entre três e seis gramas de peso.

Veja a mudança de cor do beija-flor-de-anna abaixo:

Com informações de National Center For Biotechnology Information, Bird Chronicle, Nature Mapping Foundation, Arizona-Sorona Desert Museum e Nature Canada.

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?????? ?????????????????? //emiaow553.com/pardal-expande-area-do-cerebro-que-controla-o-canto-antes-do-acasalamento/ Sun, 31 Dec 2023 18:00:20 +0000 /?p=537894 Estudo identificou como o pássaro aumenta o número de neurônios em preparação para o acasalamento e depois mata as células

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Não é novidade que muitos animais têm características especiais para atrair um parceiro para o acasalamento. Entre os pássaros, isso também acontece: a ciência já sabe há algum tempo que alguns deles desenvolvem áreas do seu cérebro que controlam o canto quando estão neste período.

Agora, um novo estudo descobriu que uma espécie de pardal (Zonotrichia leucophrys gambelii) faz isso em uma escala completamente impressionante. De acordo com a pesquisa, a área chamada de HVC (hyperstriatum ventral pars caudalis) praticamente dobra o número de neurônios durante a temporada de acasalamento.

Entenda a pesquisa

A fim de mensurar o crescimento e encolhimento do cérebro do pardal macho, pesquisadores  marcaram células dentro e ao redor da área chamada HVC. Para isso, eles utilizaram uma molécula cujo nome é bromodeoxiuridina (BrdU), que pode ser incorporada ao DNA de células em divisão.

Então, os cientistas simularam o período de acasalamento do pássaro por meio de suplementos hormonais. Dessa forma, notaram que a região HVC cresceu de cerca de 100 mil neurônios para quase 170 mil.

Além disso, o hipocampo também também gerou novas células cerebrais nesse momento. Esta outra região do cérebro é importante porque guia os pássaros durante a migração que eles fazem para acasalar.

Quando a temporada de acasalamento simulada terminou, os pardais rapidamente perderam um grande número de neurônios. Analisando as células marcadas com a molécula BrdU, os pesquisadores descobriram que elas passam a se dividir em astrócitos.

Essas células cerebrais são responsáveis por regular algumas funções dos neurônios. Então, quando parte deles morre após o acasalamento, os astrócitos limpam a “bagunça” e morrem neste processo.

Geralmente, quando áreas do cérebro aumentam ou diminuem, o órgão pode ser prejudicado – ao menos na maioria dos animais. Isso porque o crescimento causa uma inflamação, aumentando a pressão dentro do crânio. Mas os pardais conseguem fazer isso sem prejuízos.

A aposta dos pesquisadores é de que o pássaro aloca espaços em seu cérebro de acordo com qual região ele precisa utilizar naquele momento. Dessa forma, o órgão vai se encaixando dentro do crânio, sem se apertar.

O avanço na ciência

Os cientistas apresentaram o estudo na reunião anual da Society for Neuroscience, que aconteceu em Washington DC, nos EUA.  Agora, eles esperam que suas descobertas um dia apontem caminhos para tratar anomalias no cérebro humano.

Os pesquisadores acreditam que o ciclo de crescimento e degeneração cerebral dos pardais pode fornecer um modelo para estudar a depressão em outros animais, incluindo humanos.

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??? ?????? ??? ?????? ?? //emiaow553.com/passaros-machos-treinam-canto-sozinhos-para-impressionar-as-femeas/ Sat, 30 Dec 2023 23:01:25 +0000 /?p=540086 Sem treinamento, o canto dos pássaros canoros machos é prejudicado em questão de dias, o que também desagrada as fêmeas

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Para os humanos, cantar é um grande talento e, muitas vezes, uma profissão. Mas para os pássaros canoros, o canto é questão de sobrevivência. Eles cantam para impressionar futuros parceiros, para defender seus territórios e manter laços sociais.

No entanto, para aperfeiçoar a habilidade, é preciso treinamento. E, como qualquer outro exercício, o canto também envolve músculos.

“Há muito tempo sabemos que o canto de pássaros é controlado por músculos vocais rápidos, mas até agora tínhamos muito pouco conhecimento se e como esses músculos podem responder ao exercício, como fazem nossos músculos das pernas”, diz Iris Adam, cientista da Universidade do Sul da Dinamarca.

Agora, um novo estudo publicado na revista Nature Communications e com autoria de Adam concluiu que os pássaros canoros machos precisam cantar diariamente para exercitar seus músculos vocais. 

Assim, eles são capazes de produzir boas canções para as fêmeas, que notam a falta de treinamento.

Exercitar para não perder

De acordo com os resultados da pesquisa, caso fiquem sem treinar os músculos vocais, eles ficam fracos – e esse processo acontece em questão de dias. De modo geral, depois de sete dias sem cantar, os músculos que controlam o canto dos pássaros perdem 50% de sua força.

Diferentemente de outros músculos do corpo, que ficam mais duros e lentos quando mais fortes, os músculos vocais ficam mais rápidos. É o que os pesquisadores chamaram de treinamento reverso.

Apesar das diferenças nas canções não serem perceptíveis logo de início para os pesquisadores, elas ficaram mais claras após a análise de gravações. Dessa forma, eles puderam identificar que os pássaros cantavam de maneira diferente antes e depois do exercício.

E, quando a principal audiência ouvia, sabia diferenciar o que era bom e o que era ruim. Os cientistas reproduziram as canções para fêmeas de tentilhões-zebra, a fim de compreender se elas conseguiam perceber a diferença.

Segundo o estudo, 75% delas preferiram as músicas dos pássaros machos que haviam se exercitado.

Possíveis respostas

No Brasil e ao redor do mundo, é comum ouvir o canto das aves desde cedo, pela manhã. Para os pesquisadores, esses resultados fornecem uma razão pela qual os pássaros cantam tanto e todos os dias.

Além disso, os cientistas acreditam que a compreensão do treinamento reverso pode auxiliar pesquisas na área da fala e canto em humanos. 

“Esse treinamento reverso pode ser uma característica única para os músculos vocais, que pensamos ser verdadeira para todos os vertebrados, incluindo humanos, porque todos os músculos vocais são relacionados ao desenvolvimento”, explica Adam.

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mobile bet365bet365 ???? 365 //emiaow553.com/cientista-encontra-passaro-raro-na-colombia-metade-macho-metade-femea/ Thu, 14 Dec 2023 15:35:02 +0000 /?p=540653 Biólogo avistou representante de Saí-Verde cujas cores das penas indicavam que o pássaro tinha um lado fêmea e outro macho

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Era um dia comum de férias e o biólogo Hamish Spencer estava na Colômbia quando a aparição de um animal super raro mudou o curso de seu ano. Um curioso pelo estudo de aves, John Murillo, lhe apontou um representante do pássaro Saí-Verde (Chlorophanes spiza) em uma das árvores das quais estavam próximos.

Embora a coloração das penas dessa espécie indiquem o sexo do animal, algo nele era diferente. Geralmente, os pássaros verdes são fêmeas, enquanto os azuis são machos. Mas o Saí-Verde que estava na sua frente era meio verde e meio azul.

“É muito marcante, eu tive o privilégio de ver isso”, disse Spencer, que logo de cara soube do que se tratava: ginandromorfismo bilateral.

O que é ginandromorfismo bilateral?

O ginandromorfismo bilateral acontece em animais que normalmente têm sexos separados. Ele surge quando há um erro na divisão celular feminina ao produzir um óvulo e, em seguida, há a dupla fertilização por dois espermatozoides. Dessa forma, o animal é gerado tanto com características masculinas quanto femininas.

Os principais grupos nos quais o fenômeno foi registrado incluem espécies animais que apresentam forte dimorfismo sexual. Por exemplo, o ginandromorfismo bilateral acontece mais frequentemente com insetos, especialmente borboletas, crustáceos, aranhas, até mesmo lagartos e roedores. Segundo Spencer, esse fenômeno é raro em aves, mas importante para compreender o comportamento sexual dos pássaros.

O caso do pássaro na Colômbia

“Muitos observadores de pássaros poderiam passar toda a vida deles sem ver um ginandromorfo bilateral em qualquer espécie de ave“, comenta Spencer. Frente ao evento raro que presenciou, o pesquisador elaborou um relatório sobre a descoberta, publicado no Journal of Field Ornithology.

Segundo a pesquisa, esse caso na Colômbia foi apenas o segundo exemplo registrado de ginandromorfismo na espécie em mais de 100 anos. No entanto, ele acredita que isso demonstra que ambos os lados do pássaro podem ser machos ou fêmeas.

Agora, Spencer espera que  a descoberta inovadora inspire as pessoas a “valorizar exceções”, já que sempre revelam algo interessante. “Fiquem sempre atentos a curiosidades”, conclui o pesquisador.

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??????????? //emiaow553.com/migracoes-de-passaros-sao-impactadas-por-eventos-espaciais-mostra-estudo/ Tue, 10 Oct 2023 23:26:04 +0000 /?p=524954 Segundo os cientistas, eventos espaciais diminuem a taxa de migração e aumentam o número de animais perdidos

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Eventos climáticos espaciais severos, como explosões solares, estão atrapalhando as migrações de pássaros. Quem afirma isso são cientistas da Universidade de Michigan, que publicaram um estudo sobre o assunto no último mês.

Pássaros (e muitos outros animais) usam o campo magnético da Terra para navegação. Pensando nesse contexto, de acordo com a pesquisa, os eventos solares que tem perturbado o campo magnético tem feito os pássaros enfrentarem mais dificuldades na hora de migrar.

O estudo analisou imagens tiradas de 37 estações de radar meteorológico, que podem detectar grupos de aves migratórias e dados de magnetômetros terrestres.

Os pesquisadores descobriram que o número de aves migratórias nas Grandes Planícies dos EUA diminui de 9% a 17% durante eventos climáticos espaciais severos.

Pássaros percebem mudanças na Terra

Analisando os dados, os cientistas também notaram um aumento nas taxas de perda de aves durante a migração, um fenômeno conhecido como “vadiagem” de aves migratórias. As descobertas destacam como as decisões dos animais dependem das condições ambientais.

“Incluindo as mudanças as que nós, como humanos, não podemos perceber, como os distúrbios geomagnéticos. Esses comportamentos influenciam os padrões de movimento animal”, disse Daniel Welling, cientista espacial da Universidade de Michigan, em um comunicado.

Os investigadores também descobriram que as aves migratórias parecem flutuar com o vento com mais frequência durante perturbações geomagnéticas no outono.

“Os resultados sugerem que menos aves migram durante fortes perturbações geomagnéticas e que as aves migratórias podem ter mais dificuldade de navegação, especialmente sob condições nubladas no outono [no hemisfério norte]? completou.

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??? ?? ??? Archives??? ??- ??? //emiaow553.com/cucos-botam-ovos-em-ninhos-alheios-este-passaro-detecta-a-farsa-94-das-vezes/ Fri, 28 Jul 2023 17:14:47 +0000 /?p=507925 Cientistas estudaram 196 ninhos do pássaro na Zâmbia e rodaram simulações em computador. O truque das mães drongo? Ser imprevisíveis

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O cuco africano (Cuculus gularis) é famoso por tirar vantagem de outras aves, colocando seus ovos em ninhos alheios para que mães-pássaro desavisadas cuidem de seus filhotes. Mas uma vítima é particularmente boa em detectar a farsa: o drongo de cauda bifurcada (Dicrurus adsimilis).

Uma equipe de pesquisadores liderada por Jess Lund, da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, descobriu que as mamães drongo reconhecem ovos impostores em seus ninhos com 94% de precisão. Os cientistas publicaram o estudo na última quarta (26), na revista Proceedings of The Royal Society B.

A equipe estudou ninhos de drongos no sul da Zâmbia ao longo de quatro anos. Eles encontraram ovos de cuco africanos em pelo menos 34 dos 196 ninhos examinados. Eles compararam os ovos das duas espécies e descobriram que, na média, eles eram quase idênticos em relação a tamanho, forma, cor e padrões de manchas.

Então, os pesquisadores conduziram um experimento em que colocaram os ovos de uma fêmea drongo no ninho de outra. Eles analisaram a semelhança dos ovos das duas ninhadas do pássaro e monitoraram a frequência com que uma fêmea removia um ovo impostor do ninho. 

Pássaros são bons em detectar a farsa

Os resultados e as observações de campo serviram para criar um modelo de computador em que os pesquisadores rodaram mil simulações de ninhos recebendo ovos impostores. Essas simulações incluiram aqueles que eram ou não detectados pelas mães drongo.

O modelo se baseou na suposição de que os cucos escolhem os ninhos aleatoriamente. Assim, os cientistas chegaram aos 94% de precisão.

Acredita-se que os drongos são bons em detectar a farsa. Isso porque cada fêmea produz ninhadas com variações únicas, sutis e imprevisíveis de cor e padrão nas cascas dos ovos.

O alto grau de variação entre ninhadas dá vantagem aos drongos, porque um cuco pode deixar um ovo manchado com aparência perfeita de drongo em uma ninhada de ovos de drongo salpicados.

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?????? ?????????????????? //emiaow553.com/estes-5-animais-vivem-em-florestas-devastadas-por-incendios/ Mon, 24 Jul 2023 21:37:54 +0000 /?p=506928 Um besouro que sente o calor a quilômetros de distância; um pica-pau oportunista e um marsupial que entra fica em "modo avião". Veja a lista

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Incêndios florestais são comuns durante as estações secas, seja na América ou na Austrália ?e tendem a aumentar devido às mudanças climáticas. Por isso, muitos animais selvagens estão evoluindo e adotando comportamentos que aumentem suas chances de sobreviver.

Confira alguns deles:

Pica-pau e corujas

O pica-pau-do-dorso-preto, da espécie Picoides arcticus, vive no Canadá e nos Estados Unidos, e é conhecido como um especialista em florestas queimadas. Ele aproveita o surgimento de grandes grupos de besouros em árvores carbonizadas, e sua plumagem escura o ajuda a se camuflar no ambiente queimado. Especialistas acreditam que ele se expandiu para áreas que sofreram incêndios florestais recentemente.

Outra ave que vive no oeste dos Estados Unidos e está acostumada aos incêndios florestais é a coruja-malhada (Strix occidentalis). Também de plumagem acinzentada, a coruja costuma ficar à beira de pequenas florestas devastadas para se alimentar de ratos e outros pequenos mamíferos que passam de destacando na paisagem queimada.

Rato-marsupial-australiano

O rato-marsupial-australiano, nome dado a várias espécies do gênero Antechinus, parece um roedor, mas é um pequeno marsupial ?ou seja, é parente dos cangurus e coalas. Ele se abriga no subsolo da floresta para escapar de um incêndio. Depois que as chamas passaram por seu habitat, ele lida com a falta de comida tirando uma soneca. Ou coisa parecida: ele entra num estado de torpor uma espécie de “modo avião”.

O torpor é um estado de baixa temperatura corporal e atividade metabólica adotado por muitos animais em resposta a condições ambientais adversas ?como o cenário pós-incêndio florestal. É parecido com a hibernação de alguns animais, mas dura dias em vez de meses. 

Lagarto-de-gola

O lagarto-de-gola, ou lagarto-dragão-australiano, da espécie Chlamydosaurus kingii, é outro animal acostumado a viver entre incêndios florestais. Em vez de se abrigar em tocas como o rato-marsupial, ele sobe em pequenas árvores e cupinzeiros para fugir de incêndios pequenos no início da estação seca ?e procura árvores maiores para se refugiar de incêndios maiores no final da estação.

Besouro-de-fogo-preto

Por último, mas não menos importante, o besouro-de-fogo-preto (Melanophila acuminata). Ele é um dos maiores exemplos quando o assunto são adaptações a incêndios florestais. Este inseto sente a radiação infravermelha emitida pelo fogo (também conhecida como calor) a quilômetros de distância.

A super sensibilidade existe devido a dois mini caroços atrás das patinhas do besouro, que funcionam como órgãos sensoriais extra. Isso permite que o besouro evite chamas perigosas, mas também encontre madeiras quentinhas para acasalar e botar seus ovos. Ele aparece na Europa, em partes da Ásia, na América Central do Norte.

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?????? ???????????? //emiaow553.com/restos-mortais-de-passaros-revelam-ritual-a-deusa-egipcia-em-pompeia/ Tue, 23 May 2023 23:39:50 +0000 /?p=492201 É a primeira vez que se encontra evidências de sacrifícios à deusa egípcia na Itália. Descoberta foi feita por uma arqueóloga e uma bióloga em Pompeia

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Uma arqueóloga e uma bióloga italianas descobriram os restos mortais de dezenas de aves no antigo Templo de Ísis, em Pompeia, no sul da Itália. Seriam indícios de um banquete ritual realizado em adoração à deusa egípcia, um culto que se estabeleceu na sociedade romana no primeiro século d.C.

Nesse sentido, as escavações realizadas por Chiara Assunta Corbino e Beatrice Demarchi revelaram restos carbonizados de pelo menos oito galinhas, um ganso, uma pomba, um porco e dois mariscos. Acredita-se que parte da carne foi cozida e consumida por três sacerdotes presentes. Assim, o restante teria sido colocado no chão como oferenda à Ísis.

O templo foi danificado por um terremoto em 62 d.C.. E Pompeia foi destruída quando o monte Vesúvio entrou em erupção em 79 d.C., atingindo a cidade com uma chuva de pedras e uma nuvem de gás quente. Acredita-se que o templo foi reformado depois de 62. O ritual teria acontecido em seguida, entre esta época e a tragédia de 79.

templo de ísis em pompeia

O templo de Ísis em Pompeia foi danificado por um terremoto e teria sido reformado antes da erupção do Vesúvio em 79 d.C. Imagem: Giacomo Brogi/Wikimedia Commons/Reprodução.

Dessa forma, as últimas descobertas aparecem em estudo publicado em abril na revista International Journal of Osteoarchaeology.

O culto à deusa egípcia

O mito de Ísis, também conhecida como Aset ou Eset, conta que ela ressuscitou seu irmão e marido Osíris, depois transformado em rei dos mortos, e protegeu seu filho Hórus, o deus egípcio com cabeça de falcão. Considerada a mãe divina do faraó, ela ajudaria os mortos a ingressarem na vida após a morte.

Ísis era uma das divindades mais importantes do antigo Egito e frequentemente foi representada com asas de pássaro ?daí a teoria, apoiada pelo último estudo, de que o sacrifício de aves era parte importante no culto à deusa egípcia.

Até então, os pesquisadores só conheciam restos de sacrifícios supostamente relacionados ao culto de Ísis na Grécia, Espanha e Alemanha. Por fim, o estudo de Pompéia seria a primeira investigação arqueozoológica de um templo da deusa egípcia na Itália.

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?????? ???? ???? ??? ???????? //emiaow553.com/mortes-de-morcegos-e-passaros-em-turbinas-eolicas-aumentam-durante-migracoes/ Fri, 12 May 2023 12:25:11 +0000 /?p=489440 Estudo feito ao longo de 13 anos traçou padrões de mortalidade entre morcegos e pássaros nos Estados Unidos para ajudar a diminuir número de colisões

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Morcegos e pássaros morrem com mais frequência ao bater em turbinas eólicas durante suas migrações sazonais. É o que mostra um estudo publicado na última quarta (10), na revista científica PLOS ONE, que reuniu dados referentes a um período de 13 anos nos Estados Unidos.

Pesquisadores do Renewable Energy Wildlife Institute, em Washington, estudaram dados de 248 instalações de turbinas eólicas ?que representam 30% do total de instalações do país. Eles analisaram a contagem diária de aves (3.789, no total) e morcegos (10.291) encontrados mortos entre 2009 e 2021 nesses locais para entender padrões sazonais de mortalidade.

Eles perceberam, por exemplo, que as espécies de pássaros que habitam pradarias e planícies apresentam números consistentes de fatalidades ao longo dos anos. Isso acontece porque a maioria das instalações são construídas em regiões de paisagem plana, em estados ,aos ao centro e leste do país. Então, estes animais estão constantemente expostos ao risco de colisão.

Por outro lado, pássaros que vivem em florestas apresentam dois picos de mortalidade, na primavera e no outono. Estas são as épocas de suas migrações de longa distância e os únicos momentos do ano em que estas aves colidem com turbinas eólicas.

Entre os morcegos, o número de acidentes aumenta entre os meses de junho e novembro, período que corresponde ao verão e ao outono no hemisfério norte. O estudo mostrou que a espécie Lasionycteris noctivagans, conhecida como “morcego do pelo prateado?em inglês, costuma colidir com turbinas principalmente em outubro. A Tadarida brasiliensis, ou ?/span>morcego-sem-rabo-brasileiro? sofre mais acidentes fatais em novembro, e outras espécies comuns na amostra, em agosto.

Ao traçar esses padrões de mortalidade, os pesquisadores esperam contribuir na redução de conflitos entre o desenvolvimento da energia eólica e a vida selvagem. É possível, por exemplo, usar esses dados para planejar o desligamento temporário de uma instalação em uma tentativa de proteger determinada espécie.

Esse tipo de solução já apareceu na Austrália, por exemplo. Por lá, o projeto de uma instalação de turbinas eólicas foi aprovado mediante uma série de condições, como o desligamento das turbinas por cinco meses ao ano para proteger o papagaio-de-barriga-laranja, que está ameaçado de extinção.

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TOP10?? ???? ???? ??? ?? //emiaow553.com/passaro-com-canto-mais-alto-do-mundo-vive-no-brasil-veja-qual/ Thu, 04 May 2023 15:47:36 +0000 /?p=487381 O som pode chegar a 135 decibéis, mais alto que uma britadeira

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Ela tem apenas 30 centímetros do bico à cauda e pesa cerca de 220 gramas, mas seu canto pode chegar a 125 dB (decibéis) ?frequência mais alta que a de uma britadeira. Estamos falando da Araponga-da-Amazônia, o pássaro com o canto mais alto já registrado no mundo. 

A ave vive no topo de montanhas da Amazônia brasileira e, mesmo quem está a 15 quilômetros de distância, pode ouvi-la. A façanha é tão impressionante que o animal entrou para o Guinness Book como o canto mais alto entre os pássaros, em 2019. 

Tudo, é claro, para impressionar as fêmeas. É sempre o pássaro macho que emite o canto mais alto durante o período de acasalamento.

Além disso, a Araponga-da-Amazônia emite dois tipos de som: um comum e outro mais raro. Este segundo costuma ser mais alto e é usado pelos machos quando uma fêmea está por perto. 

Outro aspecto singular deste canto é que, quanto mais alto o som, mais curta a duração. A hipótese é que isso tenha a ver com a limitação do sistema respiratório das aves e sugere que elas estão no limite de sua capacidade de produção de som. 

Ouça o canto da Araponga-da-Amazônia 

Características físicas 

O reconhecimento do recorde veio depois de um estudo dos pesquisadores Mario Cohn-Haft e Jeffrey Podos, que realizam expedições sobre a fauna nas serras e montanhas isoladas da Amazônia. 

Em uma das viagens, Cohn-Haft percebeu que a Araponga-da-Amazônia tem características anatômicas diferentes de outras espécies, como músculos e costelas abdominais mais grossas, o que é incomum entre as aves. 

Segundo o estudo, a ave emite um som mais alto que o berro do macaco guariba, também conhecido como bugio-ruivo. Isso é no mínimo curioso, pois o mamífero pode pesar até 6,2 quilos ?muito mais que as 200 gramas da Araponga. 

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?? ?????? ????? ??? //emiaow553.com/aves-marinhas-apresentam-nova-doenca-chamada-plasticose/ Wed, 08 Mar 2023 14:52:16 +0000 /?p=473271 A plasticose, associada ao consumo de plásticos, parece prejudicar a capacidade do estômago de pássaros selvagens em digerir alimentos.

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Um estudo realizado por pesquisadores do Museu de História Natural do Reino Unido mostrou como o plástico afeta o organismo de aves. Segundo a equipe, os pássaros que ingerem o material podem desenvolver plasticose, uma condição que prejudica, principalmente, o estômago desses animais

A pesquisa completa foi publicada no Journal of Hazardous Materials. Para chegar aos dados, os cientistas analisaram pardelas-de-patas-rosadas (Ardenna carneipes) da Ilha de Lord Howe, na Austrália. A equipe escolheu esse local porque ele fica longe das principais fontes de poluição por plástico.

Mas nem mesmo a distância evitou o pior. Os pesquisadores encontraram plástico no tecido estomacal das aves, que confundem o material no oceano com comida e acabam ingerindo-o. 

O comportamento gera uma inflamação no estômago. Cicatrizações repetidas, por sua vez, podem levar à uma doença fibrótica, que prejudica a flexibilidade do tecido e a capacidade do estômago de digerir alimentos. 

Há ainda o risco dos danos se espalharem para as glândulas tubulares, que secretam compostos digestivos. Conforme ocorre a ingestão do plástico, as glândulas começam a atrofiar. Isso é negativo pois elas desempenham um papel importante no sistema imunológico das aves e também na capacidade de absorção de vitaminas.

Além da plasticose, os pesquisadores também encontraram microplásticos no baço e nos rins das aves. Eles temem que o poluente esteja afetando ainda os pulmões dos animais. Vale lembrar que a espécie analisada vive em uma região relativamente limpa, o que significa que o cenário pode ser pior em outras partes do globo.

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???? ?? ????? ??? ???? ?? ????? //emiaow553.com/qual-o-som-emitido-pelos-dinossauros-nao-era-rugido-sugere-estudo/ Sun, 05 Mar 2023 22:31:47 +0000 /?p=471047 Fósseis da laringe de um anquilossauro sugerem que esses animais vocalizavam de forma semelhante aos pássaros; saiba mais

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Filmes da cultura pop, como “Jurassic Park? retratam o som dos dinossauros como rugidos altos e poderosos. Essa, no entanto, pode não ser a realidade para todos os gigantes do Cretáceo. 

Um estudo recém publicado na revista Communications Biology sugere que os Pinacosaurus grangeri emitiam vocalizações similares às de pássaros. A pesquisa é baseada em fósseis de um anquilossauro desenterrados em 2005 na Mongólia. 

O espécime trazia a laringe fossilizada, uma parte do corpo difícil de ser encontrada em sítios paleontológicos. A equipe mediu duas partes em específico da laringe, as quais parecem ter sustentado os músculos envolvidos na abertura das vias aéreas e na mudança de sua forma. 

Então, os cientistas compararam suas proporções com as laringes de dezenas de pássaros e répteis, incluindo crocodilos, lagartixas e tartarugas.

A base da laringe era grande demais quando comparada a outros animais, sugerindo que os dinossauros eram capazes de abrir bastante as vias aéreas para emitir sons altos que poderiam ser ouvidos de longe. 

A segunda parte, um par de ossos relativamente longos, pode ter permitido que a traqueia mudasse de forma para modificar os sons, parecido com as aves. Dessa forma, os anquilossauros teriam vocalizado como pássaros. Não foram realizadas simulações do som emitido pelo animal.

Hipótese é contestada

Nem todos os cientistas acreditam nessa hipótese. Isso porque a existência e tamanho dos órgãos não é tudo: é preciso considerar ainda a disposição dos ossos. 

Julia Clarke, paleontóloga da Universidade do Texas em Austin (EUA), que não fez parte do estudo, disse ao The New York Times que a posição dos ossos no dinossauro não se assemelhava aos pássaros. Além disso, as aves possuíam órgãos extras não encontrados no animal.

Segundo a pesquisadora, é possível que a formatação da laringe estudada esteja mais relacionada com a habilidade de manter o alimento fora das vias aéreas, e não com o som emitido pelos dinossauros.

Além disso, o órgão pode apontar para atributos únicos dessa espécie, e não algo passível de generalização para esses gigantes.

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??? ?? ??? ????? ??- ??? //emiaow553.com/cacatuas-sao-capazes-de-usar-ferramentas-para-realizar-tarefas-veja-video/ Mon, 13 Feb 2023 23:42:16 +0000 /?p=467841 Durante testes, as cacatuas-de-goffin foram capazes de escolher o melhor instrumento para cada situação e até mesmo transportar as peças. Assista!

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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Viena, na Áustria, mostrou que as cacatuas-de-goffin (Cacatua goffiniana) são capazes de utilizar ferramentas. Segundo o artigo publicado na revista Current Biology, esses pássaros conseguem escolher o melhor instrumento para cada situação e até mesmo transportar as peças. 

Dez cacatuas participaram dos testes. Cada animal foi apresentado a uma caixa parcialmente fechada contendo uma castanha de caju. Então, a ave recebeu acesso duas ferramentas para tentar pegar a oleaginosa: um bastão rígido para perfurar e rasgar uma membrana entre uma fresta e o alimento e uma ferramenta mais longa e flexível para “pescar” a castanha.

Os objetos precisavam ser usados em conjunto para que a missão fosse cumprida. Confira o vídeo:

Sete das aves perceberam a necessidade de usar ambas as ferramentas. Dessas, duas solucionaram a tarefa na primeira tentativa. Seis aves completaram nove tentativas bem-sucedidas consecutivas durante três dias seguidos.

Os cientistas resolveram fazer um segundo experimento com cinco dessas aves. Dessa vez, as cacatuas foram apresentadas aleatoriamente a diferentes caixas com nozes dentro que poderiam ser acessadas com o uso de apenas uma ou duas ferramentas. 

O objetivo nessa etapa era testar a flexibilidade do animal na seleção de ferramentas corretas para cada tarefa. Segundo o estudo, as aves tomaram a decisão certa em 128 das 150 tentativas.

As mesmas cinco cacatuas participaram de uma fase final do estudo. Nesse momento, elas também tinham acesso a uma das duas caixas, que podiam ter a castanha capturada com o uso de um ou dois instrumentos.

Porém, foi adicionada uma plataforma pela qual a cacatua precisava subir com a ferramenta no bico. Quatro dos pássaros levaram ambos os objetos ao mesmo tempo, sugerindo que os animais enxergaram as ferramentas como um conjunto. Se ambas fossem levadas, não haveria risco de ficar sem o alimento. 

Até então, esse tipo de habilidade só havia sido relatado entre os chimpanzés. Estudos maiores devem ser feitos no futuro para confirmar a capacidade das cacatuas.

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???? ?????? ???? ??? ?? ?? //emiaow553.com/veja-qual-passaro-quebrou-recorde-do-guinness-de-voo-sem-escalas/ Fri, 06 Jan 2023 12:53:29 +0000 /?p=459522 Ave voou 13.560 quilômetros sem parar para comer ou descansar - e perdeu mais de metade de sua massa corporal durante a viagem

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Nesta semana, o Guinness World Records reconheceu o voo de um fuselo (Limosa lapponica) como o mais longo sem escalas já feito na história. O pássaro viajou direto do Alasca até o estado da Tasmânia, na Austrália — uma distância de 13.560 quilômetros. 

Para se ter uma ideia, é como se o animal tivesse percorrido um terço da circunferência total do planeta. A viagem foi registrada por uma etiqueta de satélite 5G anexada na parte inferior das costas do animal. 

A ave viajante partiu no dia 13 de outubro de 2022 e não parou em nenhum momento para se alimentar ou descansar. Ela estava com cinco meses de idade quando iniciou sua trajetória.

É possível que o fuselo tenha perdido mais de metade de sua massa corporal durante a viagem, que terminou 11 dias depois. A espécie costuma migrar para a Nova Zelândia, mas esse pássaro em questão fez um desvio de sua rota.

O recorde anterior reconhecido pelo Guinness pertencia a outro pássaro da espécie fuselo. O antigo recordista voou em 2020 do Alasca até a Nova Zelândia, cruzando uma rota de 12.854 km.

Vale dizer que o marco atual não representa a distância mais longa já percorrida por um pássaro. A andorinha do ártico (Sterna paradisaea) pode atingir até 80 mil km de voo durante sua jornada de ida e volta do Círculo Ártico até a Antártida. A diferença é que essa espécie pousa durante a jornada. 

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?????: 2023 ??? ????? ???? ??? ???? ?? ?? //emiaow553.com/angry-birds-da-vida-real-poluicao-sonora-deixa-os-passaros-mais-agressivos/ Thu, 08 Dec 2022 23:46:35 +0000 /?p=454973 A poluição sonora das cidades causa estresse aos pássaros, em especial os tordos, que usam o canto para afastar intrusos de seus territórios

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Os pássaros também se estressam com a poluição sonora. A conclusão está em um estudo preprint da Universidade Anglia Ruskin, do Reino Unido, e da Universidade Koç, da Turquia, publicado na revista Behavioral Ecology and Sociobiology

A pesquisa verificou que pássaros da espécie tordos ficam mais agressivos quando expostos aos ruídos do tráfego urbano. Apesar de serem conhecidos pelo canto doce, esses animais são bastante competitivos em seu domínio territorial.

Eles não aceitam a entrada de intrusos e adaptam suas canções para expulsar o rival antes de partir para o ataque. Agora, os pesquisadores perceberam que, quando expostos à poluição sonora, ficam mais estressados que o normal. 

Para entender se o barulho poderia ter alguma influência nesse comportamento, os cientistas colocaram um “intruso?impresso em 3D no gramado de uma família de tordos em um parque periférico na cidade turca de Istambul

O intruso tinha um alto-falante que reproduzia gravações de canções de tordos, o que já chamou a atenção da família de pássaros. Mas, quando outro alto-falante externo adicionou o barulho dos carros, os tordos que se sentiram invadidos ficaram muito mais bravos. 

“Em ambientes normalmente silenciosos, descobrimos que o ruído adicional do tráfego leva a que os tordos rurais se tornem mais fisicamente agressivos, por exemplo, aproximando-se mais do pássaro modelo? disse o Çaglar Akay, o principal autor do estudo. 

Quando o mesmo experimento se repetiu com tordos que viviam em parques do centro de Istambul, eles não se tornaram mais agressivos. Em vez disso, os pássaros cantaram menos. 

Possíveis explicações 

A principal hipótese dos pesquisadores é que a poluição sonora do trânsito interfere na comunicação natural dos pássaros via música. 

Assim, os altos níveis de ruído nas zonas urbanas podem interferir direta e permanentemente na transmissão de sinais acústicos entre a espécie. “Essa é provavelmente a principal razão pela qual os tordos urbanos são tipicamente mais agressivos do que as aves rurais? disse Akay. 

Outra hipótese é que emitir mais sinais contra os rivais pode tornar esses pássaros mais vulneráveis a predadores, especialmente quando têm a atenção voltada para o intruso.

“Eles podem não estar cientes do predador e podem não conseguir voar ou fugir rápido o suficiente para se proteger? pontuou o pesquisador.

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??????????????,??????,????????? //emiaow553.com/aparicao-rara-beija-flor-e-visto-na-colombia-apos-10-anos-desaparecido/ Tue, 09 Aug 2022 14:54:03 +0000 /?p=432966 O pássaro foi avistado apenas três vezes na história, e integra a lista das dez aves mais procuradas do mundo

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Durante uma expedição em montanhas colombianas, pesquisadores avistaram uma espécie ultra-rara: o beija-flor asa-de-sabre-de-santa-marta (Campylopterus phainopeplus).

A espécie foi avistada na natureza apenas duas vezes na história: em 1946, quando foi descoberta, e em 2010, quando pousou na rede de pesquisadores, usada para capturar aves para fins científicos.

A equipe formada por cientistas do World Parrot Trust, SELVA  e ProCAT Colombia tratou logo de registrar o beija-flor em fotos e vídeos. Afinal, não é todo dia que você encontra um dos pássaros mais procurados do mundo. 

O asa-de-sabre-de-santa-marta entrou para a lista de aves mais buscadas do globo em 2021. As instituições Re:wild, American Bird Conservancy (ABC) e BirdLife International desenvolveram o Search for Lost Birds, com o objetivo de salvar espécies que não são vistas na natureza há mais de 10 anos, mas ainda não foram classificadas como extintas.

Não foi por falta de busca. Muitos pesquisadores fotografaram pássaros ao longo da última década e atribuíram as imagens ao animal. Porém, a falta de detalhes, como a cauda da ave na imagem, tornou as fotos inconclusivas. 

O beija-flor asa-de-sabre-de-santa-marta é endêmico da Colômbia. Sabe-se que o animal vive na floresta neotropical a uma altitude de 1.200 a 1.800 metros, podendo migrar para pântanos frios em busca de flores durante a estação chuvosa. No entanto, as informações sobre a ave são limitadas, já que poucos espécimes foram estudados até hoje.

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??? ?? ????????????? //emiaow553.com/crise-climatica-esta-levando-primos-de-zazu-do-rei-leao-a-extincao/ Tue, 14 Jun 2022 19:39:50 +0000 /?p=425354 O aquecimento global está prejudicando a reprodução do calau-de-bico-amarelo, pássaro que habita o sul do continente africano

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Talvez o pássaro da imagem acima lhe cause uma sensação de nostalgia. Não é à toa ?a foto mostra um calau-de-bico-amarelo do sul, conhecido cientificamente como Tockus leucomelas. O animal é uma espécie prima de Zazu, o pássaro conselheiro do filme da Disney “O Rei Leão? 

Mas os familiares do ator de penas correm perigo: a crise climática está prejudicando a reprodução da espécie, podendo fazer com que os membros de sua população que vivem em áreas mais quentes sejam extintos até 2027. O estudo completo foi publicado na revista Frontiers in Ecology and Evolution.

Uma equipe formada por pesquisadores da África do Sul acompanhou os calaus-de-bico-amarelo que vivem no deserto de Kalahari, no sul do continente africano, entre os anos de 2008 e 2019. O objetivo era investigar como o aquecimento global estava interferindo na reprodução do animal. 

Quando as fêmeas de calau colocam seus ovos, acabam se fechando dentro de um ninho, onde permanecem por cerca de 50 dias. Nesse meio tempo, os machos ficam encarregados de alimentar a família, passando a comida através de uma fenda vertical estreita.

Isso impede que as fêmeas e seus filhotes sejam predados. Por outro lado, cria-se uma dependência do clima estável e disponibilidade de alimento para que o macho retorne abastecido e permita o sucesso reprodutivo. 

Não é bem isso que está acontecendo. Os cientistas compararam o período entre 2008 e 2011 com o intervalo entre 2016 e 2019. De uma data para outra, a porcentagem de ninhos ocupados diminuiu de 52% para 12%. Ao mesmo tempo, a criação com sucesso de pelo menos um filhote caiu de 58% para 17%.

Para ter uma ideia, os pesquisadores não registraram tentativas de reprodução bem-sucedidas acima da temperatura limite do ar de 35,7°C. De acordo com o estudo, a crise climática pode levar a extinções locais das espécies dentro dos próximos cinco anos, causando mudanças irreversíveis no ecossistema.

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