??+??? ???? ???? ??? ?? / Vida digital para pessoas Sun, 15 Sep 2024 09:44:29 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ??? ?? ??? ????? ?? ?????? ?? ??? / 32 32 ????: ????? ????, ? ??? ??? //emiaow553.com/paleontologos-brasileiros-correm-para-salvar-fosseis-de-dinossauros-no-rs/ Sun, 15 Sep 2024 20:35:23 +0000 //emiaow553.com/?p=590424 A região das escavações é rica em fósseis, com 29 sítios paleontológicos, sendo 21 acessíveis pelos cientistas desde o fim das enchentes

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Cientistas brasileiros correm contra o tempo para salvar fósseis de dinossauros conforme a previsão de chuva ameaça a integridade dos materiais expostos.

As recentes chuvas intensas no sul do Brasil, embora devastadoras para a população, revelaram-se um evento sem precedentes para a paleontologia.

Em maio deste ano, as chuvas expuseram fósseis de pelo menos 35 dinossauros, incluindo um raro esqueleto de dinossauro de 233 milhões de anos.

Agora, equipe do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica Quarta Colônia (CAPPA), da Universidade de Santa Maria (RS), trabalha incansavelmente para recuperar esses materiais.

Isso inclui o fóssil de um dinossauro carnívoro da família Herrerasauridae, que pode ser o segundo mais completo já encontrado.

Fósseis de dinossauros foram expostos pelas chuvas no Rio Grande do Sul

Paleontólogos encontraram fóssil de dinossauro de aproximadamente 233 milhões de anos exposto pela chuva no Rio Grande do Sul. Imagem: CAPPA/Divulgação

Os paleontólogos brasileiros, desde a descoberta do herrerassaurídeo, levaram os fósseis de dinossauros e pedaços de rochas para extração em laboratórios.

Desde as chuvas de maio, o cientista Rodrigo Temp Müller e seus colegas do CAPPA intensificaram o monitoramento dos locais de escavação perto de São João do Polêsine, que fica cerca de 280 km a oeste de Porto Alegre.

“Se os paleontólogos não conseguirem coletar os materiais quando eles começam a ficar expostos, corremos o risco de perder alguns fósseis para sempre? afirmou Leonardo Kerbel, coordenador do CAPPA.

Os herrerassaurídeos foram um dos primeiros predadores a aparecer entre os dinossauros. A espécie surgiu há 200 milhões de anos, mas sumiram há 145 milhões de anos, dando lugar para os terópodes.

Outros fósseis de dinossauros menores encontrados após a chuva 

A alegria da descoberta, no entanto, é ofuscada pela tristeza e pelas perdas sofridas pela população local. As enchentes afetaram milhões de pessoas, deixando um rastro de destruição e sofrimento.

Além do dinossauro, a equipe de cientistas se dedica a salvar fósseis de dinossauros menores, como o crânio de um bebê rincossauro e os restos de um cinodonte, ancestral dos mamíferos.

Esses fósseis, embora menos chamativos que os de grandes dinossauros, são igualmente importantes para a compreensão da evolução da vida na Terra.

Aliás, os cientistas descobriram esses fósseis há uma semana, de acordo com a revista Nature.

A região das escavações é rica em fósseis, com 29 sítios paleontológicos, sendo 21 acessíveis pelos cientistas desde o fim das enchentes. Os quatro locais ainda submersos representam um risco para a preservação de outros fósseis.

No entanto, a proximidade do CAPPA facilita o trabalho de campo, permitindo que a equipe esteja presente sempre que necessário para monitorar os sítios e realizar escavações de emergência.

Por outro lado, os cientistas afirmam que o principal desafio é a falta de um museu local para armazenar e exibir os fósseis encontrados no Rio Grande do Sul.

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???? ?? ??? ??? ??? | ????- ??? ??? ???? //emiaow553.com/encontrados-fosseis-de-escorpiao-marinho-que-ultrapassavam-tamanho-de-uma-pessoa/ Mon, 02 Sep 2024 13:40:14 +0000 //emiaow553.com/?p=589686 Estudo analisou fósseis de escorpiões marinhos gigantes da Era Paleozoica com mais de 2 metros de comprimento

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Uma nova pesquisa do paleobiólogo Russell Bicknell, do Museu Americano de História Natural, nos EUA, e sua equipe, publicada este mês na revista Gondwana Research, revelou a imagem de um fóssil australiano de escorpião marinho da era Paleozoica (há mais de 400 milhões de anos).

A maioria dos fósseis veio da América do Norte e da Europa, com alguns descobertos recentemente na China. Mas, um exame documentou novos fragmentos de um conjunto de fósseis na Austrália, incluindo parte da cabeça. Para Bicknell, tratam-se de dois tipos de euriptéridos: Pterygotus e Jaekelopterus (o maior escorpião marinho que se tem registro).

Os pesquisadores analisaram as formações rochosas onde encontraram os fósseis. A analise mostrou que eles habitavam mares rasos e deltas ao redor das margens dos continentes. Além disso, fezes contendo fragmentos de trilobitas sugerem que eles poderiam se alimentar de presas crocantes.

Tamanho dos escorpiões marinhos pode ter facilitado a migração pelo oceano

Ilustração de um escorpião marinho gigante. Imagem: Chirinos/Science Source/Reprodução

Predadores do topo da cadeia alimentar, os escorpiões marinhos podiam crescer mais de 2,7 metros de comprimento – diferente dos pequenos escorpiões modernos. Anteriormente chamados de euriptéridos, esses artrópodes tinham muitas formas e tamanhos, incluindo enormes garras, exoesqueleto robusto e um conjunto forte de pernas para nadar.

A teoria do pesquisador é de que eles funcionavam “como tubarões”, capazes de atravessar oceanos. Assim, eles podem ter migrado para o antigo supercontinente Gondwana, onde não eram encontrados antes. Na época, uma jornada entre Gondwana e o supercontinente Euramérica poderia ser de até milhares de quilômetros.

Pesquisadores querem solucionar mistério da extinção dos escorpiões gigantes

Futuramente, Bicknell espera descobrir como funcionava a migração do escorpião marinho gigante – e como o gigantismo poderia ajudar nessa missão.

Apesar de provavelmente dominarem os mares no passado, eles se extinguiram abruptamente depois do final do período Devoniano, há cerca de 393 milhões de anos. Entretanto, como artrópodes gigantes não são vistos desde os escorpiões marinhos, estudá-los pode ajudar a encontrar novos fósseis. E quem sabe solucionar o mistério por trás de seu desaparecimento repentino.

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????? ????????? //emiaow553.com/monstro-do-pantano-de-280-milhoes-de-anos-descoberto-na-namibia/ Thu, 04 Jul 2024 22:28:34 +0000 //emiaow553.com/?p=579313 Pelos fósseis, os cientistas revelaram que o monstro do pântano da Namíbia media mais de dois metros, sendo o maior entre os tetrápodes

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Fósseis de uma enorme criatura do pântano com mais de 280 milhões de anos foram descobertos por pesquisadores na Namíbia, no continente africano. Saiba mais desse “monstro do pântano” abaixo.

O animal é um predador alfa já extinto, cujo crânio encontrado é repleto de dentes enormes. Além disso, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (4), o monstro do pântano vivia em água doce num período anterior ao dos dinossauros.

Os pesquisadores batizaram a espécie com o nome científico Gaiasia jennyae, em referência às formações rochosas Gai-as, onde encontraram os fósseis na Namíbia, e à Jenny Clack, pioneira dos primeiros estudos de tetrápodes.

Os cientistas descobriram fósseis de quatro Gaiasia jennyae na Namíbia, incluindo fragmentos do crânio e a coluna vertebral do monstro do pântano.

Pelos fósseis, os cientistas revelaram que o monstro do pântano da Namíbia media mais de dois metros, sendo o maior entre os tetrápodes com dedos. Além disso, de acordo com o estudo, os fósseis sugerem que ele se alimentava por sucção, mas também tinha uma mordida poderosa para capturar presas maiores.

“O animal tem esses dentes enormes, gigantes, em toda parte frontal da boca? diz Jason D. Pardo, co-autor do estudo.

Monstro do pântano é aquático e terrestre, mas não é anfíbio

O Gaiasia jennyae é um tetrápode parafilético, um vertebrado antigo que possui características intermediárias entre peixes e os primeiros tetrápodes com quatro membros.

Desse modo, tetrápodes parafiléticos tinham características aquáticas como guelras e tinham membros, mas que não eram totalmente evoluídos para movimento em terra.

Pardo e equipe de cientistas descreveram a espécie como um “novo tetrápode aquático excepcionalmente grande que oferece informações cruciais sobre os tetrápodes que habitavam as altas latitudes de Gonduana?

Gonduana era a enorme massa continental que deu origem ao Hemisfério Sul, com sua região de altas latitudes correspondendo às regiões polares.

O monstro do pântano descoberto na Namíbia há cerca de 280 milhões de anos, durante o início do período Permiano, quando ainda havia um único continente chamado Pangeia, 40 milhões de anos antes dos primeiros dinossauros.

Nesse período, quando a terra próxima ao equador começou a secar e novos animais começaram a evoluir para preencher nichos, os pântanos próximos dos polos continuaram a existir, permitindo que os animais mantivessem características mais primitivas.

De acordo com Pardo, o animal pré-histórico era uma espécie arcaica até mesmo em sua época. O Gaiasia jennyae é parente de organismos que existiam 40 milhões de anos antes de sua época.

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???? ????? ??? - ???? ?? //emiaow553.com/fosseis-de-peixes-brasileiros-de-290-milhoes-de-anos-tem-preservacao-rara-de-orgaos-revela-estudo/ Mon, 17 Jun 2024 13:45:37 +0000 //emiaow553.com/?p=575817 Peixe fóssil analisado por pesquisa representa evidência mais antiga de um cérebro evertido, com estrutura virada para baixo

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Texto: Agência Bori

Highlights

  • Pesquisador escaneou oito espécimes de crânios de fósseis de peixes com nadadeiras raiadas de Santa Catarina
  • Espécimes ainda preservam tecidos moles do crânio, como tecido meníngeo que sustenta o cérebro dentro da cabeça
  • Descoberta de tecidos moles preservados é raridade na paleontologia

Uma pesquisa inédita da paleontologia realizada por um cientista brasileiro atuando na Universidade de Michigan descobriu espécies de peixes no sul do Brasil com alto grau de preservação do cérebro. A descoberta, descrita em artigo científico publicado na terça (11), na revista científica “Current Biology? fornece informações sobre a evolução do cérebro de peixes que viveram há mais de 290 milhões de anos.

Além de porções da massa encefálica dos fósseis, o estudo encontrou outros tecidos moles ?como fragmentos do coração e dos olhos, meninges e filamentos das brânquias ?uma raridade na paleontologia, devido à escassez do registro fossilífero.

O pesquisador Rodrigo Tinoco Figueroa escaneou oito espécimes de crânios de fósseis de peixes com nadadeiras raiadas trazidas para Michigan de Santa Catarina, por empréstimo do Centro Paleontológico da Universidade do Contestado, em Mafra (SC), e encontrou algum grau de fossilização de tecido mole em todas. Na maioria, o cérebro estava preservado em detalhe, mostrando morfologia semelhante à de Coccocephalus, encontrado em pesquisas anteriores.

“Fósseis como esses são a única maneira de obtermos evidências diretas de elementos de tecidos moles do passado. Essas informações geralmente quebram nossas expectativas em relação às espécies viventes? comenta Figueroa, que é aluno de doutorado da Universidade de Michigan e faz o trabalho como parte de sua dissertação, sob a orientação do paleontólogo Matt Friedman do Departamento de Ciências da Terra e do Meio Ambiente.

Para o pesquisador, entre os espécimes, o batizado de CP 065 é o mais surpreendente. Ele representa a evidência mais antiga de um cérebro evertido, cuja estrutura é virada para baixo, e é o fóssil mais bem preservado visto por Figueroa. “Imagine um fóssil de mais de 290 milhões de anos que preserva o cérebro e seus nervos cranianos, as delicadas meninges que sustentam o cérebro dentro da caixa craniana, filamentos das brânquias, fragmentos de vasos sanguíneos, partes do coração e possivelmente músculos esqueléticos. Com certeza é um achado sem igual?

A análise dos crânios dos fósseis por meio de tomografia computadorizada permitiu a Figueroa identificar duas espécies de peixes distintas, com morfologia cerebral diferente. “Considerando sua morfologia óssea, uma delas parecia estreitamente relacionada à fósseis mais jovens, mais próxima ao grupo que inclui todas as 35 mil espécies vivas de peixes com nadadeiras raiadas?

Para o pesquisador, esses espécimes também preservam evidências detalhadas de tecidos meníngeos, ou seja, tecido membranoso que sustenta o cérebro dentro da cabeça, além de olhos ?incluindo lentes ?esclera, músculos e tecido retiniano. “Embora no momento não sejam suficientes para fornecer uma imagem clara da evolução dessas estruturas, os fósseis são uma indicação de que essa preservação extensiva de tecidos moles é possível,?afirma Figueroa, que acredita que muitas outras descobertas sobre o tema podem surgir nos próximos anos.

Coleção:

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??? ??? ?????????, ?????????? //emiaow553.com/peixe-gigante-salmao-extinto-tinha-presas-como-as-de-um-javali/ Sun, 28 Apr 2024 15:31:27 +0000 //emiaow553.com/?p=566374 Novo estudo mostra que as presas do salmão gigante são voltadas para um lado distinto do que se pensava antes; cientistas querem mudança de nome

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Conhecido popularmente como salmão dente de sabre e cientificamente como Oncorhynchus rastrosus, essa espécie de peixe foi a maior da família de salmões já registrada. Agora, um estudo recentemente publicado mudou o conhecimento que se tinha sobre a espécie.

De acordo com a pesquisa, descrita em artigo da revista Plos ONE, o salmão gigante tinha dentes voltados para os lados, não para baixo.

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Sobre o salmão gigante

Apesar de viver no Oceano Pacífico, em particular na área noroeste dessas águas, entre 12 e 5 milhões de anos atrás, o salmão gigante foi descrito pela primeira vez na década de 1970. Na época, estimativas apontavam que ele poderia pesar mais de 400 kg.

Atualmente, o que se sabe é que ele pode chegar a 2,7 metros de comprimento. Além disso, há uma característica que também o tornou popular, além do tamanho: seus dentes.

O salmão gigante tem dois dentes que se projetam para fora na parte anterior da cabeça. Por isso, ganhou o apelido de salmão dente de sabre.

Dente polêmico

Até agora, pesquisadores acreditavam que esses dentes apontavam para baixo, como presas costumam se posicionar em animais. No entanto, o salmão gigante não caçava animais. Ele sobrevivia filtrando a água para se alimentar de plâncton.

Por muito tempo, os fósseis dos dentes foram encontrados separados dos da cabeça, o que fez com que os cientistas continuassem a acreditar na primeira teoria.

Contudo, no estudo mais recente, pesquisadores americanos descobriram que o aparato não era exatamente como se imaginava. Na verdade, os dentes apontavam para os lados, não para baixo.

Dessa forma, os autores da pesquisa defendem que o salmão gigante seja nomeado como salmão dente de espinho, em vez de salmão dente de sabre. 

“Esses enormes espinhos na ponta do focinho teriam sido úteis para se defender contra predadores, competir contra outros salmões e, por fim, construir os ninhos onde incubam seus ovos? afirmou Kerin Claeson, autora do novo estudo, em comunicado.

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?? ?? ?? ?? ? ?? ?? ?? //emiaow553.com/encontrados-fosseis-de-cangurus-gigantes-que-pesavam-ate-170-kg/ Tue, 16 Apr 2024 13:13:00 +0000 //emiaow553.com/?p=564308 Todos pertencem a um gênero já extinto, chamado Protemnodon, extinto na Oceania há 40 mil anos atrás

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Paleontologistas da Universidade Flinders, na Austrália, encontraram fósseis de cangurus e, analisando o material, descobriram três novas espécies do animal. Todas pertencem a um gênero já extinto, chamado Protemnodon

Ele viveu na região da Austrália e da Nova Guiné entre 5 milhões a 40 mil anos atrás. Agora, as espécies foram descritas em artigo publicado na revista científica Megataxa.

Fósseis e novas espécies

Com o estudo dos fósseis de cangurus encontrados em Lago Callabona, cientistas descobriram que, apesar de ser do gênero Protemnodon, a espécie descoberta tinha características bastante diferentes de seus parentes.

O Protemnodon viator era muito maior que o canguru-vermelho, espécie ainda viva e uma das mais conhecidas atualmente. Em geral, os fósseis de canguru indicaram que os antigos animais pesavam até 170 quilos. Isso é cerca de duas vezes mais do que os maiores cangurus-vermelhos machos.

A espécie também estava bem adaptada ao habitat árido do centro da Austrália. Com suas pernas longas, eles podiam saltar longas distâncias, motivo pelo qual ganhou o nome viator, que significa “viajante”, no latim.

Além da espécie à qual os fósseis de canguru pertenciam, cientistas também revisaram outras que pertencem ao gênero Protemnodon e identificaram duas novas. Mas todas são diferentes umas das outras, porque se adaptaram para viver em ambientes distintos. E isso fazia até com que saltassem de formas diferentes.

Por exemplo, a Protemnodon mamkurra pode ter sido quadrúpede. “Um canguru grande, mas de ossos grossos e robustos, provavelmente era bastante lento e ineficiente. Pode ter pulado apenas raramente, talvez apenas quando assustado”, explica Isaac Kerr, um dos autores da pesquisa.

O nome dessa espécie foi escolhido por anciãos Boandik e especialistas em línguas na Burrandies Corporation. Ele significa “grande canguru”.

Por fim, a última espécie identificada foi a Protemnodon dawsonae, que provavelmente era de um saltador de média velocidade. Contudo, há menos fósseis de cangurus dessa espécie, o que a torna mais misteriosa.

Gênero de espécies variadas

As primeiras espécies do gênero Protemnodon de cangurus foram descritas em 1874, pelo paleontologista britânico Owe. Desde então, diversos estudos analisaram esses animais, mas enfrentaram dificuldades.

Isso porque, embora os fósseis de Protemnodon sejam bastante comuns em toda a Austrália, foram encontrados isolados. Ou seja, cientistas encontraram apenas ossos individuais, não o corpo todo do animal.

Dessa forma, pesquisadores tiveram que analisar com cuidado as amostras para conseguir compreender quantas espécies havia, como as espécies diferiam em tamanho, alcance geográfico, movimento e adaptações aos seus ambientes naturais.

Para Kerr, não é comum ter um único gênero de canguru vivendo em ambientes tão variados. “Por exemplo, agora sabemos que as diferentes espécies de Protemnodon habitavam uma ampla gama de habitats, desde o centro árido da Austrália até as montanhas florestadas de alta precipitação da Tasmânia e da Nova Guiné”, comenta.

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????? Archives??? ??- ??? ??? ??? //emiaow553.com/ha-9-mil-anos-povos-originarios-ja-sabiam-de-pegadas-de-dinossauros-na-paraiba/ Wed, 03 Apr 2024 14:33:26 +0000 //emiaow553.com/?p=561616 Novo estudo mostra que petroglifos deixados por povos originários marcavam locais com pegadas de dinossauros em sítio arqueológico de Sousa

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Um estudo brasileiro revelou que povos originários encontraram pegadas de dinossauros há cerca de nove mil anos — muito antes dos colonizadores europeus. De acordo com a pesquisa, as comunidades conviviam e provavelmente davam suas interpretações aos fósseis. Isso porque eles sinalizavam as pegadas de dinossauros com marcas em pedras, que duram até hoje, no sítio arqueológico Serrote do Letreiro, na cidade de Sousa, na Paraíba. O estudo foi publicado recentemente na revista Scientific Reports.

Entenda a pesquisa

Sousa é uma cidade repleta de pegadas de dinossauros. Por lá, há trilhas com as marcas que são preservadas, além de um museu dedicado aos fósseis da região. No novo estudo, os pesquisadores descreveram especificamente um dos sítios arqueológicos que existem por lá, o Serrote do Letreiro.

O local ganhou este nome justamente pela quantidade de inscrições dos povos originários nas rochas, os chamados petroglifos. De acordo com os pesquisadores, os registros dessas comunidades geralmente se posicionam lado a lado com as pegadas de dinossauros.

Em geral, as marcas são circulares, com três divisões internas. Algumas inscrições, inclusive, imitam as patas dos animais no formato tridáctilo, ou seja, com três dedos marcados, como na imagem abaixo.

Há 9 mil anos, povos originários já sabiam de pegadas de dinossauros na Paraíba

Além dos dinossauros

Para Aline Ghilardi, paleontóloga e uma das cientistas envolvidas na pesquisa, a descoberta revela que, além da presença dos dinossauros e de povos originários na região, os fósseis também ajudam a contar a história da humanidade e a sua relação com o mundo natural.

Apesar das marcas descritas na pesquisa estarem em Sousa, petroglifos similares ocorrem em toda a região. Isso também inclui partes do Rio Grande do Norte e Ceará. De modo geral, os registros indicam que povos originários brasileiros viveram por toda essa área há cerca de nove mil anos.

“O Sítio Serrote do Letreiro nos lembra que a relação das pessoas com os fósseis vem de muito antes da ciência ocidental se instalar. Desde tempos remotos as pessoas interagem com os fósseis e, à sua maneira, encontram significados e explicações para eles”, afirmou Ghilardi.

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???? ??? ??? ??? ??? | ????- ??? ??? //emiaow553.com/fosseis-com-565-milhoes-de-anos-sao-prova-mais-antiga-de-vida-multicelular/ Sun, 28 Jan 2024 22:30:22 +0000 /?p=547979 Cientistas acharam fósseis em vulcão e datação revelou que pertencem ao período Ediacarano, transição entre vida uni e multicelular

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Embora pareça um lugar inóspito, foi nas cinzas de um vulcão do País de Gales que pesquisadores encontraram fósseis que revelam como era a vida na Terra há meio bilhão de anos.

Os materiais encontrados apontam para a presença de organismos multicelulares no período chamado Ediacarano. Neste momento da evolução, as criaturas do planeta começaram a ficar cada vez mais complexas, deixando de ser apenas unicelulares.

Isso foi o que permitiu que hoje existam organismos tão diversos. Dessa forma, encontrar evidências desse período de transição pode trazer luz a diversas questões deste momento evolutivo. Os resultados da pesquisa foram publicados em artigo na revista Journal of the Geological Society

Sobre os fósseis

Para datar o material, os pesquisadores fizeram a análise do material vulcânico, que permitiu chegar com precisão de 0,1% na estimativa. Com isso, concluíram que os fósseis possuem cerca de 565 milhões de anos.

Em geral, o período Ediacarano abrange uma época de 630 milhões a 542 milhões de anos atrás. Ele teve início após quatro bilhões de anos de vida exclusivamente unicelular. Por isso, a presença de tantos fósseis e o fato de serem tão antigos evidenciam organismos multicelulares já haviam se estabelecido na região.

Fósseis com 565 milhões de anos são prova mais antiga de vida multicelular

(Imagem: Clarke et al./Journal of the Geological Society/ Reprodução)

O local, a pedreira Coed Cochion, é conhecido por ser o mais rico em fósseis de vida marinha rasa em todo o Reino Unido. Coincidentemente, os materiais encontrados no estudo remetem a animais e plantas aquáticos, que se desenvolveram nos primeiros estágios de vida, antes de qualquer organismo conquistar a terra.

Por exemplo, os cientistas descrevem alguns fósseis como semelhantes a samambaias, outros como repolhos e, por fim, alguns parecidos com plumas do mar. Os pesquisadores também citaram organismos que lembram águas vivas. 

Mas ainda existem muitos fósseis cujas criaturas são desconhecidas. No futuro, mais estudos poderão se aprofundar no material, desvendando ainda mais mistérios sobre a vida primitiva na Terra. 

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??????????? ??- ??? ??? ???? //emiaow553.com/cientistas-diagnosticam-doencas-geneticas-em-fosseis-humanos/ Fri, 12 Jan 2024 16:59:19 +0000 /?p=545430 Com a ajuda de análise computacional, pesquisadores britânicos puderam examinar DNA de fósseis humanos de diferentes períodos da história

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Pesquisadores ingleses desenvolveram uma técnica para medir com maior precisão o número de cromossomos em genomas antigos. Isso permitiu com que eles identificassem doenças genéticas fósseis humanos.

O grupo descobriu que a primeira pessoa com síndrome de Turner viveu há cerca de 2.500 anos. Também identificaram um bebê com Síndrome de Down que viveu durante a Idade do Ferro.

Ainda de acordo com a pesquisa, publicada na revista científica Communications Biology, os cientistas encontraram o indivíduo mais antigo com síndrome de Jacob e três pessoas com a síndrome de Klinefelter que viveram em diferentes períodos.

A análise do DNA de fósseis humanos

Em geral, analisar amostras antigas de DNA é complexo, porque elas tendem a se deteriorar com a ação do tempo. Além disso, também podem ser contaminadas – tanto por outras amostras quanto pelo DNA das pessoas que a manipulam. 

Tudo isso torna difícil capturar com precisão as diferenças no número de cromossomos. No entanto, os cientistas da Universidade de Oxford, da Universidade de York e do Instituto de Francis Crick abordaram a questão a partir de um método computacional.

Eles tinham como foco de pesquisa os cromossomos sexuais, tipicamente XX (para mulheres) ou XY (para homens). Então, ensinaram o computador a detectar variações nesse material genético, comparando os resultados com uma linha de DNA do que era esperado ver.

Dessa forma, poderiam identificar fósseis que continham variações nos cromossomos sexuais, com um extra ou faltante. Por fim, eles aplicaram esse método computacional a uma base de dados chamada Thousand Ancient British Genomes.

Assim, puderam identificar seis indivíduos com essas variações. Em uma análise mais detalhada, conseguiram definir quais as doenças genéticas cada um deles possuía. 

“Nosso método também é capaz de classificar a contaminação de DNA em muitos casos e pode ajudar a analisar o DNA antigo incompleto, então poderia ser aplicado a restos arqueológicos que têm sido difíceis de analisar”, explica Pontus Skoglund, que participou da pesquisa, em comunicado.

De acordo com os pesquisadores, os resultados abrem caminhos para estudos sobre o sexo biológico no passado, indo além de categorias binárias.

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?????? ???? 2024-2025? ??? ??? ?? //emiaow553.com/cientistas-encontram-lago-secreto-com-fosseis-vivos-na-argentina/ Mon, 18 Dec 2023 22:33:44 +0000 /?p=541437 Nas lagoas, os pesquisadores identificaram estruturas rochosas conhecidas como estromatólitos, fósseis que marcam a história da Terra. Confira detalhes!

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Nas planícies de sal em Puna de Atacama, do lado argentino, pesquisadores encontraram um ecossistema de lagoas provavelmente desconhecido pela ciência. Por lá, o ambiente é desértico e as chuvas são raras, mas ainda assim há cerca de 12 lagoas.

Foram Brian Hynek e Maria Farías que encontraram o local. Segundo eles, por lá há estruturas semelhantes a estromatólitos. 

Eles são fósseis que existiram durante um período na história da Terra chamado de Arqueano inicial, quando o oxigênio era quase inexistente na atmosfera. O geólogo e a microbiologista apresentaram suas descobertas na reunião anual da União Geofísica Americana, em São Francisco.

Como foi a descoberta

Era uma viagem como qualquer outra. Farías levou seu parceiro de pesquisa Hynek para um de seus locais de estudo, no noroeste da Argentina. Apenas no último dia, depois de examinar algumas imagens de satélite do deserto próximo onde estavam, o pesquisador identificou algo desconhecido: uma rede de lagoas.

Então, os dois cientistas foram visitar o local. “É incrível que ainda seja possível encontrar coisas não documentadas como essa em nosso planeta”, disse Hynek em entrevista à Universidade de Colorado. Para ele, esse foi o maior momento Eureka de sua vida.

Eles encontraram 12 lagoas, que se estendem por aproximadamente 100 quilômetros quadrados entre as montanhas desérticas. Sob suas águas cristalinas, Hynek conseguiu ver um tipo de fóssil chamado estromatólito.

O que são os estromatólitos

De modo geral, os estromatólitos são estruturas rochosas que se formam pela ação de colônias de cianobactérias. Elas são microrganismos que fazem fotossíntese e, dessa forma, produzem oxigênio. 

Conforme se acumulam em regiões com águas rasas, elas se desenvolvem em camadas. Assim, criam os estromatólitos, um amontado de sedimentos milimétricos que, quando juntos, parecem rochas arredondadas.

De modo geral, os estromatólitos podem estar vivos ou fossilizados – quando não colonizam mais. Os fósseis dos primeiros estromatólitos conhecidos têm cerca de 3,5 bilhões de anos, o que liga essas estruturas ao planeta em seus primórdios, antes de plantas, dinossauros e seres humanos.

Nessa época, período chamado de Arqueano inicial, o oxigênio era quase inexistente na atmosfera da Terra. Então, como as cianobactérias produzem o elemento, os estromatólitos ajudaram a aumentar o volume de oxigênio para cerca de 20%.

Em geral, os estromatólitos vivos são raros de se achar. Mas parecem estar presentes na Argentina, onde Farías e Hynek encontraram as lagoas.

Nesse caso, os estromatólitos eram compostos por camadas de gesso, um mineral comum em muitos fósseis, cianobactérias e um núcleo rosado rico em arqueias, que são organismos unicelulares.

“Achamos que esses montes estão realmente crescendo a partir dos micróbios, o que estava acontecendo nos mais antigos”, disse Hynek.

Contudo, por que os estromatólitos se formaram neste local tão inóspito ainda não está claro. Por enquanto, os pesquisadores suspeitam que a lagoa tenha características similares às condições na Terra antiga, como águas salinas e ácidas. 

Além disso, devido à elevada altitude, estão expostas a níveis severos de radiação solar.

Ameaças

Por enquanto, os pesquisadores ficam no aguardo para retornar à lagoa, onde pretendem confirmar seus resultados iniciais. A ideia é compreender se esses novos estromatólitos estão realmente construindo camadas de rochas atualmente. 

Além disso, os cientistas também querem explorar os motivos pelos quais os micróbios conseguem viver em condições tão adversas.

No entanto, tanto Hynek quanto Farías se preocupam que não tenham tempo suficiente para responder essas dúvidas. Isso porque uma empresa de fora da Argentina já alugou a área para a mineração de lítio, o que poderia destruir o ecossistema em questão de anos.

“Esperamos proteger alguns desses locais, ou pelo menos detalhar o que está lá antes que desapareça ou seja perturbado para sempre”, afirmou Hynek.

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???MK????? ?? ??? ???? ?? //emiaow553.com/pesquisadores-encontram-nova-especie-de-dinossauro-no-interior-de-sao-paulo/ Mon, 27 Nov 2023 15:38:24 +0000 /?p=536101 Cientistas descrevem novo dinossauro Farlowichnus rapidus como um pequeno animal carnívoro com até 90 cm de altura

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Uma nova espécie de dinossauro que viveu durante o início do período Cretáceo foi encontrada na cidade de Araraquara, no interior do estado São Paulo. Na última semana, pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) publicaram a descoberta na revista Cretaceous Research.

A nova espécie identificada foi batizada como Farlowichnus rapidus. De acordo com os cientistas, ele era um pequeno animal carnívoro do tamanho de uma ave seriema moderna. Ele tinha cerca de 60 a 90 cm de altura.

“Pela grande distância entre as pegadas encontradas, é possível deduzir que se tratava de um réptil muito rápido que corria pelas antigas dunas? descreve o estudo.

Na década de 1980, o padre e paleontólogo italiano Giuseppe Leonardi encontrou as “pegadas” fossilizadas do dinossauro. Leonardi doou uma das amostras de pegadas ao MCTer (Museu de Ciências da Terra) do Brasil em 1984, encontradas na chamada formação Botucatu — um grupo de rochas formadas por um antigo deserto de dunas.

“As pegadas de terópodes encontradas nesta formação estão provavelmente relacionadas com os fósseis já encontrados no supercontinente Gondwana”, dizem os cientistas.

Até o momento, pouco se sabe ainda sobre a biologia desta nova e curiosa espécie. Por isso, os cientistas ainda pretendem estudar o metabolismo e até mesmo sobre sua alimentação.

Elo perdido entre dinossauros pequenos e gigantes

O Brasil já foi palco de outras descobertas importantes para a paleontologia mundial. Em junho deste ano, por exemplo, os pesquisadores identificaram um fóssil brasileiro como a evidência mais antiga de traço evolutivo que levou ao surgimento dos dinossauros gigantes.

Com aproximadamente 225 milhões de anos, os paleontólogos escavaram um bípede, chamado de Macrocollum itaquii, no município de Agudo, no Rio Grande do Sul. Ele é um sauropodomorfo, sendo ancestral dos gigantes dinossauros quadrúpedes de pescoço longo.

O nome “Macrocollum?significa pescoço longo. Já “itaquii?é uma homenagem a José Jerundino Machado Itaqui. Ele foi um pesquisador gaúcho que foi um dos responsáveis pela criação do Cappa (Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia), da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Hoje, este é o espaço que guarda os fósseis do animal.

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?????? ??????????????????? //emiaow553.com/pegadas-de-120-milhoes-de-anos-sao-evidencias-mais-antigas-de-aves-no-hemisferio-sul/ Thu, 23 Nov 2023 18:38:04 +0000 /?p=535131 De início, cientistas pensaram ser pegadas de dinossauros, depois identificaram como aves que parecem animais de transição

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Era um dia de maré baixa na costa sul da Austrália e Melissa Lowery estava procurando por fósseis de dinossauros nas pedras. Caçadora voluntária dessas marcas históricas, ela não esperava encontrar algo diferente: a evidência mais antiga da presença de aves no hemisfério sul do planeta.

“Foi um momento de pura alegria e total admiração quando percebi que havia encontrado pegadas“, revelou. No total, a jovem encontrou 27 delas. De acordo com especialistas, elas sobreviveram por cerca de 128 milhões de anos.

Como eram as aves

De início, quando Lowery encontrou as pegadas, pensou que realmente eram vestígios de dinossauros. Ela faz parte do projeto Dinosaur Dreaming, que é uma parceria entre o Museu de Victoria, a Universidade Monash e a Universidade de Tecnologia de Swinburne, que busca evidências desses animais.

Apesar de ter recebido as imagens das pegadas quando foram descobertas, o paleontólogo Anthony Martin só percebeu que eram de aves quando visitou o local pessoalmente. Ele utilizou uma lista de características para comprovar essa informação.

 

Pegadas de 120 milhões de anos são evidências mais antigas de aves no hemisfério sul

(Imagem: Museums Victoria/ The guardian/ Reprodução)

Por exemplo, as pegadas tinham três dedos voltados para frente, bem espaçados entre si, com um ângulo maior que 90°. Além disso, havia impressões com garras afiadas, inclusive aquelas utilizadas para pousar.

No entanto, o especialista acredita que os animais eram aves diferentes do que as conhecidas hoje em dia. 

“Os teríamos reconhecido como pássaros – um animal pequeno e peludo com uma estrutura leve. Mas, ao olhar para eles, pareceriam cada vez mais estranhos. Ele abriria a boca e você veria dentes. E teria uma cauda sem penas”, explicou.

Segundo o pesquisador, isso caracterizaria um animal de transição entre as aves de hoje e seus ancestrais, dinossauros.

O que os fósseis contam sobre a história

Pela localização e data das pegadas, especialistas acreditam que elas ocorreram em um local próximo ao pólo sul, parte do supercontinente Gondwana, que incluía a Antártida. De acordo com um estudo sobre os fósseis publicado na revista PLOS One, as aves provavelmente migraram para a região durante o período de primavera ou verão.

Antes da descoberta, as evidências indicavam que as aves se originaram cerca de 160 a 150 milhões de anos atrás no hemisfério norte. Na Austrália, um osso fossilizado de 105 milhões de anos também foi encontrado perto do local das pegadas.

“Com uma pegada, você sabe que o animal estava bem ali. Um osso pode se mover, mas uma pegada não pode. Quando você encontra dinossauros e pegadas de pássaros juntos, sabe que eram contemporâneos”, contou Tom Rich, autor do estudo, ao The Guardian.

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?????? ???? ???? ??? ?? //emiaow553.com/fosseis-de-serpente-do-mar-foram-preservados-de-forma-rara-no-brasil-entenda/ Fri, 06 Oct 2023 12:11:41 +0000 /?p=523755 Segundo cientistas da UFPR, o processo geológico de carbonificação foi responsável pela conservação de fósseis de serpentes-do-mar no Brasil

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Segundo cientistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o processo geológico de carbonificação foi responsável pela boa conservação de fósseis de serpentes-do-mar, parentes das estrelas-do-mar, coletados pela universidade em 2020 em Ponta Grossa (PR).

Eles foram encontrados em rochas do Período Devoniano (há aproximadamente 400 milhões de anos). A conservação é considerada rara pois as serpentes marinhas, ou ofiuroides, são animais frágeis, que exigem “condições excepcionais de fossilização”.

A descoberta é inédita na América do Sul, onde o Paraná é a maior fonte de fósseis de ofiuroides, sobretudo em Ponta Grossa e Jaguariaíva, com centenas de amostras no último século.

Os fósseis são os primeiros coletados a registrarem restos de vísceras carbonificadas, revelando detalhes sobre a anatomia das espécies extintas Encrinaster pontis e Marginix notatus.

Além disso, a preservação por carbonificação não havia sido registrada até agora em nenhum fóssil de equinodermo. Isso porque partes moles do corpo, como as vísceras, por exemplo, costumam se decompor rápido demais para fossilizar. Portanto, apenas alguns lugares do mundo, com ambientes com condições exóticas, registram fósseis com traços de partes moles.

Como funciona a carbonificação e o que foi descoberto

A carbonificação ocorre após as primeiras semanas do soterramento de um organismo por sedimentos expelidos pelos rios. Estes sedimentos são os prováveis responsáveis por suas mortes. Quando as partes orgânicas do corpo, vegetal ou animal, são comprimidas pelo peso, mas antes de as partes moles se decomporem pelas bactérias.

De acordo com o pesquisador responsável pela descoberta, Malton Carvalho Fraga, os fósseis descobertos no Brasil também ajudaram a reconstruir ambientes e processos que os animais vivenciaram.

“Além da ótima qualidade de preservação, alguns desses ofiuroides também registram evidências de predação, algo muito raro, mas que nos dá a oportunidade de entender mais sobre os predadores desses animais ao longo da história do planeta”, acrescentou Malton.

Foi feita uma análise com tomografia computadorizada e microscopia eletrônica de varredura — alta tecnologia dificilmente usada por seu alto custo. Ela indicou que os ofiuroides prosperaram em diferentes fundos marinhos, como o mar polar que cobriu o Paraná e outros estados do Brasil durante o Devoniano.

A descoberta foi publicada na revista científica Journal of South American Earth Sciences e no Ciência UFPR. Os resultados renderam um prêmio da Paleontological Society dos Estados Unidos e um prêmio de melhor apresentação no evento mundial 4th Palaeontological Virtual Congress.

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?16 ?? ????? ????? ??- ??? ??? //emiaow553.com/criatura-de-3-olhos-e-com-500-milhoes-de-anos-e-encontrada-por-cientistas/ Fri, 01 Sep 2023 16:53:07 +0000 /?p=516098 Fóssil de artrópode está bem conservado e fornece pistas sobre a evolução de outros animais do filo, especialmente de insetos

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Parece um camarão gigante, mas não é. Kylinxia é um fóssil de um animal artrópode encontrado por pesquisadores na Província de Yunnan, na China. Com três olhos e um par de membros, o fóssil está encapsulado em rochas com quase 520 milhões de anos. 

Os autores investigaram suas características através de imagens obtidas com um scanner de tomografia computadorizada. Eles publicaram os achados na revista Current Biology.

O que se sabia dos artrópodes

Os artrópodes são um vasto grupo de animais invertebrados. Existem mais de um milhão de espécies descritas, mas grande parte do conhecimento sobre esse tipo de animal provém de vestígios de seus exoesqueletos, não de fósseis.

Essa é inclusive uma de suas principais características. Eles possuem um exoesqueleto feito de quitina, membros articulados e um corpo segmentado. 

Você já deve ter visto vários artrópodes por aí: tem os insetos, como abelhas e borboletas; os aracnídeos, como escorpiões e aranhas; e há também os crustáceos, como as lagostas, camarões e caranguejos.

Eles desempenham papéis fundamentais nos ecossistemas, como polinização e controle de população de outros animais. Por isso, é tão importante estudá-los.

Agora, a descoberta do fóssil de Kylinxia reformula a história de uma classe de criaturas que eventualmente deu origem às inúmeras formas de artrópodes que vemos hoje.

O que Kylinxia revela

Usando a tomografia computadorizada, os pesquisadores puderam girar as imagens do fóssil digitalmente. Assim, conseguiram ver que sua cabeça possui seis segmentos, assim como em muitos artrópodes vivos.

Kylinxia tem na cabeça um lado frontal com olhos, outra parte com membros grandes que possuem garras. Eles são seguidos ainda por mais quatro segmentos, cada um com um par de patas articuladas.

Antes, a maioria das teorias sobre a evolução da cabeça dos artrópodes se baseava em espécies de ramificação precoce que tinham menos segmentos do que as espécies que ainda estão vivas.

“A descoberta de dois pares de pernas previamente não detectados em Kylinxia sugere que os artrópodes vivos herdaram uma cabeça com seis segmentos de um ancestral com pelo menos 518 milhões de anos”, comentou Gregory Edgecombe sobre a descoberta. Ele trabalha no Museu de História Natural de Londres e foi um dos autores do estudo.

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??? ??? ?????????, ?????????? //emiaow553.com/obra-em-canal-da-nova-zelandia-revela-fosseis-de-266-especies/ Mon, 28 Aug 2023 20:59:37 +0000 /?p=515068 Fósseis pertencem a animais que viveram entre 3 e 3,7 milhões de anos atrás. São ao menos 10 espécies inéditas

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Era 2020. A empresa Watercare, de Auckland (Nova Zelândia), estava escavando dois grandes poços verticais durante as obras de um importante duto que transporta esgoto do centro da cidade para tratamento. Sem querer, se depararam com um material diferente: em meio à areia encontrada, havia diversas conchas. Eram, na verdade, fósseis.

Para paleontólogos da região, como Bruce Hayward, isso foi como encontrar um tesouro. Ele e mais quatro pesquisadores da área se juntaram e passaram a analisar o material. Então, durante meses, eles encontraram e examinaram detalhadamente mais de 300 mil fósseis.

Por fim, os resultados dessa empreitada compõem o artigo publicado recentemente na revista New Zealand Journal of Geology and Geophysics. Nele, Hayward e seus companheiros de pesquisa descrevem 266 espécies fósseis que viveram entre 3 e 3,7 milhões de anos atrás. 

O que havia por lá

“As descobertas mais raras incluíram vértebras isoladas de uma baleia com barbatanas, um dente quebrado de baleia cachalote, a espinha de um peixe-serra já extinto, as placas dentárias de raias-águia e vários dentes de tubarão-branco”, disse Hayward em comunicado.

É um grupo de animais bastante diverso. De acordo com os pesquisadores, os fósseis foram depositados em um canal submerso, que fazia parte de uma versão inicial do Porto de Manukau, aberto ao mar da Tasmânia.

No entanto, naquela época o nível do mar estava mais alto que hoje. “O que é surpreendente é que a fauna contém fósseis que viveram em muitos ambientes diferentes que foram trazidos para o antigo canal marinho por ação das ondas e fortes correntes de maré”, explicou Hayward.

A maioria dos fósseis encontrados vivia no fundo do mar, mas havia espécies que costumavam viver presas a costas rochosas. Ainda havia alguns fósseis que viviam em estuários, que são lugares onde a água doce encontra a água salgada.

Este é um dos grupos de fósseis mais ricos e diversos já encontrados na Nova Zelândia. Pelo menos dez espécies novas — ou seja, anteriormente desconhecidas — foram identificadas. Elas serão descritas e nomeadas em pesquisas futuras.

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J???????????? //emiaow553.com/aranhas-marinhas-de-160-milhoes-de-anos-tem-ligacao-com-especies-atuais/ Mon, 21 Aug 2023 22:09:29 +0000 /?p=513404 Fósseis de aranhas marinhas da região de La Voulte, na França, revelaram que parentes das espécies atuais já existiam no período Jurássico

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As aranhas marinhas são parte de um grupo de animais pouco estudados — principalmente pelo fato de seus fósseis serem extremamente raros. Ainda assim, pesquisadores encontraram novas informações sobre sua jornada evolutiva em fósseis da região de La Voulte, na França.

A coleção de fósseis de aranhas marinhas recém-encontrada tem 160 milhões de anos, e apresentou características morfológicas semelhantes às de algumas espécies vivas. Com outros grupos de fósseis mais antigos destes animais não havia acontecido o mesmo.

Pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, utilizaram dois métodos para examinar a composição dos fósseis: a microtomografia por raio-X e imagens de transformação por reflexão. Com isso, eles puderam aumentar a visibilidade de características discretas em sua superfície. As técnicas também permitiram ‘olhar no interior’ da rocha.

Depois, o grupo reconstruiu um modelo 3D do espécime fossilizado. As semelhanças na estrutura dos organismos confirmaram que os pycnogonídeos — nome científico das aranhas marinhas — de La Voulte são parentes próximos de algumas espécies que ainda vivem hoje.

Aranhas marinhas do período Jurássico

Agora, os pesquisadores  pretendem investigar a diferença entre as sequências de DNA das amostras, para estimar o momento da evolução que liga essas espécies. Líder do estudo, contou que a técnica recebe o nome popular de análise molecular do relógio.

Esse é um termo usado para nomear uma técnica que usa a taxa de mutação de biomoléculas para deduzir em qual período na história duas ou mais espécies divergiram. Isso pode ajudá-los a entender, por exemplo, como sua diversidade foi afetada pelos diferentes acontecimentos ao longo da história da Terra.

“Mas, assim como um relógio real, ele precisa ser calibrado. Basicamente, precisamos dizer ao relógio: ‘Sabemos que naquela época, esse grupo já existia’. Graças ao nosso trabalho, agora sabemos que Colossendeidae e Endeidae já existiam no período Jurássico”, explicou Dr Romain Sabroux, líder da pesquisa, ao SciTechDaily.

Eles também planejam investigar outros fósseis de aranhas marinhas, como o grupo de Hunsrück Slate, na Alemanha, que remonta a cerca de 400 milhões de anos atrás.

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??? ????? ??? ???? ?? ?? //emiaow553.com/cranio-de-300-mil-anos-da-china-e-diferente-de-outros-fosseis-humanos-entenda/ Thu, 10 Aug 2023 19:12:09 +0000 /?p=511030 Suspeita-se que o crânio, que inclui características de humanos modernos e denisovanos, pertence a um grupo de hominídeos ainda não nomeado

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Cientistas da Academia Chinesa de Ciências e de instituições da Espanha e do Reino Unido descobriram que um crânio com idade de 300 mil anos é diferente de qualquer outro fóssil humano pré-moderno já encontrado. O estudo, publicado no Journal of Human Evolution, aponta para um novo e potencial ramo na árvore genealógica humana.

“A combinação de características humanas arcaicas e modernas identificadas na mandíbula [do crânio conhecido como] HLD 6 é inesperada, dada a sua idade do final do Pleistoceno Médio e difere de membros Homo aproximadamente contemporâneos? escrevem os pesquisadores.

Pesquisadores encontraram o fóssil na região de Hualongdong, no leste da China, em 2015, junto a outros 15 espécimes que pertencem ao período do Pleistoceno Médio (entre 82,8 mil a 355 mil anos atrás). Trata-se de um crânio parcial com mandíbula quase completa que, acredita-se, pertenceu a um indivíduo que morreu entre os 12 e 13 anos de idade.

Mosaico de características no crânio

A equipe do estudo atual comparou a mandíbula do HLD 6 com as mandíbulas de hominídeos do Pleistoceno, de indivíduos adultos e adolescentes, e mandíbulas de humanos modernos. Então, os pesquisadores descobriram então que ela possui características de ambos. Ela tem formato parecido com a mandíbula do Homo sapiens, mas parece não ter queixo ?como os denisovanos.

Segundo a equipe, a população fóssil encontrada em Hualongdong é a mais antiga que se conhece na Ásia a apresentar esse mosaico de características. Por isso, eles levantam a hipótese de que o crânio pertence a um grupo único que ainda não recebeu um nome. Além disso, que as características humanas modernas existiam há 300 mil anos, antes mesmo do surgimento dos humanos modernos no leste da Ásia.

Por enquanto, esta é, claro, uma discussão em aberto. Os cientistas afirmam que são necessários mais fósseis e estudos para entender a posição precisa dos espécimes de Hualongdong na árvore genealógica humana.

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?????? ???? 2024-2025? ??? ??? ?? //emiaow553.com/megatubarao-2-tubarao-do-filme-existiu-de-verdade-e-tinha-20-metros/ Thu, 10 Aug 2023 16:09:27 +0000 /?p=510945 O megalodonte foi um super predador e o maior tubarão que já existiu, pesando até 65 toneladas. Ele desapareceu há 2,58 milhões de anos

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O fenômeno Barbenheimer ainda agita os cinemas, mas outro filme gringo já chegou em terras tupiniquins: Megatubarão 2. No filme de Ben Wheatley, um grupo de pesquisadores encontra um tubarão gigantesco nas Fossas Marianas, o lugar mais profundo dos oceanos, com 11 mil metros de profundidade.

O trailer do filme, como esperado, tem cenas absurdas para dar e vender: de tubarão devorando um casal num pedalinho a Jason Statham, ator protagonista, afastando a fera com um pé em sua mandíbula. Embora tudo pareça exagerado, uma coisa é certa: animais como o megatubarão existiram, sim, por 20 milhões de anos na Terra.

Trata-se do megalodonte, um tubarão pré-histórico que, acredita-se, chegava a 20 metros de comprimento e viveu entre o início da época do Mioceno, há 23,03 milhões de anos, ao final do Plioceno, há 2,58 milhões de anos. Ele é considerado o maior tubarão e o maior peixe que já existiu. 

Mega predador

O megalodonte pode ser comparado ao tubarão-baleia moderno, o maior que existe hoje, que atinge 18 metros de comprimento. Mas este animal não é um predador como era o megalodonte: ele filtra a água para se alimentar de plâncton. Por isso, o megalodonte também pode ser o maior predador que já existiu por aqui.

Acredita-se que ele predava peixes, baleias, sirênios (ou seja, animais como peixes-boi) e focas. Ele provavelmente podia nadar e caçar em águas frias, obtendo acesso exclusivo a algumas presas, porque seria um animal de sangue quente, capaz de controlar sua temperatura interna ?como fazem os mamíferos, diferente da maioria dos peixes.

Além de proporcionar acesso a águas frias para caçar, o fato de ser um animal de sangue quente também seria uma das características que possibilitaram que o tubarão percorresse longas distâncias. Alguns cientistas acreditam que ele podia nadar rotineiramente de um oceano para outro ?e o chamam de “superpredador transoceânico?

“Mega” mesmo

Seu nome é uma junção de palavras de raiz grega e significa “dente gigante? O motivo para isto é o fato de que nós sabemos da existência do megalodonte, desde os anos 1840, porque encontramos alguns dentes fossilizados do tubarão. Alguns têm quase 17 centímetros de comprimento ?enquanto os dentes do tubarão-branco moderno têm cerca de 7,5 cm.

fotografia de dente fossilizado do megalodonte e de dentes de tubarão-branco moderno

Dente do megalodonte (à direita) em comparação aos dentes do tubarão-branco moderno. Imagem: Wikimedia Commons/Reprodução.

Paleontólogos já encontraram fósseis de megalodonte ao longo das costas e regiões de plataforma continental de todos os continentes, exceto na Antártica. Mas nunca se encontrou um esqueleto completo do animal, só dentes e vértebras. Isso porque tubarões são peixes cartilaginosos, e seus esqueletos de cartilagem não resistem bem aos milhões de anos.

Por isso, o tamanho deste tubarão pré-histórico é uma estimativa que os cientistas calculam a partir da relação entre o tamanho dos dentes do megalodonte e os dentes e a massa corporal dos tubarões brancos modernos (com 4,9 metros de comprimento) e outros parentes vivos do mega tubarão. Além de 20 metros de comprimento, o megalodonte pesava de 30 a 65 toneladas.

Extinção do tubarão

E quando esse animal gigantesco sumiu da face da Terra? Acredita-se que as populações de megalodonte diminuíram ao longo do Plioceno ?uma época que compreende o período de 5,33 a 2,58 milhões de anos atrás. Isso teria acontecido por conta de mudanças na dinâmica das cadeias alimentares dos oceanos.

As populações de baleias, sua principal refeição, teriam diminuído, enquanto o número de competidores, como tubarões predadores menores, aumentaram. Com menos presas, o megalodonte não teria conseguido suprir sua demanda energética igualmente grande ?e desaparecido, há 2,58 milhões de anos atrás.

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????? ???? 2024-2025? ??? ??? ?? //emiaow553.com/paleontologos-encontram-fossil-perfeito-de-tartaruga-jurassica-na-alemanha/ Tue, 08 Aug 2023 21:43:49 +0000 /?p=510447 Fóssil é o primeiro que inclui crânio, casco e os quatro membros completos do animal, que viveu no país europeu há 150 milhões de anos

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Paleontólogos encontraram um fóssil de tartaruga perfeitamente preservado, com 150 milhões de anos, no sudeste da Alemanha. O espécime de Solnhofia parsonsi, espécie descoberta em 1975, é o primeiro que inclui o crânio, o casco completo e os quatro membros intactos do animal.

O fóssil foi encontrado em 2014, em uma pedreira de calcário que é rica em fósseis da última parte do período Jurássico ?de 199,6 milhões a 145,5 milhões de anos atrás. Agora, pesquisadores da Universidade de Tübingen analisaram o material e publicaram um estudo com suas descobertas na revista científica PLOS One.

A tartaruga extinta media 30 centímetros de comprimento, e sua cabeça triangular tinha quase 10 centímetros. “A Solnhofia pode ter usado sua cabeça grande para esmagar alimentos duros, como invertebrados com carapaça, como vemos em algumas tartarugas modernas? disse Márton Rabi, co-autor do estudo, em comunicado. “Mas isso não significa que eles formavam exclusivamente sua dieta.?/span>

Fotografia do fóssil de tartaruga

Tartaruga tinha cabeça de 10 centímetros de comprimento e membros relativamente curtos. Imagem: University of Tübingen/Reprodução.

Os pesquisadores observaram que os membros anteriores e posteriores da tartaruga são relativamente curtos. Essas características sugerem que a S. parsonsi viveu perto da costa, em vez de nadar centenas de quilômetros no mar aberto. Ela é diferente das tartarugas modernas, que têm nadadeiras e dedos alongados, ideais para este fim.

O habitat da tartaruga

Essa hipótese faz sentido quando se pensa em como era, há 150 milhões de anos, a pedreira de calcário em que se encontrou a tartaruga. Acredita-se que um mar tropical raso se estendia pelo sul da Alemanha, formado por pequenas ilhas. O habitat da S. parsonsi, nesse contexto, provavelmente era um conjunto de recifes costeiros e lagoas.

A equipe explicou em comunicado que partículas flutuantes se depositaram no chão da bacia, ao longo de milhões de anos, formando camadas de calcário. Provavelmente havia baixa troca da água da lagoa com o mar aberto, então o teor de oxigênio era baixo e o teor de sal era alto. 

Isso criou um ambiente perfeito para preservar fósseis. As plantas e animais que morriam não se decompunham facilmente ?e assim ficaram em meio às camadas de calcário. Por isso, a região é considerada um dos sítios paleontológicos mais importantes do mundo, com fósseis da Era Mesozóica ?de 252 a 66 milhões de anos atrás, que inclui o Período Jurássico. A escavação sistemática de fósseis por lá acontece desde os anos 2000.

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?? ???? ??? , ?? ?? ?? ??????? //emiaow553.com/paleontologos-podem-ter-encontrado-o-animal-mais-pesado-da-terra/ Thu, 03 Aug 2023 15:07:14 +0000 /?p=509268 Esqueleto parcial encontrado no Peru é de animal marinho que viveu há 39 milhões de anos e pesava entre 85 e 340 toneladas

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Paleontólogos do Peru acreditam ter encontrado o animal mais pesado que já existiu no planeta Terra: uma nova espécie de baleia, chamada Perucetus colosso. Ela viveu há 39 milhões de anos e deve ter pesado entre 85 e 340 toneladas. Para comparação, a maior baleia azul já registrada pesava 190 toneladas.

Os pesquisadores encontraram os fósseis em 2010, no sul do Peru. Eles reuniram um esqueleto parcial da baleia, com quatro costelas, 13 vértebras e um osso pélvico quebrado. Eles fizeram a datação por carbono do sedimento que estava ao redor dos ossos e publicaram o estudo na última quarta-feira (2), na revista Nature.

A equipe se baseou nos ossos que encontrou para construir um modelo de como seria o esqueleto completo do animal, comparando seus ossos com os de espécies semelhantes que viveram na época. Eles acreditam que a cabeça da Perucetus colosso era pequena em relação ao seu corpo de 20 metros de comprimento.

Os pesquisadores não sabem ao certo do quê a baleia se alimentava, devido à ausência do crânio do animal. Isso porque o formato da boca e dos dentes entregaria pistas sobre isso. Mas eles especulam que a Perucetus colosso pode ter se alimentado de fauna bentônica, como moluscos ou crustáceos, ou de algas marinhas ?embora este cenário seja improvável, pois este seria o único caso conhecido de um cetáceo herbívoro.

Mistérios da alimentação à parte, a possibilidade de ter encontrado o animal mais pesado que se tem notícia já é uma baita descoberta. Ela pode melhorar a compreensão dos cientistas sobre a evolução dos cetáceos ?grupo do qual baleias e golfinhos, por exemplo, fazem parte.

“[As descobertas mostram que o] pico de massa corporal dos cetáceos já havia sido atingido cerca de 30 milhões de anos antes do que se supunha? escrevem os pesquisadores no artigo.

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