슈퍼헐크카지노 【보증업체】 가입코드 이벤트 쿠폰;온라인바카라 / Vida digital para pessoas Mon, 30 Sep 2024 16:00:58 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png 커뮤니티 / 문의;온라인바카라 / 32 32 쥬라기 월드 에볼루션;쥬라기 월드 에볼루션 2;쥬라기 월드 에볼루션 2 트레이너 //emiaow553.com/cobertura-de-vacinas-para-criancas-de-ate-2-anos-volta-a-subir-a-partir-de-2022/ Mon, 30 Sep 2024 18:33:50 +0000 //emiaow553.com/?p=598782 The post Cobertura de vacinas para crianças de até 2 anos volta a subir a partir de 2022 appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Renata Fontanetto/Revista Pesquisa Fapesp

As taxas de vacinação infantil vêm, por fim, mostrando uma recuperação importante no Brasil. Após seis anos consecutivos de queda na cobertura vacinal, iniciados em 2016, o país passou de modelo internacional em imunização pediátrica a ambiente de risco para o ressurgimento de doenças controladas ou eliminadas, como o sarampo.

Após atingir os níveis mais baixos em 2021, as taxas de vacinação voltaram a crescer. De lá para cá, o alcance de nove dos 13 imunizantes recomendados pelo calendário nacional de vacinação para crianças de até 2 anos ?disponíveis gratuitamente no sistema público de saúde ?subiu ao menos 10 pontos percentuais (ver gráfico).

É uma retomada necessária e animadora, embora nenhuma das vacinas ainda tenha voltado aos patamares de 2015, quando a cobertura de praticamente todas alcançava os valores recomendados internacionalmente. A cobertura vacinal representa a proporção de crianças em idade ideal para imunização que foi de fato vacinada. A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que ao menos 90% das crianças recebam a vacina BCG, contra a tuberculose grave, o imunizante contra o rotavírus, causador de diarreias severas, e a vacina contra o vírus da Covid-19. Para as demais, a cobertura é de 95%.
Alexandre Affonso / Revista Pesquisa FAPESPImagem: Alexandre Affonso / Revista Pesquisa FAPESP
Apesar de a recuperação ainda não ter permitido chegar aos níveis desejáveis, ela já foi suficiente para tirar o Brasil da lista dos 20 países com maior proporção de crianças não vacinadas, segundo um comunicado de 15 de julho da OMS e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Em 2021, ele ocupava o sétimo lugar nesse ranking.

Esse progresso de recuperação foi identificado pela equipe de Pesquisa FAPESP ao levantar, com o auxílio de ex-coordenadores do Programa Nacional de Imunizações (PNI), os dados de cada uma dessas vacinas nos arquivos do DATASUS, que armazena os registros até 2022, e no site Cobertura Vacinal, do Ministério da Saúde, onde estão as informações de 2023 em diante. Em dezembro do ano passado, o ministério chegou a noticiar uma recuperação mais modesta na cobertura de oito imunizantes. Ela, porém, levava em conta os dados parciais de 2023 comparados com os de 2022. A análise de um período mais extenso permitiu observar que o movimento de retomada já estava em curso desde o ano anterior.

Das 13 vacinas indicadas para crianças de até 2 anos, foram analisados dados de 11. Todas apresentaram algum nível de recuperação em relação a 2021 ?incluindo a das doses de reforço, que compõem o esquema básico de vacinação ? com sete superando os 13 pontos percentuais. Alguns exemplos são as vacinas contra os vírus da hepatite A e o da poliomielite, com alta de 14,9 pontos percentuais cada uma. Em 2021, elas haviam sido administradas, respectivamente, a 67,5% e 71% do público-alvo. Em 2023, a 82,5% e a 86%. Os imunizantes com crescimento mais modesto foram a vacina contra a varicela e a BCG. O primeiro protege contra o vírus causador da catapora e subiu 3,7 pontos percentuais. Foi administrado a 67% da população que deveria ser imunizada em 2021 e a 70,8% em 2023. A cobertura da BCG, geralmente dada na maternidade, subiu 5,8 pontos percentuais: 75% dos recém-nascidos a receberam em 2021 e 80,8% em 2023.

Especialistas ouvidos por Pesquisa FAPESP sugerem que essa recuperação seja fruto do retorno das atividades rotineiras do sistema de saúde após os dois primeiros anos da pandemia e dos esforços das diferentes esferas de governo para reverter a queda na imunização infantil.

“Após a pandemia, muitos municípios iniciaram a busca ativa de crianças para vacinar? comenta a cientista social e epidemiologista Carla Domingues. Ela coordenou o PNI de 2011 a 2019 e analisa o avanço com cautela. “?positivo fazer a cobertura de um imunizante subir de 70% para 85%, mas, para a maioria deles, a meta é 95%? afirma. “Se a vacinação se mantém abaixo da meta por anos, podem surgir bolsões de crianças vulneráveis, com o potencial de ocorrerem surtos.?/p> O alerta é válido, por exemplo, para a poliomielite. Em 2022, o Brasil foi considerado pelo ministério país com altíssimo risco para a reintrodução do poliovírus selvagem, que afeta o sistema nervoso e pode causar paralisia irreversível e morte. O último caso identificado no país ocorreu em 1989 e, desde 1994, o Brasil é considerado pela Organização Pan-americana da Saúde (Opas) área livre da circulação do vírus. A partir de 2016, a queda na cobertura dessa vacina deixou o país suscetível ao ressurgimento de casos e ao risco de perder a certificação da Opas. Após subir 14,9 pontos percentuais a partir de 2021, no ano passado a administração da vacina alcançou 86% do público-alvo. Neste ano, estava em 82,5% até agosto.

Também preocupa o risco de retorno do sarampo, doença altamente contagiosa, causada por um vírus de transmissão respiratória. O último caso de transmissão em território nacional ocorreu em 2022, no Amapá, e fez o Brasil perder o título de país livre da doença. A partir de 2016, a cobertura da tríplice viral, que protege de sarampo, rubéola e caxumba, despencou e, em 2021, atingiu 74% (ver Pesquisa FAPESP nos 270, 313 e 331). Neste ano, a primeira dose alcançou quase 90%, mas a segunda pouco mais de 70%.

Para os especialistas consultados pela revista, um fator que contribuiu para a recuperação da cobertura vacinal foi, além da mobilização dos municípios, a adoção em 2023 pelo Ministério da Saúde de um método de gestão chamado microplanejamento: um grupo de diretrizes que ajudam a mapear o orçamento, as estratégias e a logística para vacinação de cada município e a definir sua capacidade de atingir as metas do PNI. O microplanejamento, porém, dizem os entrevistados, só funciona se for aplicado primeiro na ponta do sistema, onde a vacinação ocorre, de forma articulada com as estratégias estaduais e nacional. “O método agrega ferramentas de gestão para que o município se planeje? explica o médico Eder Gatti, diretor do Departamento do PNI do ministério. “Fizemos diversas oficinas juntando a atenção primária e as equipes de vigilância em saúde para ensinar o método e melhorar a vacinação de rotina? conta.
Profissional do SUS aplica vacina em posto de saúde durante campanha de imunização contra o sarampo. Profissional do SUS aplica vacina em posto de saúde durante campanha de imunização contra o sarampo. Imagem: Léo Ramos Chaves? Revista Pesquisa FAPESP
Em 2023, o ministério destinou R$ 151 milhões para estados e municípios implementarem o microplanejamento em ações de vacinação para crianças e jovens de até 15 anos. Valor semelhante foi reservado pelo órgão este ano para campanhas de vacinação em escolas, imunização contra a pólio e monitoramento das estratégias implementadas em 2023. Segundo Maria de Lourdes Maia, coordenadora do Departamento de Assuntos Médicos de Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e coordenadora do PNI de 1995 a 2005, o microplanejamento favorece a articulação e o diálogo entre o ministério e os municípios, que estavam deficientes nos últimos anos. “Antes, o PNI estava mais presente entre os profissionais da saúde e fazia a comunicação com eles? lembra.

Além do esforço para estreitar o contato entre os integrantes do PNI e os profissionais na ponta do sistema, há uma tentativa de compreender as razões que podem ter contribuído para a queda na cobertura vacinal. Vários motivos já foram apontados, da percepção enganosa de que as doenças teriam desaparecido ao horário restrito de funcionamento dos postos (ver Pesquisa FAPESP nº 270).

Um problema que tem se mostrado desafiador no mundo todo é a hesitação vacinal, considerada pela OMS em 2019 uma das 10 maiores ameaças globais à saúde. Definida como o atraso ou a recusa em tomar as vacinas ou imunizar os filhos, mesmo tendo os imunobiológicos à disposição, a hesitação é um fenômeno complexo, influenciado por fatores que vão da confiança da população na segurança e na eficácia dos imunizantes à disponibilidade da vacina e o medo de reações indesejáveis. “O calendário vacinal do Brasil é um dos mais completos do mundo e ele foi ficando cada vez mais complexo. É natural que as pessoas questionem? observa o pediatra Juarez Cunha, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Depois do primeiro mês de vida, são necessárias nove idas ao posto de saúde antes dos 2 anos para completar o esquema de vacinas. “Para combater a hesitação, a comunicação precisa ser contínua. Há muita desinformação nas redes sociais. A rede de profissionais da saúde também requer constante capacitação? afirma Cunha. Para conhecer a dimensão e os fatores associados à hesitação vacinal no Brasil, os médicos José Cassio de Moraes e Rita Barradas Barata, ambos da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCM-SCSP), além de Carla Domingues e outros pesquisadores, coordenaram em 2020 e 2021 um inquérito nacional que avaliou a cobertura dos principais imunizantes infantis dados até os 2 anos e investigou as causas da não vacinação. Financiado pelo ministério e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o levantamento recolheu dados de imunização e ouviu pais de 37,8 mil crianças brasileiras de todas as capitais, do Distrito Federal e de 12 municípios com mais de 100 mil habitantes.

Os resultados foram detalhados em 2023 em um extenso relatório e parcialmente publicados na Revista Brasileira de Epidemiologia. Eles mostram que a cobertura dos 13 imunizantes variou de 76,4% (febre amarela) a 93,6% (primeira dose da pneumocócica) nas capitais; e de 83% (segunda dose da vacina contra rotavírus) a 93,6% (primeira dose da pentavalente e da vacina contra pólio) no interior.

Apesar de alguns imunizantes terem alcançado cobertura elevada, só 60% das crianças nas capitais e 61% no interior completaram o esquema de vacinação, com 23 doses. Curitiba, Teresina e Brasília registraram as melhores coberturas completas (superiores a 70%), enquanto Florianópolis, João Pessoa, Natal e Macapá apresentaram as menores taxas (inferiores a 50%). A taxa de hesitação vacinal foi baixa: 2,6% nas capitais e 1,2% no interior ?um estudo internacional estimava que chegasse a 20%. Os pesquisadores, então, analisaram o que levou os genitores das crianças das capitais a não vacinar os filhos: 24,5% informaram que a pandemia pesou na decisão; 24% tiveram medo de reações indesejadas; 9% haviam sido orientados por profissional da saúde a não vacinar; 8,9% tinham medo de dar injeção no filho; e 8,4% não acreditavam em vacinas. “A hesitação tem um peso importante, mas as dificuldades encontradas no processo de vacinação são ainda maiores? comenta Moraes. Uma proporção importante dos pais (de 22 mil crianças) até tentou completar o esquema dos filhos, mas encontrou barreiras: 44% relataram que faltava o imunizante no posto em uma das situações; 10,8% encontraram a sala de vacinação fechada; e 8% receberam do profissional de imunização a recomendação de não dar a vacina. Outra parte dos pais (de 4,9 mil crianças) não conseguiu levar os filhos ao posto porque ficava longe (21%); não tinha tempo (16,6%); a criança estava doente (14,8%); o horário de funcionamento do posto era inadequado (14,1%); e não tinha meio de transporte (12%). Na opinião de Barata, a reversão da tendência de queda passa por oferecer mais oportunidades de acesso aos serviços, qualificação técnica dos profissionais da área e reorganização da estrutura do sistema de saúde. O inquérito deixou evidente que há diferenças regionais importantes na cobertura vacinal. “A região Norte é a que apresenta os menores índices de cobertura vacinal, por isso o microplanejamento se faz ainda mais necessário nela? sinaliza a médica Consuelo de Oliveira, do Instituto Evandro Chagas e da Universidade do Estado do Pará (Uepa), uma das coordenadoras do inquérito no Norte. “Outro ponto importante identificado no inquérito foi a necessidade de manter uma comunicação ativa e rotineira com a população para explicar a relevância de manter elevada a cobertura de todas as vacinas? lembra Domingues.

A pediatra Melissa Palmieri, do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), avalia de forma positiva o diagnóstico mais preciso sobre cada município proporcionado pelo microplanejamento. “?um olhar mais atualizado para as realidades locais? pontua. De forma complementar, ela reforça que o dia a dia das famílias não pode sair de vista das estratégias governamentais. “Os pais que não podem levar seus filhos precisam contar com horários ampliados nos serviços de saúde e vacinação nas escolas.?/p>

A reportagem acima foi publicada com o título ?strong>A reconquista da vacinação infantil?na edição impressa nº 343, de setembro de 2024.

Artigo científico
BARATA, R. B. et al. Inquérito nacional de cobertura vacinal 2020: Métodos e aspectos operacionais. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2023.

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Texto: Paula Laboissière*/Agência Brasil

Karen Carvalho é enfermeira diplomada pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul, com especialização em saúde coletiva, estratégia de saúde da família e vigilância em saúde. Em maio deste ano, ela atuou junto a outros profissionais da área nas enchentes que assolaram seu estado. A tarefa de Karen em meio aos caos não era fácil: vacinar pessoas que tiveram contato com a água e que se aglomeravam em abrigos, sucetíveis a doenças como hepatite A, influenza e covid-19. “Tivemos que ir aos abrigos várias vezes. Não foi só uma vez não. Foram várias idas. Até que as pessoas topassem nos receber. Até que tivéssemos um vínculo com aquela população que estava ali? contou. Dentre os desafios, segundo ela, estava a ausência de documentação para o registro das doses aplicadas. “Aquelas pessoas saíram de casa sem nada. Sem cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), sem carteira de vacina das crianças? Outra dificuldade enfrentada pela enfermeira e por outros profissionais de saúde que atuaram nas enchentes do Rio Grande do Sul foi a hesitação vacinal. “As pessoas da região estavam tão fragilizadas com tudo o que estava acontecendo que convencê-las sobre a vacinação não foi fácil. Vacinar parecia ser o que menos importava pra elas naquele momento? lembra.

“Em meio a tudo isso, ficamos sem locomoção. Os profissionais de saúde não conseguiam chegar aos locais onde havia demanda pra eles. Usamos o serviço do Exército pra levar vacina onde precisava, pra buscar vacina onde precisava. Só aquele caminhão passava, porque é muito alto e a água não tapava. Havia pessoas isoladas de um lado da cidade e nós ficamos presos do outro lado.?/p> Karen também precisou aplicar doses antirrábicas de forma preventiva em voluntários que resgatavam animais das águas e nos que cuidavam desses mesmos animais em abrigos, já que o risco de mordidas, arranhões e outros acidentes era constante. “Acabamos vacinando por pré-exposição quem participava de resgates e forças de segurança, como a Força Nacional do SUS, homens do corpo de bombeiros e do Exército?

Plano de contingência

Micheline Silveira é dentista por formação, mas abraçou a enfermagem em 2016. “Me apaixonei pela profissão e não larguei mais? Ela estava no centro de Porto Alegre quando as águas começaram a subir. Como a empresa de imunização para a qual trabalhava tinha um plano de contingência para situações extremas, Micheline pode contar com equipamentos adequados, como câmaras frias de emergência e unidades móveis para backup, além de colegas capacitados para atuar naquele momento.

“Sempre achamos que, se alguma coisa acontecesse, a gente daria conta dela muito bem. E conseguimos, de fato. Mas a gente nunca imaginou que passaríamos por algo tão surreal como o que aconteceu no nosso estado? contou. “A gente tinha câmara fria, gerador. Mas quanto tempo tudo aquilo ia durar? Descemos com a caixa de isopor pra colocar as vacinas na unidade móvel. Levamos pra São Leopoldo, onde havia maior disponibilidade de armazenamento. E só conseguimos voltar pra Porto Alegre 43 dias depois.?/p>

Microplanejamento

A enfermeira Cleia Soares Martins também pode sentir, este ano, os impactos das mudanças climáticas e de eventos extremos nos serviços de vacinação. Responsável técnica pela Central de Distribuição de Imunobilógicos do Amazonas, ela enfrenta um cenário de calor e estiagem sem precedentes, quando o que era esperado para o período era o chamado inverno amazônico e muita chuva. “A Amazônia vem passando pela pior seca das últimas décadas. Com os incêndios, tem dias que a gente acorda e não consegue ver o outro lado do rio? Segundo Cleia, quando se trabalha com imunização no Amazonas, além de dominar a técnica relacionada a vacinas, é preciso conhecer toda a hidrografia do estado no intuito de alcançar comunidades de difícil acesso, como quilombolas e ribeirinhos. “Nossas estradas são os rios, mas o que acontece quando eles secam??Ela lembra que, até o fim de agosto, nove municípios da região tinham decretado situação de emergência. Na semana passada, o número já havia subido para 13. “No ano passado, nossa situação já não foi fácil. A previsão era de estiagem ainda mais severa este ano. Por isso, começamos a nos planejar em dezembro. Por meio de microplanejamento, fizemos o possível para que, ainda no primeiro semestre, antecipássemos todas as ações de vacinação, priorizando áreas de difícil acesso? disse, ao citar parcerias com os governos do Acre e de Rondônia.

“Mas o que a gente faz hoje ainda não é suficiente. A gente precisa de mais. Precisamos investir em tecnologia e inovação, pra ter um suporte melhor, seja na seca, seja na cheia? avaliou. “Pra que, juntos, a gente possa superar esses desafios e garantir a plenitude do serviço de vacinação para todo e qualquer cidadão no local onde ele reside.?/p>

*A repórter viajou a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

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한스타카지노 카지노 사이트 추천;바카라 게임 //emiaow553.com/butantan-publica-estudo-de-fase-3-da-vacina-da-chikungunya-protecao-chegou-a-100-em-adolescentes/ Thu, 12 Sep 2024 18:01:06 +0000 //emiaow553.com/?p=593683 The post Butantan publica estudo de fase 3 da vacina da chikungunya; proteção chegou a 100% em adolescentes appeared first on Giz Brasil.

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Reportagem: Aline Tavares/Instituto Butantan

O Instituto Butantan publicou nesta quarta (4) na revista científica The Lancet Infectious Diseases os resultados da fase 3 de sua vacina contra chikungunya, desenvolvida em parceria com a empresa de biotecnologia franco-austríaca Valneva. Referentes ao primeiro mês de acompanhamento após a imunização, os dados mostraram produção de anticorpos em 100% dos voluntários com infecção prévia e 98,8% naqueles sem contato anterior com o vírus.

A vacina é a primeira do mundo contra a doença, que acomete mais de 110 países e provoca dor crônica nas articulações, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2024, até o final de agosto, foram registrados 254.651 casos prováveis no Brasil, um aumento de 45,5% em relação ao mesmo período de 2023, segundo o Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde.

O ensaio clínico vem sendo conduzido pelo Butantan desde 2022 com 750 adolescentes de 12 a 17 anos residentes de áreas endêmicas, ou seja, onde há grande circulação do vírus. Participaram jovens das cidades de São Paulo (SP), São José do Rio Preto (SP), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Laranjeiras (SE), Recife (PE), Manaus (AM), Campo Grande (MS) e Boa Vista (RR).

A análise de imunogenicidade (produção de anticorpos) foi feita no 28º dia após a aplicação da vacina ou placebo ?segundo informações divulgadas em maio deste ano, a proteção se manteve em 99,1% dos participantes após seis meses da imunização.

O estudo publicado concluiu que o produto possui um bom perfil de segurança. A maioria dos eventos adversos (93%) no primeiro mês foi leve ou moderada, sendo os mais relatados dor de cabeça, dor no corpo, fadiga e febre.

Resultados equivalentes foram observados no estudo anterior de fase 3, conduzido pela Valneva nos Estados Unidos, quando 98,9% dos voluntários produziram anticorpos. Foram 4 mil participantes adultos e idosos de 18 a 65 anos, que mantiveram a proteção por pelo menos seis meses de acompanhamento.

Os dados americanos culminaram na aprovação da vacina pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos em novembro de 2023. No mesmo período, o Butantan submeteu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de registro definitivo para uso do imunizante no Brasil, que está sendo avaliado em conjunto com a agência europeia, a European Medicines Agency (EMA).

Sobre a chikungunya

A chikungunya é uma arbovirose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus acessa a corrente sanguínea e afeta a membrana das articulações, causando dores intensas, além de febre (acima de 38,5°C), dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas no corpo.

A principal sequela da doença é a dor crônica nas articulações, que pode durar anos e impactar severamente a qualidade de vida dos pacientes. Complicações sérias podem ocorrer em recém-nascidos infectados durante o parto e em idosos com comorbidades.

Os primeiros casos de chikungunya no Brasil aconteceram em 2014, mas a doença foi identificada em 1952 na Tanzânia: seu nome vem do idioma Makonde, segundo a OMS, e significa “aqueles que se dobram? fazendo referência à postura das pessoas infectadas com dor nas articulações.

 

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에볼루션 바카라;온라인카지노, 카지노사이트 //emiaow553.com/butantan-assina-acordo-com-instituto-da-universidade-duke-dos-eua-para-alavancar-pesquisas-em-vacinas/ Sat, 07 Sep 2024 23:00:28 +0000 //emiaow553.com/?p=591203 The post Butantan assina acordo com instituto da Universidade Duke, dos EUA, para alavancar pesquisas em vacinas appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Instituto Butantan

O Instituto Butantan, a Fundação Butantan e o Instituto de Vacinas Humanas da Universidade Duke (DHVI, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, assinaram um Memorando de Entendimento que visa a colaboração na pesquisa e no desenvolvimento clínico de novos imunobiológicos. A parceria engloba discussões e possíveis ações conjuntas relacionadas, principalmente, a vacinas contra HIV (vírus da imunodeficiência humana) e influenza, além do estudo de plataformas de RNA mensageiro e da preparação para futuras pandemias. As duas instituições devem discutir linhas de pesquisa, atividades, responsabilidades e outros aspectos envolvendo a pesquisa conjunta de vacinas, a produção, o monitoramento de doenças e o desenvolvimento de estudos clínicos. Além disso, o Butantan e o DHVI buscam estabelecer um Programa de Pesquisa e Co-desenvolvimento de vacinas estratégicas contra patógenos com potencial pandêmico.
“Este acordo permite ao DHVI fazer o que fazemos de melhor como um instituto único de pesquisa interdisciplinar, enquanto colaboramos com outros cientistas renomados mundialmente para desenvolver vacinas e terapias inovadoras? diz o diretor de Operações da organização, Thomas Denny. O DHVI é um instituto de pesquisa interdisciplinar e interdepartamental que faz parte da Universidade Duke. A instituição foi criada em 1990 para apoiar os esforços da universidade no desenvolvimento de vacinas e terapias para o HIV e outras infecções emergentes. A missão do DHVI é desenvolver produtos para prevenir e tratar doenças de importância global e atuar na formação da próxima geração de cientistas. “O Butantan está sempre buscando parcerias para aumentar sua capacidade de pesquisa e desenvolvimento de vacinas. Este acordo com o DHVI une dois líderes mundiais em pesquisa e produção de vacinas com a missão de melhorar a saúde global? afirma Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan.

Histórico da parceria

Em junho de 2023, o Diretor de Operações do DHVI, Thomas Denny, visitou o Butantan para discutir oportunidades de colaboração entre as instituições. Durante a visita, ministrou uma palestra sobre pesquisa translacional para a comunidade Butantan e estudantes da Escola Superior do Instituto Butantan (ESIB). O conceito se refere a todas as etapas do desenvolvimento de um produto, da bancada do laboratório aos testes pré-clínicos, e dos ensaios em seres humanos à aprovação regulatória e disponibilização do produto. A instituição norte-americana foi criada, inicialmente, com foco no desenvolvimento de um imunizante contra o HIV, na mesma época em que a epidemia eclodia no mundo. Foi dos estudos do DHVI que surgiram algumas das primeiras vacinas candidatas a serem testadas em seres humanos. Obter um produto final, contudo, ainda é um desafio, devido à resistência que o vírus adquire com suas frequentes mutações. Logo o DHVI passou a se dedicar ao combate de outras infecções emergentes, como influenza, SARS-CoV-2, tuberculose, sífilis e gonorreia, consolidando uma expertise no desenvolvimento clínico de novos imunobiológicos. O Butantan e a Universidade Duke já haviam unido esforços em 2022, em um projeto para a descentralização dos soros antiofídicos em áreas remotas da Amazônia, que resultou na publicação de um estudo no ano passado. Iniciativa do Butantan e da Universidade do Estado do Amazonas, o projeto também contou com o apoio do Ministério da Saúde, da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas.

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Reportagem: Natasha Pinelli/Instituto Butantan

A imunização é um cuidado essencial que deve fazer parte do pré-natal de toda gestante. Além de evitar problemas graves de saúde em um momento em que o organismo se encontra mais vulnerável, a mulher que mantém a carteira de vacinação em dia protege seu bebê de doenças importantes, uma vez que passa seus próprios anticorpos para o feto via placenta em um processo conhecido como “imunização passiva? Após o nascimento, o aleitamento materno segue contribuindo para o reforço da imunidade da criança. “Os recém-nascidos possuem um sistema imunológico imaturo, que está em formação e aprendendo a responder de forma adequada às ‘agressões?presentes no ambiente exterior ao útero. Por isso, eles são mais suscetíveis às infecções provocadas por vírus e bactérias? explica o pesquisador científico do Laboratório de Bioquímica do Butantan Ivo Lebrun. Ainda que os pequenos recebam diversas doses de vacina no início da vida, é só aos seis meses de idade que a imunidade começa a ganhar robustez.

De acordo com o Calendário de Vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde, as grávidas devem receber um reforço da vacina dTpa ?conhecida como tríplice bacteriana ? a fim de proteger os bebês contra o tétano neonatal, a difteria e a coqueluche. Caso não estejam com as doses em dia, elas precisam atualizar o esquema de imunização contra a hepatite B e dT, além de receber os imunizantes sazonais das campanhas contra a gripe e a Covid-19.

“As mulheres que pretendem engravidar em breve podem incluir no planejamento uma avaliação completa da caderneta vacinal. Assim, terão a oportunidade de atualizar ou completar o esquema daqueles imunizantes que não são recomendados durante a gestação, como a tríplice viral e a febre amarela? orienta o consultor médico do Centro para Vigilância Viral e Avaliação Sorológica (CeVIVAS) e facilitador de operações do Centro de Desenvolvimento Científico do Butantan Antônio Jorge Martins.

Transferência de anticorpos pela placenta

Quando uma mulher grávida recebe uma vacina, seu sistema imunológico entra em ação para combater o “agente invasor??ainda que o vírus ou bactéria expressado no imunizante não seja capaz de desencadear um quadro infeccioso. Em primeiro lugar, acontece a produção de anticorpos do tipo IgM, que têm ação inespecífica e promovem um primeiro ataque ao microrganismo. Cerca de uma semana depois, os índices de IgM diminuem e entram em ação as imunoglobulinas G (IgG), que carregam uma receita “específica?capaz de neutralizar o antígeno. Esse é o anticorpo que a mãe vai passar para o filho através da placenta. O anexo embrionário desenvolvido durante a gestação é o ponto de encontro dos sistemas circulatórios materno e fetal ?essa troca metabólica permite o desenvolvimento de funções que o feto ainda não é capaz de realizar de maneira independente dentro do útero. Como em uma espécie de “transfusão? a placenta leva para o bebê ?por meio do cordão umbilical ?oxigênio, nutrientes e outras substâncias essenciais para o seu desenvolvimento; ao mesmo tempo, também elimina resíduos, como monóxido de carbono, ácido úrico e ureia, que são dispensados na corrente sanguínea da mãe. Mesmo possuindo um alto peso molecular, os anticorpos do tipo G (IgG) presentes no organismo da gestante são capazes de atravessar a barreira placentária e alcançar a circulação fetal. O transporte acontece por um processo chamado de transcitose: quando uma célula capta, movimenta e secreta uma determinada molécula. Estima-se que o transporte ativo de imunoglobulina G comece a partir da 13ª semana, se estendendo por toda a gestação. Após os seis meses de vida, a criança já começa a produzir o seu próprio IgG.

Imunidade pelo aleitamento materno

Uma hipótese é que os anticorpos IgG produzidos pela imunização da mãe também possam ser mobilizados para o leite materno, garantindo assim um reforço imunológico para o bebê mesmo após o parto. “Como a vascularização na região das glândulas mamárias é grande, uma das possibilidades é que o anticorpo seja captado da circulação sanguínea materna em um processo parecido com o que acontece na placenta. Assim, quando a criança mama, recebe também os anticorpos? sugere Ivo Lebrun. A partir de então, a alternativa é que essas moléculas passadas de mãe para filho através do leite seguem para o trato gastrointestinal. “Como no início da vida a digestão no intestino não é tão ácida, a substância não seria degradada, mas sim absorvida, caindo na corrente sanguínea do bebê? completa o pesquisador do Laboratório de Bioquímica do Butantan.

Durante a pandemia de Covid-19, um estudo conduzido pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) indicou a presença de anticorpos capazes de neutralizar o SARS-CoV-2 no leite de colaboradoras lactantes imunizadas com a CoronaVac. As amostras indicaram uma alta concentração de anticorpos após as mulheres receberem a segunda dose do imunizante ?os níveis se mantiveram altos mesmo após meses de amamentação.

O leite materno ?principalmente o colostro, líquido denso e amarelado, produzido pelo organismo da mulher logo após o parto ?também possui altas concentrações de anticorpos IgA, um tipo de imunoglobulina que protege as mucosas respiratórias e gastrointestinais da ação de microrganismos. “Quando ingeridas, essas moléculas criam uma espécie de barreira capaz de impedir que vírus e bactérias se fixem nos tecidos da região e atravessem a mucosa. É como se os tecidos estivessem revestidos por uma espécie de ‘verniz?que faz os agentes invasores ‘escorregarem?até serem eliminados pelas fezes? exemplifica Antônio Jorge.

Além da nutrição: leite materno estimula sistema imunológico, regula pressão arterial e contribui para o bem-estar dos bebês

Não à toa, o leite materno é considerado a primeira “vacina?do bebê. Produzido “sob medida?pelo organismo da mãe, o alimento fortalece o sistema imunológico, diminui os riscos de obesidade, diabetes, diarreia e de infecções respiratórias. Pensando justamente em reforçar a importância do aleitamento exclusivo até os seis meses de vida, desde 1992 o mês de agosto marca a realização de diversas ações em prol do tema. No Brasil, a iniciativa, apoiada pelo Ministério da Saúde, ganhou o nome de Agosto Dourado em alusão ao padrão ouro de qualidade do alimento.

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벳위즈 【보증업체】 가입코드 이벤트 쿠폰 //emiaow553.com/butantan-submete-pedido-a-anvisa-para-iniciar-pesquisa-com-vacina-contra-gripe-aviaria-em-humanos/ Mon, 19 Aug 2024 20:33:29 +0000 //emiaow553.com/?p=586597 The post Butantan submete pedido à Anvisa para iniciar pesquisa com vacina contra gripe aviária em humanos appeared first on Giz Brasil.

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Reportagem: Camila Neumam/Instituto Butantan

O Instituto Butantan, órgão vinculado à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, submeteu nesta sexta-feira (9) o pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar uma pesquisa clínica com uma candidata à vacina contra a gripe aviária. O ensaio clínico de fase 1 e 2 da vacina influenza monovalente tipo A (H5N8), desenvolvida no Instituto, pretende comprovar a segurança e a imunogenicidade (capacidade de gerar anticorpos) do imunizante. O Butantan fez testes pré-clínicos e já tem disponível um lote reserva para a pesquisa clínica.

“Ter uma vacina pronta, com uma plataforma já testada, que mostra que produz anticorpos, é o objetivo do Butantan. Não é para já comercializar, mas para propor um estoque estratégico. Caso o Ministério da Saúde precise acionar, o Butantan estará pronto para fornecer? declara o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás. “Não só estamos trabalhando nesta vacina candidata, como também estamos desenvolvendo uma rota tecnológica que pode ser trilhada, caso o vírus mude? continua Kallás. “Vamos pedir uma autorização para a Anvisa para a condução dos estudos clínicos, ou seja, em humanos voluntários. Trata-se de uma vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan para se preparar para uma possível situação de necessidade? afirma o diretor de Assuntos Regulatórios, Qualidade e Ensaios Clínicos, Gustavo Mendes.

O pedido está amparado na aprovação de uma Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) da Anvisa, que dispõe sobre o registro de vacinas pré-pandêmicas contra a influenza no país. No pedido, há dados dos estudos pré-clínicos (em modelos animais), dados técnicos da produção do lote reserva, informações sobre a composição do imunizante e seu adjuvante, como as vacinas estão armazenadas no Instituto, entre outros detalhes.

“?a primeira vacina que está sendo submetida a partir dessa resolução no Brasil. O Butantan está sendo inovador trazendo essa proposta para o Brasil? reitera Gustavo.
A escolha em produzir uma vacina a partir da variante H5N8 foi estratégica, por se tratar de um vírus de alta patogenicidade, que pode causar graves problemas respiratórios em humanos, inclusive levar à morte. A taxa de letalidade por influenza aviária em humanos é de 53%, ou seja, pode matar mais da metade dos infectados, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O que é o vírus da gripe aviária? 

A influenza aviária é conhecida mundialmente como influenza A viroses, ou pela sigla IAV. Os vírus influenza A têm subtipos com base em diferenças antigênicas de duas proteínas de superfície: hemaglutinina (HA) e neuraminidase (NA). Existem pelo menos 16 subtipos de HA e 9 de NA reconhecidos como de origem aviária, que dão origem aos subtipos da influenza A, como H5N1, H9N2, H3N8, entre outros. As aves são hospedeiros naturais da influenza aviária, principalmente as aves aquáticas selvagens, como gansos, pelicanos e garças. Em suas migrações, elas contraem e espalham o vírus, o que explica por que ele surge em diferentes lugares do mundo e em diferentes subtipos. O vírus é excretado por aerossóis respiratórios, muco e fezes da ave infectada e, por isso, mesmo aves domésticas, como as galinhas, perus e galinhas d’angola, podem se infectar se tiverem contato.

Há relatos também de infecção em mamíferos, como leões marinhos, focas, golfinhos e lontras. Em galinhas, a influenza A causa uma grave hemorragia em até 24 horas, dizimando plantéis inteiros.

Butantan tem estoque estratégico para ser usado em teste clínico em humanos

Doença com potencial pandêmico

Embora afete sobretudo aves selvagens e domésticas, a gripe aviária pode infectar humanos. Do ano passado para cá, a OMS contabilizou 13 novas infecções humanas por influenza aviária relatadas no Camboja, China e Vietnã, além de uma na Austrália e outra no México. Em junho, a OMS confirmou uma morte de uma pessoa pela variante H5N2 no México.

Desde 2022, novas variantes do vírus passaram a circular na América do Sul, inclusive no Brasil, levando à morte de aves e alguns mamíferos aquáticos. Foi isso que aumentou o alerta sobre a doença na região. O Instituto Butantan analisou as sequências genéticas dos vírus circulantes na América do Sul para escolher a vacina candidata que está sendo desenvolvida. O Butantan incluiu vacinas com a cepa H5N1 nos ensaios pré-clínicos, por também se tratar de uma variante altamente patogênica, permitindo uma mudança de cepa caso essa variante se espalhe.

A transmissão entre humanos da gripe aviária, considerada esporádica, ocorre após contato próximo com a ave infectada e/ou suas fezes. A forma de transmissão mais plausível é o contato com as penas, pele, mucosas e aerossóis, isto é, pela manipulação do animal infectado vivo ou morto ?este último na manipulação em frigoríficos, por exemplo ?e depois de encostar a mão contaminada nos olhos, nariz ou boca, segundo a OMS. O surgimento de casos em humanos preocupa cientistas pelo alto potencial de transmissibilidade do vírus, e pela gravidade dos sintomas, que podem variar de uma conjuntivite com sintomas leves de gripe a uma doença respiratória aguda grave, levando à morte. No Brasil não há casos registrados da doença em humanos, mas houve notificações em aves de subsistência (galinheiro doméstico). Desde maio de 2023, o Ministério da Agricultura e Pecuária decretou emergência zoossanitária por causa da influenza aviária no país.

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login bet365;bet365 promo;bet365 odds //emiaow553.com/em-novo-estudo-vacina-do-butantan-mostra-89-de-protecao-contra-dengue-grave-e-com-sinais-de-alarme/ Tue, 13 Aug 2024 19:48:32 +0000 //emiaow553.com/?p=585526 The post Em novo estudo, vacina do Butantan mostra 89% de proteção contra dengue grave e com sinais de alarme appeared first on Giz Brasil.

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Reportagem: Aline Tavares/Instituto Butantan

Novos resultados da fase 3 da vacina contra a dengue do Instituto Butantan, publicados na The Lancet Infectious Diseases, mostraram uma proteção de 89% contra dengue grave e dengue com sinais de alarme, além de eficácia e segurança prolongadas por até cinco anos. O estudo corrobora as análises anteriores de dois anos de acompanhamento e favorece a continuação do desenvolvimento da vacina para indivíduos de 2 a 59 anos, independente do histórico de infecção prévia de dengue.

O artigo recém-publicado descreve os resultados da imunização de 16 mil voluntários que entraram no estudo entre fevereiro de 2016 e julho de 2019. Foram consideradas análises feitas até 13 de julho de 2021, resultando em uma média de 3,7 anos de acompanhamento. Nesse período, o risco de dengue sintomática foi maior no grupo que recebeu placebo do que nos vacinados. A eficácia da vacina contra dengue grave ou com sinais de alerta foi de 89%.

Já a eficácia geral contra dengue sintomática foi de 67,3%, sendo 75,8% para o sorotipo DENV-1 e 59,7% para DENV-2. Não foram detectadas infecções por DENV-3 e 4. De acordo com a série histórica do Ministério da Saúde, entre 2017 e 2018 (primeiros dois anos de seguimento do estudo), houve uma queda nos casos de dengue, seguida por um surto de 1,5 milhão de casos em 2019. Mesmo durante o pico de casos, o imunizante conseguiu fornecer proteção contra a doença.

“?esperado de qualquer vacina que os anticorpos caiam com o tempo, o que não significa que o imunizante deixe de proteger contra a doença de maneira significativa. Trata-se de uma resposta natural do sistema imune, e a queda foi dentro do esperado para o tempo do estudo? ressalta a diretora médica do Instituto Butantan, Fernanda Boulos.

Diferente do que foi observado em outros estudos de vacinas contra a dengue após um acompanhamento prolongado, não foram detectadas preocupações adicionais de segurança. O imunizante do Butantan se manteve seguro para toda a faixa etária de 2 a 59 anos, tanto para quem tinha histórico de infecção prévia como para aqueles que nunca tiveram contato com o vírus.

O esquema de dose única oferecido pela vacina do Butantan também pode facilitar a adesão e a logística de vacinação, enquanto outros imunobiológicos do mercado necessitam de duas a três doses. Em janeiro, o Ministério da Saúde incorporou o primeiro imunizante contra a dengue ao Sistema Único de Saúde (SUS), destinado a crianças de 10 a 14 anos. Em 2024, até agosto, o estado de São Paulo registrou 2 milhões de casos de dengue e 1.500 mortes, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Estudos de mais de uma década

A vacina da dengue é uma parceria com o Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos, que cedeu ao Butantan em 2009 as quatro cepas virais que compõem o imunizante. O NIH foi responsável pela fase 1 do ensaio clínico (2010-2012), enquanto a fase 2 (2013-2015) foi realizada no Brasil. Em andamento desde 2016, a fase 3 também tem sido conduzida no país, sob coordenação do Butantan, e seguirá até todos os 16.235 voluntários completarem cinco anos de acompanhamento.

Os primeiros resultados da fase 3, publicados no New England Journal of Medicine em janeiro deste ano, demonstraram uma eficácia geral de 79,6% ao longo de dois anos de acompanhamento, sendo 89,5% para DENV-1 e 69,6% para DENV-2. A vacina foi desenvolvida para proteger contra os quatro sorotipos do vírus, mas não foram detectados casos de dengue 3 ou 4 no recorte anterior. A eficácia contra dengue grave também não pôde ser determinada na primeira parte do estudo, devido ao baixo número de casos detectados tanto no grupo vacinado como no placebo.

O imunizante do Butantan tem se destacado na indústria internacional, após a assinatura de um acordo inédito de desenvolvimento e compartilhamento de dados, em 2018, com a farmacêutica multinacional MSD. A empresa trabalha no desenvolvimento de uma vacina análoga, em uma ação conjunta para acelerar os estudos e registro do produto no Brasil e no exterior.

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Reportagem: Natasha Pinelli/Instituto Butantan

Pesquisar, desenvolver, fabricar e fornecer produtos capazes de impactar a saúde pública sempre fizeram parte da história do Butantan. No início do século XX, depois de contribuir com o controle da peste bubônica no estado de São Paulo e de assumir papel de liderança frente às questões relacionadas ao ofidismo ?um grave problema do Brasil na época ? o Instituto também foi essencial no combate daquele que ficou conhecido como o “mal do século? a tuberculose, por meio da produção da vacina BCG.

Ao longo de todo o ano de 1926, apenas oito ampolas do imunizante foram feitas, sinalizando uma produção ainda incipiente. Duas décadas depois, o Butantan enviava lotes mensais da BCG para a Liga Paulista Contra a Tuberculose, órgão responsável pelas estratégias de controle da doença no estado, e nos anos 1950 já superava a marca de 1,5 milhão de doses anuais. Até meados dos anos 2000, o Instituto foi um dos mais importantes fornecedores do produto ao Ministério da Saúde, junto com a Fundação Ataulpho de Paiva, com sede no Rio de Janeiro (RJ).

A vacina BCG deve ser aplicada ainda nas primeiras horas de vida do recém-nascido e desde 1976 tornou-se obrigatória no Brasil. Feito com bacilos atenuados da bactéria da tuberculose bovina ?uma descoberta dos franceses Albert Calmette e Camille Guèrin, daí o nome BCG ? o imunizante demandava uma rotina produtiva intensa que envolvia o uso de cerca de 100 quilos mensais de batatas, horas de higienização de vidraria, além da manipulação de maquinários por uma equipe bastante qualificada.
Registro da década de 1930 mostra tubos de ensaio com cultivos do BCGRegistro da década de 1930 mostra tubos de ensaio com cultivos do BCG

A arte de fabricar uma vacina

No início, o Butantan fazia a versão oral do imunizante e a planta produtiva se localizava no primeiro andar do Prédio Novo ?hoje um edifício histórico, tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), localizado no Parque da Ciência Butantan. “Garantir o cultivo da BCG sempre foi uma etapa vital do processo. Como em um primeiro momento a bactéria crescia na superfície de uma batata, a cada quinze dias comprávamos 60 quilos do legume, que não podia ter nenhum resquício de agrotóxico e era vendido a alto custo? lembra a pesquisadora científica do Laboratório de Desenvolvimento e Inovação do Butantan Rosely Cabette Barbosa Alves, que entre o final da década de 1970 até os anos 1990 foi diretora de produção da vacina BCG no Instituto.
Tubo de ensaio com cultura de batata utilizado para o crescimento do BCGTubo de ensaio com cultura de batata utilizado para o crescimento do BCG
As batatas recebidas precisavam ser higienizadas, descascadas e cortadas em pequenos filetes de 1 centímetro de espessura. Cada um desses pedacinhos era introduzido em tubos de ensaio individuais e com uma espécie de “bulbo?na ponta, em que se concentrava o meio de cultura ?preparação feita em laboratório com os nutrientes necessários para o crescimento e desenvolvimento de um microrganismo. Depois, seguiam para esterilização em autoclave. Ainda dentro do tubo, as batatas recebiam uma “massa bacilar?sob sua superfície e retornavam para a estufa, onde permaneciam por 15 dias. Assim que uma película com a cultura do bacilo surgia no fundo do tubo, o material era cuidadosamente coletado e transferido para um vidro laboratorial em formato de triângulo invertido (erlenmeyer). Por fim, seguiam novamente para uma estufa com temperatura controlada para o crescimento da bactéria. Como o objetivo desse processo era aumentar a proliferação do microrganismo, os chamados “repiques??processo em que uma certa massa da bactéria era tirada de um erlenmeyer e parcialmente transferidas para outros frascos, multiplicando o crescimento da BCG ?se repetiam por um número determinado de vezes, até alcançar a massa necessária para a produção da vacina. Também era preciso conferir se a película não apresentava nenhum indício de contaminação, e se a bactéria não havia se ‘afogado? já que a vacina é feita com um microrganismo vivo que precisa de ar para se reproduzir. Semanalmente, parte do material biológico que crescia nos vidros era coletado, diluído e filtrado, dando origem assim à principal matéria-prima da vacina BCG.
Balão de erlenmeyer com cultivo do baciloBalão de erlenmeyer com cultivo do bacilo

Artesanato biológico

O desenvolvimento da vacina BCG envolvia uma série de processos manuais que conferiam diversas camadas de complexidade ao dia a dia de trabalho. Além das etapas relacionadas à preparação das batatas, era necessário confeccionar diariamente cerca de 800 tampões feitos de ramo de algodão. Similares a uma rolha, as tampas fechavam os vidros erlenmeyer sem que a passagem de ar no recipiente fosse completamente barrada. E uma vez que a vacina BCG é extremamente gordurosa, muitas e muitas horas eram dedicadas à higienização das vidrarias de laboratório ?ambos trabalhos eram realizados majoritariamente por mulheres. No final da década de 1970, a fim de atender às novas diretrizes do Ministério da Saúde, que passou a preconizar a vacina liofilizada intradérmica ?com a versão atualizada, o prazo de validade do produto saltou de 15 dias para 12 meses ? a fábrica da BCG mudou para um novo prédio, agora próximo ao Edifício Vital Brazil. No início dos anos 2000, a planta passou por um processo de modernização, e a questão do volume utilizado de erlenmeyer acabou se agravando. “O microrganismo simplesmente não crescia da mesma forma. Precisávamos usar quase mil erlenmeyer para atingir a mesma massa de bactérias que antes era cultivada em 250 frascos? conta o diretor técnico do Laboratório Multipropósito, Renato Astray, que trabalhou na produção da vacina BCG logo que chegou ao Butantan nos anos 2000. Com isso, muitos colaboradores chegavam a dedicar mais de seis horas do expediente à lavagem dos vidros, que também se quebravam com facilidade, gerando um custo considerável de reposição.
Ampolas com a vacina BCG ainda líquida seguem para a máquina de liofilizaçãoAmpolas com a vacina BCG ainda líquida seguem para a máquina de liofilização
Por fim, após muita investigação, os profissionais descobriram que um problema relacionado à água usada no meio de cultura era o que freava a proliferação das bactérias. “Foi um aprendizado importante na época. Afinal, por mais que a nova fábrica fosse mais moderna e com importantes evoluções tecnológicas, tivemos que lidar com essa situação? pondera Renato. Outra particularidade do imunizante era a necessidade de uma ampola especial. Feito de vidro, o recipiente tinha um gargalo mais comprido, que ajudava a proteger o produto da alta temperatura da máquina seladora, necessária para “lacrar?o frasco. A manutenção e reposição das peças do equipamento, de origem japonesa, eram um desafio à parte. “Uma vez fui até o Aeroporto de Cumbica receber as peças e, quando abri as caixas, a maior parte já estava quebrada. Chorei muito? recorda Rosely, que até buscou parcerias para produzir em território nacional peças similares, capazes de suportar altas temperaturas ?sem sucesso. Já Renato desenvolveu outra estratégia: sempre que possível, durante toda a etapa de fechamento das ampolas, ele mantinha a postos um colaborador terceirizado, responsável pela manutenção da seladora. “O problema é que muitas vezes o processo se estendia madrugada adentro e ele acabava dormindo no carro? diverte-se.
Depois que a vacina BCG era liofilizada as ampolas seguiam para a máquina seladoraDepois que a vacina BCG era liofilizada as ampolas seguiam para a máquina seladora
Questões estratégicas de mercado aliadas à necessidade de novas adaptações da fábrica, que precisava atender às normas de Boas Práticas de Fabricação (BPF) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), fizeram com que o Butantan optasse pela suspensão da fabricação da vacina BCG no ano de 2007. Por mais que os desafios fossem constantes e diários, os colaboradores se recordam com carinho e orgulho do período dedicado à produção do imunizante. “Eu amava trabalhar na fabricação de BCG. Boa parte da minha vida foi ali, criei meus filhos enquanto também cuidava de todos aqueles processos? lembra Rosely. Renato reforça que mesmo com tantos desafios, a vacina produzida pelo Butantan era excelente no quesito qualidade. “No nosso melhor ano, chegamos a produzir quase 3 milhões de doses. De fato, muita coisa era feita a mão, e cada etapa acompanhada de pertinho, com muita atenção e cuidado? completa.
Primeira cientista mulher do Butantan, Jandyra Planet do Amaral contribuiu para o aperfeiçoamento da produção de vacina BCG no InstitutoPrimeira cientista mulher do Butantan, Jandyra Planet do Amaral contribuiu para o aperfeiçoamento da produção de vacina BCG no Instituto

BCG e as mulheres

O papel desempenhado pelas mulheres na fabricação da BCG foi essencial para que a vacina chegasse ao braço da população brasileira. Além de realizar com maestria os processos artesanais e de manipular maquinários extremamente complexos e pesados, elas ocupavam os cargos mais altos do setor produtivo, tomando decisões estratégicas e constantemente buscando melhorias. Jandyra Planet do Amaral, chefe da Seção de Bacteriologia nos anos 1960 e, posteriormente, a primeira mulher a se tornar diretora-geral do Butantan, foi crucial para que a produção da BCG decolasse na instituição. Em 1958, ela passou seis meses no Instituto Pasteur de Paris, na França, a fim de conhecer os detalhes da produção estrangeira e implementar melhorias na planta do Butantan. Foi durante sua gestão, já na década de 1970, que o Instituto passou a fabricar a BCG liofilizada.

MEMÓRIA IB: Primeira cientista mulher do Butantan ajudou a produzir a vacina BCG em escala industrial nos anos 70

Hoje, é também sob a liderança de uma mulher, a pesquisadora científica do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas Luciana Leite, que estudos em prol da melhoria da vacina BCG estão sendo feitos no Instituto Butantan. Há quase duas décadas, a cientista tem se dedicado ao desenvolvimento de um imunizante recombinante, capaz de induzir uma maior proteção contra a tuberculose.

Além disso, as pesquisas encabeçadas por Luciana podem resultar em mais um produto inovador: a chamada Onco rBCG é uma terapia com composição similar à vacina BCG recombinante, mas com altíssimo potencial para o tratamento de recidivas de câncer de bexiga.

Pesquisadores do Butantan estudam uso de BCG recombinante como tratamento para câncer de bexiga 

Dia da vacina BCG

Celebrada em 1º de julho, a data tem como objetivo reforçar a importância do imunizante, que continua sendo a melhor estratégia disponível para a prevenção das formas graves da tuberculose entre o público infantil. Além de afetar os pulmões, a doença pode ocasionar danos aos ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

De acordo com Luciana, outro ponto a favor da vacina BCG é a capacidade do produto de induzir a imunidade treinada do organismo. “Evidências mostram que crianças que receberam o imunizante no início da vida têm menor risco de morte por qualquer doença infecciosa? explica. Isso acontece porque assim que o organismo reconhece a presença da bactéria responsável pela tuberculose, acontece também uma ativação inespecífica de todo o sistema imunológico. “?como se o nosso corpo tivesse muito medo desse microrganismo e disparasse um alerta geral, beneficiando a proteção contra muitos outros patógenos? completa.  

Referências:
BIBLIOTECA VIRTUAL EM SAÚDE. 1/7 ?Dia da Vacina BCG

CENTRO CULTURAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. Imagens da peste branca: memória da tuberculose

MEMÓRIAS DO INSTITUTO BUTANTAN (1978/79). A carreira científica da dra. Jandyra Planet do Amaral

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DO INSTITUTO BUTANTAN. Anos 1946, 1953, 1954 e 1958.

* Além das fontes citadas, também contribuíram com a matéria a assistente de documentação Mariana Soares Popperl e a pesquisadora voluntária Ivone Yamaguchi, ambas do Centro de Memória do Butantan.Fotos: Acervo Instituto Butantan/Centro de Memória

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Reportagem: Camila Neumam/Instituto Butantan

Muita gente não se lembra, mas décadas atrás infelizmente era comum que crianças fossem acometidas pela poliomielite ainda nos primeiros anos da infância. A doença causada pelo poliovírus selvagem, que invade o sistema nervoso, pode causar paralisia em pernas e braços e deixar sequelas motoras por toda a vida. Até os anos 80, ao menos 1.000 crianças ficavam paralisadas a cada dia no mundo em decorrência da pólio, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa realidade mudou, inclusive no Brasil, graças à vacinação, que é a única forma até hoje criada de prevenir a poliomielite.

Desde 2016, porém, a adesão à vacinação vem caindo no país, o que fez a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), braço da OMS nas Américas, incluir o Brasil na lista das nações que correm o risco da reintrodução do vírus da pólio. Na visão dos especialistas, quanto menos pessoas vacinadas, sobretudo as crianças que são mais vulneráveis ao vírus, maior o risco de a doença voltar a se espalhar.

Para garantir o acesso a essa e outras vacinas, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) faz campanhas anuais para lembrar a população de manter a proteção em dia. A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite deste ano, promovida pelo Ministério da Saúde, ocorre até 14 de junho, embora a vacina continue disponível nas unidades básicas de saúde após a data. A meta é vacinar 95% do público-alvo, que abrange 13 milhões de crianças menores de cinco anos. Em 2023, 84,63% do público-alvo foi vacinado contra a pólio no Brasil, dado maior do que os 77% de 2022, segundo o Ministério da Saúde.

Crianças com sequelas da poliomielite em reabilitação, usando aparelho ortopédico (Foto: Centers for Disease Control and Prevention)Crianças com sequelas da poliomielite em reabilitação, usando aparelho ortopédico (Foto: Centers for Disease Control and Prevention)
“Se não alcançarmos essa meta para garantir uma proteção em massa, vamos ter uma população vulnerável. A possível entrada do vírus entre viajantes deixa uma porta aberta para a reintrodução da doença. A única forma de fechar essa porta é vacinar toda a população-alvo? afirma a gerente de Farmacovigilância do Butantan e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mayra Moura.

Esse risco existe porque, segundo a OMS, o vírus da poliomielite circula de forma endêmica no Paquistão, na Nigéria e no Afeganistão, mas alguns casos foram detectados em outros países nos últimos anos. Estes são indicativos de que o poliovírus continua se espalhando e que pode se propagar em qualquer ambiente onde a população não estiver majoritariamente protegida.

O relatório da OMS mostra que a cobertura global de imunização, incluindo a poliomielite, caiu de 86% em 2019 para 81% em 2021.

Paralisia, pulmão de aço e Zé Gotinha

A poliomielite começou a se propagar no Brasil ainda no começo do século XX e deixou uma legião de crianças com sequelas motoras e neurológicas. “Era comum ver crianças adoecendo, morrendo ou ficando com sequelas motoras por causa da doença. Foi por causa da pólio que foi criada a Associação de Assistência à Criança com Deficiência [AACD] no Brasil? afirma a gerente de Farmacovigilância do Butantan.
Equipamento conhecido como pulmão de aço ajudava crianças com paralisia a respirar (Foto: OMS/Paul Palmer, 1956)Equipamento conhecido como pulmão de aço ajudava crianças com paralisia a respirar (Foto: OMS/Paul Palmer, 1956)
Uma das vacinas contra a poliomielite criadas ainda na década de 50 ?a em gotas Sabin ?chegou a ser aplicada no Brasil, especialmente após a criação do PNI em 1973. Porém, a pouca oferta e a baixa adesão da população impediram a contenção dos surtos. “Além da paralisia, a poliomielite causa uma grande dificuldade de respirar e era comum ver crianças tendo que usar máquinas artificiais, conhecidas como pulmões de aço? relembra.
Criança é vacinada contra pólio nas primeiras campanhas contra a doença ocorridas no BrasilCriança é vacinada contra pólio nas primeiras campanhas contra a doença ocorridas no Brasil
Foi apenas após a criação em 1980 de um plano global de imunização contra a pólio, organizado pela OMS em 175 países, incluindo o Brasil, que a doença começou a ser contida realmente.

A campanha de vacinação contra a paralisia infantil, como passou a ser chamada no Brasil, criou o inesquecível Zé Gotinha e se tornou bastante popular. O nome do personagem fazia uma menção direta à vacina oral contra a pólio (VOP), que era dada em gotas. Em 1989, o Brasil parou de registrar casos de pólio e, em 1994, a doença foi erradicada no país.

O personagem Zé Gotinha foi criado para atrair crianças e famílias e se tornou símbolo da vacinação no BrasilO personagem Zé Gotinha foi criado para atrair crianças e famílias e se tornou símbolo da vacinação no Brasil

Menor percepção de risco = menor procura por vacinas

O sucesso na erradicação da doença, por sua vez, mudou a percepção da população sobre a gravidade da pólio. As pessoas pararam de ver crianças doentes e adultos com sequelas, o que deu a sensação de que a doença não existia mais, mesmo sem a vacinação ?o que não procede porque é a vacinação que mantém a erradicação do vírus ainda em voga. “Quem não vê a doença, não vê a gravidade dela e nem a importância da vacinação, embora o vírus continue existindo mundo afora. Basta o vírus encontrar pessoas suscetíveis, como as não vacinadas, para elas adoecerem, transmitirem a doença e os casos crescerem exponencialmente? afirma Mayra Moura.
Cartazes de diferentes campanhas contra a paralisia infantil focavam em personagens infantisCartazes de diferentes campanhas contra a paralisia infantil focavam em personagens infantis

Perguntas e respostas sobre a vacinação contra a poliomielite

1- Quem deve tomar a vacina?

A vacina contra a poliomielite está prevista no calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para todas as crianças menores de 5 anos. O esquema vacinal é de três doses da vacina injetável (VIP) aos dois, quatro e seis meses de idade, e dois reforços da vacinal oral bivalente (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos.

2- Mesmo quem já tomou todas as vacinas deve se vacinar de novo?

Sim. Mesmo as crianças com o esquema inicial e com as doses de reforço completos devem receber a vacina na campanha sazonal. Elas receberão uma dose da VOP (da gotinha). Crianças que não tiverem completado o esquema vacinal receberão o imunizante injetável para concluí-lo.

3- A criança somente estará protegida com o esquema completo?

Sim. Ela estará protegida contra a poliomielite somente quando completar o esquema de três doses da vacina injetável contra a poliomielite (VIP), chamado esquema primário. As duas doses de reforço garantem o prolongamento dessa proteção, assim como as doses das campanhas sazonais.

4- Por que a necessidade desse reforço agora?

A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite acontece anualmente nesta época do ano desde a década de 1980. Ela não deve ser considerada excepcional, mas uma forma de reforçar a importância de mantermos a cobertura vacinal de 95% das crianças menores de cinco anos em todo o país, para evitar o risco de novos surtos da doença por aqui.

5- Quais as vacinas usadas contra a poliomielite?

Dois tipos de vacinas contra a poliomielite são usadas na região das Américas: a vacina oral atenuada (VOP) e a vacina injetável inativada (VIP). Antigamente, a VOP continha três tipos de poliovírus. Após a declaração de erradicação do poliovírus selvagem tipo 2, em 2016, o sorotipo 2 foi retirado. Apenas a vacina VOP com sorotipos 1 e 3, conhecida como VOPb, foi continuada. Os países estão substituindo gradualmente esse produto pela vacina VIP ?que será o caso do Brasil a partir do segundo semestre deste ano.

6- Quais os efeitos colaterais da vacina contra a poliomielite?

A maioria dos vacinados não apresenta efeitos colaterais, mas raramente pode ocorrer vermelhidão e inchaço no local da vacinação injetável.

7- A vacina tem contraindicações?

Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, a VOP é contraindicada para gestante, pessoas que sofreram anafilaxia após o uso de componentes da vacina em especial os antibióticos neomicina, polimixina e estreptomicina; pessoas com doenças do sistema imunológico causadas por doenças ou medicamentos e pessoas que vivem com HIV. A VIP é contraindicada para pessoas com histórico de alergia grave (anafilaxia) à dose anterior da vacina ou a algum de seus componentes.

8- Como se contrai a poliomielite?

O vírus é transmitido de pessoa a pessoa por via fecal-oral ou, menos frequentemente, por um meio comum (água ou alimentos contaminados, por exemplo) e se multiplica no intestino.

9- Quais sintomas podem indicar um caso de poliomielite paralítica?

Deve-se suspeitar de poliomielite em crianças não vacinadas ou parcialmente vacinadas com sintomas semelhantes aos da gripe (febre, dores musculares, dores de cabeça, falta de apetite) e que parecem estar se recuperando, mas que tenham retorno dos sintomas em alguns dias. Pode ocorrer ainda diminuição da força nas pernas ou braços e dificuldade para andar. A diminuição da força progride rapidamente para a paralisia, geralmente desigual entre os membros afetados.

10- Como confirmar que se trata de poliomielite?

Uma amostra de fezes deve ser analisada em laboratório para avaliar a detecção ou não do poliovírus. A amostra deve ser coletada em até 14 dias a partir do início da paralisia.   Fontes:

Organização Mundial da Saúde

Organização Pan-Americana da Saúde

Ministério da Saúde

Calendário de Vacinação do Sistema Único de Saúde

Sociedade Brasileira de Imunizações

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카지노 업계 동향 및 변화와 커뮤니티의 다양성 //emiaow553.com/taxa-de-vacinacao-infantil-tem-tendencia-de-queda-em-sete-anos-sem-atingir-meta-nacional-mostra-estudo/ Thu, 20 Jun 2024 21:00:02 +0000 //emiaow553.com/?p=575809 The post Taxa de vacinação infantil tem tendência de queda em sete anos, sem atingir meta nacional, mostra estudo appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisa analisou tendência de cobertura e abandono vacinal em crianças de até dois anos no país, com dados de 2015 a 2021
  • Em 2021, todas as vacinas incluídas no calendário vacinal infantil tiveram cobertura abaixo de 74% no país, sem atingir meta de cobertura dos imunizantes
  • Taxa média de abandono vacinal se manteve em 10% em sete anos

Atingir uma taxa de vacinação em bebês acima da meta de cobertura dos imunizantes tem sido um dos desafios da saúde pública nos últimos anos. Um estudo de pesquisadores da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) revela que a taxa média de cobertura vacinal de crianças menores de dois anos foi de 77%, com tendência de queda em sete anos, de 89%, em 2015, para 62%, em 2021. Os dados estão publicados na edição de sexta (31) da ?a href="//abori.com.br/periodico/revista-paulista-de-pediatria/" target="_blank" rel="noopener">Revista Paulista de Pediatria?/a>.

Em 2021, todas as vacinas analisadas que estão incluídas no calendário vacinal do Sistema Único de Saúde (SUS) tiveram cobertura vacinal abaixo de 74% no país, sem atingir a meta nacional (que é de 90% ou 95%, dependendo do imunizante). O trabalho examinou a tendência de cobertura e abandono vacinal em menores de dois anos, no período de 2015 a 2021, para oito imunizantes do calendário nacional recomendado para a faixa etária, a partir de dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (PNI). Informações sobre a taxa vacinal de cada imunizante por região e por ano foram analisadas. Em sete anos, houve uma tendência de queda na cobertura vacinal para todas as vacinas em todas as regiões brasileiras, com exceção da febre amarela nas regiões Sul e Sudeste. Neste período, a taxa média de abandono vacinal de imunizantes com mais de uma dose se manteve em 10%. Em algumas regiões, houve um aumento da tendência da taxa de abandono para as vacinas BCG, no Norte, Nordeste e Centro-oeste, e Meningo-C, no Norte e Nordeste. Os pesquisadores já esperavam a confirmação desta tendência decrescente na cobertura vacinal ao acompanhar atividades práticas dos alunos de enfermagem em serviços de saúde e perceber a dificuldade de equipes da atenção básica em manter a adesão às vacinas das crianças. Essa ideia foi corroborada pela percepção de um aumento dos movimentos antivacina e negacionista, impulsionado pelo contexto da pandemia de Covid-19. “O que surpreendeu foi ver que essa tendência decrescente se aplicou a todas as vacinas analisadas, mesmo aquelas incluídas no calendário vacinal do SUS? explica o pesquisador Ronaldo Antonio da Silva, coautor do estudo e doutorando de enfermagem da UFMT. Para os cientistas, os resultados mostram um cenário preocupante em relação à imunização das crianças menores de dois anos no país, com a necessidade de uma melhor compreensão dos fatores que influenciam as taxas de cobertura vacinal e de abandono. “A partir dessa identificação será possível propor estratégias para aumentar a confiança dos pais e familiares nas vacinas? aponta Silva. Dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde mostram uma reversão deste cenário: em 2023, oito vacinas recomendadas pelo calendário infantil apresentaram aumento de cobertura vacinal em comparação a 2022, entre elas os imunizantes contra a poliomielite e tríplice viral. Mesmo assim, os estudos sobre fatores que afetam a vacinação continuam. O Grupo de Estudos em Saúde da Criança e do Adolescente da UFMT quer investir em pesquisas sobre hesitação vacinal e sobre diferentes estratégias para melhorar a cobertura vacinal de crianças.

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100년 후 온라인카지노는 어떤 모습일까요?;바카라사이트,카지노사이트,온라인카지노사이트 //emiaow553.com/o-que-sao-compostos-bioativos-elementos-essenciais-para-a-producao-de-vacinas-medicamentos-e-tratamentos-de-saude/ Sat, 08 Jun 2024 23:09:11 +0000 //emiaow553.com/?p=572532 The post O que são compostos bioativos, elementos essenciais para a produção de vacinas, medicamentos e tratamentos de saúde appeared first on Giz Brasil.

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Reportagem: Guilherme Castro/Instituto Butantan

Para que um medicamento chegue às farmácias ou um tratamento possa ser aplicado em um hospital, há um longo caminho a ser percorrido. Na base dessa jornada estão pesquisas que analisam compostos muito interessantes, que podem ser úteis à humanidade, chamados de bioativos ?termo que engloba uma vasta gama de substâncias de origem biológica, dentre os quais peptídeos, proteínas e enzimas derivadas de plantas, bactérias, fungos ou animais. Compostos bioativos são moléculas de origem natural com enorme potencial para a medicina, principalmente pelo que há de desconhecido nos seus estudos. Um exemplo é o bolor do gênero Penicillium, que deu, por acaso, origem ao antibiótico penicilina. Com o avanço tecnológico e a implementação de técnicas como a análise biológica em larga escala, substâncias com histórico de uso terapêutico desde tempos antigos estão se tornando alvos vitais e cada vez mais abrangentes para o desenvolvimento de novas soluções na área da saúde.

Compostos bioativos e suas aplicações

Todo organismo vivo possui milhões de compostos com funções destinadas a suprirem necessidades biológicas e fisiológicas. Se produzidos ou secretados em excesso, porém, esses componentes podem causar problemas. “Da mesma forma que, no caso de um acidente com animal peçonhento, a letalidade de um veneno é determinada pela dose administrada, a toxicidade ou eficácia terapêutica de uma substância é regida pela quantidade e concentração aplicadas? relata a especialista do Laboratório de Imunoquímica do Instituto Butantan Giselle Pidde. Na biologia, o balanço fisiológico é muito equilibrado, e pode pender para um lado ou outro, a depender de como o componente é utilizado.

É a partir dessa noção que cientistas estudam as características dos compostos bioativos. Por meio de estratégias como varredura (screening), é feito um rastreio de substâncias potencialmente úteis nos mais diversos tipos de organismos, desde uma simples extrato de folha de uma planta, até secreções como o veneno de uma serpente.

Quando um composto demonstra propriedades potencialmente benéficas para os seres humanos, ele é direcionado aos estudos de aplicação. Se continuar provando resultados positivos nos experimentos, futuramente ele pode servir como base para o desenvolvimento de um produto de ação profilática, como uma vacina; de tratamento, como novos medicamentos; ou de diagnóstico, para ser utilizado em testes que detectam alterações no organismo.

“Quando um composto bioativo não pode ser direcionado para nenhuma dessas vias de aplicação, ele serve como conteúdo para entender o mecanismo de ação de determinado composto, como a toxicidade. De qualquer modo, sempre irá gerar alguma informação relevante que, eventualmente, pode se combinar com outras descobertas e culminar em avanços científicos? relata Giselle. O desconhecimento sobre o que existe na natureza ainda é maior do que o conhecimento, o que é um grande estímulo para a pesquisa, que se alimenta de perguntas, ou seja, do desconhecido. Para a cientista do Butantan, as respostas de muitos problemas da humanidade se encontram em processos espalhados na natureza que ainda não entendemos completamente.

Bioativos no Butantan

Entre outras ações, os cientistas do Instituto Butantan se dedicam a procurar compostos bioativos provenientes de venenos, que são ricos em substâncias proteicas e não proteicas (derivadas de proteínas), orgânicas e inorgânicas. Entre as substâncias estudadas nos laboratórios estão venenos de animais como serpentes, aranhas, escorpiões, anfíbios e lagartas. Os cientistas dedicados à pesquisa básica geram material fundamental ao desenvolvimento da pesquisa aplicada. Eles exploram diversas áreas do conhecimento para entender organismos vivos e criar modelos científicos que permitam mapear a composição e atividade de moléculas em órgãos ou secreções específicas. Uma estratégia comumente utilizada no estudo de secreções animais no Butantan é o fracionamento desses elementos por diferentes técnicas. As frações obtidas são testadas em modelos de interesse e aquelas que apresentarem atividade são submetidas a um novo processo de fracionamento, que continua até que o composto puro seja alcançado. Um exemplo é a procura por uma substância com atividade antibiótica, testada em culturas de bactérias. Se for encontrada uma única molécula capaz de eliminar bactérias, etapas adicionais de estudo são necessárias para determinar a viabilidade deste composto como produto comercial. Somente no final dessa cadeia de desenvolvimento é que o item finalmente encontra a prateleira da farmácia ?o que pode levar anos, ou até mesmo décadas.

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먹튀검증 【토토먹튀블러드】 먹튀 보증업체 추천 토토사이트 관련된 먹튀검증업체 사설 토토커뮤니티 //emiaow553.com/vacinacao-contra-covid-19-na-gravidez-protege-bebes-recem-nascidos/ Thu, 11 Apr 2024 15:42:08 +0000 //emiaow553.com/?p=563555 The post Vacinação contra Covid-19 na gravidez protege bebês recém-nascidos appeared first on Giz Brasil.

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Desde que ensaios clínicos provaram que a vacinação contra Covid-19 era segura para grávidas, milhões de pessoas nessa condição receberam suas doses ao redor do mundo. Agora, com esses dados sólidos, vários estudos indicam que a imunização neste período também beneficia o bebê em gestação.

Hoje, a indicação de vacinação contra Covid-19 está prevista para bebês a partir dos seis meses de idade. Porém, no intervalo entre o nascimento e a primeira dose, essas crianças se encontram vulneráveis ao vírus SARS-CoV-2. Isso porque, nesse momento da vida, o sistema imunológico do bebê não está maduro o suficiente para montar sua própria defesa.

“Um dos fatos que se perde no público em geral é que, na população pediátrica, a Covid-19 é mais grave entre os bebês, resultando nas maiores taxas de hospitalização e morte nessa faixa etária jovem”, afirmou à Scientific American a pesquisadora Cristina Cardemil, envolvida em um dos estudos sobre o tema.

Isso acontece porque os bebês ainda não tiveram contato com doenças infecciosas e, portanto, não produziram anticorpos. Além disso, eles também têm vias aéreas pequenas e se desidratam facilmente, o que os coloca em duplo risco para várias condições. Mas isso pode mudar com a vacinação durante a gravidez.

Evidências

De acordo com a ciência, o que acontece é relativamente simples. Ao receber a vacinação, o sistema imunológico de pessoa grávida desenvolve anticorpos contra uma proteína do SARS-CoV-2. Posteriormente, esses mesmos anticorpos atravessam a placenta para o feto, protegendo assim o recém-nascido.

O mesmo já acontece com a vacina da gripe, por exemplo. Agora, alguns estudos recentes reforçam a eficácia desse processo com a Covid.

  • Uma pesquisa publicada na revista Pediatrics identificou que, quando grávidas receberam uma vacina de mRNA contra a Covid-19, a imunização protege os bebês contra infecções sintomáticas da doença por pelo menos seis meses após o nascimento.
  • O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos EUA) observou que os bebês tiveram um risco reduzido de hospitalização quando suas mães receberam uma dose do imunizante contra a Covid-19 em qualquer momento da gravidez.
  • Um estudo publicado na revista Nature Medicine descobriu que os recém-nascidos de mães que foram vacinadas com uma terceira dose (também chamada de dose de reforço) tinham metade da probabilidade de serem hospitalizados por Covid-19.
  • Muitos dos estudos também sugerem que um reforço da vacinação contra Covid-19 durante o segundo ou terceiro trimestre confere a melhor proteção. 

Recomendações

De acordo com os autores do estudo da Nature Medicine, futuras diretrizes devem recomendar a vacinação de reforço durante o terceiro trimestre como algo rotineiro da gravidez. A OMS (Organização Mundial da Saúde) já recomenda uma única dose adicional da vacina neste período.

Contudo, por enquanto, essa diretriz parece ser a exceção. Além disso, especialistas também se preocupam com a falta de adesão da população mundial às doses de reforço da vacinação contra Covid-19.

Para especialistas, esta é uma maneira muito fácil de manter o bebê seguro e garantir também a saúde da mãe. Por isso, deveria ser recomendado com mais afinco.

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바카라 온라인카지노 하는법;바카라사이트;카지노사이트킴 //emiaow553.com/estudo-atesta-eficacia-da-vacina-bivalente-contra-covid-19/ Sat, 10 Feb 2024 19:30:56 +0000 /?p=551220 The post Estudo atesta eficácia da vacina bivalente contra COVID-19 appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Julia Moióli | Agência FAPESP

A vacina bivalente contra a COVID-19 induz a produção de anticorpos neutralizantes contra o coronavírus que circulou no início de pandemia e também contra subvariantes da ômicron, embora em menor quantidade, aponta estudo brasileiro publicado no Journal of Medical Virology, uma das mais conceituadas da área de virologia médica.

Além de atestar a eficácia e a importância do imunizante no controle da doença, cujos casos voltaram a aumentar no último mês em diversos Estados do país, o trabalho indica que, a partir de agora, o modelo de vacinação deve se assemelhar ao da gripe, com ajustes frequentes na formulação para priorizar variantes mais recentes. Foi a primeira vez que uma pesquisa avaliou a imunidade induzida pela vacina Cominarty Bivalente BA.4/BA.5, produzida pela farmacêutica Pfizer, em cenário de população real de vacinados no Brasil. Cerca de cem voluntários saudáveis, com idades entre 16 e 84 anos, da cidade de Barreiras, no Estado da Bahia, tiveram seus níveis de anticorpos neutralizantes (capazes de neutralizar o vírus e impedir a infecção) analisados. Parte deles havia tomado três ou quatro doses de vacinas monovalentes, como Coronavac (Instituto Butantan/Sinovac), Covishield (Oxford/AstraZeneca), Janssen e Pfizer, que eram baseadas apenas no vírus original (oriundo de Wuhan, China), enquanto outros receberam como quinta dose a bivalente, que contém em sua formulação componentes do coronavírus original e das subvariantes BA.4 e BA.5 de ômicron. Os ensaios de avaliação da capacidade de neutralização dos anticorpos foram feitos com diferentes estirpes do coronavírus SARS-CoV-2: original (do início de pandemia); ômicron, predominante no ano de 2021; e subvariantes FE.1.2 e BQ.1.1 de ômicron, que dominaram o cenário epidemiológico no país mais recentemente.

Financiado pela FAPESP (projetos 20/05204?, 20/06409?, 20/08943?, 21/05661?, 22/11981? e 23/01925?) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o estudo mostrou que a vacina bivalente induz reforço da resposta imune e tem uma capacidade maior de neutralizar vírus mais recentes, como ômicron e suas subvariantes, em comparação com indivíduos não vacinados com o novo imunizante. Entretanto, seu foco principal ainda é contra o coronavírus original, dominante no início da pandemia, o que gera uma espécie de competição, limitando a imunidade a médio e longo prazo contra os vírus mais novos, que têm mais importância epidemiológica atualmente.

“Esse resultado era esperado, uma vez que a memória imunológica se baseia em células capazes de reconhecer frações do vírus e é reforçada pelo número de contatos com o contaminante? explica Jaime Henrique Amorim, pesquisador visitante no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e coordenador do estudo. “Por natureza, o sistema imune vai sempre reagir melhor contra aquilo que já conhece e os voluntários imunizados com a vacina bivalente já haviam tomado quatro doses anteriores de monovalentes? acrescenta ele, que também é professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob).

Modelo para o futuro

“Controlar um vírus com capacidade de transmissão tão elevada como o SARS-CoV-2 requer uma cobertura vacinal também elevada? afirma Luís Carlos de Souza Ferreira, coordenador do Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do ICB-USP. “O trabalho deixa claro que a vacina bivalente é o caminho correto para se atingir a imunidade contra as subvariantes de ômicron e, portanto, sua administração tem sido fundamental para controlar as novas variantes.?/p> De acordo com os pesquisadores, a pesquisa traz outra informação relevante para o planejamento futuro da política de vacinação: por induzir uma resposta imunológica predominantemente voltada para o vírus original, que não está mais em circulação desde 2020, a vacina atual deve ter sua formulação ajustada para não mais incluir esses componentes. “As próximas doses devem levar em conta os vírus que circulam no momento e não mais os que desapareceram, para que a imunidade seja atualizada e reforçada de acordo com o cenário epidemiológico vigente, de forma semelhante ao que se faz contra o vírus influenza, da gripe? explica Amorim. A primeira autoria do trabalho é dividida pelas pesquisadoras Milena Silva Souza e Jéssica Pires Farias, ambas da Ufob, em parceria com outras instituições do Brasil e dos Estados Unidos.

O artigo Neutralizing antibody response after immunization with a COVID?9 bivalent vaccine: Insights to the future pode ser lido em: //onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jmv.29416.

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온라인에서 인기있는 카지노의 이용 방법과 장단점 //emiaow553.com/butantan-publica-no-nejm-dados-que-demonstram-que-vacina-da-dengue-protege-796-dos-imunizados/ Thu, 01 Feb 2024 13:02:48 +0000 /?p=549755 The post Butantan publica no NEJM dados que demonstram que vacina da dengue protege 79,6% dos imunizados appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Instituto Butantan

Nesta quarta (31/1), o Instituto Butantan, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, publicou no New England Journal of Medicine, uma das mais prestigiosas revistas científicas do mundo, os primeiros resultados do ensaio clínico de fase 3 da sua vacina contra a dengue. O imunizante feito com os quatro vírus atenuados, de dose única, evitou a doença em 79,6% dos vacinados ao longo de um período de dois anos, protegendo tanto quem já tinha tido dengue como aqueles sem infecção prévia. A publicação traz os resultados detalhados de eficácia após a imunização, divulgados no final do ano passado.

Trata-se de uma nova perspectiva para o combate da doença em meio ao aumento de casos de dengue no Brasil: nas quatro primeiras de 2024, foram identificados 217.841 casos prováveis da dengue, com 15 mortes confirmadas e 149 sob investigação. No apanhado de 2023, foram registrados 1,6 milhão de casos prováveis até novembro, segundo o Ministério da Saúde. Além disso, a divulgação do estudo fortalece a possibilidade de aprovação da vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Os dados de fase 3 são muito animadores. A publicação na NEJM, uma revista de prestígio, reforça a qualidade dos ensaios clínicos conduzidos pelo Butantan, a capacidade dos centros de pesquisa e cientistas envolvidos no projeto e o reconhecimento internacional do Instituto? afirma Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan e investigador principal. “Tudo isso só foi possível graças à colaboração generosa dos participantes que se voluntariaram para o estudo? completou ele.
Butantan publica no NEJM dados que demonstram que vacina da dengue protege 79,6% dos imunizadosImagem: Instituto Butantan/Divulgação
A análise de eficácia do imunizante foi feita ao longo de dois anos de acompanhamento de 16.235 voluntários de todo o Brasil, com idades de 2 a 59 anos, em 16 centros de pesquisa. Durante esse período, foram notificados apenas alguns casos de dengue entre os participantes. O estudo, que iniciou o recrutamento em 2016, seguirá até que todos os voluntários completem cinco anos de acompanhamento. A proteção foi observada em todas as faixas etárias, sendo 90% em adultos de 18 a 59 anos, 77,8% dos 7 aos 17 e 80,1% nas crianças de 2 a 6 anos. Em pessoas que já apresentavam anticorpos para a dengue antes do estudo, a proteção foi de 89,2%; naqueles que nunca tiveram contato com o vírus, a eficácia foi de 73,6%. O imunizante teve o mesmo perfil de segurança em ambos os grupos, representando uma vantagem em relação a outros disponíveis no mercado privado que são indicados preferencialmente para pessoas com infecção prévia. A vacina do Butantan foi desenvolvida para proteger contra os quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Como no período do estudo circularam apenas os sorotipos 1 e 2 no Brasil, até o momento foi possível descrever uma eficácia de 89,5% para DENV-1 e 69,6% para DENV-2. Em relação à segurança, a maioria das reações adversas foi classificada como leve a moderada, sendo as principais dor e vermelhidão no local da injeção, dor de cabeça e fadiga. Eventos adversos sérios relacionados à vacina foram registrados em menos de 0,1% dos vacinados, e todos se recuperaram totalmente. Uma grande vantagem potencial da candidata a imunizante do Butantan é que uma dose foi suficiente para fornecer uma proteção robusta contra a dengue, enquanto outras vacinas aprovadas exigem duas ou três doses. O esquema de dose única é muito mais favorável, principalmente durante epidemias, pois induz a proteção da população em um curto espaço de tempo, ajuda a alcançar uma maior cobertura vacinal e traz vantagens logísticas e econômicas.

Sobre a vacina

A tecnologia da vacina da dengue foi licenciada para o Instituto Butantan em 2009, pelo Instituto Nacional de Saúde Americano (NIH). A instituição norte-americana cedeu as patentes e os materiais biológicos referentes às quatro cepas virais que compõem o imunizante, permitindo que ele seja produzido e distribuído no Brasil. Em 2018, o Butantan assinou um acordo de desenvolvimento e compartilhamento de dados com a farmacêutica multinacional MSD, que trabalha em uma vacina análoga, em uma ação conjunta para acelerar os estudos e registro do produto.

fase 1 do ensaio clínico, desenvolvida nos Estados Unidos (2010-2012) pelo NIH, e a fase 2, conduzida no Brasil (2013-2015), mostraram que a vacina induz produção de anticorpos contra os quatro sorotipos do vírus, e que seu perfil de segurança fundamentava a continuidade dos estudos.

Impactos da dengue

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que cerca de metade da população mundial (3,9 bilhões de pessoas) vive em risco de contrair dengue. Uma análise feita pela Universidade de Oxford estima que, até 2080, esse número pode chegar a 6 bilhões, devido ao aumento das temperaturas e da adaptação do mosquito Aedes aegypti a locais onde antes não circulava.

A cada ano, são registrados de 100 milhões a 400 milhões de casos de dengue no mundo. No Brasil, a doença acomete cerca de 1 milhão de pessoas anualmente. Em 2023, a incidência foi maior na região Sul (1.269,8 mil casos/100 mil habitantes), seguida da Sudeste (1.028,6 casos/100 mil habitantes) e da Centro-Oeste (935,9 casos/100 mil habitantes), conforme o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

A maioria das pessoas não tem sintomas; outras, apresentam febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas e manchas vermelhas na pele, que podem durar de uma a duas semanas. No entanto, alguns indivíduos podem desenvolver formas graves da doença, também conhecidas como dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue, que acometem principalmente quem passa por uma segunda ou terceira infecção.

dengue grave atinge um a cada 20 pacientes e costuma aparecer depois de três a sete dias do início dos sintomas, quando a febre começa a baixar. Nesse momento, o paciente pode sentir dor abdominal intensa, vômito persistente, sangramento nas gengivas ou nariz, queda de pressão arterial e dificuldade respiratória, entre outras complicações que podem levar à morte.

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비바카지노 【보증업체】 가입코드 이벤트 쿠폰 //emiaow553.com/por-que-ainda-nao-ha-uma-vacina-contra-o-cancer/ Thu, 01 Feb 2024 11:33:02 +0000 /?p=549319 The post Por que ainda não há uma vacina contra o câncer? appeared first on Giz Brasil.

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Reportagem: Guilherme Castro/Instituto Butantan

Há décadas, o Brasil é referência mundial em vacinação: atualmente, são distribuídas cerca de 300 milhões de doses de 48 tipos de imunobiológicos por ano a brasileiros e brasileiras de todas as idades. Por meio dessa política pública, doenças graves e mortais, como varíola e poliomielite, foram erradicadas ou controladas. Mas nem todo problema de saúde pública pode ser combatido com campanhas de vacinação e disponibilização gratuita de imunizantes à população. Esse é o caso do câncer.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo hoje. A nível global, anualmente, uma em cada seis mortes está relacionada à doença. No Brasil, a estimativa é que entre 2023 e 2025 704 mil casos novos de câncer apareçam a cada ano. Entre os 21 tipos de câncer mais incidentes no país, os que mais se destacam são o de pele não melanoma, o de mama e o de próstata, como relata a Estimativa 2023 ?Incidência de Câncer no Brasil, do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Após séculos e séculos de estudos dedicados a essa doença, que é uma das principais causas de morte no mundo, por que ainda não temos uma vacina? A resposta é, ao mesmo tempo, complexa e muito simples: não há como prevenir o câncer com imunizantes. Alguns tipos de câncer, como o de colo de útero e o de fígado, podem ser causados por doenças preveníveis por vacina ?HPV e hepatite, respectivamente. Por isso, a imunização é a melhor forma de se proteger desses tipos de tumor especificamente. Fora esses casos, no entanto, a origem de um câncer pode ser muito diversa, variando de paciente para paciente e sendo por vezes impossível de determinar antes de sua manifestação. Além disso, o desenvolvimento do câncer no organismo humano leva a mutações genéticas difíceis de prever ?vale lembrar que a estabilização de um vírus ou bactéria é imprescindível para o desenvolvimento de uma vacina contra a doença causada por ele.

O que diferencia o câncer das doenças preveníveis por vacinas?

Cada célula do corpo humano possui uma regulação própria, ou seja, uma “receita de bolo?que diz quando ela tem que se dividir, quando tem que expressar um gene e quando tem que morrer, por exemplo. Se essa célula perder essa regulação, ela se transforma em um tumor que começa a se dividir sem programação nenhuma. Esse tumor não é um órgão, mas uma divisão desenfreada de células que podem ser benignas ou malignas. O tumor benigno não vai causar nenhum dano, só ocupar certo espaço do organismo. Já o maligno forma células que, além de crescerem desordenadamente, puxam sangue e criam novos vasos sanguíneos que podem se espalhar pelo resto do corpo, gerando novos tumores. “O câncer surge de processos internos do corpo, processos esses que podem ser acionados por vírus e outros microrganismos, mas principalmente por substâncias químicas ou pela própria genética da pessoa? explica a pesquisadora científica e diretora do Laboratório de Biotecnologia Viral do Butantan, Soraia Attie Calil Jorge. Genes como o BRCA, por exemplo, são marcadores hereditários de câncer e aumentam as chances de desenvolver tipos específicos da doença. O processo vacinal funciona em outra lógica. Seu propósito é apresentar ao corpo o microrganismo causador de uma determinada doença em uma versão não nociva, como um vírus atenuado ou inativado, para gerar resposta imunológica. O organismo identifica o agente externo e cria anticorpos para combatê-lo. A receita para produzir esses anticorpos ficará guardada em cada célula para proteger o corpo quando, e se, o vírus real dessa mesma doença aparecer. No caso do câncer, o ataque vem de dentro e não é identificado como um inimigo do organismo. O corpo não reconhece as células cancerígenas como um antígeno externo que deve ser combatido, e por isso não gera anticorpos contra elas. Ou seja, a ideia de ensinar as células a se defenderem de uma ameaça desconhecida, base da vacinação, não se aplica: no câncer a ameaça vem de dentro das próprias células. Apesar de não ser possível fazer uma vacina contra o câncer, outras formas de prevenção continuam valendo: fazer exercícios físicos regularmente, manter uma alimentação saudável e realizar exames de rotina pelo menos uma vez ao ano, já que a rapidez no diagnóstico é aliada do tratamento e evita a metástase (generalização dos tumores pelo corpo).

Se não há vacina, o que se pode fazer?

Embora não existam vacinas contra o câncer, as pesquisas sobre tratamentos avançam a cada dia. A tecnologia de RNA mensageiro, imprescindível para o desenvolvimento de vacinas contra o SARS-CoV-2, por exemplo, surgiu de estudos sobre câncer. Atualmente, o tratamento padrão de câncer envolve quimioterapia, radioterapia e cirurgias. Na quimioterapia, há a utilização de medicamentos que se misturam ao sangue e se espalham pelo corpo inteiro, destruindo ou impedindo a multiplicação das células cancerígenas. Na radioterapia, o tratamento é feito por meio de raios ionizantes (como um raio-x), uma forma de energia indolor que é direcionada à região do câncer para matar ou desacelerar a doença. A cirurgia oncológica está normalmente associada aos dois tipos de tratamento e pode ter propósito curativo, que elimina definitivamente o tumor via remoção, ou paliativo, para reduzir a incidência de células defeituosas. Também estão em estudo métodos que buscam eliminar a doença individualmente, como terapias gênicas que utilizam células T modificadas do próprio paciente para afetar alvos direcionados, chamadas CAR-T. “A ideia do uso das células CAR-T no tratamento contra o câncer é pegar a célula de uma pessoa, manipulá-la e devolvê-la para o organismo, agora não mais cancerosa. Daí a importância de métodos individualizados, que vão perceber em cada pessoa o tipo do câncer, qual gene necessita e quais células podem ser manipuladas? relata Soraia. Outro exemplo de terapia gênica em desenvolvimento é a inativação ou estimulação de genes, como o p53, que induz a apoptose ?um tipo de suicídio celular. O organismo percebe que há alguma coisa errada, ativa o gene e a célula que viria a desenvolver o câncer se suicida, eliminando a doença do corpo. Como a maioria dos cânceres atacam sumariamente genes como o p53, o propósito da terapia gênica é levar a molécula até o tumor, para que as células potencialmente cancerígenas possam se suicidar sem afetar as saudáveis.

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온라인 슬롯 사이트;슬롯 커뮤니티;슬롯 추천 //emiaow553.com/registro-de-vacina-contra-bronquiolite-e-aprovado-pela-anvisa/ Tue, 05 Dec 2023 21:46:30 +0000 /?p=538434 The post Registro de vacina contra bronquiolite é aprovado pela Anvisa appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (4), o registro de uma vacina indicada para a prevenção da doença do trato respiratório inferior causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Trata-se do principal vírus causador de bronquiolite. O imunizante aprovado é registrado como Arexvy, produzido pela empresa GlaxoSmith Kline. A vacina foi aprovada pela Anvisa para uso em adultos com 60 anos de idade ou mais. Ela é aplicada de forma intramuscular, em dose única. Ainda de acordo com a agência, a tecnologia utilizada para a vacina é de proteína recombinante, quando uma substância semelhante à presente na superfície do vírus é fabricada na indústria e utilizada para estimular a geração de anticorpos, responsáveis pela imunidade. “O pedido de registro do medicamento foi enquadrado como prioritário, nos termos da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 204/2017, por se tratar de condição séria debilitante. Além disso, é uma doença de grande impacto público, principalmente pela faixa etária atingida, que possui grande índice de hospitalizações causadas por infecção pelo VSR”, destacou a Anvisa, em nota.

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카지노사이트 퍼플 카지노;바카라사이트;카지노사이트킴 //emiaow553.com/vacinar-antes-de-viajar-e-essencial-para-prevenir-proliferacao-de-doencas-saiba-mais-sobre-a-medicina-do-viajante/ Sat, 02 Dec 2023 22:02:12 +0000 /?p=537123 The post Vacinar antes de viajar é essencial para prevenir proliferação de doenças: saiba mais sobre a Medicina do Viajante appeared first on Giz Brasil.

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Reportagem: Guilherme Castro/Instituto Butantan

A medicina voltada para viagens, com atendimento especializado no Brasil desde 1977, tem como objetivo supervisionar e prevenir a circulação de doenças entre os países. É uma especialidade que serve para mitigar ou impedir a introdução e reintrodução de doenças preveníveis por vacinas, a propagação de surtos, epidemias e pandemias, além de reduzir os riscos à saúde individual das pessoas, como os que decorrem de doenças infectocontagiosas. Para a gerente médica de Segurança Clínica do Instituto Butantan, Karina Takesaki Miyaji, um dos aspectos mais importantes desse ramo é a orientação individualizada antes da viagem. Essa supervisão facilita o acesso a formas eficazes de prevenção, como a imunização. “Aplicar as vacinas corretas antes de viajar, além de prevenir que a pessoa pegue alguma doença no local de destino, pode evitar que ela traga alguma coisa de lá? diz a médica infectologista.

A vacinação antes de uma viagem também ajuda a dificultar o fluxo de novas doenças. No sudeste asiático, por exemplo, existe o mosquito que transmite a febre amarela, o Aedes aegypti, mas não há a circulação do vírus que causa a doença. Ao viajar para lá, um brasileiro tem que apresentar o comprovante de vacinação da febre amarela ?já que vivemos em área endêmica dessa enfermidade (com circulação frequente do patógeno). Isso garante que ele não vai levar o vírus para a região e, assim, colocar em risco a população local.

No caso de viagens internacionais, a vacinação é comprovada pelo Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia, documento que atesta a imunização de doenças como febre amarela, poliomielite e meningite. A Organização Mundial da Saúde (OMS) lista os países que requerem o certificado de vacinação da febre amarela, que agora pode ser emitido digitalmente pelo aplicativo ConecteSUS.

Vale lembrar, no entanto, que o corpo humano precisa de um tempo para que a vacina comece a fazer efeito ?o ideal é esperar 14 dias antes de se expor. Para os imunizantes que precisam de mais de uma dose, o protocolo é procurar atendimento médico com antecedência. Para completar o esquema vacinal da hepatite B, por exemplo, são necessários seis meses.

Medicina do Viajante: como funciona?

O papel da medicina do viajante é reforçar medidas de proteção que antecedem viagens dentro ou fora do país. “A orientação acaba sendo bastante individual, pois depende de onde a pessoa vai e o que ela vai fazer lá. Se há uma viagem para um ambiente com saneamento básico precário, por exemplo, é interessante tomar vacina de hepatite A e febre tifoide, já que é mais fácil de entrar em contato com água e alimento contaminados? relata Karina. Uma estratégia eficaz relacionada à medicina do viajante é utilizada na peregrinação a Meca, na Arábia Saudita, que acontece todos os anos em uma data variável, entre o 8º e o 13º dia do último mês do calendário islâmico. Por conta da alta incidência de estrangeiros e da grande aglomeração de pessoas, o governo saudita exige que os visitantes que vêm de regiões onde a poliomielite é endêmica apresentem certificado de vacinação, enquanto a vacina meningocócica é exigida de todos. Essas medidas servem para assegurar a proteção dos demais peregrinos. Em 2023, o ritual reuniu cerca de 2,5 milhões de pessoas de todo o mundo. É papel do médico do viajante identificar casos suspeitos de doenças por meio de informações sobre o local em que o paciente esteve e se há alguma epidemia na região. A partir disso, ele deve repassar os dados à vigilância epidemiológica que ficará responsável pelo monitoramento do quadro.

Diferentes prevenções para diferentes doenças

Antes de qualquer viagem, o ideal é estar com a vacinação em dia, de acordo com o calendário para cada faixa etária, como hepatite B, febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola), difteria e tétano. A indicação de outras vacinas depende do risco no destino. Doenças respiratórias como Covid-19 e influenza são mais difíceis de controlar e prevenir, mesmo quando existem vacinas. Isso acontece porque vírus que circulam pelo ar se propagam com mais rapidez e eficácia. Mesmo as testagens em massa são incapazes de conter essas doenças em caso de epidemias, já que são comuns resultados falsos negativos e a chegada de pacientes infectados assintomáticos. Por conta disso, o ideal é estar atento a possíveis surtos e quadros de enfermidades no local de destino da viagem. Para doenças que têm mosquitos como vetor, caso da dengue, chikungunya e malária, há outras medidas de prevenção, como a proteção a picadas. A depender da região, há indicações de repelentes, roupas apropriadas e, no caso da malária, de acordo com o risco e tempo de estadia, métodos de quimioprofilaxia (que antecipa o uso de remédios para evitar casos severos). A malária é uma doença grave e de rápida evolução, mais comum na Amazônia, África e Ásia, e que pode levar a uma piora do quadro geral em até 24h. “Se for para área endêmica de malária e começar a ter febre, procure um serviço médico para fazer exame? alerta Karina.

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바카라 노하우;바카라사이트, 카지노사이트 //emiaow553.com/vacina-contra-covid-sera-incluida-no-programa-nacional-de-imunizacoes/ Tue, 31 Oct 2023 17:36:54 +0000 /?p=529701 The post Vacina contra Covid será incluída no Programa Nacional de Imunizações appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Paula Laboissière/Agência Brasil

A partir de 2024, a dose da vacina contra a covid-19 passará a fazer parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A recomendação do Ministério da Saúde é que estados e municípios priorizem crianças de 6 meses a menores de 5 anos e grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença: idosos; imunocomprometidos; gestantes e puérperas; trabalhadores da saúde; pessoas com comorbidades; indígenas, ribeirinhos e quilombolas; pessoas em instituições de longa permanência e trabalhadores; pessoas com deficiência permanente; pessoas privadas de liberdade; adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas; funcionários do sistema de privação de liberdade; e pessoas em situação de rua. “?uma mudança importante, alinhada com a Organização Mundial da Saúde [OMS], em que a vacina contra a covid-19 passa a incorporar o nosso Programa Nacional de Imunizações. Durante a pandemia, foi criado um programa paralelo, para operacionalização da vacina contra a covid-19, fora do nosso programa nacional. O que fizemos este ano foi trazer a vacina contra a covid-19 para dentro do Programa Nacional de Imunizações. A vacina passa a ser recomendada no calendário de crianças. Para todas as crianças nascidas ou que estejam no Brasil, com idade entre 6 meses e menores de 5 anos, a vacina passa a ser obrigatória no calendário vacinal? destacou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel. “Além disso, alinhados com a recomendação da Organização Mundial da Saúde recente, a gente passa a incorporar a dose no calendário anual de vacinação para grupos prioritários. Aqui no Brasil, ampliamos um pouco o grupo que a OMS recomenda, que é mais restrito. Vamos, na campanha de 2024, manter os mesmos grupos de 2023. Essas são as duas mudanças fundamentais? explicou. A secretária lembrou ainda que a vacina bivalente segue disponível em todo o país, e recomendou que quem ainda não recebeu a dose este ano busque a imunização. “A vacina vai ser anual. Se a pessoa tomou a dose deste ao, já está com a dose em dia. Essa é a recomendação da Organização Mundial da Saúde agora, dose anual?

Demais grupos

“Como sempre fazemos em outras campanhas, abrimos para grupos prioritários e, depois, havendo sobra de vacina, a gente abre para os demais. Essa tem sido sempre a recomendação do Ministério da Saúde. A gente vai focar nos prioritários porque o principal foco da doença agora, no mundo inteiro, é diminuição de gravidade, hospitalização e óbito? destacou Ethel. “Temos já elementos muito robustos e contundentes que indicam a segurança e a efetividade da vacina. No Brasil, tínhamos 4 mil pessoas morrendo todos os dias por covid. Hoje, temos 42. Essa é a maior prova da efetividade da vacina? “Para os adultos em geral, pessoas que são imunocompetentes, como nós falamos quando não há uma doença de base, as doses que você tomou ainda te protegem. Você ainda tem proteção contra a gravidade da doença? acrescentou. “A gente tem a infecção respiratória, mas a gente não tem a gravidade da doença. As vacinas também protegem contra a covid longa, os estudos já mostram isso. Então, para os adultos imunocompetentes, a gente não precisaria de uma nova dose até o momento. Lembrando que é uma doença nova. Se surge uma nova variante que tem um escape das vacinas que temo, a gente precisa sempre mudar nossas recomendações?

Covid longa

A pasta informou que já contratou um estudo nacional de base populacional para entrevistar cerca de 33 mil pessoas com foco em covid longa. “?algo que também nos preocupa aqui no Ministério da Saúde, porque não temos estimativas internacionais nem nacionais ainda que nos deem elementos para a criação de políticas públicas. Esse estudo está sendo coordenado pelo pesquisador da Universidade Federal de Pelotas Pedro Hallal. O estudo vai à casa das pessoas saber quantas vezes teve covid, se teve sintomas, se eles persistem. A gente vai a campo agora no final de novembro e a gente espera, até o fim do ano, termos dados para que a gente possa pensar, em 2024, como a gente vai lidar também com a covid longa?

Números

De acordo o Ministério da Saúde, o Brasil segue uma tendência observada globalmente e registra oscilação no número de casos da doença. Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) indicam aumento de casos na população adulta do Paraná, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de São Paulo. Em Minas Gerais e no Mato Grosso do Sul, há sinalização de aumento lento nas ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) decorrente da covid-19 na população de idade avançada, mas sem reflexo no total de casos identificados. O Distrito Federal, Goiás e o Rio de Janeiro, que anteriormente apresentavam alerta de crescimento, demonstraram indícios de interrupção no aumento de notificações.

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세븐데이즈 Archives;바카라 게임- 온라인 카지노 사이트  //emiaow553.com/pesquisas-apontam-relacao-entre-renda-e-vacinacao-pobres-tem-ate-4-vezes-menos-acesso/ Tue, 03 Oct 2023 17:53:22 +0000 /?p=523023 The post Pesquisas apontam relação entre renda e vacinação: pobres têm até 4 vezes menos acesso appeared first on Giz Brasil.

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A pobreza tem um impacto profundo no acesso das crianças às vacinas. É o que afirma o recente relatório “Situação Mundial da Infância 2023: Para Cada Criança, Vacinação” do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

O estudo revela que uma em cada cinco crianças de famílias pobres não recebeu nenhuma dose da vacina tríplice bacteriana. Em famílias ricas, essa proporção é de uma para 20.

No Brasil, desde 2013, as regiões Norte e Nordeste têm ficado abaixo da média nacional de cobertura vacinal para imunizantes aplicados em crianças menores de 4 anos. A exceção foi apenas em 2022, quando o Nordeste conseguiu superar a média.

A falta de vacinação deixa as crianças mais suscetíveis a doenças graves como sarampo, poliomielite, coqueluche, meningite e hepatite. Isso contribui para o aumento do número de mortes infantis.

No Brasil, todas as taxas de cobertura vacinal infantil estão abaixo das metas estabelecidas pelo Ministério da Saúde desde 2016, apontou um levantamento do Instituto Butantan.

Uma análise do Observatório de Saúde na Infância, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostrou que duas em cada três mortes de bebês com até 1 ano poderiam ser evitadas com ações como vacinação, amamentação e acesso à atenção básica de saúde. De acordo com dados compilados pelo Observatório da Criança e do Adolescente, em 2021, o país registrou 21.052 óbitos por causas evitáveis nessa faixa etária. Deste total, cerca de 10 mil ?quase a metade ?ocorreram nas regiões Norte e Nordeste.

Como as vacinas podem reduzir desigualdades

O relatório da Unicef destaca que a vacinação das crianças tem amplos impactos além do ambiente familiar. Quando as crianças são imunizadas, suas famílias enfrentam menos dias perdidos de trabalho devido a doenças, o que contribui para a estabilidade financeira. Além disso, as crianças que não faltam à escola têm a oportunidade de aprender e se desenvolver melhor. Um estudo na Índia mostrou que crianças totalmente vacinadas apresentaram melhoria de 6% a 12% em habilidades básicas de leitura, escrita e matemática. Finalmente, quando as crianças crescem saudáveis, têm maior probabilidade de se tornarem adultos produtivos, contribuindo para o desenvolvimento econômico do país. A Unicef aponta ainda que a imunização gera 26 dólares de retorno para cada dólar gasto com vacinas. Por isso, investir nas vantagens das vacinas é uma das melhores decisões que um país pode tomar para o futuro das crianças, conclui o relatório.

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에볼루션 바카라 작업;바카라 양방;바카라 하는 법 //emiaow553.com/queda-na-aplicacao-da-vacina-triplice-viral-ocorreu-em-diferentes-ritmos/ Sun, 01 Oct 2023 16:33:09 +0000 /?p=521901 The post Queda na aplicação da vacina tríplice viral ocorreu em diferentes ritmos appeared first on Giz Brasil.

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Texto: Giselle Soares/Revista Pesquisa Fapesp

Pouco depois de receber em 2016 a certificação internacional de país livre do sarampo, o Brasil voltou a apresentar surtos dessa infecção viral que debilita o sistema imune, em especial das crianças, e pode levar à morte. Foram 9,3 mil casos em 2018, 20 mil em 2019 e 8,1 mil em 2020, números muito mais elevados que os das duas décadas anteriores e semelhantes aos dos anos 1990, segundo dados do Ministério da Saúde. O ressurgimento recente da doença parece ser consequência de um fenômeno que vem se instalando no país há algum tempo e se acelerou nos últimos anos: a queda nas taxas de vacinação infantil (ver Pesquisa FAPESP nºs 270 e 313). Um estudo conduzido por pesquisadores do Brasil e do Reino Unido, publicado no início de agosto na revista PLOS Global Public Health, mapeou a evolução da cobertura da vacina tríplice viral em 5.565 municípios brasileiros ?quase a totalidade ?e identificou três fases de declínio entre 2006 e 2020, sempre mais intenso nas cidades e regiões mais carentes.

A vacina tríplice viral protege contra as infecções causadas pelos vírus do sarampo, da caxumba e da rubéola. No Brasil, desde 2004, ela é administrada a crianças de até 8 anos em ao menos duas doses, a primeira delas aos 12 meses de vida ?são indicadas duas doses de reforço para adultos de até 29 anos e mais uma dos 30 aos 59 anos. Autoridades sanitárias internacionais, como a Organização Pan-americana da Saúde (Opas), recomendam que ao menos 95% da população seja vacinada para evitar a transmissão dessas doenças. Em 2006, praticamente 100% das crianças brasileiras haviam tomado a primeira dose da tríplice viral, mas, desde então, esse número vem caindo. De modo geral, a aplicação do imunizante diminuiu de 2006 a 2020 ao ritmo médio de 1,22 ponto percentual por ano (ppa), constatou o grupo coordenado pelos epidemiologistas Maurício Lima Barreto, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na Bahia, e Elizabeth Brickley, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, ao analisar os dados oficiais do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A queda, no entanto, não foi homogênea. O declínio ocorreu à taxa de 0,78 ppa no período de 2006 a 2013, pré-crise econômica. Esse ritmo subiu para 2,33 ppa durante a recessão econômica e a crise política de 2014 a 2019 e saltou para 9,75 ppa em 2019 e 2020, respectivamente, o anterior ao da pandemia de Covid-19 e o primeiro ano da crise sanitária mundial. Em 2020, apenas 80% das crianças brasileiras com 1 ano de idade receberam a primeira dose da tríplice viral. Quando agruparam os municípios pelo nível de desenvolvimento socioeconômico, aferido pelo Índice Brasileiro de Privação (IBP), criado pela Fiocruz e pela Universidade de Glasgow, na Escócia, os pesquisadores notaram que nos 2.565 municípios mais carentes, que inicialmente apresentavam as taxas mais elevadas de cobertura vacinal no país, a redução ocorreu de modo mais acelerado: 1,64 ppa de 2006 a 2020. Nos 224 que integravam o grupo menos carente, todos situados nas regiões Sul e Sudeste, a queda ocorreu a uma velocidade 2,7 vezes menor (0,61 ppa) no mesmo período. As cidades mais pobres também enfrentaram um declínio em ritmo bem mais acentuado nos períodos 2006-2013 e 2019-2020. A cobertura do imunizante caiu, respectivamente, 1,59 e 14,1 ppa nos municípios mais carentes. Nos mais ricos, esses números foram 0,68 e 5,31 ppa. Como resultado dos ritmos distintos, o imunizante foi aplicado, em média, a 92% das crianças nas cidades menos carentes em 2020 e a 87% nas mais pobres.

O artigo publicado na PLOS Global Public Health corrobora resultados de outros trabalhos que analisaram a queda de cobertura vacinal no país. Em um estudo publicado em 2020 nos Cadernos de Saúde Pública, o pesquisador Luiz Henrique Arroyo e colaboradores da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) avaliaram a heterogeneidade regional na cobertura de três vacinas (BCG, contra a poliomielite e tríplice viral) no Brasil entre 2006 e 2016. Eles identificaram no Pará, no Maranhão e na Bahia, estados nos quais a proporção de crianças que receberam a vacina tríplice viral diminuiu em um ritmo anual mais rápido do que no restante do Brasil, aglomerados de alto risco para o surgimento de surtos. Em outro trabalho, publicado este ano na Ciência & Saúde Coletiva, a epidemiologista Ana Paula Sayuri Sato, pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública da USP em São Paulo e coautora do artigo da PLOS Global Public Health, constatou que a pandemia de Covid-19 intensificou as disparidades em saúde no Brasil, reduzindo ainda mais a cobertura da vacina contra o sarampo nos municípios com maior vulnerabilidade social. A queda foi acentuada nas regiões Norte e Nordeste, que são mais pobres, desiguais e com menor cobertura da Estratégia de Saúde da Família, programa em que equipes multiprofissionais prestam atenção básica à saúde nas comunidades.

São várias as possíveis razões para explicar a queda na cobertura vacinal. Da recusa crescente da vacinação à falta de conhecimento dos riscos associados a doenças que podem ser prevenidas com os imunizantes, além de um esquema de vacinação cada vez mais complexo ?o PNI inclui atualmente 17 imunizantes no calendário infantil. A epidemiologista Júlia Pescarini, outra coautora do artigo, acrescenta mais um fator: o econômico. “A velocidade de queda na cobertura da tríplice viral aumentou em períodos de crise econômica, que coincidem com cortes de investimentos na área da saúde? afirma Pescarini, pesquisadora da Fiocruz na Bahia e professora na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. “Nossos dados vão ao encontro dos de outros estudos que demonstram que a falta de investimento em unidades básicas de saúde ou em campanhas de vacinação pode ter levado à piora de vários outros indicadores de saúde. Além disso, o financiamento do SUS [Sistema Único de Saúde] é tripartite, federal, estadual e municipal. Os municípios mais pobres dependem mais de verbas federais e estaduais do que um município rico? comenta. Carla Domingues, socióloga e epidemiologista que coordenou o PNI de 2011 a 2019, levanta outra consequência da recessão econômica. “Uma parcela importante da população está desempregada ou no mercado informal, o que dificulta a ida aos postos de vacinação. Além disso, no governo passado deixou-se de exigir que a caderneta de vacinação dos filhos estivesse em dia para que as famílias mais pobres recebessem auxílio econômico? acrescenta. Para o infectologista Julio Croda, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o incentivo econômico é algo a ser levado em consideração quando se avaliam estratégias para retomar a cobertura vacinal no Brasil. “Alguns estudos demonstram que uma forma de estimular a vacinação é proporcionar algum tipo de benefício financeiro ou social. Na prática, existe uma forte relação entre queda de cobertura vacinal e renda? afirma. Retomar as elevadas coberturas vacinais do passado, no entanto, deve exigir mais do que investimento econômico. “?necessário pensar abordagens que levem em consideração as características de cada localidade e região para formular estratégias de enfrentamento da queda de cobertura. A dinâmica da população que vive na região amazônica não é a mesma da que mora na cidade de São Paulo? explica Domingues.

Artigos científicos
GODIN, A. et alMunicipality-level measles, mumps, and rubella (MMR) vaccine coverage and deprivation in Brazil: A nationwide ecological study, 2006 to 2020PLOS Global Public Health. 1º ago. 2023.
ARROYO, L. H. et al. Áreas com queda da cobertura vacinal para BCG, poliomielite e tríplice viral no Brasil (2006-2016): Mapas da heterogeneidade regionalCadernos de Saúde Pública, v. 36, n. 4, p. e00015619. 2020.
SATO, A. P. S. et al. Vacinação do sarampo no Brasil: Onde estivemos e para onde vamos? Ciência & Saúde Coletiva, v. 28, n. 2, p. 351-62. fev. 2023.

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