???? ??? ???(??) ?????????? / Vida digital para pessoas Wed, 02 Oct 2024 18:02:56 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ??? ?????? ?? ?????? ?? / 32 32 ??? ?? ????????, ?????? //emiaow553.com/cientistas-correm-para-testar-vacina-contra-virus-mortal-similar-ao-ebola/ Wed, 02 Oct 2024 20:06:38 +0000 //emiaow553.com/?p=599539 No dia 30 de setembro, Ruanda registrou 27 casos e 9 mortes pelo Vírus de Marburg, um primo mortal do ebola.

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Um surto recente de um vírus considerado mortal (um primo do ebola) surgiu em Ruanda e está fazendo cientistas correrem contra o tempo para desenvolver uma vacina.

De acordo com a revista científica Nature, na última segunda-feira (30), o país africano registrou 27 casos e 9 mortes pelo Vírus de Marbur. Assim como o ebola, o vírus causa febre hemorrágica e é mortal. A maioria dos casos ocorreu em trabalhadores do sistema de saúde de Kigali, capital de Ruanda.

Além da letalidade, o que preocupa os cientistas é a falta de tratamentos e vacinas para conter o surto do vírus.

Na segunda-feira (30), a OMS (Organização Mundial da Saúde) realizou uma teleconferência com cientistas de Ruanda para iniciar testes e tratamentos de vacinas contra o vírus moral.

O MARVAC, consórcio de vacinas contra o Vírus de Marburg, também participou da reunião.

Vacinação em anel para vírus mortal funcionou contra ebola

De acordo com Ira Longini, bioestatístico da Universidade da Flórida e membro do MARVAC, o plano é tentar uma estratégia de vacinação contra o novo vírus, caso o surto em Ruanda continue.

A estratégia, chamada vacinação em anel, consiste em rastrear e imunizar todas as pessoas que tiveram contato com o indivíduo infectado pelo vírus.

A técnica foi implementada de maneira experimental durante o surto de ebola na África Ocidental, que ocorreu entre 2014 e 2016.

Anteriormente, a OMS aprovou planos para desenvolver uma vacina contra esse novo vírus mortal, bem como tratamentos antivirais, semelhantes aos de combate ao ebola.

Agora, a OMS e os cientistas correm para aprovar os testes de vacina em Ruanda para conter o contágio do vírus. Felizmente, várias vacinas contra o Vírus de Marburg já estão em diferentes fases desenvolvimento.

Uma delas, do Sabin Vaccine Institute, dos EUA, foi considerada segura e gerou resposta imunológica contra o vírus, segundo um estudo publicado em 2023.

Desse modo, os cientistas planejam realizar testes maiores na Uganda e no Quênia.

Mas e como fica a situação em Ruanda?

De acordo com um porta-voz do Sabin Institute, a organização está trabalhando com o governo de Ruanda, mas não informou a quantidade de doses disponíveis da vacina contra o vírus mortal.

Além do Sabin Institute, a Universidade de Oxford desenvolve uma vacina similar, que a OMS considerou uma prioridade para os testes durante um surto do Vírus de Marburg.

A má notícia é que, apesar dos cientistas trabalhando para desenvolver uma vacina, é provável que dados cruciais para aprimorar tais vacinas tenham que surgir durante múltiplos surtos do vírus, segundo Nancy Sullivan, imunologista viral da Universidade de Boston.

“A ideia é seguir com os trabalhos sem se preocupar com o fim do surto. É a penas uma parte do teste geral? diz Sullivan.

Portanto, pessoas em Ruanda ?e em outros países da África ?vão morrer até uma vacina efetiva chegar. Isso mesmo com os esforços dos cientistas para combater o novo vírus.

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??? ?????? ??????? //emiaow553.com/mpox-oms-divulga-cursos-e-materiais-gratuitos-em-oito-idiomas/ Mon, 26 Aug 2024 13:50:11 +0000 //emiaow553.com/?p=587788 Documentos podem ser acessados no site da entidade

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Texto: Paula Laboissière/Agência Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um conjunto de cursos e materiais online gratuitos em oito idiomas ?incluindo português ?sobre a mpox, decretada emergência em saúde pública de importância internacional. Os documentos podem ser acessados no site da entidade.

Os cursos e materiais disponibilizados auxiliam em temáticas como a evolução global do cenário de mpox no continente africano, além de detalhar sinais e sintomas característicos da doença, opções de tratamento e medidas de prevenção e controle de infecções.

>> Mpox: conheça sintomas e tire principais dúvidas sobre a doença

Os documentos detalham ainda as possíveis vias de transmissão da mpox; a detecção clínica de casos suspeitos e as diferenças em relação a quadros como varicela humana e sarampo; e a descrição de amostras e testes laboratoriais.

Os materiais também tratam da distribuição geográfica da mpox, do manuseio e envio adequado de amostras biológicas e da correta condução de investigação de surtos da doença, acompanhada de respostas eficazes ao cenário.

Entenda

No último dia 14, a OMS declarou que o cenário de mpox no continente africano constitui emergência em saúde pública de importância internacional em razão do risco de disseminação global e de uma potencial nova pandemia. Este é o mais alto nível de alerta da entidade.

Dados da organização indicam que mais de 15 mil casos suspeitos da doença foram contabilizados apenas na República Democrática do Congo, além de 537 mortes. Infecções foram confirmadas ainda no Burundi, Quênia, Ruanda, na África do Sul e em Uganda.

Antes do decreto global, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças africano (CDC África) já havia declarado o cenário de mpox na região como emergência em saúde pública de segurança continental, citando a rápida transmissão da doença.

No fim de junho, a OMS chegou a alertar para uma variante mais perigosa da mpox. A taxa de letalidade pela nova variante 1b na África Central chega a ser de mais de 10% entre crianças pequenas, enquanto a variante 2b, que causou a epidemia global em 2022, registrou taxa de letalidade de menos de 1%.

Na última quinta-feira (15), o Ministério da Saúde do Brasil instalou um Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE) para coordenar as ações de resposta à doença no país. A pasta informou que, desde a primeira emergência decretada em razão da mpox, de 2022 a 2023, a vigilância se manteve como prioridade no país.

O ministério destacou que vinha monitorando atentamente a situação mundial e as informações compartilhadas pela OMS e por outras instituições e que já iniciou a atualização das recomendações e do plano de contingência para a doença no Brasil. A pasta anunciou ainda que negocia a aquisição emergencial de 25 mil doses contra a mpox junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

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??? ??? ?? ???????? //emiaow553.com/mpox-pode-virar-uma-pandemia-veja-opiniao-de-especialistas/ Sun, 25 Aug 2024 17:13:36 +0000 //emiaow553.com/?p=587768 Neste ano, mais de 500 mortes no Congo foram atribuídas à variante 1b da mpox, resultando no alerta de emergência da OMS, do último dia 14.

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Apesar de declarar a disseminação da mpox como uma emergência de saúde pública de interesse internacional, a OMS (Organização Mundial da Saúde) revelou que o vírus não vai causar uma pandemia como a de Covid.

Segundo especialistas da OMS, ao contrário da Covid-19, a mpox não é um vírus desconhecido, indicando já haver formas de controlar uma possível pandemia, embora sejam necessárias mais pesquisas sobre variante 1b.

Aliás, a cepa 1b foi o motivo pelo qual a OMS declarou a mpox como uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Neste ano, mais de 500 mortes no Congo foram atribuídas à variante 1b, resultando no alerta de emergência da OMS, do último dia 14.

No entanto, de acordo com Hans Kluge, diretor da OMS na Europa, é possível controlar a disseminação do vírus.

Em 2022, a OMS declarou um surto de mpox na Europa, causado pela variante 2b, como emergência de saúde pública de interesse internacional. Esse alerta foi suspenso em maio de 2023.

Especialistas descartam pandemia e afirmam que o foco é conter a mpox na África

A variante 2b é menos severa e afeta menos populações que a 1b, que se espalha rapidamente na África. Contudo, Kluge enfatiza que não teremos uma pandemia de mpox.

“A Mpox não é a nova Covid. Sabemos não apenas como controlar o vírus, mas também, no caso da Europa, quais os passos necessários para eliminar a transmissão? disse o diretor da OMS em coletiva na última terça-feira (20).

Além disso, Kluge afirmou que o risco de pandemia à população geral da Europa, por exemplo, é pequeno, embora a Suécia tenha confirmado um caso positivo da nova variante da mpox. Segundo informações, esse caso ocorreu em uma pessoa que viajou para a África recentemente.

Mesmo assim, especialistas descartam a possibilidade de uma pandemia do vírus da mpox, priorizando ações para conter o vírus na África.

Por outro lado, Debora MacKenzie, jornalista de ciência e autora de livros sobre a Covid-19, afirma que ainda não aprendemos a maior lição da pandemia.

“Quanto maior o número de casos, mais chances o vírus da mpox tem de se adaptar e isso pode, sim, causar uma pandemia. Uma doença em qualquer lugar pode ser uma ameaça a todos os lugares? diz MacKenzie.

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?? ????? ????? ??? //emiaow553.com/vacina-brasileira-contra-a-mpox-esta-proxima-dos-testes-em-humanos/ Thu, 22 Aug 2024 23:31:33 +0000 //emiaow553.com/?p=587626 Dose utiliza um vírus atenuado e não replicativo

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Texto: Paula Laboissière/Agência Brasil

O Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou estar próximo de iniciar a última etapa no desenvolvimento de uma vacina nacional contra a mpox, os testes em humanos. “A equipe está produzindo o chamado Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) para enviar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, assim, receber o sinal verde para começar os testes em humanos? informou.

O imunizante brasileiro ganhou maior projeção depois que a mpox foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) emergência em saúde pública de importância internacional, em razão do risco de disseminação global e de uma potencial nova pandemia. A vacina nacional, entretanto, já vinha sendo desenvolvida há 2 anos, desde a primeira emergência global provocada pela doença.

De acordo com a UFMG, a dose brasileira utiliza um vírus atenuado e não replicativo, o que torna o imunizante “extremamente seguro? inclusive para uso entre imunossuprimidos e gestantes. Os testes iniciais da vacina, segundo a universidade, apresentaram bons resultados, demonstrando “indução de neutralizantes, resposta celular e resposta robusta contra a doença?

Nas redes sociais do CTVacinas, a líder da Plataforma de Vetores Virais e Expressão de Célula Eucariota, Karine Lourenço, explicou que, durante a fase de pesquisa, a vacina demonstrou ser “protetora e esterilizante?

Segundo ela, o país já é capaz de produzir em larga escala a cepa atenuada do vírus vaccinia, gênero causador da doença. “Estamos prontos, em pouquíssimo tempo, para poder submeter essa vacina à Anvisa. E, quem sabe aí, o ensaio clínico?

Prioridade

Esta semana, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) informou que o imunizante nacional contra a mpox figura como uma das prioridades da Rede Vírus, comitê de especialistas em virologia criado para o desenvolvimento de diagnósticos, tratamentos, vacinas e produção de conteúdo sobre vírus emergentes no Brasil.

Em nota, a pasta destacou que, em 2022, o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos doou para a UFMG material conhecido como semente do vírus da mpox, uma espécie de ponto de partida para o desenvolvimento do insumo farmacêutico ativo (IFA), matéria-prima utilizada na produção do imunizante.

“No momento, a pesquisa está na fase de estudo para o aumento da produção, verificando a obtenção de matéria-prima para atender a demanda em grande escala? informou o ministério.

A dose, segundo a pasta, é composta por um vírus semelhante ao da mpox, atenuado através de passagens em um hospedeiro diferente, até que perdesse completamente a capacidade de se multiplicar em hospedeiros mamíferos, como o ser humano.

Outras vacinas

De acordo com a OMS, existem, atualmente, duas vacinas disponíveis contra a mpox. Uma delas, a Jynneos, produzida pela farmacêutica dinarmaquesa Bavarian Nordic, também é composta pelo vírus atenuado e é recomendada para adultos, incluindo gestantes, lactantes e pessoas com HIV.

O segundo imunizante é o ACAM 2000, fabricado pela farmacêutica norte-americana Emergent BioSolutions, mas com diversas contra indicações, além de mais efeitos colaterais, já que é composta pelo vírus ativo, “se tornando assim, menos segura? conforme avaliação do próprio MCTI.

Com a declaração de emergência global, o Ministério da Saúde anunciou que negocia a compra de 25 mil doses da Jynneos junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Desde 2023, quando a Anvisa aprovou o uso provisório do imunizante, o Brasil já recebeu cerca de 47 mil doses do imunizante e aplicou 29 mil.

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?? ?????? ??????? 2024??? ??? ?? //emiaow553.com/mpox-quais-os-sintomas-e-como-a-doenca-e-transmitida/ Thu, 22 Aug 2024 18:55:50 +0000 //emiaow553.com/?p=587566 Doença viral causada pelo mpox vírus é transmitida por pessoas e objetos contaminados e provoca erupções cutâneas; veja sintomas

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Recentemente, o surto de mpox na África fez com que a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarasse emergência de saúde pública internacional. Anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”, em 2022, a doença mudou de nome para evitar o estigma contra os animais.

No entanto, apesar de como era chamada, os macacos não transmitem o vírus da varíola. Trata-se de uma doença zoonótica viral causada pelo MPXV (mpox vírus). Sua transmissão em humanos ocorre por meio do contato com pessoas ou materiais infectados.

Nos seres humanos, a janela de transmissão começa com o início dos sintomas e continua até que as lesões cicatrizem completamente, o que pode levar de duas a quatro semanas.

Sendo assim, a principal forma de transmissão se dá através de contato próximo e prolongado, como abraços, beijos e relações sexuais. Além disso, lesões na pele como erupções cutâneas, crostas, feridas e bolhas ou fluidos corporais também podem transmitir o vírus.

Quanto aos objetos transmissores, a infecção também pode ocorrer no contato com roupas, toalhas, roupas de cama, pratos, entre outros contaminados recentemente.

Quais são os sintomas da mpox?

Os sintomas da mpox incluem erupções cutâneas ou lesões de pele (como bolhas e feridas), ínguas, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. Após o contato com o vírus, os primeiros sinais começam a aparecer de três a 16 dias, podendo chegar a 21.

As erupções costumam começar entre um a três dias depois do início da febre, mas podem ocorrer antes. Elas podem ser planas ou levemente elevadas, com líquido claro ou amarelado, e podem formar crostas, que secam e caem. O número também pode variar, bem como as partes do corpo, que podem ser rosto, palma das mãos, planta dos pés, boca, olhos, órgãos genitais e ânus.

Em caso de suspeita de doença, a recomendação do Ministério da Saúde é procurar uma unidade de saúde para avaliação e evitar contato físico com outras pessoas. Além disso, também é importante higienizar as mãos regularmente.

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?? ???? ?? ?????? ?? //emiaow553.com/mpox-saiba-quais-doencas-ja-tiveram-mais-alto-nivel-de-alerta-global/ Wed, 21 Aug 2024 14:50:39 +0000 //emiaow553.com/?p=586974 Pela 8ª vez, OMS decretou emergência em saúde pública

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Texto: Paula Laboissière/Agência Brasil

Após recomendação de especialistas e autoridades sanitárias internacionais, a mpox voltou a figurar como emergência em saúde pública de importância internacional. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (14) pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em razão do risco de disseminação global e da detecção de uma nova variante mais letal da doença.

A declaração é considerada o mais alto nível de alerta da OMS com base no regulamento sanitário internacional vigente. Esta é a oitava vez que a entidade decreta emergência em saúde pública de interesse internacional e a segunda relacionada especificamente à mpox ?entre 2022 e 2023, a doença também figurou como emergência global em meio à propagação do vírus em diversos países.

>> Confira, a seguir, a linha do tempo de todas as doenças que constituíram emergência em saúde pública internacional ao longo de 15 anos anos:

H1N1 (2009-2010)

Em março de 2009, autoridades sanitárias mexicanas identificaram um surto de H1N1, uma nova cepa do vírus Influenza A, que foi responsável pela pandemia de gripe espanhola entre 1918 e 1920. Inicialmente designada como gripe suína, a doença se espalhou rapidamente pelos Estados Unidos e, posteriormente, mundo afora. Cerca de um mês depois, a OMS declarou que a influenza A(H1N1) como emergência em saúde pública de importância internacional. A doença, posteriormente renomeada de gripe A, chegou ao Brasil em maio do mesmo ano e logo se espalhou pelo país.

Poliomielite (2014-presente)

Transmitido principalmente por via fecal-oral, o vírus causador da poliomielite é classificado como altamente infeccioso, capaz de invadir o sistema nervoso central. A estimativa é que uma em cada 200 infecções leve à paralisia irreversível, geralmente das pernas. Os casos da doença, popularmente conhecida como paralisia infantil, diminuíram 99% em todo o mundo, passando de 350 mil em 1988, para seis em 2021. A emergência foi declarada em 2014 e, segundo a OMS, esforços ainda são necessários para erradicar o vírus por completo do planeta. Ao lado da mpox, a pólio segue figurando como emergência em saúde pública de importância internacional.

Ebola (2013-2016)

Um surto do vírus Ebola iniciado em 2013 e que afetou, sobretudo, Guiné, Libéria e Serra Leoa, levou a OMS a declarar a doença como emergência em saúde pública de importância internacional. Descoberto em 1976 a partir de casos no Sudão e na República Democrática do Congo, o vírus tem o morcego como hospedeiro mais provável. Acredita-se que a doença tenha sido transmitida para seres humanos a partir do contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados. Conhecida anteriormente como febre hemorrágica ebola, as enfermidade é classificada por autoridades sanitárias como grave, com taxa de letalidade que pode chegar a até 90%.

Zika (2016)

Casos de microcefalia e outros distúrbios neurológicos possivelmente associados à infecção pelo vírus Zika fizeram com que a doença, em fevereiro de 2016, fosse considerada emergência em saúde pública de importância internacional. À época, a OMS apontou a necessidade de um resposta internacional coordenada para combater o vírus e comprovar cientificamente o elo entre a infecção em gestantes e malformações em bebês. Em novembro do mesmo ano, a organização declarou o fim da emergência, destacando que o cenário precisaria ser monitorado com atenção a longo prazo. Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, os primeiros casos no Brasil foram registrados em meados de 2015.

Ebola (2019-2020)

O vírus Ebola voltou a configurar emergência em saúde pública de importância internacional em julho de 2019, em razão de um surto na República Democrática do Congo. À época, a OMS chegou a pedir que Estados-membros redobrassem seus esforços para combater a doença e trabalhassem “em solidariedade?para interromper a propagação da doença no continente africano. Atualmente, a OMS considera risco elevado apenas na região afetada e não recomenda a triagem para pessoas de países que não fazem fronteira com a República Democrática do Congo.

Covid-19 (2020-2023)

Em 31 de dezembro de 2019, a OMS foi alertada sobre diversos casos de pneumonia de causa desconhecida na cidade de Wuhan, na China. Uma semana depois, autoridades sanitárias chinesas confirmaram que haviam identificado um novo tipo de coronavírus, nomeado de SARS-CoV-2 e responsável pelo quadro batizado de covid-19. Em 30 de janeiro, a doença foi declarada emergência em saúde pública de importância internacional e, em 11 de março, foi caracterizada pela OMS como pandemia. Em 2023, a entidade decretou o fim da emergência em razão da queda no número de hospitalizações e mortes pela doença, mas destacou que a covid-19 ainda constituía uma ameaça à saúde.

Mpox (2022-2023)

Em julho de 2022, a OMS determinou que o surto global de mpox constituía emergência em saúde pública de importância internacional. O número de casos relatados globalmente à época atingiu seu pico em agosto de 2022 e começou a diminuir gradualmente até abril de 2023. Em maio do mesmo ano, quase uma semana após alterar o status da covid-19 e em meio à uma redução significativa na disseminação de casos de mpox, a OMS determinou que o evento também não constituía mais uma emergência global, mas continuava a apresentar desafios de saúde pública significantes que precisavam de resposta robusta.

Mpox (2024-presente)

Na semana passada, o diretor-geral da OMS convocou um comitê de emergência para novamente avaliar o cenário de mpox na África e o risco de disseminação internacional da doença. A decisão levou em conta o registro de casos fora da República Democrática do Congo, onde as infecções estão em ascensão há mais de dois anos. O cenário se agravou ao longo dos últimos meses em razão de uma nova variante. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC África) chegou a declarar emergência em saúde pública de segurança continental. Um dia depois, a OMS decretou emergência global.

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?? ??? ?? Archives??? ??- ??? ???? //emiaow553.com/ministerio-da-saude-vai-instituir-comite-de-emergencia-para-mpox/ Thu, 15 Aug 2024 15:20:13 +0000 //emiaow553.com/?p=586005 Ministra Nísia Trindade diz que não há motivo de alarme, mas de alerta

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Texto: Pedro Rafael Vilela/Agência Brasil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta quarta-feira (14) que a pasta vai criar um Comitê de Operação de Emergência para adotar medidas de enfrentamento à disseminação da mpox, que vem preocupando autoridades internacionais. Mais cedo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o cenário de mpox na África constitui emergência em saúde pública de importância internacional em razão do risco de disseminação global e de uma potencial nova pandemia. Este é o mais alto nível de alerta da entidade. Apesar disso, segundo a ministra, o momento é de alerta, mas não de alarme.

“Nós vamos instituir um Comitê de Operação de Emergência, envolvendo Ministério da Saúde, Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], conselhos de secretários municipais e estaduais de saúde. Já estávamos acompanhando, tivemos reunião de especialistas, há duas semanas, desde que começaram os casos, e essa possibilidade [de disseminação da doença], e vamos analisar as questões como vacina. Não há motivo de alarme, mas de alerta”, afirmo a jornalistas, no Palácio do Planalto, após participar de um evento de anúncio de investimentos na indústria da saúde.

Entre as medidas que devem ser adotadas, segundo a ministra, estão a aquisição de testes de diagnóstico, alerta para viajantes e atualização do plano de contingências. Sobre vacinas, por enquanto, não há previsão de imunização em massa. No ano passado, a imunização contra a doença foi realizada em um momento de emergência em saúde pública de importância internacional, com o uso das doses liberadas pela Anvisa de forma provisória. Essas doses também foram usadas, segundo a ministra, para pesquisas científicas.

A avaliação da pasta é que a nova onda da doença apresenta risco baixo neste momento para o Brasil. Dados do ministério apontam que, em 2024, foram notificados 709 casos de mpox no Brasil e 16 óbitos, sendo o mais recente em abril do ano passado. Já em âmbito global, este ano, os casos já superam o total registrado em 2023 e somam mais de 14 mil, além de 524 mortes.

Em maio de 2023, quase uma semana após alterar o status da covid-19, a OMS declarou que a mpox também não configurava mais emergência em saúde pública de importância internacional. Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergência em razão do surto da doença em diversos países.

Doença

A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

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??? ???? 2024-2025? ??? ??? ?? //emiaow553.com/oms-declara-mpox-na-africa-emergencia-internacional-e-surto-ja-lembra-inicio-do-hiv/ Wed, 14 Aug 2024 21:21:50 +0000 //emiaow553.com/?p=585794 O surto de Mpox na África foi declarado emergência de saúde pública pela OMS (Organização Mundial da Saúde)

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Declarada emergência de saúde pública pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a disseminação de Mpox (ou varíola dos macacos) na África já lembra o início do HIV. De acordo com Trudie Lang, professora de pesquisa em saúde global na Universidade de Oxford, muitos já se referem à doença como bastante “semelhante aos primeiros dias” do vírus da imunodeficiência humana.

A categoria de emergência de interesse internacional é a mesma usada para os surtos anteriores de ebola, Covid-19 e mpox na Europa, em 2022. Segundo Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, a situação justifica o “mais alto nível de alarme sob a lei internacional de saúde”.

De janeiro do ano retrasado ao início de agosto, houve 38.465 casos de Mpox e 1.456 mortes no continente africano. Além disso, foram mais de 14 mil casos e 524 mortes somente na República Democrática do Congo este ano. Lá, uma nova variante surgiu e está se espalhando por países vizinhos, afetando especialmente crianças.

Em meio ao surto, especialistas médicos pedem pela aceleração do acesso a testes, vacinas e medicamentos terapêuticos nas áreas afetadas, além de campanhas para reduzir o estigma em torno do vírus e incentivar a procura por tratamento, segundo o The Guardian.

De acordo com a Dra. Ayoade Alakija, presidente da Africa Vaccine Delivery Alliance e da ONG de diagnóstico Find, a maioria das vacinas e tratamentos foram pré-encomendados por países ricos e até agora existe somente um teste de diagnóstico.

Até agora, a OMS liberou US$ 1,5 milhão de seu fundo de contingência. Ela pede que doadores ajudem a financiar o restante dos US$ 15 milhões. A União Africana também aprovou US$ 10,4 milhões para a agência Africa Centres for Disease Control and Prevention. Porém, o diretor geral da organização, Dr. Jean Kaseya, acredita que serão necessários cerca de US$ 4 bilhões.

As consequências do surto de mpox na África

De acordo com Lang, o estigma é motivado pela aparente disseminação do vírus por meio de redes sexuais. Isso deixa em risco, por exemplo, “profissionais do sexo, jovens e pessoas exploradas”. A transmissão ocorre por contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados.

Os cientistas ainda não analisaram os dados ainda, mas, equipes da linha de frente sugerem que o vírus tenha causado um alto número de perdas de gravidez e nascimentos de bebês com lesões de Mpox.

“O que realmente me preocupa é a quantidade de casos que não são graves”, disse. “Se as pessoas tiverem uma infecção mais branda que esteja potencialmente escondida, especialmente se for uma infecção genital sexualmente transmissível, elas podem estar andando por aí com ela.”

Além disso, no ano passado, uma pesquisa com participação da Fiocruz indicou risco de a monkeypox agravar a infecção por HIV.

A Dra. Alakija alega que se o surto estivesse na Europa, organizações já teriam considerado o Mpox uma grande emergência internacional. “Não focar em lidar com o vírus na RDC levou quase inevitavelmente a um transbordamento para países vizinhos. E quanto mais a ação for adiada, maior a probabilidade de que se espalhe na África e além”, disse.

No entanto, Lang acredita que, se chegar ao continente europeu ou aos Estados Unidos, a doença provavelmente será contida com vacinação, como ocorreu em 2022.

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???????????????, ?????????? //emiaow553.com/mutacao-no-virus-da-variola-dos-macacos-pode-gerar-novo-surto-mundial/ Wed, 24 Apr 2024 20:33:21 +0000 //emiaow553.com/?p=566125 Cepa do vírus da da varíola dos macacos é diferente da que causou o surto em 2022, é mais letal e, ao que parece, pode ser transmitida sexualmente

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Uma cepa do vírus que causa a varíola dos macacos aperfeiçoou sua capacidade de se espalhar por contato sexual, segundo especialistas relataram à revista Nature. Agora, cientistas e médicos temem um novo surto mundial de mpox, assim como aconteceu em 2022.

Se esse for o caso, o cenário seria mais grave que da última vez. Isso porque evidências indicam que esta cepa, chamada clado I, é mais letal do que aquela que causou a última alta de casos.

Entenda o contexto

A cepa clado I não é nova. Ela tem causado pequenos surtos há décadas, a maioria deles em comunidades da África Central.

Contudo, registros indicam que infecções por essa cepa não eram adquiridas sexualmente – até ano passado. Desde então, a clado 1 com capacidade de transmissão sexual aumentou consideravelmente o número de casos na República Democrática do Congo. 

De acordo com um estudo publicado apenas em preprint, ou seja, sem revisão por um grupo independente de cientistas, 241 suspeitas e 108 infecções confirmadas estão ligadas a este surto. No total, aproximadamente 30% das infecções ocorreram em trabalhadoras sexuais.

O surto de mpox de 2022, que também teve o contato sexual como forma de disseminação, foi causado por uma cepa do vírus da varíola dos macacos chamada clado II. Embora tenha sido a causa da OMS decretar alerta, ela é menos letal que a clado I.

Mutação da clado I

Ao passo que os casos de varíola dos macacos têm diminuído no mundo, o contrário acontece na República Democrática do Congo. O país registrou mais de 14 mil infecções suspeitas somente em 2023. No total, foram 650 mortes pela doença. 

E o cenário sugere que há subnotificação. Apenas cerca de 10% dos casos suspeitos de mpox na RDC em 2023 foram testados, devido à capacidade limitada de testes.

Em geral, cientistas se preocupam com uma região com alta incidência de casos da mpox. Na província de South Kivu, a doença tem se espalhado principalmente entre trabalhadoras sexuais, sugerindo que o vírus se adaptou para se transmitir facilmente por contato sexual.

Por isso, pesquisadores acreditam na mutação da cepa, o que a torna a disseminação mais rápida de humano para humano, com probabilidade de apresentar poucos sintomas.

Ao analisar os genes do vírus responsável pelo surto, cientistas encontraram mutações que indicam adaptação da cepa. Isso levou os autores do estudo a dar um novo nome à ela: clado Ib.

Ainda há agravantes. Primeiro, a República Democrática do Congo enfrenta também a disseminação da cólera no país, o que aumenta o risco de surto de mpox para além da área atual. 

Em segundo, South Kivu está lidando com “conflitos, deslocamentos, insegurança alimentar e desafios em fornecer assistência humanitária adequada”, cenário que também facilita a propagação do vírus.

Vacinas

A vacina contra a varíola também protege contra a varíola dos macacos. Contudo, no surto de 2022, elas foram administradas apenas em indivíduos com alto risco de contrair a doença. Ainda assim, poucas doses chegaram aos países africanos.

Agora, a República Democrática do Congo avalia a aprovação regulatória para essas vacinas. Quando isso acontecer, países como os Estados Unidos e o Japão já se comprometeram a fornecer milhares de doses. 

Mas uma campanha de vacinação adequada exigiria centenas de milhares, se não milhões de unidades, segundo especialistas.

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??? ?????? ?????? ?? ??? //emiaow553.com/depois-da-covid-variola-dos-macacos-tambem-deixa-de-ser-emergencia-global/ Thu, 11 May 2023 16:50:31 +0000 /?p=489396 Diretor da OMS, Tedros Adhanom anunciou nesta quinta-feira (11) que a varíola dos macacos (mpox) já não é mais motivo de alerta aos países

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A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou nesta quinta-feira (11) o fim da emergência global de mpox, conhecida popularmente como varíola dos macacos. A decisão vem seis dias depois da organização encerrar o alerta para a Covid-19

“Ontem o comitê de emergência para mpox se reuniu e me recomendou que o surto não representa mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional? escreveu Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, no Twitter. “Aceitei o conselho e tenho o prazer de declarar que o mpox não é mais uma emergência de saúde global? 

“No entanto? completou ele, “como aconteceu com a Covid-19, isso não significa que o trabalho acabou. O mpox continua a representar desafios significativos de saúde pública que precisam de uma resposta robusta, proativa e sustentável? 

O vírus entrou para a lista de emergências de saúde pública de interesse internacional da da OMS em julho de 2022. Isso faz com que os países entrem em estado de alerta para gerenciar a emergência, cada uma à sua maneira. 

Segundo Adhanom, as contaminações diminuíram 90% nos últimos três meses na comparação com os 90 dias anteriores. Em resposta ao fim da emergência global, o diretor-geral da OMS pediu que os países mantenham a capacidade de teste e de resposta a surtos futuros. 

O que é a varíola dos macacos (Mpox)

A OMS registrou mais de 87 mil casos confirmados de mpox e 140 mortes de janeiro de 2022 a abril de 2023 em 111 países e territórios. Até fevereiro, o Brasil registrou 15 mortes pelo vírus e cerca de 11 mil casos. 

O mpox é uma infecção viral semelhante à varíola humana, porém mais leve. Até o surto recente, era mais comum encontrar o vírus em partes da África central e ocidental. 

A doença tem baixa mortalidade e os sintomas incluem febre, dores musculares e inchaço dos gânglios linfáticos. Depois, causa uma erupção cutânea semelhante à catapora no rosto e no corpo. Em outubro, o Brasil recebeu o primeiro lote de vacinas contra a doença. 

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?????? SG???????????????? //emiaow553.com/para-evitar-discriminacao-variola-dos-macacos-agora-e-mpox-sera-que-vai-pegar/ Tue, 29 Nov 2022 17:01:52 +0000 /?p=452982 Nome Mpox vai substituir o termo "varíola dos macacos" para evitar estigmatizações e preconceito, definiu a OMS. Entenda como se definem os nomes das doenças

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A OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu mudar oficialmente o nome da varíola dos macacos para Mpox. A definição partiu de uma série de consultas com especialistas e visa combater a “linguagem racista e estigmatizante? 

Em comunicado, a entidade afirmou que já passou a usar Mbox como sinônimo de Monkeypox. A nova definição será usada simultaneamente durante um ano, até que “varíola dos macacos?seja eliminada, disse

Em junho, cientistas de todo o mundo assinaram uma carta aberta em que expressavam a urgência de mudar o nome da doença. Eles argumentam que o termo “varíola dos macacos?promove a discriminação, especialmente nas referências contínuas à África, onde a doença surgiu e onde há o maior número de casos. 

A organização espera reduzir preconceitos sobre o vírus e, assim, tratar os contágios de maneira mais fácil e rápida. 

De onde vem os nomes das doenças 

Por muito tempo, os especialistas batizavam as doenças com nomes dos lugares ou animais de onde foram vistas pela primeira vez. Alguns exemplos são ?a href="//emiaow553.com/anomalia-climatica-primeira-guerra-mundial-pandemia-gripe-1918/">gripe espanhola?ou “gripe suína? por exemplo. 

Em 2015, porém, a OMS atualizou sua política sobre o assunto e decidiu não continuar com a abordagem. O motivo: é raro que os nomes reflitam a verdadeira natureza da doença e, assim, podem promover a discriminação com determinados territórios ou fontes de contágio. 

É o caso da agora Mpox: o contágio da varíola com os seres humanos é muito mais comum com roedores e esquilos, e muito menos com macacos, por exemplo. 

Isso explica por que o vírus SARS-Cov-19 levou o nome de Covid-19 e não “vírus da China?ou “vírus do morcego? por exemplo. Além de ser difícil precisar a origem de um vírus, o uso dessas palavras pode atrapalhar o manejo da doença e ainda ampliar a discriminação sobre uma população ?o que aconteceu com os chineses na Covid-19, mesmo sem um nome que os relacionava diretamente aos contágios.

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