?? ?? ????? ?? ?????? ?? ??? / Vida digital para pessoas Sat, 12 Oct 2024 11:40:38 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ????? ?????? ?? ? ??? / 32 32 ????? ??????, ????????????? //emiaow553.com/jovem-cientista-apos-isolamento-na-pandemia-fa-de-bum-bum-tam-tam-estuda-remedio-contra-depressao-no-butantan/ Sat, 12 Oct 2024 18:45:31 +0000 //emiaow553.com/?p=602296 Depois de assistir ao videoclipe a favor da vacina da Covid-19, calouro de biotecnologia quis investigar a doença fazendo pesquisa no Instituto

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Reportagem: Camila Neumam/Instituto Butantan

O ano de 2021 parecia ser o mais promissor da vida de Kim Silva de Queiroz, então com 19 anos. Mas a pandemia de Covid-19 mudou tudo. Calouro de Biotecnologia na Universidade de São Paulo (USP), ele viu sua tão sonhada vida universitária se resumir a aulas online, sem contato com amigos e colegas. A diferença entre o que Kim tinha imaginado e a realidade da pandemia foi tão grande que estremeceu sua paixão pela Ciência, nascida na infância.

Em meio a tantas notícias trágicas somadas ao isolamento sufocante, uma flauta envolvente mexeu com sua mente. Era a música “Vacina Butantan? de MC Fioti. No videoclipe, o funkeiro canta uma versão da já famosa canção, enquanto dança nas dependências do Instituto Butantan, em São Paulo. O remix conclamava a população a tomar a primeira vacina contra o coronavírus disponível no Brasil, a CoronaVac, produzida pelo Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

“Depois desse clipe eu passei a acompanhar de perto as redes sociais do Butantan. Foi tão apaixonante a forma como divulgavam a ciência, com toda a polarização que rolou na pandemia, que eu realmente me apaixonei por divulgação científica”, lembra Kim.

Kim desenvolve seu projeto de iniciação científica no Laboratório de Farmacologia do Butantan

Kim desenvolve seu projeto de iniciação científica no Laboratório de Farmacologia do Butantan

Na época, o garoto criado em Osasco (SP) estava em dúvida de qual área começar sua iniciação científica. Mas uma certeza ele já tinha: precisava ser no Instituto Butantan!

“Sabe quando você vê a conexão e pensa: ‘algum dia eu quero poder estar ali no meio da ciência, poder estar envolvido e ajudar a informação chegar nas pessoas?”

Iniciação científica

Na mesma época, Kim havia se interessado por Farmacologia durante as aulas da graduação. Na ocasião, ele se questionou se haveria uma medicação que ajudasse a aplacar aquela tristeza e apatia do contexto pandêmico, sem os conhecidos efeitos colaterais. Não era para menos: o isolamento mexia com o humor de todos, inclusive com o dele mesmo. “Não passei por depressão, mas aquela situação de todo mundo em casa me gerou uma angústia, eu estava apático. Além do envolvimento pessoal, eu tive a curiosidade de estudar sobre a depressão porque eu sempre fui muito curioso? conta.

E não é que havia um laboratório de Farmacologia no Butantan que estudava uma toxina com potencial antidepressivo? Alguns e-mails depois, Kim foi visitar o local onde lhe foram apresentadas algumas linhas de pesquisa.

A pesquisa estuda as propriedades da bufotenina, substância encontrada na pele do sapo, que tem estrutura semelhante à da serotonina

A pesquisa estuda as propriedades da bufotenina, substância encontrada na pele do sapo, que tem estrutura semelhante à da serotonina

A pesquisadora científica do Laboratório de Farmacologia do Butantan Ana Leonor Abrahao Nencioni se tornou sua orientadora. Juntos, os dois desenvolveram um projeto de pesquisa para estudar as propriedades da bufotenina, uma substância encontrada na pele do sapo, com estrutura semelhante à da serotonina. O projeto rendeu a Kim uma bolsa da Fundação Butantan, e hoje ele atua junto à Escola Superior do Instituto Butantan (ESIB).

“Recebi apoio desde o início e com a bolsa me senti abraçado. Quando começou eu já estava com o ânimo diferente. E até hoje estou muito empolgado com a pesquisa. Isso é o que eu sempre quis fazer? recorda.

Porém, engana-se quem pensa que a ciência se resume a momentos de eureca. Como bem lembra Mc Fioti, é “de quem tá presente?

“Eu idealizava a pesquisa como algo muito mais rápido, e não é. Tem que ter muita paciência porque o normal é dar errado. Quando começa a dar certo é porque você está fazendo algo muito incrível. Isso me deixou mais maduro para tentar ser um pesquisador. Vou persistir, persistir até algum momento dar certo.”, afirmou.

O jovem cientista também deseja tornar os conhecimentos científicos mais acessíveis para a população

O jovem cientista também deseja tornar os conhecimentos científicos mais acessíveis para a população

Informação para as pessoas

Para o jovem cientista que aos 7 anos pediu um livro de anatomia aos pais, nada parece tão difícil de estudar e de debater. Acostumado a pesquisar por conta própria assuntos de interesse e conversar sobre eles em família, Kim percebeu um prazer em ser compreendido, mesmo quando o assunto parece técnico e científico demais.

“Queria poder ajudar a informação chegar nas pessoas porque eu fui criado em um ambiente muito aberto para conversar sobre qualquer coisa. Como eu sempre pesquisei sobre ciência, algo que eu gostaria é de tentar facilitar para eles esse conhecimento, conseguir traduzir um artigo para pessoas que não são do meio? reflete.

De olho no futuro

A pesquisa de Kim ainda está em fase inicial, isto é, na tentativa de conseguir padronizar um modelo de indução de depressão para testar a bufotenina e identificar os seus efeitos. Nada que desanime Kim, que viu sua vida acadêmica finalmente desabrochar em 2022, quando voltou às aulas presenciais na faculdade e em 2023 na ESIB, com o projeto de pesquisa.

“Temos uma possibilidade de ter um novo agente antidepressor que não vai ter efeitos colaterais tão fortes e pode se tornar um produto competitivo no mercado. Coloco muita fé nisso porque um sonho que eu tenho é continuar esse projeto aqui, quem sabe em um mestrado e em um doutorado”, afirma.

Afinal, este é um projeto de 10 anos, se de fato se resultar em um fármaco. Nada que assuste Kim. “A minha trajetória está sendo basicamente paciência e persistência.? concluiu.

O projeto de iniciação científica está em fase inicial, mas nada que desanime o estudante que se diz "paciente e persistente"

O projeto de iniciação científica está em fase inicial, mas nada que desanime o estudante que se diz “paciente e persistente”

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??? ?????? ??? ??????? ??? ???? //emiaow553.com/historico-de-covid-19-duplica-risco-de-ataque-cardiaco-e-derrame/ Fri, 11 Oct 2024 18:07:48 +0000 //emiaow553.com/?p=602003 Se a pessoa foi hospitalizada, o cenário é ainda pior, quadruplicando o risco de ataques cardíacos.

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A infecção de Covid-19 pode duplicar o risco de ataques cardíacos e derrames cerebrais por, pelo menos, três anos após a doença, segundo um novo estudo.

Com grande abrangência, o estudo publicado na quarta-feira (9) usou registros médicos de mais de 200 mil pessoas de um banco de dados do Reino Unido. 

No dataset, os pesquisadores identificaram mais de 11 mil pessoas que testaram positivo para Covid-19 durante a primeira onda da pandemia. Desses 11 mil, três mil foram hospitalizados. O estudo comparou esses registros com outros 222 mil do mesmo banco de dados que não tiveram histórico de Covid-19 também na primeira onda.

Risco de ataques cardíacos é ainda maior em quem foi hospitalizado por Covid-19

Segundo o estudo, quem teve Covid em 2020, ou seja, antes das vacinas, tem o dobro de risco de sofrer ataques cardíacos e derrames cerebrais durante os três primeiros anos após o contágio.

Se a pessoa foi parar no hospital, o cenário é ainda pior, quadruplicando o risco de ataques cardíacos ou derrames em comparação àqueles que não tiveram histórico de Covid-19.

Além disso, pessoas hospitalizadas durante a primeira onda também pode contrair diabetes e outras doenças arteriais.

O estudo ressalta que o risco elevado de ataques cardíacos pelo histórico de Covid não diminui com o tempo. “Não há sinais de redução desse risco? de acordo com o autor do estudo, Stanley Hazen, da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA.

Os cientistas envolvidos no estudo disseram não saber o que há por trás de tais efeitos colaterais tão duradouros da Covid-19 no sistema cardiovascular.

Algumas variantes genéticas já são conhecidas pela ligação entre o histórico de Covid-19 e ataques cardíacos. Desse modo, os pesquisadores realizaram análises genéticas para descobrir se essas variantes eram responsáveis pelo risco pós-infecção.

No entanto, os resultados não apresentaram nenhuma relação entre tais variantes e o aumento do risco de doenças cardiovasculares. Em vez disso, o estudo revelou uma associação entre o risco elevado e o tipo sanguíneo da pessoa.

Aliás, estudos anteriores já mostraram que pessoas com tipos sanguíneos A, B ou AB são mais propensas a contrair Covid-19. No novo estudo, os cientistas encontraram uma associação de maior risco de ataques cardíacos em pessoas com esses tipos sanguíneos com histórico de Covid-19.

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??????????,??????,????????? //emiaow553.com/pandemia-de-covid-19-gerou-impactos-ate-mesmo-na-lua/ Sat, 05 Oct 2024 17:20:03 +0000 //emiaow553.com/?p=599598 Cientistas indianos afirmam que a Lua ficou consideravelmente mais fria enquanto a Terra enfrentava a pandemia de Covid; saiba mais detalhes do estudo

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A pandemia de Covid-19 foi um dos eventos mais inimagináveis do século 21 e, pelo visto, causou impactos até na Lua. Cientistas afirmam que a Lua ficou consideravelmente mais fria enquanto a Terra enfrentava a pandemia de Covid.

Em um estudo publicado recentemente, cientistas do Laboratório de Pesquisa Física de Ahmedabad, do Departamento de Espaço da Índia, detalharam a descoberta.

O pesquisador planetário do laboratório K. Durga Prasad, que participou da missão Chandrayaan-3, é o principal autor do estudo. Mas não foi por meio de dados da sonda indiana que o pesquisador concluiu que a pandemia de Covid-19 afetou a Lua.

Com informações do Orbitador de Reconhecimento Lunar (LRO) ?o mesmo que descobriu uma caverna subterrânea na Lua ? o pesquisador observou uma queda na temperatura da superfície lunar em quatro áreas do lado visível do satélite.

O que houve na Lua durante a pandemia de Covid

De acordo com Durga Prasad, essa “queda anômala?foi causada por uma redução repentina da radiação emitida pela Terra. Ou seja, as emissões de CO2 caíram devido ao lockdown, limitando a quantidade de poluição e calor que nosso planeta lançava durante a noite.

“Desse modo, nosso estudo mostra que a Lua, possivelmente, sofreu impactos da pandemia de Covid-19, sendo estes uma queda incomum nas temperaturas da superfície lunar durante o período noturno? afirma o cientista.

Durante o dia, grande parte da luz do Sol é refletida de volta ao espaço pela atmosfera da Terra, que absorve apenas uma pequena parcela. A Lua também é afetada pela radiação solar durante o dia. 

Contudo, à noite, a situação é bem diferente, já que a Lua recebe radiação apenas da Terra. Isso, portanto, influencia as temperaturas noturnas da superfície lunar. 

Durante o início da pandemia de Covid, a redução das atividades relacionadas aos níveis de poluição caíram, assim como a temperatura da Lua. Esse momento foi importante para que cientistas estudassem as mudanças climáticas.

Além disso, a descoberta indica que o estudo das mudanças da temperatura lunar podem oferecer uma “plataforma estável de estudo sobre a radiação e as mudanças climáticas da Terra?

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?????? ????????, ?????????? //emiaow553.com/para-subverter-a-resposta-imune-virus-da-covid-estimula-a-producao-de-proteinas-sem-funcao-protetora/ Sat, 31 Aug 2024 23:01:37 +0000 //emiaow553.com/?p=589656 De acordo com pesquisadores da UFMG e do Hospital Israelita Albert Einstein, essa é a estratégia do SARS-CoV-2 para manipular a maquinaria das células de defesa do hospedeiro; descoberta abre caminho para novas estratégias de tratamento

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Texto: Julia Moióli | Agência FAPESP

Para evadir a resposta imune e se replicar no organismo humano, o vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, utiliza a maquinaria das células de defesa para induzir a produção de proteínas improdutivas, ou seja, sem função protetiva. Foi o que demonstrou um estudo conduzido por pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein e das universidades de São Paulo (USP) e Federal de Minas Gerais (UFMG). Publicado recentemente no International Journal of Molecular Science, o trabalho oferece uma nova base para o desenvolvimento de terapias antivirais.

Diferentemente de outros vírus (incluindo outros coronavírus) que também interferem em um mecanismo celular conhecido como splicing ?responsável por “editar?o RNA mensageiro (mRNA) que dará origem a uma proteína ? o SARS-CoV-2 vai além, bloqueando de forma única a expressão de interferon (proteínas produzidas pelo sistema imunológico em resposta a infecções) e modulando populações específicas de células do sistema imunológico. A falta de detalhes mais precisos sobre esse processo tem sido um dos principais dificultadores para a criação de novas opções de tratamento para a COVID-19.

Neste estudo financiado pela FAPESP, os pesquisadores voltaram sua atenção para a investigação de uma hipótese já sugerida na ciência, porém ainda não caracterizada: a produção de isoformas de mRNA que dão origem a proteínas sem função. Trata-se de proteínas “defeituosas? que não funcionam como deveriam por sofrer alterações no processamento de RNA.

Para isso, realizaram uma análise integrativa, com diversos conjuntos de dados transcriptômicos e proteômicos, que permitiu uma observação mais detalhada das células hospedeiras infectadas tanto in vitro quanto in vivo.

Os cientistas descobriram que a infecção por SARS-CoV-2 induz uma expressão predominante de isoformas sem função em genes relacionados ao sistema de defesa imunológica e à resposta antiviral (IFN, ISGs, MHC de classe I, IRF7, OAS3, HLA-B e HNRNPH1). Esses genes também apresentam menor produção de proteínas “normais? que, por sua vez, se tornam mais suscetíveis ao ataque das proteínas virais.

Por outro lado, genes envolvidos na produção de moléculas inflamatórias importantes respondem de forma diferente à infecção, como os das citocinas e quimiocinas IL6, CXCL8 e TNF.

“Apesar de já existirem mais de 50 trabalhos de transcritômica em COVID-19, é a primeira vez que essa estratégia do vírus é demonstrada em nível molecular ?e tudo isso com dados públicos? afirma Glória Regina Franco, professora do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG e uma das autoras do trabalho.

“Ao demonstrar a interação molecular entre o SARS-CoV-2 e a maquinaria de splicing do hospedeiro, fornecemos informações fundamentais sobre potenciais alvos para medicamentos antivirais e intervenções imunomoduladoras? completa Helder Nakaya, pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP e um dos autores do artigo. “As descobertas podem orientar, por exemplo, terapias que restaurem o processamento normal do RNA durante infecções virais.?/p>

COVID longa e novas pandemias

Apesar de o pior momento da pandemia de COVID-19 ter ficado para trás, Nakaya destaca a importância de novas publicações sobre o tema: “O coronavírus tem potencial para pandemias severas e nada impede o surgimento de um SARS-CoV-3 ou um SARS-CoV-4, portanto, quanto mais descobrirmos sobre sua ação, melhor?

A continuidade de estudos, especialmente os que mostram os danos em nível molecular, também é importante para desvendar os mecanismos por trás da COVID longa, doença ainda enfrentada por milhões de pessoas em todo o mundo e cada vez mais negligenciada.

O trabalho contou ainda com a participação de pesquisadores das universidades de Indiana e Estadual de Michigan (Estados Unidos) e com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (PRPq-UFMG).

O artigo SARS-CoV-2 Selectively Induces the Expression of Unproductive Splicing Isoforms of Interferon, Class I MHC, and Splicing Machinery Genes pode ser lido em: www.mdpi.com/1422-0067/25/11/5671.

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????? ???????? ??? ???? //emiaow553.com/mpox-pode-virar-uma-pandemia-veja-opiniao-de-especialistas/ Sun, 25 Aug 2024 17:13:36 +0000 //emiaow553.com/?p=587768 Neste ano, mais de 500 mortes no Congo foram atribuídas à variante 1b da mpox, resultando no alerta de emergência da OMS, do último dia 14.

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Apesar de declarar a disseminação da mpox como uma emergência de saúde pública de interesse internacional, a OMS (Organização Mundial da Saúde) revelou que o vírus não vai causar uma pandemia como a de Covid.

Segundo especialistas da OMS, ao contrário da Covid-19, a mpox não é um vírus desconhecido, indicando já haver formas de controlar uma possível pandemia, embora sejam necessárias mais pesquisas sobre variante 1b.

Aliás, a cepa 1b foi o motivo pelo qual a OMS declarou a mpox como uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Neste ano, mais de 500 mortes no Congo foram atribuídas à variante 1b, resultando no alerta de emergência da OMS, do último dia 14.

No entanto, de acordo com Hans Kluge, diretor da OMS na Europa, é possível controlar a disseminação do vírus.

Em 2022, a OMS declarou um surto de mpox na Europa, causado pela variante 2b, como emergência de saúde pública de interesse internacional. Esse alerta foi suspenso em maio de 2023.

Especialistas descartam pandemia e afirmam que o foco é conter a mpox na África

A variante 2b é menos severa e afeta menos populações que a 1b, que se espalha rapidamente na África. Contudo, Kluge enfatiza que não teremos uma pandemia de mpox.

“A Mpox não é a nova Covid. Sabemos não apenas como controlar o vírus, mas também, no caso da Europa, quais os passos necessários para eliminar a transmissão? disse o diretor da OMS em coletiva na última terça-feira (20).

Além disso, Kluge afirmou que o risco de pandemia à população geral da Europa, por exemplo, é pequeno, embora a Suécia tenha confirmado um caso positivo da nova variante da mpox. Segundo informações, esse caso ocorreu em uma pessoa que viajou para a África recentemente.

Mesmo assim, especialistas descartam a possibilidade de uma pandemia do vírus da mpox, priorizando ações para conter o vírus na África.

Por outro lado, Debora MacKenzie, jornalista de ciência e autora de livros sobre a Covid-19, afirma que ainda não aprendemos a maior lição da pandemia.

“Quanto maior o número de casos, mais chances o vírus da mpox tem de se adaptar e isso pode, sim, causar uma pandemia. Uma doença em qualquer lugar pode ser uma ameaça a todos os lugares? diz MacKenzie.

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?? ??? ?????? ???? ??????????? //emiaow553.com/pandemia-de-fungo-esta-provocando-um-apocalipse-das-bananas/ Sat, 24 Aug 2024 16:07:04 +0000 //emiaow553.com/?p=587317 O fungo é responsável pelo Mal-do-Panamá, doença que afeta o sistema vascular de bananas, resultando na morte da planta. Saiba mais.

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Nos últimos 30 anos, uma pandemia do fungo Fusarium oxysporum f. sp. cubense vem prejudicando a produção global de bananas. Esse fungo é responsável pelo Mal-do-Panamá, doença que afeta o sistema vascular de bananas, resultando na morte da planta.

No passado, o fungo dizimou a variedade Gros Michel, que dominou o mercado de bananas até a década de 1950. Agora, uma nova cepa do fungo, a TR4, pode causar um apocalipse na variedade de bananas Cavendish, a mais consumida atualmente.

Aliás, a Cavendish se tornou mais consumida após o fungo dizimar a variedade Gros Michel.

A história do fungo começa nos anos 1870, ganhando força no século 20. Em 1994, surge, em Taiwan, a cepa TR4 (Raça Tropical 4, da sigla em inglês), que consegue afetar bananas Cavendish.

O termo “pandemia” não é por acaso, pois a cepa do fungo se espalhou em cultivos de bananas ao redor do mundo.

Salvação

Contudo, um estudo recente, publicado na última sexta-feira (16), oferece uma pequena esperança para combater o apocalipse das bananas.

De acordo com o estudo, cientistas descobriram que essa cepa tem uma origem evolutiva diferente da variante responsável por devastar as bananas Gros Michel.

Os cientistas analisaram várias cepas do fungo através de sequenciamento genético, identificando dois genes específicos da TR4 ligados à produção de óxido nítrico. O óxido nítrico, segundo o estudo, é um fator crucial para virulência do fungo. Ao desativar esses dois genes, é possível reduzir consideravelmente a virulência do TR4.

Portanto, o estudo apresenta uma forma de coibir a ação do fungo e evitar um novo apocalipse de bananas, oferecendo uma salvação para o cultivo da variedade Cavendish.

No enanto, Li-Jun Ma, co-autora do estudo, enfatiza que é preciso diversificar o cultivo de bananas.

“Quando não há diversidade em uma fruta extremamente comercializada, ela se torna um alvo fácil para patógenos? diz a pesquisadora.

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????????? //emiaow553.com/pessoas-hospitalizadas-com-covid-19-apresentam-declinio-cognitivo-diz-estudo/ Thu, 01 Aug 2024 22:11:57 +0000 //emiaow553.com/?p=583662 O estudo observou 475 pessoas que foram hospitalizadas antes de 31 de março de 2021, que completaram testes psiquiátricos e cognitivos seis meses após receberem alta

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Pessoas que foram hospitalizadas por quadros graves de Covid-19, durante a primeira onda da pandemia, enfrentam um declínio cognitivo contínuo. De acordo com um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, a média de declínio cognitivo causado pela Covid-19 mostra uma redução de 10 pontos de QI.

O estudo faz parte de uma pesquisa mais ampla de longo prazo do Reino Unido sobre os efeitos da pós-internação por Covid, o PHOSP-COVID.

O estudo observou 475 pessoas que foram hospitalizadas antes de 31 de março de 2021. Todas elas completaram testes psiquiátricos e cognitivos seis meses após receberem alta, como parte de um estudo anterior do PHOSP-COVID.

A equipe de pesquisadores liderada por Maxime Taquet, professor em Oxford e coautor do estudo publicado na quarta-feira (31/7), solicitou que os participantes repetissem os testes por dois ou três anos.

Os pesquisadores descobriram que, em média, houve um agravo nos sintomas de depressão, ansiedade e fadiga dos participantes. ?a href="//emiaow553.com/baleias-eram-mais-felizes-durante-a-pandemia-de-covid-diz-estudo/">A maioria está ficando pior do que melhor? afirma Taquet.

No geral, 47% (ou cerca de 223 pessoas) apresentaram quadros de depressão moderada ou severa no segundo teste, em comparação ao primeiro teste. 40% (ou 190 pessoas) tiveram quadros moderados ou severos de fadiga, comparando com 26% dos primeiros testes.

Os quadros de ansiedade, no entanto, tiveram uma mudança menor, subindo de 23% para 27%, de acordo com o estudo.

Declínio cognitivo associado à mudança de emprego 

Os números dos resultados de declínio cognitivo continuaram os mesmos, com 10% de declínio entre pessoas hospitalizadas por Covid-19. Porém, como essas pessoas não fizeram testes para constatar o vírus antes da hospitalização, não há uma referência comparativa.

Desse modo, segundo um dos pesquisadores, Paul Harrison, a equipe comparou os resultados do declínio cognitivo dos participantes com a expectativa média para pessoas do mesmo gênero, idade e escolaridade com base em um censo britânico chamado “Great British Intelligence Test?

Ainda não há uma conclusão sobre a causa do declínio cognitivo entre pessoas hospitalizadas com quadros graves de Covid-19. Também não se sabe porque as pessoas estão ficando piores. No entanto, o estudo descobriu que as pessoas com sintomas mais severos nos testes psiquiátricos iniciais foram mais propensas a ter agravos nesses sintomas.

Segundo Taquet, um participante do estudo afirmou que, por três anos, “?difícil ficar com falta de ar durante três anos e não ter depressão?

Além disso, o estudo descobriu que 26% das pessoas mudaram de emprego após serem hospitalizadas, sendo os impactos posteriores da Covid-19 o principal motivo, seguido pelo declínio cognitivo.

O estudo descobriu que ?em vez de depressão, ansiedade e fadiga ?o declínio cognitivo está associado à mudança de emprego dos participantes. “Muitas pessoas mudaram de emprego porque não conseguem mais atender às demandas cognitivas dos empregos anteriores, e não por falta de energia ou interesse? afirma Taquet.

Contudo, o pesquisador reconhece as limitações do estudo. Isso porque ele só inclui 20% das pessoas que participaram do primeiro estudo, além de focar apenas em internações durante a primeira onda da pandemia.

Taquet ressalta a necessidade de mais pesquisas mais abrangentes que focam no declínio cognitivo de pessoas hospitalizadas por Covid-19 para entender os mecanismos biológicos por trás desses sintomas.

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???? ?????????, ?????? | //emiaow553.com/baleias-eram-mais-felizes-durante-a-pandemia-de-covid-diz-estudo/ Thu, 11 Jul 2024 18:39:37 +0000 //emiaow553.com/?p=579979 Os resultados dos testes de laboratório revelaram concentrações menores de cortisol em 2021 em relação à 2020.

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É fato que a pandemia de Covid foi uma experiência traumática para todos nós humanos. Porém, quem diria que durante o lockdown as baleias ficaram mais felizes?

Segundo um estudo da Universidade de Queensland, na Austrália, baleias-jubarte ficaram menos estressadas durante o primeiro ano da pandemia de Covid.

Publicado na revista Marine Environmental Research, os cientistas realizaram um estudo na costa oeste da Austrália para avaliar a saúde dessa especie de baleias na pandemia, quando houve mudanças extremas na atividade humana.

De acordo com Jake Linsky, coautor do estudo, através de imagens de drones e amostras da camada de gordura da pele, a pesquisa avaliou a saúde durante a migração de baleias-jubarte entre 2020 e 2021.

Com as imagens de drone, os pesquisadores avaliaram a condição física das baleias e mediram seus corpos. “Esses são indicadores essenciais de reservas de energias que as baleias usam durante a longa migração anual, bem como no período de reprodução? diz Linsky.

As amostras da camada de gordura das peles das baleias serviram para analisar as expressões genéticas e hormonais relacionadas ao stress e à imunidade.

Os resultados dos testes de laboratório revelaram concentrações menores de cortisol em 2021 em relação à 2020. Esse indicador representa uma queda em fatores ambientais que causam stress, sugerindo, portanto, que as baleias ficaram mais felizes durante um ano de pandemia

Além disso, segundo o estudo, vários acontecimentos da pandemia de Covid contribuem para os resultados que apontam baleias mais felizes em 2021. Entre esses fatores, a mudança climática para o La Niña e as mudanças na atividade humana são alguns exemplos. 

De acordo com o estudo, os resultados de expressão genética aumentam a hipótese de baleias felizes durante a pandemia de Covid, pois apontam para uma queda de poluentes nos oceanos.

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?16 ?? ????? ????? ??- ??? ??? //emiaow553.com/cientistas-criam-vacina-universal-para-futuros-coronavirus/ Wed, 08 May 2024 12:43:27 +0000 //emiaow553.com/?p=569095 Com proteínas de diversos tipos de coronavírus, até daqueles que não foram descobertos, vacina universal pode evitar futuras pandemias

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Cientistas de Cambridge, Oxford (ambos do Reino Unido) e do Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA) criaram uma vacina universal com potencial para proteger contra uma ampla gama de coronavírus — incluindo aqueles nem mesmo foram descobertos. A iniciativa dá início a uma mudança de estratégia no enfrentamento de microrganismos que podem causar danos à saúde.

Assim, as vacinas são criadas antes que um vírus potencialmente pandêmico surja. A OMS (Organização Mundial da Saúde) já havia alertado sobre a importância do preparo para novas pandemias, especialmente de doenças ainda desconhecidas.

Por enquanto, a vacina universal foi testada apenas em ratos de laboratório e os resultados foram publicados na revista Nature Nanotechnology. Dessa forma, ainda são necessários ensaios clínicos, em humanos, para garantir a eficácia e segurança de seu uso. 

Como funciona a vacina universal

A vacina universal contém diversas proteínas que são comuns em diferentes tipos de coronavírus. Elas são anexadas em nanopartículas que são, então, injetadas no organismo de uma pessoa.

Como as proteínas são inofensivas, elas estimulam o sistema imune a produzir defesa contra essas estruturas, de forma que as células imunológicas ataquem os vírus. E, por injetar  proteínas que são compartilhadas em muitos tipos diferentes de coronavírus, a proteção que ela induz é extremamente ampla.

Isso faz com que seja eficaz contra vírus conhecidos e desconhecidos na mesma família. Por exemplo, os testes em ratos de laboratório mostraram que a vacina induziu a resposta imune contra o Sars-Cov-1, que causou surto de doenças em 2003.

O avanço na ciência

Embora ainda precise ser testada em humanos, caso a vacina universal seja realmente eficaz, órgãos reguladores, como a FDA e a Anvisa terão de determinar como será seu uso. De acordo com os autores do estudo, essas agências de regulação ainda não têm procedimentos para a vacinação pró-ativa.

Dessa forma, eles acreditam que o imunizante possa ser uma opção de dose de reforço, por exemplo para a Covid-19. O mais provável é que os países mantenham estoques da vacina.

“No caso de um coronavírus ou outro patógeno se cruzarem, você poderia ter estoques pré-existentes de vacinas prontas e um plano claro para escalar rapidamente a produção, se necessário”, explicou Rory Hills, principal autor do estudo, ao The Guardian.

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????? ???2024? ??? ??? ?? ??? //emiaow553.com/pandemia-deixou-criancas-europeias-mais-tristes-e-acima-do-peso-ideal-diz-oms/ Fri, 03 May 2024 15:31:37 +0000 //emiaow553.com/?p=568236 Levantamento da OMS mostrou que isolamento social diminuiu hábitos saudáveis e aumentou tempo de tela das crianças europeias na pandemia

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A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou um novo estudo sobre os impactos da pandemia na rotina de crianças em idade escolar da Europa. Os dados evidenciam que o período prejudicou hábitos saudáveis, causou declínio na felicidade e no bem-estar, além de  aumentar o tempo gasto com hábitos prejudiciais à saúde. 

Segundo a agência, o levantamento demonstra que os anos enfrentando a pandemia têm relação com a tendência de aumento de peso entre os jovens dessa idade. Atualmente, uma a cada três crianças vive com sobrepeso e obesidade na Europa.

Crianças europeias na pandemia

O estudo foi feito considerando 17 dos 53 países membros da União Europeia. Os dados foram coletados entre 2021 e 2023, com participação de mais de 50 mil crianças.

De acordo com a pesquisa, o período de isolamento social da pandemia fez com que esses jovens aumentassem o tempo que ficam em frente a telas, como TV, celular e computador. 

Além disso, também reduziu o tempo que utilizavam para praticar atividades físicas. No total:

  • 36% das crianças aumentaram o tempo gasto assistindo à televisão, nas redes sociais ou em jogos online durante a semana;
  • 34% aumentaram o tempo de tela recreativa nos fins de semana;
  • 28% das crianças tiveram uma redução no tempo gasto em atividades ao ar livre durante a semana;
  • 23% tiveram uma redução nos finais de semana.

Isso, junto ao cenário incerto da pandemia de Covid-19, contribuiu para a perda da sensação de bem-estar. Aproximadamente 42% das crianças relataram um declínio na felicidade e no bem-estar durante o período.

  • 1 em cada 4 crianças relatou sentir-se solitária com mais frequência;
  • 20% das crianças relataram sentir-se triste com mais frequência.

Apesar disso, algumas mudanças foram positivas. Por exemplo, muitas famílias relataram que houve um aumento nas refeições feitas em casa e em conjunto, com todos sentando à mesa. 

No processo de cozinhar as refeições, mães e pais também afirmaram que as crianças passaram a participar mais. Além disso, apontaram que passaram a comprar mais alimentos a granel, ou seja, menos processados.

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????? Archives??? ??- ??? ??? ??? //emiaow553.com/a-expansao-do-mercado-de-games-brasileiro-se-deve-a-mudancas-no-modo-tradicional-do-trabalho/ Sat, 13 Apr 2024 23:01:55 +0000 //emiaow553.com/?p=563401 Ricardo Nakamura afirma que a migração para a distribuição digital é o principal fator da expansão do mercado de desenvolvimento e do consumo de jogos eletrônicos no País

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Texto: Felipe Bruno/Jornal da USP

O setor de jogos eletrônicos mundial está em expansão, tendo movimentado mais de US$196,8 bilhões em 2022, segundo projeções da PwC. A pandemia de covid-19 influenciou nesses números, visto que foi responsável por popularizar o trabalho remoto e, além disso, obrigou que as pessoas ficassem confinadas dentro de suas casas, proporcionando o aumento no número de jogadores.

Essa área, que antigamente era associada a crianças e adolescentes, hoje alcança um público extremamente plural e diverso. Inclusive, de acordo com a empresa de pesquisa Euromonitor, 21% dos idosos acima de 60 anos jogam videogame com frequência, o que demonstra que estão cada vez mais conectados com o universo digital.

Nesse sentido, a indústria brasileira de desenvolvimento de jogos está acompanhando o crescimento mundial. É o que afirma a 9ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB), que constatou um acréscimo de 169% no número de estúdios desenvolvedores no Brasil em comparação a 2018 ?de 375 para mais de mil.

Cenário brasileiro

Ricardo Nakamura ?Foto: Currículo Lattes

Ricardo Nakamura, professor da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Instituto de Estudos Avançados (IEA), afirma que a migração para a distribuição digital é o principal fator da expansão do mercado de desenvolvimento e do consumo de jogos eletrônicos no País. “Na medida em que grande parte dos jogos digitais é distribuída pela internet, não mais no pacote físico, que tem que ser colocado numa loja e tem todos os desafios de logística, a gente vê essa expansão? desenvolve.

Diante desse cenário, atualmente o Brasil é o maior mercado de games da América Latina e o 13º no ranking mundial, responsável por movimentar cerca de R$ 12 bilhões ao ano, de acordo com estimativas da Newzoo, e com investimento superior a mais de US$ 20 bilhões em empresas da área somente nesta década, segundo levantamento da XDS. Relativo à exportação, o relatório Brazil Games revelou que, em 2021, foi ultrapassada a marca dos US$ 50 milhões e os principais consumidores das produções nacionais são os Estados Unidos e a própria América Latina.

Segundo o docente, outro aspecto importante para essa realidade foi a mudança do modo tradicional de trabalho, que, especialmente após a pandemia, está cada vez mais descentralizado e vários projetos são terceirizados: “Na hora em que estúdios vão fazer um grande projeto, eles contratam ou subcontratam outras empresas que, às vezes, estão em diferentes países, para construírem um jogo e cada um fica responsável por algumas tarefas. Essa lógica de trabalho distribuído e remoto auxilia nessa expansão?

Ainda conforme o relatório, as empresas brasileiras desenvolvedoras de jogos eletrônicos não possuem um foco único para produção, atuando em diferentes setores para atingir públicos variados e diversificando sua fonte de receita. Como destaque, estão os jogos de entretenimento e os jogos educacionais, respectivamente 76% e 12%, e os dispositivos que mais possuem produtos são celulares (38%) e computadores (20%).

Assim, o especialista analisa como isso influi na potencialização de outras áreas tecnológicas no Brasil: “Muitas vezes, essas empresas fazem projetos de jogos, mas fazem outros também, como de sistemas de treinamento ou de software para publicidade. Ao mesmo tempo, os projetos são multidisciplinares, então têm que contratar diferentes especialistas? Dessa forma, ele complementa que, ao desenvolver sistemas variados e envolver profissionais de diferentes áreas, ocorre a troca de conhecimentos que ultrapassam o mercado de games e adentram toda a indústria de tecnologia.

Concentração regional

Apesar desse cenário positivo no Brasil, em que a produção está cada vez mais digitalizada e dos estúdios estarem presentes em todas as regiões do País, ainda há uma concentração na região Sudeste ?mais de 55% das empresas estão aí localizadas. Isso ocorre por conta de uma histórica desigualdade regional, que influenciou para que esse nicho fosse iniciado nessa região, em especial em São Paulo e Rio de Janeiro, há mais de 20 anos.

Nesse âmbito, mais de 40% dos cursos cadastrados no Ministério da Educação (MEC) focados no mercado de jogos eletrônicos se encontram no Sudeste, sendo que apenas 0,27% deles são oferecidos pelo setor público. Além disso, os principais e maiores eventos relacionados com jogos da América Latina, como a Brasil Game Show (BGS), a Campus Party e a Comic Con Experience (CCXP), são realizados na cidade de São Paulo.

Futuro próspero

Segundo os relatórios que tratam da temática da indústria brasileira de jogos eletrônicos, existe a tendência de amadurecimento das pequenas e médias empresas da área ?que já estão se mantendo no mercado há pelo menos cinco anos. “Dá para imaginar um amadurecimento desse grupo, que está apostando na criatividade e no lançamento de jogos inovadores com propostas diferentes, justamente pela agilidade de serem empresas pequenas trabalhando em projetos mais curtos? desenvolve o professor.

Por fim, Ricardo Nakamura afirma que, na medida em que os estúdios atingem essa maturidade, eles criam um portfólio de jogos que demonstra competência para o cenário internacional. Consequentemente, entidades mundiais buscam a contratação delas para o desenvolvimento de  projetos inteiros ?ou parte deles ?por conta da descentralização do mercado, que permite o trabalho remoto.

*Sob supervisão de Paulo Capuzzo e Cinderela Caldeira

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???? ???? ???? ??? ?? //emiaow553.com/de-estrela-na-pandemia-ao-ostracismo-que-fim-levou-o-app-clubhouse/ Wed, 06 Mar 2024 14:44:10 +0000 /?p=556175 O Clubhouse foi muito popular no começo da pandemia de Covid-19, mas acabou caindo no esquecimento. O que aconteceu com o app?

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O app Clubhouse — rede social baseada em salas de bate-papo ao vivo — foi muito popular durante o período de pandemia de Covid. Este sucesso repentino fez com que outras plataformas corressem contra o tempo para implementar recursos parecidos para não ficar para trás. É o caso do X, o antigo Twitter, com os Spaces, por exemplo.

Contudo, após a quarentena, o hype passou e o número de usuários da plataforma caiu vertiginosamente. Com a flexibilização das restrições, a tendência foi de que as pessoas voltassem a interagir com seus familiares e amigos presencialmente. Isso acabou impactando na audiência de vários aplicativos de bate-papo, não apenas o Clubhouse, mas ele certamente foi um dos que mais sentiram os impactos da reabertura.

Ao longo de 2022, o Clubhouse, por exemplo, viu sua base de usuários cair em 80%. Desde então, os responsáveis pela plataforma buscam formas de atrair mais pessoas. Porém, a situação atual não parece nem de longe com sua fase mais badalada.

Por isso, no primeiro semestre de 2023, a empresa tomou a decisão de demitir cerca de 50% de seu quadro de funcionários. O processo de reestruturação foi para tentar adequar a cultura da empresa e o aplicativo ao período pós-pandemia.

Novo Clubhouse?

No final do ano passado, a empresa apresentou o que chamou de “novo Clubhouse?e anunciou o novo recurso “Chats”. Basicamente, a empreitada da empresa são grupos que permitem bate-papo por mensagens de áudio de maneira assíncrona. Ou seja, sem exigência de que todos os membros estejam conectados ao mesmo tempo, como em uma chamada.

Mesmo com as tentativas de trazer o app de volta à vida, a tendência dos usuários é seguir por outros caminhos e utilizar plataformas mais tradicionais de mídias sociais. 

Inicialmente, o recurso funcionava exatamente igual ao app Clubhouse, permitindo apenas bate-papo por voz, mas recentemente passou a permitir que os participantes abram suas câmeras durante a conversa.

Aliás, o então Twitter demonstrou interesse em adquirir o Clubhouse durante a fase de maior sucesso do aplicativo de conversas por áudio. De acordo com informações da Bloomberg, as negociações chegaram a ser abertas e o valor do acordo girava em torno de US$ 4 bilhões. Entretanto, por motivos que não foram revelados, as conversas acabaram sendo interrompidas.

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??????????????,??????,????????? //emiaow553.com/cientistas-da-ufpr-criam-teste-da-covid-19-usando-sensor-optico/ Mon, 19 Feb 2024 17:45:46 +0000 /?p=552671 Descoberta representa avanço na luta contra a Covid-19 e abre caminho para o desenvolvimento de testes clínicos mais seguros e baratos

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A pandemia de Covid-19 mobilizou cientistas em todo o mundo na busca por novas ferramentas para combater o vírus. Na UFPR (Universidade Federal do Paraná), uma parceria entre físicos e bioquímicos resultou na criação de um biossensor ótico capaz de identificar a presença do vírus.

O DiNE (Grupo de Pesquisa de Dispositivos Nanoestruturados) e o NFN (Núcleo de Fixação Biológica de Nitrogênio) uniram forças para desenvolver um dispositivo que pode detectar pequenas quantidades de anticorpos, oferecendo alta sensibilidade e reduzindo o risco de falsos negativos.

O biossensor, no entanto, detecta apenas o anticorpo, o que limita seu uso após a vacinação em massa. Mas os pesquisadores já estão adaptando o dispositivo para detectar o vírus diretamente.

De acordo com o professor Emanuel Maltempi, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, o biossensor poderia ter sido uma ferramenta valiosa para testes mais práticos e rápidos durante a pandemia. “Seria uma técnica muito barata que poderia ser usada até no consultório do médico com uma gota de sangue do dedo? afirmou em um comunicado.

O que são biossensores e como eles detectam a Covid

Os biossensores possuem três elementos. Um biorreceptor, um transdutor (que converte um sinal bioquímico em um sinal mensurável) e uma unidade de processamento de sinal.

Quando o biorreceptor interage com o material de análise, ele gera um sinal. Um exemplo famoso é o sensor de glicose oxidase, que detecta a presença de glicose no sangue.

No caso do biossensor desenvolvido pela UFPR, ele forma-se camada a camada usando um polímero semicondutor F8T2 como base. Quando este material é submetido a uma fonte de luz, ele emite um padrão luminoso conhecido pelos cientistas.

Quando fazemos o exame com o material coletado de um paciente com Covid-19, reproduzimos o processo do vírus causador da Covid-19 se ligando à célula para introduzir seu material genético, mas na superfície do biossensor. Assim, quando o anticorpo se liga ao antígeno presente no sensor, ele altera a fotoluminiscência do polímero, indicando a presença do vírus.

De acordo com a UFPR, esta descoberta representa um grande avanço na luta contra a Covid-19. Ela também abre caminho para o desenvolvimento de testes clínicos mais seguros e baratos.

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??? ????? ??? ???? ??? ?? //emiaow553.com/estudo-atesta-eficacia-da-vacina-bivalente-contra-covid-19/ Sat, 10 Feb 2024 19:30:56 +0000 /?p=551220 Pesquisadores brasileiros analisaram pela primeira vez a imunidade induzida em cenário de população real de vacinados; resultados foram divulgados no Journal of Medical Virology

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Texto: Julia Moióli | Agência FAPESP

A vacina bivalente contra a COVID-19 induz a produção de anticorpos neutralizantes contra o coronavírus que circulou no início de pandemia e também contra subvariantes da ômicron, embora em menor quantidade, aponta estudo brasileiro publicado no Journal of Medical Virology, uma das mais conceituadas da área de virologia médica.

Além de atestar a eficácia e a importância do imunizante no controle da doença, cujos casos voltaram a aumentar no último mês em diversos Estados do país, o trabalho indica que, a partir de agora, o modelo de vacinação deve se assemelhar ao da gripe, com ajustes frequentes na formulação para priorizar variantes mais recentes.

Foi a primeira vez que uma pesquisa avaliou a imunidade induzida pela vacina Cominarty Bivalente BA.4/BA.5, produzida pela farmacêutica Pfizer, em cenário de população real de vacinados no Brasil. Cerca de cem voluntários saudáveis, com idades entre 16 e 84 anos, da cidade de Barreiras, no Estado da Bahia, tiveram seus níveis de anticorpos neutralizantes (capazes de neutralizar o vírus e impedir a infecção) analisados. Parte deles havia tomado três ou quatro doses de vacinas monovalentes, como Coronavac (Instituto Butantan/Sinovac), Covishield (Oxford/AstraZeneca), Janssen e Pfizer, que eram baseadas apenas no vírus original (oriundo de Wuhan, China), enquanto outros receberam como quinta dose a bivalente, que contém em sua formulação componentes do coronavírus original e das subvariantes BA.4 e BA.5 de ômicron.

Os ensaios de avaliação da capacidade de neutralização dos anticorpos foram feitos com diferentes estirpes do coronavírus SARS-CoV-2: original (do início de pandemia); ômicron, predominante no ano de 2021; e subvariantes FE.1.2 e BQ.1.1 de ômicron, que dominaram o cenário epidemiológico no país mais recentemente.

Financiado pela FAPESP (projetos 20/05204?, 20/06409?, 20/08943?, 21/05661?, 22/11981? e 23/01925?) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o estudo mostrou que a vacina bivalente induz reforço da resposta imune e tem uma capacidade maior de neutralizar vírus mais recentes, como ômicron e suas subvariantes, em comparação com indivíduos não vacinados com o novo imunizante. Entretanto, seu foco principal ainda é contra o coronavírus original, dominante no início da pandemia, o que gera uma espécie de competição, limitando a imunidade a médio e longo prazo contra os vírus mais novos, que têm mais importância epidemiológica atualmente.

“Esse resultado era esperado, uma vez que a memória imunológica se baseia em células capazes de reconhecer frações do vírus e é reforçada pelo número de contatos com o contaminante? explica Jaime Henrique Amorim, pesquisador visitante no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e coordenador do estudo. “Por natureza, o sistema imune vai sempre reagir melhor contra aquilo que já conhece e os voluntários imunizados com a vacina bivalente já haviam tomado quatro doses anteriores de monovalentes? acrescenta ele, que também é professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob).

Modelo para o futuro

“Controlar um vírus com capacidade de transmissão tão elevada como o SARS-CoV-2 requer uma cobertura vacinal também elevada? afirma Luís Carlos de Souza Ferreira, coordenador do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do ICB-USP. “O trabalho deixa claro que a vacina bivalente é o caminho correto para se atingir a imunidade contra as subvariantes de ômicron e, portanto, sua administração tem sido fundamental para controlar as novas variantes.?/p>

De acordo com os pesquisadores, a pesquisa traz outra informação relevante para o planejamento futuro da política de vacinação: por induzir uma resposta imunológica predominantemente voltada para o vírus original, que não está mais em circulação desde 2020, a vacina atual deve ter sua formulação ajustada para não mais incluir esses componentes.

“As próximas doses devem levar em conta os vírus que circulam no momento e não mais os que desapareceram, para que a imunidade seja atualizada e reforçada de acordo com o cenário epidemiológico vigente, de forma semelhante ao que se faz contra o vírus influenza, da gripe? explica Amorim.

A primeira autoria do trabalho é dividida pelas pesquisadoras Milena Silva Souza e Jéssica Pires Farias, ambas da Ufob, em parceria com outras instituições do Brasil e dos Estados Unidos.

O artigo Neutralizing antibody response after immunization with a COVID?9 bivalent vaccine: Insights to the future pode ser lido em: //onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jmv.29416.

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???BLOG ???????????? //emiaow553.com/casos-de-covid-longa-podem-estar-diminuindo-diz-estudo/ Tue, 05 Dec 2023 12:20:37 +0000 /?p=538348 Covid longa é caracterizada pelo cansaço extremo, tosse persistente, dores de cabeça e dificuldade em realizar atividades rotineiras

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A Covid longa, sequelas da infecção da Covid-19 que podem perdurar por mais de um ano, parece estar finalmente diminuindo. Pelo menos é o que aponta uma pesquisa dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

Eles observaram que a proporção de pessoas infectadas com SARS-CoV-2 que desenvolveram Covid longa caiu de 18,9% em junho de 2022 para 11% em janeiro de 2023. E apenas alguns meses antes, investigadores europeus descobriram que o risco de Covid longa entre pacientes caiu de 19,1% em 2020 para 6,2% no início de 2022.

Isso pode ser um bom sinal, já que o sintomas de longa duração eram a principal queixa entre pacientes que tiveram Covid após o término da infecção aguda.

A Covid longa é caracterizada pelo cansaço extremo, tosse persistente, dores de cabeça e dificuldade em fazer atividades rotineiras. Entre os motivos apontados para a queda nos sintomas pós-infecção, está a maior imunização da população.

Qualquer pessoa que foi infectada pode desenvolver a síndrome, seja adulto, jovem ou criança. O pós-Covid pode se manifestar, inclusive, em pessoas que tiveram sintomas leves durante a infecção, embora pacientes com sintomas mais graves tenham uma maior probabilidade de ter complicações em longo prazo.

Estudos ainda estão investigando essa questão. Mas, a princípio, os grupos a seguir estão mais propensos a desenvolver a Covid longa:

  • Pessoas que sofreram uma doença Covid-19 mais grave, especialmente aquelas que foram hospitalizadas ou precisaram de cuidados intensivos;
  • Pessoas que tinham comorbidades antes do Covid-19; e
  • Pessoas que não receberam a vacina Covid-19.

Covid longa no Brasil

Não é só os EUA que têm se preocupado em estudar a Covid longa. Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) concluiu que três em cada quatro infectados pelo coronavírus desenvolveram Covid longa.

O estudo acompanhou 1.000 pacientes do estado durante os últimos três anos. Por meio de questionários online, os autores coletaram informações sobre pacientes infectados pelo coronavírus em diferentes momentos desde o início da pandemia. Dados foram registrados entre junho e dezembro e 2020 e junho de 2021, 2022 e 2023.

Além disso, a pesquisa também descobriu que pessoas que não completaram o ciclo vacinal contra a Covid-19 tiveram 23% mais chance de ter sintomas de longa duração. Isso corrobora com os estudos internacionais, que apontam a importância da imunização.

Juntamente com isso, condições como obesidade e tabagismo também intensificaram sintomas como dores de cabeça, perda de olfato e paladar e complicações neurológicas.

Assim, no ano que vem, os pesquisadores pretendem continuar acompanhando a prevalência de sintomas no Rio Grande do Sul por meio de novos questionários online. Nesse sentido, um novo levantamento deve ser feito em junho de 2024.

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???? ???????????? ??? //emiaow553.com/covid-longa-esta-ligada-a-dano-duradouro-na-mitocondria-a-fabrica-de-energia-das-celulas/ Mon, 27 Nov 2023 22:11:40 +0000 /?p=535788 A infecção pelo SARS-CoV-2 pode suprimir em diversos tecidos do organismo a expressão de genes mitocondriais envolvidos com a produção de ATP, a molécula que serve de combustível celular. Descoberta abre caminho para a busca de estratégias capazes de reverter o quadro

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Texto: Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP

Estudo internacional publicado em Science Translational Medicine revela que o vírus da COVID-19 pode prejudicar em diversos tecidos do organismo a função da mitocôndria ?a “usina?de energia das células ? criando um efeito global e prolongado em todos os órgãos do infectado.

A descoberta de um efeito sistêmico relacionado com a inibição da função mitocondrial abre caminho para a busca de novos tratamentos tanto para casos graves da doença quanto para pacientes com COVID longa.

“A disfunção mitocondrial provocada pelo SARS-CoV-2 se mantém conservada, mesmo quando o vírus é eliminado. Isso configura mais um efeito sistêmico da doença. Neste trabalho, verificamos que o processo ocorre em vários tecidos do organismo, não só nas células do sistema imune [monócitos] ou apenas no pulmão, como se imaginava inicialmente. A disfunção mitocondrial pode ocorrer em todo o organismo e, entre as consequências, está o aumento da resposta inflamatória em pacientes graves? explica Pedro Moraes-Vieira, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp).

A investigação que deu origem ao artigo foi desenvolvida no âmbito do consórcio COVID-19 International Research Team, que reúne pesquisadores de diferentes centros dos Estados Unidos, Coreia do Sul, Dinamarca, Paraguai e Brasil. Os trabalhos são financiados sobretudo pelo National Institutes of Health (NIH, dos Estados Unidos). Este estudo em específico é a continuação de uma investigação iniciada no ano de 2020, com apoio da FAPESP, na qual a equipe da Unicamp, liderada por Moraes-Vieira, descobriu que a COVID-19 poderia gerar disfunções na mitocôndria. Contudo, ainda não estava comprovado que se tratava de um problema generalizado (leia mais em: agencia.fapesp.br/33237/).

Energia roubada

No artigo mais recente, os pesquisadores analisaram a infecção pelo vírus causador da COVID-19 em dois modelos animais (hamsters e camundongos). Além disso, examinaram dados referentes a mais de 700 amostras nasofaríngeas (de pessoas saudáveis e de pacientes com infecção pelo SARS-CoV-2 em estágio inicial) e 35 amostras de tecidos obtidas por meio de autópsia (de indivíduos com infecção em estágio avançado) ?todas coletadas durante a pandemia na cidade de Nova York.

As análises revelaram que o vírus suprime a expressão de certos genes mitocondriais (vale lembrar que essa organela possui material genético próprio, o DNA mitocondrial). Esse processo afeta vias bioquímicas, a produção de energia celular e a ativação da resposta imune. Isso faz com que a célula comece a usar uma via alternativa para produção de energia, a chamada glicólise, que consiste na quebra da molécula de glicose em duas moléculas de ácido pirúvico, que passam a servir como fonte de energia para o vírus. Dessa forma, ele consegue se replicar mais, desencadeando uma resposta inflamatória mais exacerbada, ou seja, a forma grave da COVID-19.

Mas o efeito sistêmico de inibir a função mitocondrial não para por aí. “Observamos que, mesmo quando o vírus era eliminado do organismo e a inibição dos genes mitocondriais no pulmão havia cessado, a expressão desses genes mitocondriais no coração, rim, fígado ou nos gânglios linfáticos permanecia prejudicada, levando potencialmente à patologia grave da COVID-19. Acreditamos também que essa inibição dos genes mitocondriais possa estar relacionada com a chamada COVID longa quando não há mais vírus. O paciente está curado da doença, mas alguns sintomas e sequelas persistem? comenta Moraes-Vieira, que também é pesquisador do Experimental Medicine Research Cluster (EMRC) e do Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades (OCRC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP na Unicamp.

Como lembra o pesquisador, os experimentos feitos em monócitos infectados pelo grupo da Unicamp, em 2020, mostraram que a supressão dos genes mitocondriais quase inativou o processo de fosforilação oxidativa, que utiliza a energia liberada pela oxidação de nutrientes para produzir a molécula conhecida como trifosfato de adenosina, ou ATP, que serve de “combustível?para as células.

“Isso cria a necessidade de buscar novas formas de produzir energia, o que, em relação aos sintomas da doença, pode se manifestar na forma de falta de ar e cansaço, por exemplo? diz. Esse dado foi publicado em 2020 pelo grupo de Moraes-Vieira.

Já as amostras nasofaríngeas e de tecidos analisadas no estudo agora publicado mostraram que a supressão de genes e da função mitocondrial estava ocorrendo em diferentes órgãos, como coração, fígado, rins e gânglios linfáticos.

“Mesmo após a eliminação do vírus, a inibição de genes relacionados à fosforilação oxidativa permanecia. Parece ser um quadro irreversível se pensarmos em casos de COVID longa. Isso abre caminho para buscar novos tratamentos que envolvam a restauração da função mitocondrial. E é justamente nesse ponto que vamos focar nos próximos estudos? comenta.

O estudo Core mitochondrial genes are down-regulated during SARS-CoV-2 infection of rodent and human hosts pode ser lido em: www.science.org/doi/10.1126/scitranslmed.abq1533#con45.

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?????????, ???, ????????????? //emiaow553.com/obesidade-cresceu-em-criancas-e-adolescentes-brasileiras-na-pandemia/ Fri, 24 Nov 2023 19:21:59 +0000 /?p=535407 Consumo de ultraprocessados e falta de exercícios físicos são causas

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Texto: Rafael Cardoso/Agência Brasil

O número de crianças e adolescentes com excesso de peso aumentou no país entre 2019 e 2021, período que abrange a pandemia de covid-19. Segundo levantamento do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância – Fiocruz/Unifase), houve crescimento de 6,08% no grupo das crianças de até 5 anos de idade. Entre aqueles com 10 a 18 anos, o crescimento foi de 17,2%. O excesso de peso inclui tanto os casos de sobrepeso como os de obesidade.

Os dados do estudo são baseados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan-WEB), ferramenta que monitora indicadores de saúde e nutrição. Segundo os pesquisadores, a diminuição de exercícios físicos e o desajuste na alimentação são as principais explicações para os problemas de peso.

“A obesidade infantil e de adolescentes no Brasil ainda é uma grande preocupação de saúde pública. Apesar de observarmos uma queda nos últimos anos, o Brasil ainda possui números acima da média global e da América Latina. Nos anos de pandemia, observamos um aumento nos índices de obesidade infantil, possivelmente como consequência do aumento no consumo de ultraprocessados durante o período de isolamento? explica Cristiano Boccolini, pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e coordenador do Observa Infância.

Pós-pandemia

O cenário começa a melhorar no período seguinte, entre 2021 e 2022, mas ainda com percentuais altos. O número de crianças com excesso de peso teve um recuo de 9,5% e o de adolescentes queda de 4,8%. Em 2022, a taxa de crianças de até cinco anos com excesso de peso era de 14,2%. A de adolescentes estava em 31,2%.

O último grupo é o que mais preocupa os pesquisadores do Observa Infância. Pelas análises das séries históricas, há uma tendência de queda do problema entre as crianças, principalmente depois do período de isolamento. Mas entre os adolescentes, a queda aconteceu apenas entre 2021 e 2022. No longo prazo, a tendência é de crescimento do excesso de peso.

A comparação com outros países mostra que a situação no Brasil é mais crítica. Aqui, em 2022, há três vezes mais crianças com excesso de peso do que a média global (14,2% no Brasil e 5,6% na média global). Sobre os adolescentes, a média nacional é quase o dobro da global: 31,2% contra 18,2%.

“Acreditamos que os altos números da obesidade infantil no Brasil devem muito à falta de regulação dos alimentos ultraprocessados no país. A partir de outubro de 2023 passa a vigorar plenamente a nova rotulagem frontal dos alimentos industrializados, indicando os excessos de sal, gorduras saturadas e açúcares na parte frontal das embalagens. As crianças são muito suscetíveis a esses produtos e acreditamos que a implementação dessa política terá algum impacto nos números de obesidade a partir deste ano? diz Boccolini.

“Este estudo serve como um chamado à ação para políticas públicas, profissionais de saúde, escolas e famílias para redobrar os esforços na luta contra a obesidade infantil, garantindo um futuro mais saudável para as crianças do Brasil.?/p>

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??????????? //emiaow553.com/mesmo-no-auge-da-pandemia-concentracao-de-poluentes-na-atmosfera-paulistana-ultrapassou-limite-ideal/ Sat, 18 Nov 2023 19:02:18 +0000 /?p=533528 Grupo da USP analisou indicadores de poluição do ar na Região Metropolitana de São Paulo entre os invernos de 2019 e de 2020, quando a movimentação na capital estava reduzida em razão do isolamento social. Ainda assim, médias diárias excederam em 75 dias o padrão de qualidade do ar da Organização Mundial da Saúde

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Texto: José Tadeu Arantes | Agência FAPESP

Os moradores de São Paulo certamente se lembram do evento ocorrido em 19 de agosto de 2019, quando nuvens escuras cobriram o céu e o dia virou noite na cidade. O fenômeno não foi causado pela poluição local nem por emissões produzidas no próprio Estado, mas pelo enorme aporte de material particulado proveniente de queimadas na região amazônica, a milhares de quilômetros de distância. A escuridão deixou claro ?se já não estava ?que tudo se encontra interligado e aquilo que acontece em uma ponta pode repercutir muito longe de seu local de origem.

Mas, independentemente de eventos extremos como o citado acima, a qualidade do ar na maior metrópole brasileira não atende, em algumas épocas do ano, aos padrões estabelecidos pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), e menos ainda às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que são mais rigorosas. Quem diz isso é a pesquisadora Regina Maura de Miranda, professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP). Ela coordenou, juntamente com colaboradores, um estudo que levantou, no período compreendido entre o inverno de 2019 e o inverno de 2020, indicadores de poluição do ar na Região Metropolitana de São Paulo. Os resultados foram publicados na revista Atmosphere.

“Em relação ao material particulado, foco do nosso estudo, verificamos que a situação tende a se agravar nos meses de inverno, quando ocorrem queimadas no interior do Estado, em outras regiões do país e até em outros países, como Bolívia e Paraguai, e as condições de circulação atmosférica são favoráveis para que essa poluição chegue próxima à superfície da cidade de São Paulo. Nesses períodos, há maior contribuição de partículas com diâmetros menores, que interagem mais eficientemente com a radiação solar, intensificando o seu efeito climático e impactando a saúde humana? afirma Miranda.

A pesquisa caracterizou material particulado fino, o chamado MP2,5, que engloba partículas com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros, e relacionou dados de composição química obtidos na superfície com parâmetros ópticos observados na coluna atmosférica. Medições foram feitas a cada 60 segundos e, depois, a média diária foi calculada. De acordo com o estudo, essas médias diárias excederam em 75 dias o padrão de qualidade do ar recomendado pela OMS.

“Por meio da aplicação de um modelo apropriado para análise de dados ambientais, identificamos quatro fontes principais de aerossóis: veículos pesados [42%], poeira do solo mais fontes locais [38,7%], veículos leves [9,9%] e fontes locais [8,6%]? informa Miranda. Na rubrica “fontes locais? estão enquadrados tanto o material originado em emissões industriais ou queimadas realizadas nas periferias da cidade e no interior do Estado quanto material proveniente de queimadas distantes. “Durante o período seco, principalmente entre julho e outubro, a queima de biomassa no Brasil Central e interior paulista libera grandes quantidades de gases e partículas. Levados por processos turbulentos gerados pelas queimadas a camadas relativamente elevadas da atmosfera, esses gases e partículas são conduzidos pelos ventos, podendo alcançar a Região Metropolitana de São Paulo, como se deu de forma explícita em agosto de 2019? acrescenta a pesquisadora.

Emissão veicular

Entre os vários tipos de poluentes, ela destaca, devido às fontes na região estudada, a importância do chamado black carbon (BC), constituído principalmente por carbono emitido por veículos pesados movidos a diesel ou pela queima de biomassa. Além dos males que pode causar ao sistema respiratório, esse material preocupa por outro motivo. Absorvendo a radiação solar na faixa do espectro visível e infravermelho próximo, o BC pode contribuir para o aquecimento da atmosfera localmente, agravando os efeitos do aquecimento global. Nos anos de 2019 e 2020, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou que ocorreram, respectivamente, 197.632 e 222.797 focos de incêndio no país.

“Nosso estudo foi realizado no campus da EACH-USP, na Zona Leste de São Paulo. Trata-se de uma área com mais de 6 milhões de habitantes, bastante industrializada, e cortada por estradas com tráfego intenso de veículos. Nela também está sediado o maior aeroporto do país. Solo impermeabilizado por asfalto e outros tipos de cobertura, ilhas de calor e alta concentração de poluentes fazem parte do contexto. Para caracterizar os tipos e concentrações dos aerossóis, sua composição química, propriedades ópticas e variabilidade sazonal, o estudo foi conduzido em diferentes estações, tanto no período seco quanto no chuvoso? conta Miranda.

Quanto à composição química, o estudo mostrou elevada concentração de elementos oriundos do solo, como alumínio (Al), silício (Si), cálcio (Ca) e ferro (Fe). Mas também identificou vários elementos lançados no ar pela atividade humana, como enxofre (S), resultante principalmente de processos de combustão; bromo (Br) e cálcio (Ca), utilizados em lubrificantes e aditivos em veículos leves; cobre (Cu) e zinco (Zn), empregados como antioxidantes em óleos de motor; potássio (K), proveniente da queima de biomassa; e cloro (Cl), liberado por plásticos queimados junto com o lixo doméstico.

“O período estudado foi, de certa forma, atípico, porque, no auge da pandemia, houve uma redução drástica na emissão de poluentes. Mesmo assim, as recomendações da OMS foram ultrapassadas. Queremos divulgar, em um próximo artigo, os dados colhidos nos anos seguintes. E avançar o estudo, investigando os aerossóis secundários, gerados pelas reações químicas dos poluentes primários na atmosfera? comenta a pesquisadora.

A investigação faz parte do trabalho de mestrado de Erick Vinícius Ramos Vieira, orientando de Regina Maura de Miranda e primeiro autor do artigo. E foi apoiado pela FAPESP por meio de Auxílio à Pesquisa, concedido a Miranda.

O artigo Chemical Characterization and Optical Properties of the Aerosol in São Paulo, Brazil pode ser lido em: www.mdpi.com/2073-4433/14/9/1460.

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??? ??? ?? Archives??? ??- ??? //emiaow553.com/vacina-contra-covid-sera-incluida-no-programa-nacional-de-imunizacoes/ Tue, 31 Oct 2023 17:36:54 +0000 /?p=529701 Vacinação anual passa a valer a partir de 2024

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Texto: Paula Laboissière/Agência Brasil

A partir de 2024, a dose da vacina contra a covid-19 passará a fazer parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A recomendação do Ministério da Saúde é que estados e municípios priorizem crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença: idosos; imunocomprometidos; gestantes e puérperas; trabalhadores da saúde; pessoas com comorbidades; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; pessoas em instituições de longa permanência e trabalhadores; pessoas com deficiência permanente; pessoas privadas de liberdade; adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; funcionários do sistema de privação de liberdade; e pessoas em situação de rua.

“?uma mudança importante, alinhada com a Organização Mundial da Saúde [OMS], em que a vacina contra a covid-19 passa a incorporar o nosso Programa Nacional de Imunizações. Durante a pandemia, foi criado um programa paralelo, para operacionalização da vacina contra a covid-19, fora do nosso programa nacional. O que fizemos este ano foi trazer a vacina contra a covid-19 para dentro do Programa Nacional de Imunizações. A vacina passa a ser recomendada no calendário de crianças. Para todas as crianças nascidas ou que estejam no Brasil, com idade entre 6 meses e menores de 5 anos, a vacina passa a ser obrigatória no calendário vacinal? destacou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel.

“Além disso, alinhados com a recomendação da Organização Mundial da Saúde recente, a gente passa a incorporar a dose no calendário anual de vacinação para grupos prioritários. Aqui no Brasil, ampliamos um pouco o grupo que a OMS recomenda, que é mais restrito. Vamos, na campanha de 2024, manter os mesmos grupos de 2023. Essas são as duas mudanças fundamentais? explicou.

A secretária lembrou ainda que a vacina bivalente segue disponível em todo o país, e recomendou que quem ainda não recebeu a dose este ano busque a imunização. “A vacina vai ser anual. Se a pessoa tomou a dose deste ao, já está com a dose em dia. Essa é a recomendação da Organização Mundial da Saúde agora, dose anual?

Demais grupos

“Como sempre fazemos em outras campanhas, abrimos para grupos prioritários e, depois, havendo sobra de vacina, a gente abre para os demais. Essa tem sido sempre a recomendação do Ministério da Saúde. A gente vai focar nos prioritários porque o principal foco da doença agora, no mundo inteiro, é diminuição de gravidade, hospitalização e óbito? destacou Ethel.

“Temos já elementos muito robustos e contundentes que indicam a segurança e a efetividade da vacina. No Brasil, tínhamos 4 mil pessoas morrendo todos os dias por covid. Hoje, temos 42. Essa é a maior prova da efetividade da vacina?

“Para os adultos em geral, pessoas que são imunocompetentes, como nós falamos quando não há uma doença de base, as doses que você tomou ainda te protegem. Você ainda tem proteção contra a gravidade da doença? acrescentou. “A gente tem a infecção respiratória, mas a gente não tem a gravidade da doença. As vacinas também protegem contra a covid longa, os estudos já mostram isso. Então, para os adultos imunocompetentes, a gente não precisaria de uma nova dose até o momento. Lembrando que é uma doença nova. Se surge uma nova variante que tem um escape das vacinas que temo, a gente precisa sempre mudar nossas recomendações?

Covid longa

A pasta informou que já contratou um estudo nacional de base populacional para entrevistar cerca de 33 mil pessoas com foco em covid longa. “?algo que também nos preocupa aqui no Ministério da Saúde, porque não temos estimativas internacionais nem nacionais ainda que nos deem elementos para a criação de políticas públicas. Esse estudo está sendo coordenado pelo pesquisador da Universidade Federal de Pelotas Pedro Hallal. O estudo vai à casa das pessoas saber quantas vezes teve covid, se teve sintomas, se eles persistem. A gente vai a campo agora no final de novembro e a gente espera, até o fim do ano, termos dados para que a gente possa pensar, em 2024, como a gente vai lidar também com a covid longa?

Números

De acordo o Ministério da Saúde, o Brasil segue uma tendência observada globalmente e registra oscilação no número de casos da doença. Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam aumento de casos na população adulta do Paraná, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de São Paulo. Em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul, há sinalização de aumento lento nas ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) decorrente da covid-19 na população de idade avançada, mas sem reflexo no total de casos identificados. O Distrito Federal, Goiás e o Rio de Janeiro, que anteriormente apresentavam alerta de crescimento, demonstraram indícios de interrupção no aumento de notificações.

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????? ???? ???? ??? ???????? //emiaow553.com/molecula-se-mostra-eficaz-para-barrar-entrada-do-sars-cov-2-na-celula-e-inibir-replicacao-viral/ Wed, 25 Oct 2023 20:03:51 +0000 /?p=528157 Pesquisadores do ICB-USP e colaboradores testaram o composto denominado calpeptina S em hamsters e em linhagens celulares. Resultados foram divulgados este mês na revista Communications Biology

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Texto: Agência FAPESP

Os efeitos promissores de uma molécula denominada calpeptina S no combate à infecção pelo SARS-CoV-2 foram descritos por pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e colaboradores em artigo publicado este mês na revista Communications Biology.

Em testes com hamsters, o tratamento reduziu a produção de partículas virais na traqueia do animal após o quinto dia de infecção. Em células Vero (linha originária de rim de macaco e muito usada como modelo experimental), baixas concentrações do composto (na faixa de nanomolar) foram capazes de eliminar a carga viral. Já em célula humana houve redução de até 80% nas alterações causadas pela invasão viral.

A calpeptina S é uma variação da calpeptina ?molécula inibidora da calpaína, uma proteína que utiliza o cálcio do corpo humano para acelerar a quebra de moléculas de água, promovendo reações químicas. A calpeptina já vinha sendo estudada para tratamento de diversos cânceres e doenças crônicas.

Para potencializar a ação da calpeptina, os pesquisadores desenvolveram uma nova molécula, a calpeptina S, que é fundida com uma molécula oriunda do enxofre

Para potencializar a ação da calpeptina, os pesquisadores desenvolveram uma nova molécula, a calpeptina S, que é fundida com uma molécula oriunda do enxofre (imagem: Patrick Y. A. Reinke Et al./Communications Biology)

“No caso da COVID-19, o diferencial em relação aos demais medicamentos já aprovados ou em estágio mais avançado de desenvolvimento é que a calpeptina não só ataca a Mpro [proteína importante para a replicação do coronavírus] como também atua com mais intensidade na catepsina-L, uma das formas de acesso do coronavírus às células humanas? explicou à Assessoria de Imprensa do ICB-USP Edmarcia Elisa de Souza, pesquisadora do laboratório Unit for Drug Discovery, coordenado pelo professor Carsten Wrenger no Departamento de Parasitologia.

Como explica Souza, a catepsina-L é uma das proteases responsáveis pelo trabalho do lisossomo ?organela que digere e elimina moléculas que não devem ser aproveitadas pela célula, como as moléculas do vírus, por exemplo. No entanto, no caso da COVID-19, o efeito é reverso. As partículas virais que entram na célula são processadas pela catepsina-L presente nos lisossomos, o que acaba por aumentar a liberação do vírus, espalhando-o pelas células. “Como a catepsina-L está pouco sujeita a mutações, diferentemente das proteínas do próprio SARS-CoV-2, isso aumenta o potencial inibitório do composto em comparação com os demais fármacos.?/p>

Com base nos resultados dos testes com células Vero e humana, validados por ensaios genéticos e de microscopia de fluorescência, os pesquisadores estimam que a calpeptina S seja ainda mais potente no organismo humano.

Ainda segundo Souza, o composto não causou efeitos tóxicos nas células testadas. “Havia dúvida se a calpeptina poderia alterar a estrutura da catepsina-L e produzir efeitos que pudessem prejudicar a funcionalidade das células, mas essa hipótese foi descartada em nossos ensaios, o que explica por que o composto só se mostrou tóxico em doses muito maiores do que as necessárias para eliminar os vírus.?/p>

Na próxima etapa da investigação, os pesquisadores pretendem avaliar se a calpeptina S mantém boa performance contra a variante ômicron ?como se imagina que aconteça.

Projeto internacional

A calpeptina foi selecionada por pesquisadores alemães a partir de um estudo publicado em 2021 na revista Science. Entre 35 concorrentes, ela foi a molécula que obteve a melhor performance em uma triagem feita por meio de testes de cristalografia de raios X. No processo, a calpeptina foi fundida à proteína Mpro.

Apesar de apresentar bons resultados, a molécula permanecia por pouco tempo nos organismos, o que reduzia a sua eficácia. A partir disso, para potencializar a ação do fármaco, os pesquisadores desenvolveram uma nova molécula, a calpeptina S, que é fundida com uma molécula oriunda do enxofre. “Comparamos a calpeptina S com a calpeptina original no ICB e atestamos que a nova molécula foi efetiva para combater o vírus? contou a pesquisadora.

Em seguida, foram feitos diversos ensaios enzimáticos e de cristalografia de raios X para avaliar com qual das sete variações de catepsinas (que existem no corpo humano e que são responsáveis pelo espalhamento do vírus nas células) a calpeptina S interagia melhor e como funcionaria a interação entre elas e a Mpro.

A investigação recebeu financiamento da FAPESP por meio de seis projetos (15/26722-820/12277-020/07251-220/09149-022/01812-8 e 21/02736-0) e foi feita em colaboração com pesquisadores da Universidade de Hamburgo e do Deutsches Elektronen-Synchrotron (DESY), ambos da Alemanha. Também participaram grupos de pesquisa dos departamentos de Biologia Celular e do Desenvolvimento e Microbiologia do ICB-USP.

O potencial do fármaco contra o SARS-CoV-2 foi identificado pelos cientistas alemães. Já os testes de validação da ação do composto contra o vírus em modelos animais e em células foram realizados no laboratório BSL3 Cell Culture Facility for Vector and Animal Research do ICB-USP, que tem nível três de biossegurança (NB3).

A célula humana foi cedida pelo Laboratório de Biologia Celular e Molecular, coordenado pela professora Glaucia Maria Machado-Santelli //bv.fapesp.br/pt/pesquisador/5338/glaucia-maria-machado-santelli, do Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento; os vírus foram fornecidos pelo Laboratório de Virologia Clínica e Molecular, coordenado pelo professor Edison Durigon, docente da Microbiologia; e os ensaios em animais foram feitos em conjunto com o Laboratório de Pesquisa Aplicada a Micobactérias (LaPam), coordenado pela professora Ana Marcia de Sá Guimarães, também da Microbiologia.

O artigo Calpeptin is a potent cathepsin inhibitor and drug candidate for SARS-CoV-2 infections pode ser lido em: www.nature.com/articles/s42003-023-05317-9#Fun.

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