??????? ??? ??? ??? | ???? / Vida digital para pessoas Thu, 02 May 2024 20:30:07 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ?33 ???? ???????????? / 32 32 ?? ????? ????? ??? //emiaow553.com/buraco-marinho-taam-ja-no-mexico-e-o-maior-de-todos-os-tempos-veja-o-tamanho/ Thu, 02 May 2024 21:14:52 +0000 //emiaow553.com/?p=568073 Esta nova medição coloca o Taam Ja?muito além das profundidades de outros buracos azuis conhecidos, como Sansha Yongle no Mar da China Meridional

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Cientistas descobriram que o Taam Ja? um buraco azul localizado na Baía de Chetumal, no México, é o mais profundo do mundo. A pesquisa, publicada na revista Frontiers in Marine Science, detalha as características impressionantes do Taam Ja? Veja quais abaixo!

Em setembro de 2021, uma expedição no Taam-Ja?registrou que o local tinha 274,4 metros abaixo do nível do mar. Entretanto, a expedição de mergulho realizada em dezembro de 2023 revelou que o buraco azul tem 420 metros abaixo da superfície, quase tão profundo quanto a famosa Trump Tower, em Chicago (EUA).

A verdadeira profundidade do Taam Ja? no entanto, permanece um mistério. O buraco é tão profundo que o equipamento utilizado não foi capaz de alcançar o fim.

Localização do buraco azul. Imagem: Frontiers in Marine Science/Reprodução

Esta nova medição coloca o Taam Ja?muito além das profundidades de outros buracos azuis conhecidos. Como o Buraco Azul Sansha Yongle no Mar da China Meridional, que mede cerca de 301 metros abaixo do nível do mar.

O que é Taam Ja? o buraco no México

Os buracos azuis são cavernas subaquáticas cheias de água que se formam abaixo do leito marinho, mais frequentemente encontradas em áreas costeiras onde o substrato rochoso é propenso à erosão.

Eles se desenvolvem à medida que a água do oceano se infiltra através de fissuras, dissolvendo minerais ao longo do caminho e, com o tempo, podem crescer consideravelmente.

O Taam Ja?foi descoberto pela primeira vez em por volta de 2003 por um mergulhador local que seguiu uma garoupa que entrou em sua boca.

O buraco ficou esquecido até que o filho daquele pescador começou a trabalhar com o acadêmico marinho Juan Carlos Alcérreca-Huerta. Ele fez sondagens de sua profundidade e ficou surpreso com os resultados.

As paredes dos primeiros metros do buraco são formadas por rochas sedimentares frágeis e quebradiças. Além disso, o Taam Ja?apresenta camadas de água com diferentes temperaturas e salinidades.

Uma dessas camadas, encontrada a 400 metros de profundidade, tinha salinidade e temperatura próximas às do vizinho Mar do Caribe, sugerindo uma conexão subterrânea entre os dois.

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????????????,????????? //emiaow553.com/pesquisadores-encontram-misteriosa-criatura-marinha-no-reino-unido-veja/ Mon, 04 Mar 2024 19:45:51 +0000 /?p=555490 Criatura marinha recém-descoberta possui brânquias com aparência de plumas em um lado do corpo e é uma predadora de respeito

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Uma nova espécie de lesma-do-mar foi descoberta nas águas do Reino Unido por um navio de pesquisa do Centro de Ciência do Meio Ambiente, Alimentação e Aquicultura (CEFAS, na sigla em inglês) britânico. A criatura marinha, batizada Pleurobranchaea britannica, pertence a um grupo de moluscos marinhos sem concha.

O que chama atenção é que esse grupo normalmente é encontrado em águas mais quentes, como no Mediterrâneo e no Senegal.

Ross Bullimore, biólogo marinho do CEFAS, participou da descoberta. Ele reconheceu a lesma-do-mar como algo especial assim que a viu. “Foi como uma lâmpada se acendendo”, disse, em um comunicado.

Após avisar o animal, Bullimore coletou o espécime, que mede cerca de 5 cm de comprimento, e o levou para o laboratório para análises genéticas e morfológicas.

Assim, os resultados confirmaram que se tratava de uma espécie nova para a ciência. Logo depois, o animal foi descrito em um artigo publicado na revista Scientific journal of Zoosystematics and Evolution.

Como é a criatura marinha

A lesma-do-mar recém-descoberta possui brânquias com aparência de plumas em um lado do corpo, e uma cor marrom-avermelhada com manchas brancas.

Apesar da aparência inofensiva aos humanos, trata-se de um predador que se alimenta de outros invertebrados, como vermes e anêmonas. Segundo os pesquisadores, ela pode ser considerada uma “espécie indicadora”, que ajuda a monitorar a saúde dos ecossistemas marinhos e os efeitos das mudanças climáticas.

“Estamos vendo a presença de uma espécie que sempre foi registrada em águas mais quentes. Isso pode indicar que este grupo de espécies é capaz de expandir ainda mais seu alcance porque as condições estão se tornando mais favoráveis ou mais apropriadas para isso”, explicou Bullimore.

Dessa forma, segundo o pesquisador, a descoberta mostra que ainda há muito a aprender sobre a vida nos mares que banham o Reino Unido. “Encontrar uma nova espécie que não seja microscópica é bastante emocionante. Mostra que ainda há trabalho a ser feito”, declarou.

Como resultado, os cientistas esperam que a nova espécie possa contribuir para o conhecimento da biodiversidade marinha. Além disso, também para a conservação dos habitats costeiros, que estão ameaçados pela poluição, pela pesca excessiva e pelo aquecimento global.

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????? ????????????? //emiaow553.com/cientistas-encontram-4-novas-especies-de-polvo-em-regiao-inesperada-no-caribe/ Wed, 17 Jan 2024 12:23:33 +0000 /?p=546487 160 animais coletados durante a expedição serão destinados ao acervo do Museu de Zoologia da Universidade da Costa Rica

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Cientistas a bordo do navio de pesquisa oceanográfica R/V Falkor (too), do Instituto Schmidt Ocean (EUA), fizeram uma descoberta surpreendente: eles encontraram pelo menos quatro novas espécies de polvo em uma área de 160 km nas profundezas do mar próximo ao território da Costa Rica.

A equipe internacional de cientistas conduziu duas expedições em 2023, explorando montes submarinos na costa do Pacífico que banha a Costa Rica. Além disso, durante a primeira expedição, em junho, os pesquisadores identificaram duas áreas de reprodução de polvos associadas a fontes hidrotermais.

Retornando seis meses depois, o grupo confirmou que essas áreas estão ativas durante todo o ano — e, surpreendentemente, descobriu diversas outras espécies de polvo distantes dessas fontes hidrotermais.

Os cientistas Beth Orcutt, do Bigelow Laboratory for Ocean Sciences (EUA), e Jorge Cortés, da Universidade da Costa Rica, lideraram ambas as expedições.

As quatro novas espécies estão sendo descritas pela pesquisadora Janet Voight, curadora associada de zoologia invertebrada do Museu Field de História Natural, e Fiorella Vasquez, do Museu Zoológico da Universidade da Costa Rica.

Como são as novas espécies de polvos

Uma das novas espécies é uma variedade de Muusoctopus e será batizada como “polvo dorado”. O nome faz referência ao local inicial da descoberta, uma pequena elevação rochosa conhecida popularmente como El Dorado Hill.

Distinta do Polvo Pérola encontrado no Davidson Seamount, na Califórnia (EUA), em 2018, o Polvo Dorado foi observado incubando seus ovos em fontes hidrotermais. Além disso, a descoberta acrescenta evidências de que o gênero Muusoctopus evoluiu para incubar ovos em fontes termais no leito do mar.

“Através de muito esforço, nossa equipe encontrou novas fontes hidrotermais na costa da Costa Rica. Por exemplo, isso confirmou que abrigam áreas de reprodução de polvos de águas profundas e uma biodiversidade única”, afirmou Orcutt em um comunicado.

“Foi há menos de uma década que a liberação de calor de fontes hidrotermais de baixa temperatura foi confirmada em vulcões antigos, longe das dorsais oceânicas. Esses locais são significativamente difíceis de encontrar, pois não é possível detectar suas assinaturas na coluna d’água.”

Polvos-mãe muitas vezes se enrolam, com tentáculos e ventosas voltados para fora. Imagem: Schmidt Ocean Institute/Reprodução

Amostras dos polvos vão ficar na Costa Rica

Os mais de 160 animais coletados durante a expedição de dezembro serão destinados ao acervo do Museu de Zoologia da Universidade da Costa Rica. Eles se juntarão, assim, aos 150 espécimes coletados em junho.

Vale mencionar aqui que o destino dos exemplares coletados é importante. Normalmente, descobertas raras em águas profundas de países da América Latina e Caribe são enviadas para os Estados Unidos ou Europa.

A manutenção da coleção na Costa Rica facilita o acesso de cientistas e estudantes locais às amostras, com o potencial de informar estratégias de manejo regional para as profundezas do mar.

“Espero que a expedição sirva de inspiração para as novas gerações. Precisamos de mais colaborações internacionais para avançar no conhecimento de nossa herança no mar profundo”, completou Beth Orcutt.

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?? ??? ????? ????? ??? ?? //emiaow553.com/canal-do-panama-sofre-com-seca-e-gigante-do-transporte-troca-mar-por-ferrovia/ Mon, 15 Jan 2024 11:43:40 +0000 /?p=545833 O Canal do Panamá, que depende da água doce dos lagos vizinhos, tem sido prejudicado pela intensificação das mudanças climáticas

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As mudanças climáticas têm impactos significativos na rede global de transporte marítimo, causando uma série de problemas para empresas que dependem do nível dos rios e do mar para trafegar.

Um dos exemplos disso é a Maersk, uma das maiores empresas de logística do mundo. Ela anunciou que está evitando navegar no Canal do Panamá. O motivo disso é que o canal está sendo atingido por uma seca, deixando os níveis de água baixos.

O Canal do Panamá depende da água doce dos lagos vizinhos, já que seu sistema de eclusas utiliza enormes quantidades de água. São pelo menos 190 milhões de litros para fazer cada embarcação flutuar através do canal.

Com as mudanças climáticas alterando os ciclos de chuva, o sistema está enfrentando uma baixa nos seus níveis. Por isso, a Autoridade do Canal do Panamá (ACP) reduziu a quantidade e o peso das embarcações que passam por ele.

Importante lembrar passam, anualmente, cerca de 12 mil navios pelo Canal do Panamá, rendendo até US$ 1,7 bilhão por ano em lucro para o país. Então essa redução tem um impacto também econômico.

Essa decisão foi com base nos níveis de água atuais e projetados no Lago Gatun, o principal reservatório. Isso gera uma redução no número de navios que podem fazer a travessia.

Como alternativa, a Maersk está apelando pelo transporte ferroviário, enviando suas cargas por uma “ponte terrestre” que utiliza ferrovias para transportar cargas através dos 80 km (49,71 milhas) do Panamá até o outro lado.

Ano mais quente da história

No começo de janeiro, o observatório europeu Copernicus confirmou algo que os cientistas já alertavam durante os últimos meses: o ano de 2023 foi +1,48º C mais quente do que a média da era pré-industrial em todo o mundo.

Inclusive, ele foi o mais quente dos últimos 100 mil anos, conforme o próprio observatório já havia adiantado em dezembro.

De acordo com o Copernicus, todos os dias do ano foram (no mínimo) 1º C mais quente do que o ano de 2022. Inclusive, em dois dias de novembro, ficaram 2°C mais quentes. Este novo recorde ultrapassa em +0,17° C o precedente, de 2016.

Custo econômico da seca

Além do custo na qualidade de vida dos seres humanos e no habitat para os animais, a crise climática também gera prejuízos econômicos, como no caso do Canal do Panamá.

Uma pesquisa, publicada na revista Nature, apontou que a crise climática custa ao mundo R$ 1,9 bilhão por dia. O valor apontado pelo estudo é cerca de US$ 16 milhões por hora, o equivalente a R$ 82 milhões.

Os anos com o maior número de perdas foram 2008, seguido por 2003 e depois 2010 ?todos impulsionados por eventos de elevada mortalidade, segundo a investigação.

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????? ???? ???????????? ?? //emiaow553.com/cientistas-descobrem-criatura-marinha-com-20-bracos-na-antartida/ Tue, 15 Aug 2023 23:28:47 +0000 /?p=512102 Animal chama atenção por sua forma assustadora, mas ganhou nome inofensivo: "estrela antártica de penas de morango"

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Uma nova criatura marinha com 20 “braços” foi descoberta por cientistas no fundo do mar congelado da Antártida. O animal chama atenção por sua forma assustadora — como você vê na imagem acima.

A estrela do mar de penas tem cerca de 20 centímetros de comprimento, disse Greg Rouse, professor de biologia marinha na Universidade da Califórnia, em San Diego, ao site Insider.

Entre 2008 e 2017, a equipe conduziu expedições científicas que se concentraram na busca por habitantes marinhos pertencentes ao gênero Promachocrinus.

No mês passado, a equipe publicou as descobertas na revista Invertebrate Systematics. Eles apelidaram o animal de “estrela antártica de penas de morango” devido à semelhança em tamanho e formato do centro do corpo com a fruta.

Afinal de contas, que animal é esse?

O nome formal da nova espécie é Promachocrinus Fragarius. Esta espécie pertence à classe Crinoidea, que também inclui estrelas-do-mar, ouriços-do-mar e pepinos-do-mar.

Além disso, os chamados “braços” representam as partes mais extensas da estrela-do-mar. Conforme observado por Rouse, eles geralmente se estendem, contribuindo para a mobilidade dessa criatura.

Os pesquisadores reconheceram em seu artigo o “aspecto de outro mundo dos movimentos de natação das estrelas-do-mar de penas”.

De acordo com o artigo, a estrela-do-mar de penas habita em profundidades que variam entre 65 e 1.170 metros.

Além disso, a equipe identificou oito espécies singulares, com a metade delas nunca antes descrita ou nomeada pela comunidade científica.

Para os pesquisadores, os achados demonstram quanto a ciência ainda precisa entender sobre a vida marinha. O objetivo agora é aprofundar os estudos no gênero Promachocrinus para descobrir mais sobre esses animais.

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?????? ???? 2024-2025? ??? ??? ?? //emiaow553.com/cientistas-identificam-esponjas-ets-no-oceano-pacifico/ Tue, 11 Oct 2022 21:39:19 +0000 /?p=443810 As esponjas ETs, encontradas próximas a um vulcão submerso, parecem pertencer a um gênero até então desconhecido; veja o vídeo

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O fundo do Oceano Pacífico guarda seres para lá de interessantes. A 2,4 quilômetros de profundidade, próximo a um vulcão submerso, cientistas encontraram uma “floresta de estranhos? repleta de espécies exóticas como os corais Rhodaniridogorgia e Narella.

Mas uma esponja de vidro em especial chamou a atenção. O animal tinha um corpo fino e alongado, combinado a uma “cabeça?em formato de melão com dois buracos. Os orifícios do ser lembravam olhos arregalados e renderam a ele o apelido de ET, em homenagem ao personagem criado por Steven Spielberg.

A esponja foi coletada com auxílio de um rover aquático, controlado através de um cabo ligado a um navio na superfície. O animal foi levado para o Museu Nacional de História Natural Smithsonian, nos EUA, e estudado por Cristiana Castello Branco.

Como explicou ao The Guardian, não demorou muito para que a cientista concluísse que o espécime não remetia apenas a uma nova espécie de esponja, mas sim a um novo gênero. O ser misterioso recebeu o nome de Advhena magnifica, que significa “o magnífico alienígena?

No vídeo, é possível notar que todas as esponjas têm seus orifícios voltados para a mesma direção. A pesquisadora levanta a hipótese de que o animal está se orientando com o objetivo de capturar partículas flutuantes trazidas pela corrente para se alimentar. 

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Esponjas encontradas em mares rasos absorvem a água do mar através de pequenos orifícios presentes em seu corpo, filtrando as partículas e exalando novamente a água a partir de buracos maiores. As esponjas ETs, por sua vez, habitam uma região com menos oferta de comida. Assim, ter seus grandes “olhos?recolhendo altas quantidades de água acaba sendo mais vantajoso para sua sobrevivência.

Por enquanto, a Advhena magnifica só foi encontrada em dois lugares: próxima ao vulcão no Pacífico e a milhares de quilômetros a oeste, perto da Fossa das Marianas. Porém, a cientista Castello Branco acredita que, no futuro, pesquisadores poderão encontrar as esponjas em outros montes submarinos. 

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?????? ????-playson?????? //emiaow553.com/como-o-mar-mediterraneo-caminha-para-a-mortalidade-massiva/ Fri, 19 Aug 2022 22:09:24 +0000 /?p=434854 Ao menos 50 das espécies que habitam a região já foram afetadas pelas mudanças climáticas

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As ondas de calor na Europa chamaram a atenção no último mês. Além das altas temperaturas, as mudanças climáticas também levaram a incêndios florestais, secas e até mesmo perda de colheitas. 

Mas não é apenas com o calor da superfície que preocupa. Um estudo recém publicado na revista científica Global Change Biology chama a atenção para o aumento de temperatura no Mar Mediterrâneo, que coloca em cheque a vida de diversas espécies. 

De acordo com os cientistas, foram observadas variações de 3 a 5ºC acima do normal dentro de uma faixa que vai de Barcelona, na Espanha, a Tel Aviv, em Israel. Em alguns dias, a temperatura d’água ficou acima de 30ºC.

A temperatura da superfície do mar no Mediterrâneo aumentou 0,4ºC a cada década entre 1982 e 2018. De acordo com os pesquisadores, as águas mais quentes se concentram em Israel, Chipre, Líbano e Síria. 

O Mediterrâneo é casa de 4 a 18% de todas as espécies marinhas conhecidas do mundo. Porém, pelo menos 50 delas ?incluindo corais, esponjas e algas marinhas ?foram afetadas devido as mudanças climáticas. Nos próximos anos, a perda de biodiversidade deve se estender em direção à Grécia, Espanha e Itália.

Os principais impactos ocorreram entre a superfície e 45 metros de profundidade, onde as ondas de calor marinhas foram consideradas excepcionais. Isso afeta inclusive a população, que tem a alimentação prejudicada devido a queda da oferta de peixe. 

Além disso, o oceano trabalhou por muito tempo absorvendo 90% do excesso de calor da Terra, além de captar 30% do dióxido de carbono emitido para a atmosfera pela produção de carvão, petróleo e gás. A mudança climática impede que isso seja feito, contribuindo ainda mais para o aumento das temperaturas. 

Agora, os pesquisadores recomendam que 30% das áreas marítimas sejam protegidas de atividades humanas, como a pesca. Assim, as espécies teriam tempo para se recuperar e prosperar. Por enquanto, apenas 8% do Mar Mediterrâneo está demarcado.

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????? ??? ??? ??? | ????- ??? ??? ??? //emiaow553.com/criado-robo-lixeiro-que-limpa-o-fundo-do-mar-assista/ Tue, 04 Jan 2022 22:00:56 +0000 //emiaow553.com/?p=405442 A poluição nos mares e oceanos tem aumentado cada vez mais nos últimos anos e está comprometendo todo o ecossistema marítimo mundial. Atualmente são algo entre 26 e 66 milhões de toneladas de resíduos plásticos, e a maioria desse lixo está no fundo do mar. Para tentar diminuir esse problema, uma equipe da Universidade Técnica […]

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A poluição nos mares e oceanos tem aumentado cada vez mais nos últimos anos e está comprometendo todo o ecossistema marítimo mundial. Atualmente são algo entre 26 e 66 milhões de toneladas de resíduos plásticos, e a maioria desse lixo está no fundo do mar.

Para tentar diminuir esse problema, uma equipe da Universidade Técnica de Munique (TUM) está desenvolvendo um sistema robótico que usa métodos de aprendizado de máquina para localizar e coletar resíduos debaixo d’água. O sistema faz parte de um projeto cooperativo europeu chamado SeaClear.

Na maioria das vezes a remoção de lixo aquático acontece superficialmente, devido a diversos fatores, entre eles o valor da mão de obra e principalmente a própria mão de obra, feita muitas vezes por mergulhadores em lugares mais profundos, o que acaba trazendo inúmeros perigos.

No Projeto SeaClear, uma equipe da TUM está trabalhando com oito instituições europeias parceiras para desenvolver um sistema robótico capaz de coletar lixo subaquático e de uma só vez resolver diversos problemas relacionados a limpeza dos mares e oceanos.

Quatro robôs trabalhando juntos

Para realizar a tarefa, o sistema conta com quatro componentes robóticos: um veículo de superfície autônomo realiza uma varredura inicial do fundo do mar para localizar grandes bolsões de lixo. Após a localização, um segundo robô de observação é baixado na água para detectar lixo submarino e transmitir informações adicionais aos computadores, como imagens em close do fundo do mar.

Já em águas claras e com boa visibilidade, a equipe conta com o auxílio de drone, que ajuda a identificar outros resíduos na água. Após esse primeiro passo de identificação, as informações são combinadas e geram um mapa virtual. Na sequência, um robô de coleta vai até os pontos definidos no mapa e recolhe o lixo utilizando uma pinça para colocar peças maiores em uma cesta que é rebocada para a costa pela lancha autônoma.

robô

Apesar de na teoria parecer algo “simples? quando colocado em prática é preciso ser considerado alguns pontos importantes, por exemplo, as correntezas e como os robôs serão preparados para isso.

“O desenvolvimento de robôs autônomos para aplicações subaquáticas é um desafio único. Quando um pedaço de lixo é identificado e localizado, o robô precisa se aproximar dele. Para isso, pode ser necessário superar fortes correntes. A tarefa do TUM no projeto SeaClear é permitir que o robô se mova em direção do lixo? disse o Dr. Stefan Sosnowski, diretor técnico do projeto SeaClear.

Para deixar o robô totalmente preparado para todos os possíveis imprevistos a equipe está usando métodos de aprendizado de máquina, contando com o recurso de inteligência artificial (IA), que ajuda na realização cálculos e aprende as condições sob as quais o robô se moverá de determinadas maneiras. Isso torna possível prever com precisão seu comportamento.

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“Nosso objetivo é operar os robôs de forma autônoma, sem intervenção humana remota e, para isso, planejamos novos desenvolvimentos em mapeamento de detritos, classificação e controle de robôs. Quando totalmente operacional, o sistema SeaClear visa detectar e classificar o lixo subaquático com uma taxa de sucesso de 80% e coletá-lo com uma taxa de sucesso de 90%.? concluiu Sosnowski.

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??? ??? ????? ??- ??? ??? ???? //emiaow553.com/nao-e-para-alarmar-ninguem-mas-o-golfo-do-mexico-esta-pegando-fogo/ Sat, 03 Jul 2021 19:29:19 +0000 //emiaow553.com/?p=385465 Um duto submarino rompido causou um incêndio próximo ao campo de petróleo offshore da Pemex que levou cinco horas para ser apagado

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Enquanto uma onda de calor recorde queima o noroeste do Pacífico, ao sul, no Golfo do México, o oceano literalmente pegou fogo na sexta-feira. Apenas mais um dia totalmente normal neste ‘fim dos tempos?

Chamas apareceram no meio do mar perto do campo de petróleo Ku Maloob Zaap, uma plataforma offshore, fora da costa, operada pela empresa estatal de petróleo Pemex, depois que um oleoduto subaquático foi rompido na manhã de sexta-feira (02). Um vazamento de gás provocou um incêndio a cerca de 150 metros da plataforma às 5h15, horário local, de acordo com um comunicado da empresa. O incêndio levou mais de cinco horas para ser apagado e foi totalmente extinto às 10h30, sem ferimentos ou grandes impactos na produção relatados, disseram fontes à Reuters.

Vídeos do incidente se tornaram virais online, mostrando o que parece ser um redemoinho de chamas derretido saindo da plataforma de petróleo da Pemex.

Foto: reprodução das redes sociais

Ku Maloob Zaap, localizada em Campeche Sound, logo acima da borda sul do Golfo do México, é uma das instalações mais produtivas da Pemex, respondendo por mais de 40% de sua produção diária de 1,68 milhão de barris de petróleo bruto. Quando o incêndio começou, a plataforma estava produzindo 726 mil barris por dia de petróleo bruto, de acordo com um relatório de incidentes compartilhado com a Reuters.

“As turbomáquinas das instalações de produção ativas de Ku Maloob Zaap foram afetadas por uma tempestade elétrica e fortes chuvas? disse o documento via Reuters, acrescentando que os trabalhadores usaram nitrogênio para controlar o incêndio.

Em seu comunicado na sexta-feira, a Pemex disse que investigará a causa do incêndio e fechou as válvulas do duto de aproximadamente 30 centímetros. Este incidente é apenas o mais recente em uma longa história de problemas graves nas instalações da empresa. Entre 2010 e 2017, cerca de 100 pessoas morreram em decorrência de incêndios ou explosões atribuíveis à Pemex, segundo o Statista.

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E embora nenhum lucro possa justificar essa perda humana e ambiental, é ainda mais bizarro saber que a Pemex está na verdade perdendo dinheiro neste projeto. Como observa a Bloomberg, a produção tem caído na Ku Maloob Zapp todos os anos há uma década e meia, principalmente porque seu dono endividado não tem os recursos necessários para investir em novas tecnologias de extração (a Pemex está atualmente com cerca de 113 bilhões de dólares em dívidas, a maior de todas as grandes petrolíferas do mundo).

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??? ????? ???? - ?? ??? ??? //emiaow553.com/esponjas-fundo-mar-sobrevivem-artico/ //emiaow553.com/esponjas-fundo-mar-sobrevivem-artico/#respond Sat, 27 Mar 2021 14:20:40 +0000 //emiaow553.com/?p=376460 As esponjas árticas do fundo do mar são uma curiosidade científica, pois de alguma forma conseguiram fazer desse ambiente extremo seu lar.

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Vivendo em profundidades que se aproximam de um quilômetro e meio, as esponjas árticas do fundo do mar são uma curiosidade científica, pois de alguma forma conseguiram fazer desse ambiente extremo seu lar. Novas evidências coletadas ao longo de um ano inteiro estão levando os biólogos um passo mais perto de compreender essas esponjas ecologicamente importantes e como elas são capazes de sobreviver a tais condições adversas.

As agregações de esponjas são um contribuinte importante para os ecossistemas do fundo do mar e são frequentemente comparadas aos recifes tropicais nesse aspecto. No entanto, muito pouco se sabe sobre seu ambiente e as condições responsáveis ​​por tornar a vida possível, tanto para as esponjas do fundo do mar quanto para a comunidade de animais que vivem entre elas. Localizados a mais de 1.500 metros abaixo da superfície e em águas abaixo do ponto de congelamento, esses organismos não têm acesso à luz do sol, e o alimento que se torna disponível é excepcionalmente escasso. Apesar disso, essas áreas de esponja são um verdadeiro oásis para outros invertebrados e peixes.

“O mar profundo, na maioria dos lugares, é estéril e plano? disse Furu Mienis, geóloga marinha do Instituto Real Holandês para Pesquisa Marinha, em um comunicado. “E então, de repente, temos esses campos de esponja que formam comunidades coloridas e prósperas.?Ao que ela acrescentou: “?intrigante como este sistema se sustenta em tal lugar?

Mienis é coautora de um novo estudo do JGR Oceans que detalha uma investigação de um ano de uma área de esponja localizada no Banco Schulz da Cordilheira Mesoatlântica.

“Aparentemente, este monte submarino e as condições hidrodinâmicas criam um sistema benéfico para as esponjas? disse ela.

Implantação do módulo de pouso inferior. Imagem: NIOZ

A equipe de Mienis implantou um módulo de pouso inferior – uma grande plataforma equipada com uma série de sensores – no cume de um monte submarino ártico localizado no mar da Noruega. Em operação de 21 de julho de 2016 a 27 de julho de 2017, o módulo de pouso inferior coletou dados como temperatura e níveis de oxigênio da água, fluxo de correntes e até mesmo a quantidade de comida que escorria da superfície. Uma câmera especial instalada na plataforma conseguiu capturar mais de 700 horas de filmagem, oferecendo uma perspectiva de longo prazo das mudanças físicas na agregação de esponjas do fundo do mar.

Dados coletados no cume do Banco Schulz mostraram que a água que flui ao redor da área de esponjas está interagindo com o próprio monte submarino, “o que produz uma mistura turbulenta com velocidades de corrente temporariamente altas? como escrevem os autores no estudo. Além do mais, a água que se move ao redor do monte submarino está entregando “alimentos e nutrientes das camadas de água acima e abaixo em direção à área de esponja? de acordo com o novo artigo. A equipe registrou correntes “altas?marcando (0,7 metros por segundo), o que para o fundo do mar é uma super tempestade (assista ao vídeo abaixo sobre as correntes de “alta velocidade?.

Apenas um episódio durante o ano forneceu comida de cima; a saber, o período de floração do fitoplâncton no verão. Os autores disseram que isso não poderia fornecer comida suficiente para as criaturas abaixo, e eles suspeitam da presença de outras fontes de alimentos na forma de bactérias e matéria dissolvida.

Esponjas do fundo do mar ao longo do Banco Schultz foram observadas prosperando em temperaturas abaixo do ponto de congelamento, que os autores descreveram como “extremo”. Os cientistas dizem que essas temperaturas frias podem estar mantendo essas criaturas vivas, reduzindo sua taxa metabólica de forma que possam sobreviver ao ambiente hostil e com recursos escassos. Curiosamente, as correntes de alta velocidade parecem testar os limites das esponjas.

“As velocidades que testemunhamos podem estar próximas do máximo que elas podem suportar? explicou Ulrike Hanz, a primeira autora do novo estudo, no comunicado da NIOZ. “Na velocidade mais alta, vimos algumas esponjas, bem como anêmonas sendo arrancadas do fundo do mar.?/p>

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Quanto às mudanças físicas no local, os cientistas não viram praticamente nada de novo durante o ano inteiro. Um ano se passou e “tudo parecia quase igual”, disse Hanz, já que “está tão frio lá fora que nenhuma loucura está acontecendo”.

Apesar dessa serenidade, os autores alertam que as agregações de esponjas do fundo do mar precisam ser protegidos das atividades humanas, citando a pesca e a possível mineração em alto mar como ameaças potenciais. É triste pensar que esses animais podem sobreviver a tais condições adversas no fundo do mar do Ártico, mas não às mãos intrometidas da humanidade.

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??? ????????? //emiaow553.com/animais-marinhos-nadam-circulos/ //emiaow553.com/animais-marinhos-nadam-circulos/#respond Sun, 21 Mar 2021 15:07:48 +0000 //emiaow553.com/?p=375818 Várias espécies de grandes animais marinhos, de tartarugas a tubarões e focas, nadam em círculos sem um motivo claro.

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Pesquisadores marinhos no Japão e em outros lugares descobriram mais um enigma do mundo aquático. Em um novo artigo publicado na quinta-feira (18), eles detalham a descoberta de que várias espécies de grandes animais marinhos, de tartarugas a tubarões e focas, nadam em círculos sem um motivo claro. Esse movimento circular pode ter várias finalidades, como auxiliar na navegação ou na busca por comida, dizem os pesquisadores.

De acordo com os autores do estudo, avanços recentes na tecnologia permitiram obter uma imagem mais completa de como os animais se movem no oceano com uma precisão muito melhor do que antes. A autora principal, Tomoko Narazaki, da Universidade de Tóquio, e seus colegas decidiram fazer uso dessa tecnologia observando os movimentos das tartarugas-verdes (Chelonia mydas) durante a época de desova, quando as fêmeas voltam ao seu local de nascimento para botar ovos.

Eles levaram as tartarugas para outro lugar, para que pudessem observar como os animais navegam de volta ao local original. Mas, assim que o fizeram, perceberam um padrão peculiar: as tartarugas costumavam circular a uma velocidade relativamente constante pelo menos duas vezes e depois retomavam seu nado normal ao se aventurarem de volta para casa.

Curiosa, Narazaki contou a outras pessoas de sua área sobre a descoberta. Por fim, ela se juntou a alguns desses pesquisadores para examinar os dados de movimento que haviam sido coletados anteriormente sobre uma série de outros animais marinhos em diferentes ramos da árvore evolucionária. E, assim, eles descobriram que o mesmo tipo de comportamento circular surgia repetidamente. Esses animais circulantes incluíam peixes (tubarões-tigre), aves (pinguins-rei) e mamíferos (focas da Antártica e baleias cuvier).

O artigo foi publicado na iScience.

“Todos os dados usados ​​em nosso estudo foram inicialmente coletados para diferentes propósitos (por exemplo, estudar o comportamento de alimentação de tubarões). Os dados de cada espécie foram analisados ​​por diferentes coautores para diferentes aspectos? disse Narazaki ao Gizmodo por e-mail. “Então, demorou um pouco para percebermos que circular é um comportamento comum em muitas espécies — até nos unirmos para o estudo.?/p>

Analisando superficialmente, o movimento circular não colabora muito para a sobrevivência desses animais, uma vez que a maneira mais eficiente de viajar, em termos de energia, para qualquer lugar do oceano é geralmente em linha reta. Isso provavelmente significa que há uma ou mais funções importantes que valem o esforço extra. Agora, porém, tudo o que a equipe tem são alguns palpites sobre o que está acontecendo, e isso pode variar entre as diferentes espécies.

Uma ilustração de como diferentes animais marinhos circulam, com base nas descobertas do estudo. Ilustração: Narazaki, et al/iScience

Os tubarões, por exemplo, parecem circular com mais frequência em torno de onde obtêm comida, indicando que isso oferece alguma vantagem na caça. Enquanto isso, outra pesquisa mostrou que algumas espécies de baleias usam o movimento em grupos como uma forma de criar “redes de bolhas?para capturar pequenos peixes. Mas a alimentação provavelmente não é o único propósito.

Em pelo menos um tubarão-tigre macho, a equipe encontrou evidências de que circular fazia parte de seu ritual de cortejo na frente de uma fêmea. Focas e pinguins parecem circular com mais frequência perto da superfície da água ou fora de suas horas típicas de alimentação, o que indica que isso não faz parte de sua técnica para obter comida. A equipe também citou pesquisas anteriores que descobriram que os elefantes-marinhos do norte circulam durante seus mergulhos à deriva — mergulhos preguiçosos e passivos que os ajudam a descansar ou processar sua última refeição.

No caso das tartarugas, circular pode ajudá-las a reorientar suas habilidades de navegação, que dependem do olfato, da visão e da detecção de campos magnéticos. As tartarugas frequentemente circulam um pouco antes do fim da sua jornada, e por um tempo considerável. Uma tartaruga foi observada circulando 76 vezes antes de prosseguir.

“Dado que um comportamento semelhante de movimento circular foi observado em uma ampla variedade da megafauna marinha, pode ser possível que seja uma convergência comportamental com propósitos semelhantes? disse Narazaki. “Mas, por enquanto, o propósito e a função desse comportamento permanecem desconhecidos.?/p>

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Claro, sabemos que muitos animais circulam por vários motivos (pergunte ao cachorro mais próximo antes que ele faça cocô). Mas a obscuridade do vasto oceano significa que provavelmente existem vários tipos de comportamentos comuns entre esses animais que simplesmente não conseguimos ver ainda. Ao estudar mais de perto o como e o porquê da navegação marinha, os pesquisadores esperam iluminar um pouco mais este universo.

“Para a próxima etapa, gostaríamos de examinar os movimentos dos animais em relação ao seu estado interno e às condições ambientais para analisar por que eles circulam? disse Narazaki. “Alguns experimentos de teste de hipóteses seriam necessários para entender a função e o mecanismo subjacente aos movimentos circulares.?/p>

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??? ????? ???? ?? ??????????? //emiaow553.com/mar-metano-tita-saturno-300-metros-profundidade/ //emiaow553.com/mar-metano-tita-saturno-300-metros-profundidade/#respond Tue, 26 Jan 2021 17:23:12 +0000 //emiaow553.com/?p=371067 Utilizando dados de sonda da Nasa, cientistas estimam que o maior mar de metano da lua Titã pode ter entre 100 e 300 metros de profundidade.

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Os dados coletados pela sonda Cassini da Nasa permitiram aos cientistas estimar a profundidade do Kraken Mare — o maior mar de metano na lua de Saturno Titã.

Uma nova pesquisa publicada no Journal of Geophysical Research está expandindo nosso conhecimento sobre os mares de hidrocarbonetos de Titã, especificamente o Kraken Mare. Este mar, de aproximadamente 1.000 quilômetros de comprimento, é maior do que todos os cinco Grandes Lagos da América do Norte combinados e contém cerca de 80% dos líquidos da superfície lunar. Os mares de Titã contêm muito metano e etano e são comparáveis ​​ao gás natural liquefeito da Terra.

Titã é a única lua do Sistema Solar conhecida por hospedar uma atmosfera. O manto espesso e rico em nitrogênio que cobre a lua esconde um complexo sistema hidráulico na superfície, mas em vez de água líquida, os rios, lagos e mares em Titã consistem em metano preto e oleoso. Titã também apresenta outras curiosidades, como gigantescas tempestades de poeira, vulcões de gelo e enormes dunas de areia.

Como mostra a nova pesquisa, as partes mais profundas de Kraken Mare podem ter mais de 300 metros de profundidade. A equipe, liderada por Valerio Poggiali, pesquisador associado do Cornell Center for Astrophysics and Planetary Science, não tem certeza desse número, porque os sinais dos radares usados ​​para determinar a profundidade não conseguiram chegar ao fundo do mar.

Imagem em cores falsas do Kraken Mare. Imagem: Nasa/JPL-Caltech/Agenzia Spaziale Italiana/USGS

A espaçonave Cassini da Nasa orbitou Saturno de 2004 a 2017, e os cientistas já estudaram alguns dos mares menores em Titã usando um altímetro da Cassini a bordo. Em 21 de agosto de 2014, a sonda voou 970 quilômetros adentrando a superfície de Titã e foi capaz de enviar sinais de radar em Kraken Mare. Curiosamente, este foi o mesmo sobrevoo que resultou na descoberta de Ligeia Mare – uma ilha “mágica?que desaparece em Titã.

Pesquisadores da Cornell e do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa desenvolveram uma técnica bacana para determinar a profundidade dos mares de Titã, que envolve medir as diferenças entre o tempo que o radar leva para retornar à superfície em oposição ao fundo do mar. Essa técnica ajuda a estimar a profundidade, mas os pesquisadores precisam fazer certas suposições sobre a densidade dos fluidos em Titã e a velocidade com que as ondas de rádio passam por eles.

Usando esta técnica, a equipe mediu a profundidade de Moray Sinus, um estuário ao norte de Kraken Mare, que eles descobriram ter 85 metros de profundidade. A taxa de absorção das ondas do radar sugere que o líquido nesta parte do mar consiste em 70% de metano, 16% de nitrogênio e 14% de etano. Os cientistas esperavam mais metano do que isso devido ao tamanho e localização do mar, mas esta descoberta sugere uma distribuição mais uniforme de substâncias químicas nos vários corpos d’água da lua.

As varreduras de altímetro feitas na parte principal de Kraken Mare foram menos conclusivas. Conforme os autores escreveram no estudo, a sonda da Nasa não encontrou “nenhuma evidência de retorno de sinal do fundo do mar, sugerindo que o líquido é muito profundo ou muito absorvente para as ondas de rádio da Cassini penetrarem? Dito isso, se o líquido nesta parte do mar tem composição semelhante ao líquido encontrado em Moray Sinus, então ele deve ser mais profundo do que 100 metros e possivelmente chegar a 300 metros, de acordo com o estudo.

Poggiali tem esperança de que um submarino robótico possa ser enviado a Titã um dia para explorar Kraken Mare ou algum outro corpo de água. E, de fato, ele vê a nova pesquisa como um passo nessa direção.

“Graças às nossas medições, os cientistas agora podem inferir a densidade do líquido com maior precisão e, consequentemente, calibrar melhor o sonar a bordo do [futuro submarino robótico] e entender os fluxos direcionais do mar? explicou Poggiali em um comunicado da Universidade Cornell.

Um plano conceitual de 2015 mostrou como essa missão poderia ser, mas nada foi realmente aprovado a esse respeito. Dito isso, a Nasa enviará um drone aéreo, chamado Dragonfly, para Titã, que deve chegar à lua em algum momento por volta de 2030.

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2024? 9? ?? ??? ?????? ??? ?? ?? //emiaow553.com/polvos-gostam-socos-peixes/ //emiaow553.com/polvos-gostam-socos-peixes/#respond Sat, 26 Dec 2020 14:57:43 +0000 //emiaow553.com/?p=368917 Os polvos socam peixes principalmente por razões práticas, mas às vezes esses golpes subaquáticos parecem ser puramente maldosos.

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Uma nova pesquisa um tanto perturbadora, mas estranhamente engraçada, documenta polvos socando peixes durante sessões de alimentação colaborativas. Os polvos fazem isso principalmente por razões práticas, mas às vezes esses golpes subaquáticos parecem ser puramente maldosos.

Descobrimos tantas coisas perturbadoras este ano e, infelizmente, temos que acrescentar outro item à lista: os polvos gostam de socar peixes. Como os autores especulam em seu artigo, publicado na Ecology, esses golpes são lançados para “prevenir a exploração e garantir a colaboração? Em alguns casos, entretanto, a violência dos polvos contra os peixes não pode ser relacionada a nada em particular. Em outras palavras, os polvos estavam sendo simplesmente babacas. Ou talvez há algo sobre esse comportamento que ainda não foi compreendido.

No total, os pesquisadores documentaram oito eventos distintos (vídeo aqui) em que os polvos podiam ser vistos socando peixes. Isso ocorreu no Mar Vermelho entre 2018 e 2019, na costa de Israel e do Egito. Os polvos realizaram “um movimento rápido e explosivo com um tentáculo direcionado a um peixe específico, que chamamos de soco? escrevem os autores. As vítimas incluíam peixes-esquilo, tubarões galha-preta, peixes-cabra sela dourada e peixes-cabra do Mar Vermelho.

Tradução: Sabe-se que polvos e peixes caçam juntos, se beneficiando da morfologia e estratégia de caça um do outro. Como muitos se juntam ao grupo, isso cria uma rede complexa em que investimento e lucro nem sempre são equilibrados, resultando em mecanismos de controle.

A cooperação entre espécies é rara, mas acontece. Coiotes e texugos às vezes unem forças para caçar juntos, assim como garoupas e enguias. Em um tuíte recente, Eduardo Sampaio, coautor do novo estudo do Instituto Max Planck de Comportamento Animal e da Universidade de Lisboa, disse que polvos e peixes caçam juntos para tirar proveito dos atributos físicos e habilidades de caça especializadas um do outro.

Garoupas e outras espécies de peixes caçam junto com polvos em sessões que duram mais de uma hora. Os peixes atuam como sentinelas, vasculhando o fundo do mar em busca de uma refeição em potencial. Quando uma vítima é avistada, o peixe gesticula em direção à presa, o que coloca o polvo em movimento. O ágil polvo persegue a presa – às vezes tendo que alcançar rochas e recifes de coral – e os lucros de guerra são compartilhados entre o grupo.

Às vezes, no entanto, podem surgir conflitos e desigualdades. Nesta “complexa rede social de interações? escrevem os autores, “mecanismos de controle de parceiros podem surgir para prevenir a exploração e garantir a colaboração? É aí que entram os socos, “onde diferentes indivíduos de Octopus cyanea se envolvem em um deslocamento ativo de peixes parceiros [ou seja, socos] durante a caça colaborativa? de acordo com o artigo. Os socos podem ser dados pelo polvo para manter o controle sobre o comportamento dos peixes, para banir certos peixes do grupo, para impedi-los de alcançar as presas, ou por razões puramente egoístas, ou seja, para obter acesso imediato a uma refeição, como os autores especulam.

Dos oito eventos, no entanto, dois não puderam ser imediatamente relacionados a um episódio de caça ou acesso a uma presa próxima. Esses golpes ocorreram “na ausência de benefícios imediatos”, e os autores sugerem duas possíveis motivações, conforme escrevem:

No primeiro, os benefícios são totalmente desconsiderados pelo polvo, e o soco é um comportamento maldoso… No outro cenário teórico, o soco pode ser uma forma de agressão com benefícios posteriores…onde o polvo “pune?aqueles que se comportam mal, em um esforço para promover o comportamento colaborativo nas seguintes interações.

Nesse último caso, isso significaria que os polvos estão planejando com antecedência para futuras sessões de caça, o que seria muito legal se fosse verdade. Bem, exceto pelo aspecto coercitivo, é claro.

E, de fato, ainda há muito a aprender sobre essas interações surpreendentes. Pesquisas futuras serão necessárias para validar as observações da equipe e as razões hipotéticas para esse comportamento. Mas eu não me surpreenderia com esses animais – os polvos são inteligentes, emocionalmente complicados e um pouco travessos.

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??? ??? ????? ???? ??????????? //emiaow553.com/aparelhos-oceano-artico-aquecimento/ //emiaow553.com/aparelhos-oceano-artico-aquecimento/#respond Sat, 14 Nov 2020 17:10:59 +0000 //emiaow553.com/?p=366056 No ano passado, pesquisadores ancoraram dispositivos de escuta subaquáticos no fundo do Mar de Beaufort, no Ártico, com o objetivo de estudar a área e saber o que se passou no fundo do oceano. Agora, os pesquisadores estão em uma jornada para puxar os aparelhos de volta à superfície e ver o que os dados […]

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No ano passado, pesquisadores ancoraram dispositivos de escuta subaquáticos no fundo do Mar de Beaufort, no Ártico, com o objetivo de estudar a área e saber o que se passou no fundo do oceano. Agora, os pesquisadores estão em uma jornada para puxar os aparelhos de volta à superfície e ver o que os dados podem nos ensinar sobre a crise climática.

Os dispositivos foram colocados em agosto de 2019 em uma viagem chamada Experimento de Termometria Acústica Ártica Coordenada. Desde então, os instrumentos vêm registrando sons subaquáticos, além de outros dados oceanográficos como temperaturas, concentrações de carbono e salinidade. A obra faz parte de um projeto internacional que visa medir as mudanças na temperatura média da Bacia do Ártico nos últimos 20 anos.

Os pesquisadores planejam usar as informações acústicas para medir com mais precisão o aquecimento do oceano. Uma vez que o som viaja mais rapidamente em água quente, os dados sobre o som no oceano podem dizer bastante sobre o quanto a água está esquentando.

Apesar do projeto estar em funcionamento há mais de um ano, a missão de resgate dos instrumentos foi planejada só recentemente. Cientistas da Guarda Costeira dos EUA planejaram originalmente recuperá-los em agosto, mas foram forçados a voltar devido a um incêndio elétrico no navio quebra-gelo. Em meados de outubro, 55 oficiais e cientistas embarcaram em um navio da Guarda Costeira norueguesa para terminar o trabalho. A viagem marca a primeira vez que pesquisadores noruegueses cruzaram o norte do Alasca em uma missão de pesquisa.

A equipe pretende recuperar três amarrações do fundo do mar. Segundo o Barents Observer, eles conseguiram obter uma delas até agora. Também não foi fácil: a operação para retirá-la da água durou dez horas no frio intenso do Ártico.

Os cientistas estão correndo contra o relógio para encontrar as outras amarras antes que suas baterias acabem. Esta linha do tempo é importante porque, para desenvolver uma imagem mais precisa de quando e de onde veio cada ponto de dados acústicos, eles precisarão fazer cálculos com base nas leituras de temperatura dos dispositivos e relógios atômicos que são incorporados aos instrumentos. No entanto, esses relógios atômicos estão programados para morrer em breve, o que pode tornar esses números muito mais difíceis de calcular com precisão.

Como as temperaturas continuam caindo no Ártico, as condições podem se tornar ainda mais difíceis. “A Guarda Costeira fará o possível para garantir que os ancoradouros e as informações que eles carregam sejam trazidos à terra com segurança? disse Oliver Berdal, comandante da Guarda Costeira norueguesa, ao Barents Observer. “Porém, a operação deve ser realizada de maneira segura e sem grandes riscos para o pessoal e equipamentos? completou.

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????????????,??????,????????? //emiaow553.com/gelo-mar-artico-nao-esta-formando-mudancas-climaticas/ //emiaow553.com/gelo-mar-artico-nao-esta-formando-mudancas-climaticas/#respond Fri, 23 Oct 2020 20:11:11 +0000 //emiaow553.com/?p=364775 O gelo ao longo da costa siberiana derreteu mais rapidamente do que o normal, deixando grandes áreas abertas de água.

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O gelo ártico é sazonal. Ele derrete ao sol do verão e ao calor relativo, depois congela novamente quando chega o frio do outono. Ou pelo menos, deveria ser assim. Mas agora já é final de outubro e o gelo no Mar de Laptev da Sibéria ainda não congelou novamente. É a data sem gelo mais tardia que o mar viu na história e isso está levando o gelo do mar Ártico como um todo ao seu ponto mais baixo já registrado para esta época do ano.

O Mar de Laptev é o principal berço de gelo marinho do Ártico. Geralmente, o gelo que se forma na área vai para outras partes do Ártico com os ventos do mar, ajudando a formar blocos de gelo em outros corpos d’água. Neste verão, porém, houve uma onda de calor bizarra e extensa no Círculo Polar Ártico e em outras regiões adjacentes. Isso significa que o gelo ao longo da costa siberiana derreteu mais rapidamente do que o normal, deixando grandes áreas abertas de água.

“Com essas águas recém-abertas, a luz solar direta foi capaz de aumentar as temperaturas do oceano em mais de 5 graus Celsius acima da média?, escreveu Zachary Labe, pesquisador de pós-doutorado na Colorado State University, por e-mail. “Essas águas oceânicas mais quentes estão retardando o congelamento no Ártico Siberiano agora em outubro.?/p>

Olhe para essa baixa histórica. Gráfico: Zachary Labe

As atuais condições de vento e ondas também estão inibindo a formação de gelo. A falta de gelo e a água quente resultante podem prejudicar seriamente os exuberantes ecossistemas do mar, afetando peixes e outros organismos. As comunidades indígenas da região provavelmente sofrerão também, pois dependem do gelo marinho para viagens e práticas culturais. O atraso na formação do gelo também tem implicações importantes para o resto do Ártico, tornando o gelo em toda a região mais frágil.

“Como este ano estamos observando um novo congelamento tardio no Mar de Laptev, qualquer gelo marinho que se formar no outono e inverno não terá tanto tempo para engrossar? disse Labe. “O gelo mais jovem e mais fino é mais vulnerável ao derretimento durante o verão? o que significa que ele pode desaparecer novamente mais cedo do que o normal, deixando grandes piscinas de água aberta que absorvem ainda mais calor. ?/p>


Tradução: A Passagem Noroeste pelo Oceano Ártico, ao longo da costa da Sibéria, já está aberta há mais de 100 dias neste ano e estabelecerá um recorde tanto para a abertura mais precoce quanto para o fechamento mais tardio. A mudança climática está transformando o Ártico.

O Mar de Laptev não é a única região que está sofrendo um atraso na formação de gelo neste outono. Em outra ilustração chocante do problema, o gelo na Passagem Noroeste – a rota entre os oceanos Atlântico e Pacífico através do Ártico – derreteu mais cedo do que nunca neste ano, deixando a passagem livre. E agora, ele também está recongelando mais tarde do que nunca. Na verdade, todo o Ártico está atualmente tendo o menor registro de extensão de gelo marinho.

“No momento, estamos em águas desconhecidas com uma baixa de gelo recorde no mar Ártico já no final do ano? disse Geoff York, diretor sênior de conservação da Polar Bears International, por e-mail. “Esta é mais uma bandeira vermelha de nosso planeta em rápido aquecimento – tentando nos alertar sobre as mudanças que ainda estão por vir?

O gelo marinho do Ártico está em uma baixa recorde para esta época do ano. Gráfico: Zachary Labe

Não há dúvida de que a crise climática impulsionou essas mudanças. O Ártico atingiu sua segunda menor extensão de gelo marinho em setembro, em linha com uma tendência de queda de 13% por década desde que os registros de satélite confiáveis começaram em 1981. O gelo marinho ártico também ficou mais jovem e mais fraco, e este ano parece prestes a acelerar essa tendência.

“Embora haja uma variabilidade substancial de ano para ano, essas condições atuais são consistentes com as tendências de mudança climática de longo prazo? disse Labe.

Sem medidas radicais para descarbonizar todos os setores da economia global, o gelo do mar Ártico sofrerá ainda mais perdas à medida que a região se transforma. Um crescente corpo de pesquisas adverte que poderemos ter verões sem gelo na área já em 2035. Um estudo recente também descobriu que a região está em transição para um tipo de clima completamente diferente devido ao aquecimento global. Mas, como observaram os autores desse estudo, ainda temos o poder de fazer mudanças reduzindo nossas emissões de carbono o mais rápido possível.

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?????? ???? ??????????????? //emiaow553.com/por-algum-motivo-desconhecido-orcas-estao-atingindo-barcos-no-norte-da-espanha/ //emiaow553.com/por-algum-motivo-desconhecido-orcas-estao-atingindo-barcos-no-norte-da-espanha/#respond Mon, 14 Sep 2020 18:01:51 +0000 //emiaow553.com/?p=361359 Embora a maioria das orcas ignore os barcos no mar, algumas delas estão interessadas ​​em colidir com eles, gerando um pouco de apreensão.

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Embora a maioria das orcas ignore os barcos no mar, algumas delas, no norte da Espanha, aparentemente estão interessadas ​​em colidir com eles, gerando uma série de perguntas e um pouco de apreensão.

Na sexta-feira, a Halcyon Yachts estava levando um barco de 11 metros para o Reino Unido quando uma orca bateu em sua popa pelo menos 15 vezes, de acordo com uma reportagem do Guardian. O incidente fez com que o barco, confirmado como o Beautiful Dreamer pelos meios de comunicação espanhóis, perdesse a capacidade de direção, sendo então rebocado para a cidade espanhola de Corunha.

“Ela estava batendo no leme repetidamente, 15 vezes, suponho. Ela o arrancou de nossas mãos ? disse Justin Crowther, capitão do Beautiful Dreamer, ao jornal espanhol La Voz de Galicia. “Desligamos tudo, desligamos o motor, desligamos todos os eletrônicos e ela desapareceu. Até que pegamos o salvamento.?/p>

A Sociedade de Salvamento e Segurança Marítima, entidade do governo espanhol responsável por fornecer ajuda no mar, anunciou o encontro de orcas no Twitter e postou um vídeo. O órgão aconselhou a não se aproximar das orcas.

“Há um alerta de rádio em vigor? escreveu a entidade. “Caso você veja [essas orcas], não se aproxime e mantenha uma grande distância.?/p>

Esta não é a primeira vez que orcas se chocam contra barcos ao longo das costas da Espanha e de Portugal. Nas últimas semanas, dois barcos tiveram contato com estes animais na área. Um deles era um veleiro da marinha espanhola, o Mirfak. Embora a tripulação tenha tentado evitar as orcas, os animais ainda conseguiram causar sérios danos ao leme de madeira do barco, segundo o jornal Faro de Vigo.

Os pesquisadores afirmam que o comportamento é estranho, mas não deveria ser alarmante. Alfredo López, biólogo da organização sem fins lucrativos Coordenadoria para o Estudo dos Mamíferos Marinhos, disse ao Faro de Vigo que a organização acredita que esses incidentes podem ser o trabalho de duas orcas que podem estar “agindo sozinhas?ou “fazendo parte de um grupo?

López acredita que este possa ser o caso de orcas jovens que atualmente estão em uma fase de aprendizado e curiosidade, mas disse que ainda não havia imagens suficientes para confirmar esta hipótese.

No entanto, ele acha que é importante ressaltar que as pessoas não devem ter medo, visto que as orcas “não pulam no convés para atacar as pessoas”.

“As pessoas podem viver suas vidas normais? disse ele. “Não há evidências em todo o mundo de um ataque premeditado a uma pessoa, ferimentos ou qualquer coisa assim.?/p>

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????? ?????????, ?????? | //emiaow553.com/nivel-do-mar-afundar-mangue-2050/ //emiaow553.com/nivel-do-mar-afundar-mangue-2050/#respond Fri, 05 Jun 2020 12:34:43 +0000 //emiaow553.com/?p=354996 Se não reduzirmos nossas emissões de gases de efeito estufa, o aumento do mar poderá afogar as florestas de mangue até o ano de 2050.

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Florestas de mangue são maravilhas ecológicas que abrigam milhares de espécies e protegem a comunidades costeiras de tempestades. Além disso, basta olhar para elas e concluir que são lindas.

Mas, de acordo com um novo estudo publicado nesta quinta-feira (4) na Science, se não reduzirmos nossas emissões de gases de efeito estufa, o aumento do nível do mar poderá afogá-las até 2050. Isso causaria um desastre ecológico e colocaria em risco as comunidades costeiras.

Os ecossistemas de mangue podem se adaptar a algum nível de elevação do nível do mar, acumulando sedimentos e migrando para o interior. Mas essas defesas só são eficazes se o nível do mar não for acelerado muito rapidamente. Passado um certo ponto, as florestas não conseguem acompanhar. Os autores queriam determinar qual é esse ponto, então procuraram registros históricos.

Devido às diferentes taxas de derretimento das geleiras nos últimos 10 mil anos, o ritmo de aumento do nível do mar variou bastante, passando de 10 milímetros por ano até atingir condições quase estáveis 4.000 anos depois.

Ao analisar os dados de sedimentos de 78 ecossistemas de mangue dos últimos dez milênios, a equipe determinou que os manguezais têm maior probabilidade de desaparecer quando as taxas de elevação do nível do mar excederem 6 mm.

O problema é que, se os líderes mundiais não fizeram nada para conte as emissões de gases de efeito estufa (um cenário conhecido como RCP8.5), os cientistas esperam que excederemos 0,7 milímetros por até 2050.

Se isso acontecer, as consequências serão enormes. Os ecossistemas de mangue – encontrados na costa atlântica da Flórida à Argentina, nas costas da África e em outros locais com climas quentes, como o brasileiro ?armazenam ainda mais carbono que as florestas tropicais. Perdê-los causaria estragos no clima. Parcialmente submersas, parcialmente acima da água, as florestas de mangue também estão entre as fontes mais ricas de biodiversidade do planeta, fornecendo habitat para uma variedade de criaturas terrestres, aquáticas e aéreas.

“Se eles desaparecerem, haverá desequilíbrios no número de peixes e outras espécies dependem deles? disse Erica Ashe, pesquisadora de pós-doutorado na Universidade Rutgers, ao Gizmodo. “E isso pode ter efeitos em outras espécies, mesmo aquelas que na verdade não são protegidas por essas manguezais, porque quando os níveis de espécies diferentes mudam, isso pode afetar todo o sistema?

Este sistema inclui pessoas. Os pescadores, por exemplo, dependem de espécies que vivem nos ecossistemas para sua subsistência. E de acordo com um outro estudo publicado no PLOS One, na semana passada, os ecossistemas também estão atualmente fornecendo um amortecedor entre o aumento do mar e as tempestades que protegem pelo menos 5,3 milhões de pessoas.

“?fundamental que reduzamos o aumento do nível do mar para reduzir esses impactos às pessoas e garantir que os manguezais continuem a florescer, proteger as pessoas e absorver as grandes quantidades de carbono? disse Will Turner, co-autor do estudo do PLOS One e vice-presidente sênior do Conservation International, ao Gizmodo.

O mundo ainda tem tempo para preservar as florestas. Se reduzir as emissões de carbono, ainda é esperado que a taxa anual de aumento do nível do mar permaneça abaixo de 5 mm ao longo do século 21. Ao mesmo tempo, os líderes podem tomar medidas para evitar outras ameaças às florestas de mangue, como projetos de desenvolvimento costeiro.

“Sabemos que a maior prioridade é parar o aumento do nível do mar e as mudanças climática em si? disse Turner. “O que também entendemos é que proteger os manguezais agora e no futuro é um benefício sem arrependimentos para as pessoas?

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??? ??? ??? ?? ??? //emiaow553.com/cientistas-capturam-novas-imagens-de-polvo-que-vive-no-local-mais-profundo-ja-registrado/ //emiaow553.com/cientistas-capturam-novas-imagens-de-polvo-que-vive-no-local-mais-profundo-ja-registrado/#respond Sat, 30 May 2020 14:06:40 +0000 //emiaow553.com/?p=354648 Cientistas descobriram uma espécie potencialmente nova do adorável polvo "dumbo", em um lugar muito singular. A mais de 6.900 metros de profundidade no Oceano Índico, o polvo recém-descoberto foi encontrado em um local mais profundo do de qualquer outro cefalópode já foi observado.

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Cientistas descobriram uma espécie potencialmente nova do adorável polvo “dumbo”, em um lugar muito singular. A mais de 6.900 metros de profundidade no Oceano Índico, o polvo recém-descoberto foi encontrado em um local mais profundo do que qualquer outro cefalópode já observado.

A descoberta ?publicada na revista Marine Biology ?sinaliza que ainda há muito a aprender sobre essas criaturas e sobre o mar profundo. É um lembrete de que nem todos os animais das profundezas do mar têm dentes espinhosos e bioluminescência esquisita. Alguns são muito bonitinhos.

O biólogo marinho Alan Jamieson não chegou a ver o polvo quando se lançou nas profundezas do Oceano Índico, em abril de 2019. Sentado em seu submarino, Jamieson passou a maior parte do seu dia explorando o fundo do mar. Lá, ele viu enguias ósseas, alguns camarões, anêmonas do mar e até uma espécie potencialmente nova de caramujo marinho.

Foi só quando ele voltou à superfície e revisou imagens das câmeras que ele percebeu que a tripulação da pesquisa havia capturado imagens dessa criatura das profundezas do mar.

“Primeiro, você tem o pensamento profissional”, disse Jamieson, que conduziu essa pesquisa para o grupo de ciência de águas profundas Armatus Oceanic, ao Gizmodo. “O segundo pensamento é, ‘isso é tão legal’. É uma aventura, é interessante. É bizarro. Você começa a ver todas essas espécies que você somente filmou ou fotografou e, de repente, você está olhando para eles através de uma janela, vivos. É incrível.”

Este foi o segundo polvo “dumbo” que a equipe de cientistas observou durante a viagem. A outra observação aconteceu a 5.760 metros debaixo d’água. Esse gênero de cefalópodes possuem barbatanas acima dos olhos que se parecem com orelhas.

Originalmente, a profundidade máxima que os pesquisadores observavam essa espécie foi a 5.145 metros de profundidade, em uma expedição realizada há 50 anos na costa de Barbados.

Como os pesquisadores testemunharam esses polvos em níveis ainda mais profundos e no Oceano Índico, a aposta de Jamieson é que essa seja uma espécie totalmente nova. Isso não pode ser confirmado, porém, sem a coleta do espécime para análise posterior, o que a equipe não estava equipada para fazer naquele momento.

“Você pode vê-los e trazê-los para a superfície mortos”, disse Jamieson. “Não dá para se deparar com um destes sem que alguém morra [o polvo ou o humano]”.

Outras expedições já registraram polvos deste gênero em outras partes do oceano. Pesquisadores capturaram imagens de alta qualidade dessas coisas fofas, ao fazer uma varredura nas profundezas da Baía de Monterey. Se você quer encher seu coração com fofura, veja como são esses polvos recém-nascidos. Sim, os polvos “dumbo” bebês são ainda melhores que os adultos.

A descoberta de um polvo dumbo nessas profundidades é surpreendente e expande a gama potencial de cefalópodes para 99% do fundo do mar. Mas a fauna marinha como um todo está enfrentando uma crise ecológica. Nem mesmo as profundezas de nossos oceanos estão a salvo dos seres humanos.

Polvo dumboCrédito: Atlantic Productions for Discovery Channel

A poluição de plástico está em todos os lugares, incluindo as profundezas dos mares. Jamieson imagina que os polvos que eles viram já têm quantidades mensuráveis de poluição em seus corpos ?e o mesmo deve acontecer com outras criaturas das profundezas do mar.

É difícil saber o quão resistentes os animais de águas profundas são às pressões que seus ecossistemas estão enfrentando devido às mudanças climáticas também. Pode ser que os polvos “dumbo” mal estejam conseguindo se sustentar neste ambiente, disse Jamieson, e quaisquer mudanças podem ser catastróficas.

No entanto, os cientistas ainda não têm certeza de nada. Ainda estão constantemente aprendendo sobre aquilo que está “escondido” em nossos oceanos. O medo é que a destruição humana chegue até eles antes da descoberta científica.

“Estamos poluindo habitat dos animais que ainda nem sequer encontramos”, disse ele.

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X5 GLE ??BMW X5? ?? GLE ?? ??? //emiaow553.com/espiral-organismo-vivo-fundo-do-oceano/ //emiaow553.com/espiral-organismo-vivo-fundo-do-oceano/#respond Thu, 09 Apr 2020 15:06:12 +0000 //emiaow553.com/?p=351650 Mais de 600 metros abaixo da superfície do oceano, flutua um organismo marinho com 15 metros de diâmetro. Ele pode até lembrar uma nave espacial, mas é um sifonóforo.

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Mais de 600 metros abaixo da superfície do oceano, flutua um organismo marinho com 15 metros de diâmetro.

O Schmidt Ocean Institute compartilhou recentemente no Twitter um vídeo de um impressionante sifonóforo, um organismo do filo Cnidaria (que inclui medusas e anêmonas marinhas).

Com 15 metros de comprimento, esse espécime em forma de espiral pode ser o maior do seu gênero. Os cientistas o observaram em uma expedição em curso aos Ningaloo Canyons ao largo da costa ocidental da Austrália.

Embora seja uma unidade, sifonóforos como esse são na verdade colônias enormes de organismos individuais que trabalham em conjunto para realizar as várias tarefas necessárias para se manterem vivos.

Rebecca Helm, professora da Universidade da Carolina do Norte, Asheville, explicou em um fio do Twitter que alguns desses organismos são responsáveis pela caça à presa. Neste caso, o organismo formou uma enorme espiral de tentáculos com ferrões que matam as presas, distribuindo os nutrientes ao longo de sua extensão. Dado o tamanho, a cientista especulou que esse espécime poderia ter dezenas ou mesmo centenas de anos de idade.

Tradução: Veja este belo sifonóforo Apolemia *gigante* gravado na expedição de Ningaloo Canyons. Parece provável que esse espécime seja o maior já registado, e em estranha pose de alimentação que nos lembrou um OVNI.

A gigantesca espiral é apenas uma das muitas criaturas misteriosas que os cientistas estão interessados em estudar. Uma equipe liderada por Nerida Wilson no Western Australian Museum está a bordo do navio de pesquisa R/V Falkor como parte de uma missão para visitar os profundos e inexplorados desfiladeiros ao lado do recife de coral de Ningaloo.

A equipe está explorando a área com o navio SuBastian operado à distância e recolhendo amostras de DNA da água para descobrir quais outros tipos de vida poderiam estar presentes.

A equipe continua a partilhar imagens de jardins de hexactinellidas, lulas bioluminescentes, moluscos microscópicos, cracas que parecem feminizar os seus hospedeiros machos e outras criaturas que parecem alienígenas.

O trabalho revela espécies marinhas nunca antes vistas. Durante todo o tempo, os cientistas estão criando mapas mais detalhados do fundo do mar para compreender o habitat em que estas espécies vivem.

A expedição precisou modificar os seus planos em meio à pandemia do coronavírus, de acordo com um post no blog do Schmidt Ocean Institute. Mais pessoas deveriam se juntar à viagem, mas isso já não vai acontecer. Desejamos a essa equipe a melhor das sortes na sua importante missão.

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???? ????????????? //emiaow553.com/onu-ameaca-climatica-motivo-asilo/ //emiaow553.com/onu-ameaca-climatica-motivo-asilo/#respond Fri, 24 Jan 2020 21:57:13 +0000 //emiaow553.com/?p=327377 Comitê de Direitos Humanos da ONU nega pedido de asilo de homem do Kiribati, mas reconhece que, no futuro, muitos precisarão ser vistos como refugiados.

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Em uma decisão histórica, o Comitê de Direitos Humanos das Organização das Nações Unidas decidiu que a crise climática poderia constituir motivo para a busca de asilo.

Embora não seja vinculativa, a decisão poderia abrir caminho para futuros refugiados cujos direitos estejam ameaçados pelas mudanças climáticas. Em questão de algumas décadas, os refugiados desalojados pelas consequências das mudanças climáticas podem chegar a dezenas de milhões.

“A decisão estabelece um precedente global”, afirmou Kate Schuetze, pesquisadora do Pacífico na Anistia Internacional. “Ela diz que um estado violará suas obrigações em matéria de direitos humanos se devolver alguém a um país onde — devido à crise climática — sua vida está em risco ou em risco de tratamento cruel, desumano ou degradante.”

A decisão veio em resposta ao caso de um homem de Kiribati, um conjunto de ilhas no Pacífico que pode ser engolido pela subida do mar já em 2050 — um destino que aguarda muitas pequenas ilhas semelhantes.

Em 2013, Ioane Teitiota solicitou proteção de refugiado na Nova Zelândia, citando o aumento do mar como uma ameaça à sua vida. Mas os tribunais da Nova Zelândia rejeitaram sua reivindicação e o deportaram para Kiribati em 2015.

No seu caso, Teitiota falou da superlotação na ilha de Tarawa do Sul, onde a população aumentou de 1.641 em 1947 para 50 mil em 2010 pois o aumento do nível do mar tornou inabitáveis os territórios vizinhos. A superlotação levou ao aumento da tensão social na ilha.

A acidificação do oceano causada pela mudança climática também criou uma escassez de água potável e problemas para a agricultura, o que Teitiota disse estar causando sérios problemas de saúde para sua família e outros moradores de Kiribati.

Por fim, a ONU confirmou a decisão da Nova Zelândia de rejeitar o pedido de Teitiota, porque ainda faltam 10 a 15 anos para que “o aumento do nível do mar torne a república de Kiribati inabitável”. Aos olhos da ONU, isso significa que a comunidade internacional poderia ajudar a nação a “adotar medidas afirmativas para proteger e, quando necessário, realocar sua população”.

Isso é uma má notícia para a Teitiota. Mas o comitê da ONU também determinou que “os efeitos das mudanças climáticas nos estados receptores podem expor os indivíduos a uma violação de seus direitos”. Isso pode abrir as portas para outros casos semelhantes e, se as ameaças climáticas forem mais iminentes, forçar os governos a conceder status de refugiados.

“[Esta] é a primeira decisão de um organismo internacional de direitos humanos em um caso apresentado por uma pessoa que solicita asilo devido à mudança climática? disse Chiara Liguori, consultora de políticas da Anistia Internacional do Reino Unido, ao Gizmodo por e-mail.

“Isso implica basicamente que, sob certas circunstâncias, onde há evidências mais fortes do que no caso de Teitiota (seja porque o requerente é capaz de demonstrar risco iminente sobre seus direitos ao retornar ao país de origem ou pode provar que o país receptor não conseguiu avaliar completamente as consequências de devolvê-lo a um país severamente afetado pelas mudanças climáticas), o Comitê ou outros órgãos podem decidir em favor do solicitante de asilo.?/p>

Sumudu Anopama Atapattu, que dirige o Programa de Direitos Humanos da UW-Madison, disse que este é um bom sinal. “Geralmente, de acordo com a lei dos refugiados, você não pode enviar alguém de volta ao seu país de origem se eles enfrentarem ameaças à vida ou correm o risco de serem torturados (…) então, incluir a mudança climática nessas ameaças é um grande passo”, disse ela.

O problema é que esses pedidos precisarão ser requeridos individualmente, de acordo com o sistema atual. E, à medida que a crise climática piora, pode haver muitas solicitações para processar. As mudanças climáticas também podem, portanto, criar questões legais diferentes das conhecidas para toda a comunidade internacional.

“Haverá questões legais a serem resolvidas quando os pequenos estados insulares desaparecerem completamente (…) legalmente, o que acontece quando uma nação soberana desaparece?”, disse Ataputtu. “O que acontece com a soberania, tratados, dívidas, se os estados desaparecem completamente? O direito internacional não tem respostas, porque essa situação nunca havia surgido antes.?/p>

Há também, é claro, a questão de para onde esse grande número de pessoas irá. Para lidar adequadamente com as consequências da crise climática nos direitos humanos, o direito internacional precisará ser revisado — e rapidamente.

“Acho que são boas notícias em geral, mas quando você pensa em milhões de pessoas que serão deslocadas, acho que precisamos de uma abordagem muito maior e mais macro para isso”, disse Ataputtu. “Esse é um problema abrangente e de longo prazo (…) mexer nos princípios existentes que foram desenvolvidos séculos atrás não vai nos ajudar.”

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