???? ???????? / Vida digital para pessoas Wed, 04 Sep 2024 15:49:15 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ?????????,??????,????????? / 32 32 ?? ?? ??? ??? ??? TOP10 //emiaow553.com/expedicao-ao-titanic-descobre-que-parte-da-grade-de-jack-e-rose-caiu/ Wed, 04 Sep 2024 17:19:52 +0000 //emiaow553.com/?p=590781 Cerca de 4,5 metros da grade de metal do convés do navio Titanic estão atualmente no fundo do mar, segundo expedição

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Nesta segunda-feira (2), a RMS Titanic — entidade em posse de objetos do Titanic — divulgou imagens de uma expedição no local do naufrágio do famoso navio realizado em julho deste ano. Durante as buscas, a RMS revelou que parte da grade de metal que cercava a proa caiu do navio.

O corrimão foi fotografado pela RMS em 1987 — cerca de dois anos após a descoberta dos destroços do navio –, quando a RMS captou imagens da proa do Titanic. Expedições seguintes realizadas em 1993, 1994, 1998, 2000 e 2010 também mostravam que a estrutura estava completa. A última vez que a grade foi fotografada inteira foi em 2022. Confira a imagem da última expedição:

Imagem: Divulgação/RMS Titanic

De acordo com uma varredura 3D, um segmento de cerca de 4,5 metros da grade se encontram hoje no fundo do mar.

A grade da proa ficou famosa no filme de James Cameron, de 1997. No longa, ela aparece no momento que o personagem Jack, de Leonardo DiCaprio, se debruça sobre ela e diz ser o “rei do mundo”, assim como na cena icônica em que segura Rose (Kate Winslet) sobre a proa do navio. Reveja a cena:

Na expedição de julho, a equipe levou 20 dias para capturar mais de 2 milhões de imagens e vídeos de alta resolução e mapear o naufrágio e o campo de destroços utilizando um sensor LiDAR, sonar e um hipermagnetômetro.

Posteriormente, as descobertas devem integrar as exibições mundiais da produção “TITANIC: The Artifact Exhibition”.

Detalhe do corrimão da proa do Titanic em fotos captadas em 2010 e 2024. Imagem: Divulgação/RMS Titanic

Expedição ao Titanic reencontrou estátua do navio

As descobertas também mostraram a estátua de bronze “Diana de Versalhes “, vista pela última vez em 1986. A figura de 60 cm de altura retrata a deusa romana Diana. Ela ficava na lareira do salão de primeira classe como uma das obras de arte que adornavam as áreas dos passageiros mais ricos.

“A RMS Titanic, Inc. está entusiasmada em compartilhar as primeiras imagens e descobertas notáveis ​​de nossa Expedição de 2024”, disse a Diretora de Coleções da RMS Titanic, Inc., Tomasina Ray . “A descoberta da estátua de Diana foi um momento emocionante. Mas estamos tristes com a perda do icônico corrimão de proa e outras evidências de decadência que apenas fortaleceram nosso compromisso em preservar o legado do Titanic .”

O Titanic afundou em 1912 após atingir um iceberg, matando mais de 1.500 pessoas. O local do naufrágio está a cerca de 3.800 metros de profundidade no Oceano Atlântico, mas o interesse pelos itens do navio persiste até hoje.

Nos últimos meses, leilões venderam um relógio de bolso de ouro resgatado do naufrágio por um valor recorde, bem como a “porta” que segurou Rose no filme.

diana de versalhes expedição titanic

Imagem: Divulgação/RMS Titanic

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?? ??? ?????? ???? ??????????? //emiaow553.com/diario-de-campo-rio-negro-capitulo-3-no-rio-preto-poraques-vivem-em-condominios-submersos-nas-margens-dos-igarapes/ Wed, 27 Mar 2024 22:40:16 +0000 //emiaow553.com/?p=560950 Espécie da bacia do rio Negro aproveita os espaços entre as raízes e ocos de árvores para fazer seus ninhos e cuidar dos filhotes por quatro a seis meses, saindo apenas à noite para caçar

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Texto: André Julião*, de Santa Isabel do Rio Negro | Agência FAPESP

Estar em um igarapé, riacho que nasce na floresta e desemboca no rio, pode ser o mesmo que visitar um condomínio quando se trata da bacia do rio Negro. Nesse caso, parte dos moradores são poraquês da espécie Electrophorus varii, que emitem pulsos elétricos de até 650 volts.

Essa foi a situação encontrada pela Expedição DEGy Rio Negro durante sua passagem pelo rio Preto, no município de Santa Isabel do Rio Negro. Durante um percurso de cerca de 3 quilômetros por um igarapé na margem oposta à comunidade de Campina do Rio Preto, os pesquisadores detectaram sinais elétricos dos poraquês, mas não avistaram nem conseguiram capturar nenhum exemplar.

“Na vegetação típica das margens dos igarapés, o igapó, muitas vezes as bases dos troncos ficam ocas. Algumas formam domos em que os poraquês podem se abrigar e subir para respirar sem precisar sair da toca [a respiração desses peixes ocorre com a absorção de ar atmosférico por meio de um órgão respiratório na boca]. São locais ideais para pôr os ovos, fertilizá-los e cuidar dos filhotes? explica Carlos David de Santana, pesquisador associado ao Museu Nacional de História Natural, da Smithsonian Institution, nos Estados Unidos.

Igarapé onde poraquês vivem em “condomínios?no rio Preto. Ao fundo, o pesquisador Raimundo Nonato Mendes Júnior

Igarapé onde poraquês vivem em “condomínios?no rio Preto. Ao fundo, o pesquisador Raimundo Nonato Mendes Júnior (foto: André Julião/Agência FAPESP)

Além desses ocos, o solo cheio de raízes das margens pode ser bastante fofo, permitindo que os poraquês se aproveitem dos túneis formados naturalmente, que podem adentrar vários metros a margem dos igarapés.

“Quando o nível das águas subir e os filhotes já forem independentes, os poraquês vão transitar por toda a área alagada do igapó, sendo muito mais fácil visualizá-los? completa Santana.

A Agência FAPESP acompanhou a expedição liderada pelo Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP) desde a saída de São Paulo, a subida do rio Negro de Manaus a Santa Isabel do Rio Negro, até o desembarque em Manaus e a volta para a capital paulista. Os relatos compõem a nova edição da série Diário de Campo.

A Expedição DEGy Rio Negro ocorreu no âmbito do projeto ?strong>Diversidade e Evolução de Gymnotiformes?(DEGy), apoiado pela FAPESP.

André Julião, da Agência FAPESP, e Raimundo Nonato Mendes Júnior, do ICMBio e MZ-USP, empurram embarcação igarapé adentro no rio Preto

André Julião, da Agência FAPESP, e Raimundo Nonato Mendes Júnior, do ICMBio e MZ-USP, empurram embarcação igarapé adentro no rio Preto (foto: Laura Donin/MZ-USP)

Conjunto habitacional

Em fevereiro, quando ocorreu a expedição, era esperado que os rios e igarapés estivessem mais cheios. Porém, a seca histórica na região amazônica ainda está se refletindo na abundância de peixes na bacia do rio Negro.

Os que sobreviveram provavelmente migraram para as cabeceiras e o tempo de recuperação da fauna do fundo dos rios ainda é uma incógnita, segundo os pesquisadores da expedição (leia mais em: agencia.fapesp.br/51153/).

Para os poraquês, porém, a situação não está das piores. É no período seco que ocorre a maturação sexual e que eles localizam e colonizam os abrigos formados nos igarapés para se reproduzir e cuidar dos filhotes. Os pequenos poraquês podem ser acompanhados pelos pais até os seis meses de vida, na transição para o período chuvoso, quando chegam a cerca de 15 centímetros de comprimento.

Nessa fase, os pais ensinam os filhotes a caçar. Depois que se tornam independentes, vivem solitariamente o resto do ano até alcançarem a maturidade sexual, quando começam a procurar seus pares para formar os casais na próxima seca.

“?um comportamento muito diferente dos poraquês da bacia do Xingu (Electrophorus voltai), que na seca se agrupam em lagos ou na boca dos igarapés, se abrigando apenas da radiação solar, e caçam coletivamente no início da manhã e início da noite? lembra Santana sobre outra espécie de poraquê, que emite descargas de até 860 volts (leia mais em: agencia.fapesp.br/34996/).

Durante dois dias, Santana e os doutorandos do MZ-USP Laura Donin e Raimundo Nonato Gomes Mendes Júnior, que também é analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), percorreram o igarapé do rio Preto em busca dos poraquês.

O aparelho que detecta os sinais dos peixes-elétricos apitava a cada 100 ou 200 metros, indicando a presença dos animais em diversos barrancos.

“?como um condomínio ou um conjunto habitacional. Os abrigos estão muito próximos uns dos outros? surpreendeu-se Mendes, estreante na bacia do rio Negro, que nunca havia observado tamanha densidade de indivíduos.

Em um dos locais, uma vara introduzida no chão causou uma mudança nos pulsos elétricos emitidos pelo indivíduo monitorado pelos pesquisadores. “Um choque!? espantou-se Mendes. O animal fora atingido, mas não saiu da toca. Por conta da baixa condutividade elétrica das águas na bacia do rio Negro e a distância entre os pesquisadores e os poraquês, o choque emitido não atingiu a equipe.

“Seria preciso que os poraquês estivessem bastante próximos para que nós sentíssemos o choque. Em águas de maior condutividade, como as do rio Amazonas, talvez o tivéssemos sentido levemente? explica Santana.

No dia seguinte, os pesquisadores foram novamente ao local, dessa vez levando anzóis, iscas e duas redes. Sem sucesso com os anzóis colocados na saída das tocas, deixaram as redes para passar a noite no local. A ideia era que, ao sair para se alimentarem, os poraquês ficassem presos nas malhas (leia mais em: agencia.fapesp.br/35440/).

Quando os pesquisadores voltaram ao local pela terceira vez, apenas traíras e bagres estavam emaranhados nas redes. Esses são outros peixes que se beneficiam dos túneis nas margens para se abrigar. Os poraquês seguiam escondidos.

Em vez de poraquês nas redes, a equipe encontrou peixes de outros grupos que também se aproveitam das tocas na margem dos igarapés, como as traíras

Em vez de poraquês nas redes, a equipe encontrou peixes de outros grupos que também se aproveitam das tocas na margem dos igarapés, como as traíras (foto: André Julião/Agência FAPESP)

488 volts

Para demonstrar o procedimento realizado quando capturam um poraquê em campo, uma parte da equipe foi até o Bosque da Ciência, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus, ao fim da expedição.

Um poraquê da espécie comum na bacia do rio Negro (Electrophorus varii) é mantido em cativeiro no local. Depois de cercar o animal com redes numa parte mais rasa do tanque, dois eletrodos (negativo e positivo) foram colocados na água e conectados a um aparelho que amplifica as descargas fracas, usadas pelo peixe para se comunicar e se localizar no ambiente.

 Poraquê da espécie Electrophorus varii mantido em cativeiro no Inpa

Poraquê da espécie Electrophorus varii mantido em cativeiro no Inpa (foto: Phelipe Janning/Agência FAPESP)

“Com isso, conseguimos medir algumas propriedades da onda elétrica, como a forma, a frequência e amplitude, características importantes para entender como a bioeletricidade evoluiu entre esses animais? explica Mendes.

Esse tipo de descarga é uma característica de todas as espécies de peixes-elétricos, tanto dos poraquês como dos sarapós. Cada espécie emite ondas elétricas com forma, amplitude e frequência específicas (saiba mais sobre os sarapós em breve, no episódio 4 da série Diário de Campo).

As descargas médias e fortes, por sua vez, são uma exclusividade dos poraquês e emitidas por meio de diferentes órgãos elétricos. Para medi-las, o animal deve estar fora da água, sobre uma lona plástica que isola o animal em relação ao solo.

Um eletrodo negativo é posicionado na cauda e um positivo na cabeça, ambos ligados a um osciloscópio digital, aparelho que mede, entre outras características, a tensão elétrica em volts, popularmente conhecida como “voltagem? O exemplar do Inpa emitiu uma descarga forte de 488 volts, mas essa espécie pode emitir até 650. Com o choque, paralisa as presas e as engole, além de afastar potenciais predadores.

“De modo geral, os poraquês são animais muito resilientes, sobrevivendo aos ambientes mais inóspitos. A evolução da sua anatomia, especialmente dos órgãos elétricos, e de suas descargas certamente contribuiu para que chegassem até aqui. É um grande quebra-cabeça que estamos ajudando a montar? encerra Mendes.

Acompanhe os outros episódios da série Diário de Campo em: agencia.fapesp.br/diario-de-campo.

Colaborou Phelipe Janning.

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?? //emiaow553.com/diario-de-campo-rio-negro-capitulo-2-no-jauaperi-peixe-eletrico-misterioso-segue-sem-ser-encontrado-por-pesquisadores/ Wed, 27 Mar 2024 20:33:19 +0000 //emiaow553.com/?p=560941 Seca histórica na bacia do rio Negro e possível indicação imprecisa da área de ocorrência de Iracema caiana podem ser razões para a espécie não ter sido localizada pela Expedição DEGy Rio Negro. O episódio descreve as primeiras coletas

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Texto: André Julião, de Rorainópolis (RR) | Agência FAPESP

O mistério continua. Os pontos onde o pesquisador Tyson Roberts teria coletado os únicos quatro exemplares conhecidos de Iracema caiana passaram por uma intensa varredura pela equipe da Expedição DEGy Rio Negro, que percorreu tanto este local como parte do rio Jauaperi para a coleta de peixes-elétricos, mais conhecidos como poraquês e sarapós.

Depois de três dias e mais de 60 espécies coletadas, 15 delas de sarapós, a equipe encerrou as buscas no rio Jauaperi. A embarcação Comandante Gomes ficou atracada uma noite na comunidade de Tanauaú e duas na de Itaquera, no município de Rorainópolis, em Roraima. Além da mudança provisória de rio, a equipe também mudou temporariamente de Estado.

“Visitamos os mesmos pontos indicados por Tyson Roberts em que ele teria coletado Iracema caiana. Coletamos dezenas de espécies de diferentes famílias, inclusive sarapós, mas encerramos essa parte da viagem sem encontrar essa espécie enigmática de peixe-elétrico? explica Osvaldo Oyakawa, técnico de apoio à pesquisa do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP), que coordenou os trabalhos da expedição.

A Expedição DEGy Rio Negro ocorreu no âmbito do projeto ?strong>Diversidade e Evolução de Gymnotiformes?(DEGy), apoiado pela FAPESP. Os relatos compõem a nova edição da série Diário de Campo (acompanhe os episódios anteriores em: agencia.fapesp.br/diario-de-campo).

“A raridade de exemplares de Iracema disponíveis em coleções científicas para estudos dificulta estabelecer com mais precisão as relações de parentesco com outras espécies da ordem dos peixes-elétricos. Daí o esforço realizado para obter mais espécimes em seu ambiente natural, ainda desconhecido? esclarece Naércio Menezes, professor do MZ-USP e coordenador do projeto.

 Um dos quatro exemplares de Iracema caiana depositados no Museu de Zoologia da USP em 1968. Desde então, nenhum outro exemplar foi coletado

Um dos quatro exemplares de Iracema caiana depositados no Museu de Zoologia da USP em 1968. Desde então, nenhum outro exemplar foi coletado (foto: Thiago Loboda/MZ-USP)

A Agência FAPESP buscou por informações na comunidade de Itaquera sobre a possível visita de Roberts em 1968, mas não obteve sucesso. Por e-mail, o pesquisador, ainda na ativa aos 84 anos, afirma que não se lembra dos detalhes da coleta, ocorrida nos seus primeiros anos de carreira.

“Muitas pessoas me ajudaram a coletar espécimes de peixes, normalmente pescadores locais cujos nomes eu não obtive. Se tive ajudantes regulares que me acompanharam em longas viagens, eles não deviam ser de lá [Itaquera], e não se lembrariam de coletas que me ajudaram a fazer em vários lugares. Sinto muito não conseguir fornecer nenhuma informação útil? disse Roberts à Agência FAPESP, de Bangkok, na Tailândia, onde vive atualmente.

A Expedição DEGy Rio Negro fez buscas na área da coleta de Iracema caiana, segundo registrou Tyson Roberts no final da década de 1960, mas não encontrou o peixe-elétrico

A Expedição DEGy Rio Negro fez buscas na área da coleta de Iracema caiana, segundo registrou Tyson Roberts no final da década de 1960, mas não encontrou o peixe-elétrico (foto: Thiago Loboda/MZ-USP)

Seca

“Nessa coleta, de modo geral, encontramos uma quantidade muito menor de peixes, em termos de diversidade de espécies e biomassa. Uma hipótese é que a grande seca ocorrida no final do ano passado pode ter levado os peixes que não morreram a migrar para as cabeceiras dos rios? avalia Carlos David de Santana, pesquisador associado ao Museu Nacional de História Natural, da Smithsonian Institution, nos Estados Unidos, parceira do projeto.

“Por exemplo, dois gêneros comuns nos ambientes aquáticos que prospectamos (Gymnorhamphichthys e Rhamphichthys) não foram capturados [até aquele momento da expedição], o que pode ser um indicativo do impacto da seca nas comunidades de peixes que vivem na região. Da mesma forma, sinais elétricos não foram detectados com os equipamentos próprios para isso? completa (leia mais em: agencia.fapesp.br/51085/).

No que se refere à Iracema caiana, elucida Santana, outra possibilidade é que os espécimes coletados em 1968 tenham sido levados até Roberts de outro local, talvez mais próximo às cabeceiras.

O inverno amazônico, que é a estação das chuvas, vai de setembro a fevereiro. Em outubro de 2023, porém, o rio Negro chegou ao menor nível dos últimos 121 anos em que os registros são realizados. Foram 12,70 metros em Manaus, sendo que o recorde anterior, de 2010, era de 13,63 metros.

Ainda que tenha voltado a chover e o volume do rio aumentado, a quantidade de chuvas é bastante inferior à dos outros anos. Em janeiro, o volume de chuvas de 110 milímetros era considerado “muito seco? dada a média das duas últimas décadas.

Enquanto a expedição percorria a bacia do Negro, em fevereiro, as chuvas foram ainda mais escassas, 104 milímetros.

“As áreas onde foram realizadas as coletas apresentam um alto grau de preservação, não sendo encontrados sinais de alterações ou impactos provocados por humanos. Precisamos investigar agora se a espécie, na verdade, ocorre em outra área ou se simplesmente não foi encontrada, o que é bastante comum nesse tipo de estudo? esclarece Lucia Rapp Py-Daniel, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (Inpa), que também fez parte da expedição.

Saindo de Itaquera, a equipe rumou para Barcelos (AM), onde foram obtidos mais combustível e alimentos. O próximo destino seria o rio Preto, no município de Santa Isabel do Rio Negro (AM).

 Equipe da Expedição DEGy Rio Negro faz arrasto para coleta de peixes em igarapé no rio Jauaperi

Equipe da Expedição DEGy Rio Negro faz arrasto para coleta de peixes em igarapé no rio Jauaperi (foto: André Julião/Agência FAPESP)

Para acompanhar os outros episódios da série Diário de Campo acesse: agencia.fapesp.br/diario-de-campo.

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??? ?????????, ?????? //emiaow553.com/diario-de-campo-rio-negro-capitulo-1-redes-pucas-e-traquitanas-compoem-material-de-coleta-de-peixes-eletricos/ Wed, 27 Mar 2024 18:52:36 +0000 //emiaow553.com/?p=560930 Nos preparativos para a expedição pelo rio Negro em busca de peixes da ordem Gymnotiformes, pesquisadores reúnem mais de 200 quilos de equipamentos e insumos para detecção, coleta e armazenamento dos exemplares

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Texto: André Julião, de Manaus | Agência FAPESP

O dia da partida de uma expedição é parte de um longo processo que começa, pelo menos, alguns meses antes. Quando a embarcação Comandante Gomes solta as amarras no Porto da Panair, em Manaus, pesquisadores, técnicos e estudantes da Expedição DEGy Rio Negro planejaram rotas, organizaram equipamentos e insumos e contrataram equipes de apoio no local.

A Agência FAPESP acompanhou parte da preparação e toda a expedição, que durou duas semanas e subiu o rio Negro de Manaus até Santa Isabel do Rio Negro. Os relatos compõem a nova edição da série Diário de Campo (acompanhe os próximos episódios em: agencia.fapesp.br/diario-de-campo).

“A preparação é fundamental para que o trabalho corra bem e tenhamos o maior proveito científico da expedição? explica Osvaldo Oyakawa, técnico de apoio à pesquisa do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP), que coordenou os trabalhos.

A Expedição DEGy Rio Negro ocorreu no âmbito do projeto ?strong>Diversidade e Evolução de Gymnotiformes?(DEGy), apoiado pela FAPESP.

No avião com os pesquisadores foram redes, puçás, peneiras, sonar, GPS, cordas, fichas de campo para anotação de cada amostra, aquário, pinças e tesouras para retirada de amostras de tecidos, além de luvas e microtubos de plástico para armazenamento de amostras de peixes.

No total, cerca de 100 quilos de material foram despachados no Aeroporto Internacional de Guarulhos no último dia 18 de fevereiro.

Em Manaus, formol, álcool, redes, peneiras, caixas d’água, aeradores para manter peixes vivos, coletes salva-vidas e caixas de ferramentas somaram mais 100 quilos e saíram da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), parceiros do projeto.

Com todos embarcados, pequenos grupos de pesquisadores preparavam o material para coletas específicas, de acordo com o interesse científico de cada um. Carlos David de Santana, pesquisador associado ao Museu Nacional de História Natural, da Smithsonian Institution, nos Estados Unidos, e Raimundo Nonato Gomes Mendes Júnior, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e doutorando no MZ-USP, davam os últimos ajustes em aparelhos usados na detecção de poraquês e sarapós, como são mais conhecidos os peixes-elétricos.

“Usamos um aparelho que detecta e amplifica os sinais elétricos emitidos pelos peixes, cujos dados são transmitidos e analisados em um software. Nele, podemos observar as variações na amplitude e forma da onda elétrica, além de medir a frequência e a duração das descargas elétricas emitidas pelos poraquês e sarapós? explica Mendes, que, apesar de nascido e criado na Amazônia, fazia sua primeira expedição no rio Negro.

Preparados

Em outro canto do barco, avistando florestas contínuas nas duas margens do rio, Thiago Loboda, que realiza pós-doutorado no MZ-USP com bolsa da FAPESP, e Rubia Machado, doutoranda na Ufam, preparavam o espinhel, um conjunto de anzóis que passaria a noite no fundo do rio para a captura de raias.

Loboda estuda a morfologia das espécies de raias de água doce pertencentes à família Potamotrygonidae, a fim de determinar as características compartilhadas entre os diferentes gêneros. “A maioria dos trabalhos compara os membros desse grupo apenas por meio de caracteres moleculares, por isso pretendemos consolidar essas informações com as características morfológicas? conta.

Mais do que Gymnotiformes, a expedição é uma oportunidade para pesquisadores coletarem outros grupos que ocorrem nas águas com cor de chá da bacia do rio Negro.

Com 420 microtubos na bagagem, Machado pretende coletar amostras de esôfago, estômago, pâncreas, fígado e músculo de três espécies de raias que ocorrem na bacia do rio Negro para sua pesquisa sobre a morfologia e fisiologia do sistema digestório desse grupo de peixes.

Em São Paulo, Laura Donin, doutoranda no MZ-USP, preparou outras centenas desses tubos de plástico, colocando etiquetas em cada um com a devida identificação e álcool para conservação das amostras. Litros de formol aguardavam numa caixa num canto do barco.

Quando piabas fossem capturadas com peneiras nos igarapés, pequenos e grandes peixes-elétricos se emaranhassem nas redes jogadas na praia e no arrasto puxado pela voadeira e as raias fisgadas pelo espinhel ou coletadas com o puçá, tudo estava pronto para a retirada de tecidos e para a conservação de animais inteiros. A expedição estava apenas começando.

Do MZ-USP, participaram ainda da expedição Vinicius de Carvalho Cardoso, que realiza mestrado, e Jonatas Santos Lima Pereira, que também tem bolsa de mestrado da FAPESP.

Completaram o time de pesquisadores Angela Zanata, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e Lucia Rapp Py-Daniel, pesquisadora do Inpa. A tripulação contou com outras dez pessoas.

Os próximos episódios da série Diário de Campo – Rio Negro poderão ser acessados em: agencia.fapesp.br/diario-de-campo.

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?????? ??? ??? ??? | ????- ??? ??? //emiaow553.com/cientistas-brasileiros-fazem-1a-expedicao-cientifica-do-pais-ao-artico-saiba-mais/ Mon, 11 Sep 2023 23:06:09 +0000 /?p=517681 Expedição contou com a presença de 5 pesquisadores brasileiros e 1 estrangeiro e buscou coletar amostras da biodiversidade do Ártico

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O Brasil já tem expertise em pesquisa científica na Antártica por meio do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR). Ainda assim, mesmo entre as dez maiores economias do mundo, era a única que não participava ativamente dos assuntos relacionados ao Ártico. 

No entanto, isso mudou em julho deste ano, quando um grupo de pesquisadores brasileiros embarcou na primeira expedição no extremo norte do planeta. Acmpanhe!

Em cerca de dez dias de missão, eles percorreram o arquipélago de Svalbard, na Noruega. Participaram cinco cientistas brasileiros da UnB (Universidade de Brasília), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e PUC Brasília (Pontifícia Universidade Católica). 

Além deles, também houve a participação de um pesquisador do British Antarctic Survey. Em geral, a expedição coletou diferentes amostras de solo, sedimentos, rochas e plantas. A experiência foi relatada pelo pesquisador Luiz Henrique Rosa no The Conversation.

O que encontraram no Ártico

A ideia da missão é conhecer os microorganismos do Ártico, para assim compará-los aos dados que os brasileiros já possuem sobre os organismos da Antártica.

Como foi a primeira do Brasil, a expedição ao Círculo Polar Ártico permitiu que os cientistas conhecessem a logística de uma operação na região. Os esforços se concentraram na Ilha de Spitesbergan, com coletas no fiorde Isfjorden e na maior cidade do arquipélago, Longyearbyen.

Um laboratório improvisado na região permitiu que a equipe já analisasse algumas amostras de musgos, solos e plantas. Outras coletas foram trazidas ao Brasil e agora estão sendo processadas.

Contudo, antes dos resultados dessas análises, os pesquisadores já puderam constatar outro fato. Durante a missão, eles enfrentaram temperaturas entre 

Além disso, estar presente na região polar do Norte também 8ºC e 15ºC, o que é anormal para o Círculo Polar Ártico mesmo no verão. Em Longyearbreen, pesquisadores locais alertaram os brasileiros sobre a situação alarmante: essa geleira vem derretendo cerca de 10 metros a cada ano.

Por que uma expedição brasileira no Ártico é importante

Apesar de parecer muito distante do extremo Norte do planeta, o Brasil possui 7% de seu território no Hemisfério Norte. Dessa forma, essa porção sofre mais influências do Ártico que da Antártica. 

Além disso, o Polo Norte é uma região estratégica para estudos sobre mudanças climáticas. Ela influencia a temperatura dos oceanos, o que reflete no clima no resto do hemisfério – Europa, Canadá e EUA, mas também na Amazônia.

Agora, pesquisadores esperam verificar por lá a existência de substâncias que possam ser usadas como herbicidas, detergentes, anticongelantes ou pigmentos. A ideia é utilizar possíveis descobertas na indústria e agricultura do Brasil.

Segundo Rosa, este primeiro passo na pesquisa sobre o Ártico também abre portas para que o país assine o tratado de Svalbard e, futuramente, pleiteie um assento como membro observador do Conselho do Ártico

Assim, os brasileiros poderão contribuir com propostas de preservação e pesquisa para a região. Por enquanto, uma segunda expedição ao Ártico já está sendo planejada para o inverno do Hemisfério Norte.

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???? ??????? ?? ???? ?? ????? ??? ?????? ?? ?????? //emiaow553.com/cientistas-brasileiros-coletam-musgos-fungos-e-micro-organismos-em-1a-viagem-ao-artico/ Thu, 20 Jul 2023 21:03:34 +0000 /?p=506089 Viagem ao arquipélago Svalbard, na Noruega, fornece informações valiosas aos biólogos, mas também é significativa em termos de geopolítica

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Biólogos brasileiros deram início, na última semana, à primeira expedição nacional ao Ártico. O intuito da viagem de nove dias, que termina nesta sexta-feira (21), é coletar exemplares de plantas, fungos e micro-organismos para estudar a biodiversidade do Polo Norte. Assim, será possível analisar sua conexão com a Antártida, que o Brasil estuda há 40 anos.

A expedição liderada pela Universidade de Brasília (UnB) acontece no arquipélago Svalbard, parte do Círculo Polar Ártico que pertence à Noruega. Professores da Universidade Federal de Minas (UFMG) e da PUC-Brasília também embarcaram na missão financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A equipe está recolhendo briófitas, por exemplo, um grupo de plantas pequeninas que se dão bem em ambientes polares, e fungos extremófilos, que sobrevivem nas temperaturas congelantes do polo terrestre. Vívian Gonzales, cientista da UFMG, explicou à Folha de S.Paulo que eles iriam coletar as amostras em trilhas e fiordes.

Os biólogos também estão recolhendo amostras de sedimentos do Ártico ?especificamente de permafrost, o solo congelado abaixo da superfície que tem diminuindo com as mudanças climáticas. Ele pode guardar vírus zumbis por dezenas de milhares de anos, e esta é uma das preocupações acerca do descongelamento.

Brasil no Ártico

Paulo Câmara, biólogo da UnB e um dos coordenadores da expedição, explicou à Agência Brasil que as pesquisas no Ártico têm importância geopolítica. Um dos motivos para isto é o fato de que o derretimento do gelo no Ártico, irreversível e fruto das mudanças climáticas, vai abrir novas rotas comerciais e diminuir a importância do canal de Suez ?o que impacta o comércio e a segurança internacionais.

O pesquisador ainda destaca o fato de que 7% do território brasileiro está mais perto do Ártico do que da Antártica ?e de que estes são dois importantes reguladores climáticos. “O que acontece no Ártico afeta o Brasil, então nós deveríamos ter direito a voz e a voto, mas isto não está acontecendo?

O Brasil é o único entre as dez maiores economias do mundo sem decisão em questões relativas ao Ártico. Acredita-se que a presença de nossos cientistas no Ártico pode influenciar na inclusão do país como membro observador do Conselho do Ártico, um órgão internacional que discute estratégias de proteção ambiental ao território.

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??? ?? ????? ?????? ??? //emiaow553.com/diario-de-bordo-acompanha-trabalhos-da-expedicao-oceanografica-amaryllis/ Wed, 12 Jul 2023 10:51:12 +0000 /?p=501388 Série jornalística mostra a 1ª parada em alto-mar do navio de pesquisa Marion Dufresne, na costa da Guiana Francesa

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Texto: Elton Alisson, de Caiena (Guiana Francesa) | Agência FAPESP

O segundo episódio da série jornalística Diário de bordo, publicado hoje (28/06) pela Agência FAPESP, mostra como foi a primeira parada em alto-mar do navio de pesquisa Marion Dufresne, que marcou o início dos trabalhos da expedição científica Amaryllis.

O ponto escolhido fica na costa da Guiana Francesa, a 186 quilômetros do continente. Lá foram coletadas, sob chuva e tempo fechado, as primeiras amostras dos sedimentos marinhos que têm aspecto de lama, com cor cinza chumbo e textura de argila. Uma lama que é preciosa para os paleoclimatólogos participantes da expedição porque é um testemunho de como foi o clima, há dezenas de milhares de anos, nas regiões onde estão estudando.

“Olhamos para os sedimentos marinhos, nas camadas que estão depositadas no Atlântico Equatorial, para reconstituir o que aconteceu no clima do passado. Com base no que aconteceu no clima do passado, em momentos em que a circulação foi mais intensa ou mais fraca, que choveu mais ou menos, em que a biodiversidade amazônica aumentou ou diminuiu, é possível entender as complexas interpelações entre o oceano, o clima e a biota? diz Cristiano Mazur Chiessi, professor da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP) e coordenador brasileiro da expedição.

No total, estão previstas dez paradas, em diferentes estações, das quais duas são na Guiana Francesa, três próximas da foz do rio Amazonas e outras cinco ao largo da costa do Nordeste brasileiro, sendo duas nas imediações do rio Parnaíba, na divisa entre Maranhão e Piauí.

As estações de coleta, ao longo do oceano Atlântico Equatorial, têm profundidades que variam entre 75 metros (como uma das próximas à foz do rio Amazonas) e quase 3 mil metros (como as localizadas na Guiana Francesa). Segundo cientistas participantes da expedição, essas variações de profundidades e de distância da costa dos pontos de coleta de sedimentos permitirão reconstituir as condições climáticas da Amazônia e do Nordeste, assim como as condições oceânicas, em diferentes escalas de tempo.

Em estações mais distantes da costa, em águas profundas, os cientistas esperam extrair sedimentos que registraram a história climática dos últimos 2 milhões de anos. Já em estações mais próximas da desembocadura do rio Amazonas, a expectativa é coletar amostras de sedimentos que ajudem a reconstituir o clima na Amazônia nos últimos 50 anos. Segundo eles, isso permitirá analisar, por exemplo, como o desmatamento da floresta amazônica está alterando o aporte de sedimentos do rio Amazonas para o oceano ?processo cujo impacto ainda é desconhecido.

Tomografia do fundo do mar

Além do tempo e do acúmulo de sedimentos, outros critérios adotados pelos coordenadores da expedição para decidir por uma estação de coleta é a feição das camadas de sedimentos. Para verificar se estão na forma desejada, é empregado um equipamento chamado ecossonda de penetração de fundo.

O equipamento emite um sinal sonoro que se propaga no fundo do oceano e é capturado por sensores a bordo do navio. Dessa forma, possibilita obter imagens das primeiras dezenas de metros de camadas de sedimentos do fundo do oceano, de modo semelhante ao que faz uma tomografia ou um raio X do corpo humano. Com isso os pesquisadores conseguem verificar se a sedimentação de um local predefinido apresenta condições ideais para a coleta, com camadas bem paralelas, comparáveis, grosso modo, às de um bolo.

“Procuramos por camadas espessas, com mais de 50 metros e que tenham uma característica que indique para a gente que é um material mais fino, mais organizado e estruturado, uma vez que um material que vem deslizado não é útil para o objetivo do projeto, que é contar a evolução ambiental da região? diz Arthur Ayres Neto, professor do departamento de geologia e geofísica da Universidade Federal Fluminense (UFF), participante da expedição Amaryllis.

Por meio de um sistema de posicionamento dinâmico, o navio para exatamente no local apontado como o ideal para fazer as escavações. Uma vez no local, é iniciada a operação de equipamentos que farão a coleta dos sedimentos marinhos e o transporte ao deque do navio.

Todo esse trabalho é acompanhado por um observador da Marinha do Brasil, embarcado no Marion Dufresne.

Nos próximos episódios da série Diário de bordo serão mostrados o funcionamento dos equipamentos de coleta de sedimentos disponíveis no navio e a rotina de trabalho dos pesquisadores participantes da expedição científica Amaryllis.

A série completa ficará disponível em: agencia.fapesp.br/diario-de-bordo.

* O repórter viaja a convite do Centro Nacional de Pesquisa (CNRS) da França.

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?????? ??????-isoftbet?????????? //emiaow553.com/assista-a-exploracao-oceanica-ao-vivo-com-equipe-de-descobridor-do-titanic/ Sat, 03 Jun 2023 23:32:17 +0000 /?p=493625 Projeto Nautilus é de Robert Ballard, o oceanógrafo norte-americano que descobriu os destroços do Titanic em 2008. Veja as descobertas da expedição e como assistir ao vivo!

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Já pensou em acompanhar diferentes operações de exploração oceânica ao vivo? Isso é possível com o canal do YouTube EVNautilus, um programa da OET (Ocean Exploration Trust). 

A plataforma foi criada em 2008 por Robert Ballard, o oceanógrafo norte-americano que descobriu os destroços do Titanic. O objetivo é explorar partes desconhecidas do oceano em busca de novas descobertas da geologia, biologia, arqueologia e história marítima ?e, de quebra, possibilitar que pessoas do mundo todo acompanhem tudo ao vivo. 

O canal sempre tem pelo menos quatro transmissões de operações ao vivo ininterruptas. Veja a seguir: 

Entenda as expedições

As explorações oceânicas acontecem a bordo do navio de exploração Nautilus, uma embarcação de pesquisa de 68 metros de comprimento equipado com equipamentos operados remotamente e uma equipe à bordo que garantem a transmissão ao vivo. 

Nas exibições, o projeto oferece uma experiência de exploração remota através de vídeo, áudio e dados do campo. Os espectadores também podem acompanhar todas as interações do navio com a base terrestre. 

Na última expedição, no domingo (28), a embarcação identificou dois fósseis de crânios de baleias com minerais incrustados em um monte submarino próximo ao Recife Kingman, no Oceano Pacífico. A equipe a bordo recolheu um deles para analisar a idade do osso. 

//www.instagram.com/p/Csza1q9u8W1/

Em outro vídeo, publicado na sexta-feira (26), a tripulação identificou um polvo da subfamília Bolitaeninae, em uma rara cor vermelha. “Nossa equipe ficou encantada ao ver essa criatura parecida com um balão? descreveu o projeto no YouTube. 

O animal chama a atenção por ter braços relativamente curtos em comparação com o corpo, que parece uma bexiga de ar. 

“Através de duas expedições Nautilus anteriores, estamos trabalhando para aumentar o conhecimento básico global dos habitats de águas profundas e formações do fundo do mar desta região remota maior do que o estado do Novo México? afirmou o projeto. 

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