?????: 2023 ??? ????? ???? ??? ???? ?? ?? / Vida digital para pessoas Fri, 19 Jul 2024 16:08:10 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png VS?????????? ??- ??? ??? ??? / 32 32 ?? ??? ??????????? ?????? //emiaow553.com/europa-anuncia-que-vai-comecar-a-buscar-por-outra-terra/ Fri, 19 Jul 2024 17:07:49 +0000 //emiaow553.com/?p=581553 Nova missão espacial tem o objetivo de procurar por exoplanetas próximos de estrelas similares ao Sol e em períodos orbitais longos.

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Nesta quinta-feira (18), a Europa confirmou que sua próxima grande missão espacial vai buscar por planetas similares à Terra.

Em 2007, a ESA (Agência Espacial Europeia) propôs a criação da sonda Plato (Trânsito Planetário e Oscilação de Estrelas) para buscar por exoplanetas. Agora, a agência confirmou que pretende lançar a sonda em 2026.

A missão viajará ao espaço a bordo do mais novo foguete da Europa, o Ariane-6, que realizou seu primeiro voo na semana passada. O desenvolvimento do Ariane-6 custou mais de R$ 24 bilhões.

David Brown, da Royal Astronomical Society do Reino Unido, atualizou os detalhes da missão. “O objetivo da sonda PLATO é procurar por exoplanetas próximos de estrelas similares ao Sol e em períodos orbitais longos o suficiente para estarem na zona de planetas habitáveis? disse.

De acordo com o astrônomo, a Europa quer buscar um “par equivalente?à combinação da Terra e do Sol. Contudo, Brown ressalta que ESA também desenvolveu a sonda para realizar análises precisas dos exoplanetas que encontrar.

Sonda PLATO da ESA vai procurar por planetas similares à Terra.

Conceito da sonda PLATO. Imagem: ESA/Divulgação

“PLATO não é só um caçador de exoplanetas, mas, sim, uma missão científica para analisar estrelas? A Europa elaborou uma estratégia de observação para encontrar “outra Terra?/a> focando em duas regiões do espaço a cada dois anos. A região sul já foi escolhida, enquanto a parte norte será confirmada nos próximos anos.

Propósito científico

Além de buscar planetas, a Europa vai utilizar a sonda para estudar estrelas através de várias técnicas, incluindo a astrossismologia, que mede a vibração e oscilação de estrelas, para obter informações sobre massa, raio e idade.

Portanto, diferente de muitos telescópios espaciais, PLATO possui várias câmeras. Há 24 câmeras “normais?e duas câmeras “rápidas? distribuídas em quatro grupo de seis, com cada grupo apontando para a mesma direção, mas ligeiramente afastados uns dos outros.

Segundo Brown, essa configuração oferece um enorme campo de visão, aprimorando o desempenho científico. Além disso, ao fornecer material redundante em caso de falhas, a configuração ajuda a identificar sinais falso-positivos que podem ser confundido com trânsitos de exoplanetas.

Vários componentes da sonda já estão no final do processo de fabricação e calibragem, como as câmeras e os equipamentos para digitalização das imagens.

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?????? ???? ???? ??? ?? //emiaow553.com/cientistas-descobrem-planeta-enorme-tao-leve-e-fofo-como-um-algodao-doce/ Wed, 22 May 2024 21:33:49 +0000 //emiaow553.com/?p=572076 Planeta "algodão doce", batizado oficialmente como “WASP-193b? foi identificado orbitando uma estrela a 1.232 anos-luz de distância da Terra

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Um grupo internacional de astrônomos descobriu um grande e novo planeta, mas com uma densidade surpreendentemente baixa, comparável à leveza do algodão doce.

Os cientistas nomearam o exoplaneta como “WASP-193b”. Ele foi identificado orbitando uma estrela a 1.232 anos-luz de distância da Terra. Esta estrela, com cerca de 1,1 vezes a massa e 1,2 vezes o raio solar, está muito próxima do nosso Sol em temperatura e idade.

O “planeta algodão-doce?orbita a estrela muito mais de perto do que qualquer um dos planetas do Sistema Solar, completando uma volta a cada 6,25 dias.

Os cientistas utilizaram o telescópio espacial Hubble, da NASA, para observar as características inusitadas do planeta. Com um diâmetro cerca de 1,5 vezes maior que Júpiter, o planeta possui uma densidade tão baixa que, se fosse possível colocá-lo em um oceano gigantesco, ele flutuaria como uma bola de praia. O mesmo ocorreria com o planeta Saturno, por exemplo.

Pesquisadores concluíram que a densidade do planeta é de 0,059 gramas por cm³. Isso é bem pouco, considerando que a densidade terrestre é de 5,51 gramas por cm³.

De acordo com o astrônomo Khalid Barkaoui, da Universidade de Liège, na Bélgica, ele tem o tamanho de Júpiter. “No entanto, descobrimos que a massa desse planeta é comparável, ou até menor, que a de Netuno”, afirmou ele ao ScienceAlert

Importância da descoberta

A descoberta de planetas com baixíssima densidade não é inédita. Porém, essa última descoberta estabelece novos padrões devido à sua combinação de tamanho e leveza.

Tais planetas são popularmente conhecidos como “Júpiteres fofos?ou “planetas algodão doce? Isso porque eles são constituídos predominantemente de hidrogênio e hélio, com camadas densas de nuvens e atmosferas espessas que contribuem para sua aparência difusa e esponjosa.

Os dados coletados pelo Hubble indicam que a atmosfera desse planeta é rica em compostos voláteis, como metano e amônia, sugerindo uma dinâmica atmosférica complexa e instável. Além disso, simulações computacionais sugerem que tempestades violentas e padrões climáticos extremos possam ocorrer constantemente na superfície do exoplaneta.

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???? ???????? //emiaow553.com/astronomos-descobrem-novo-planeta-semelhante-e-proximo-a-terra/ Tue, 16 Jan 2024 18:20:53 +0000 /?p=546311 Planeta HD 63433d orbita estrela parecida com o Sol; descoberta pode auxiliar estudos sobre como era a Terra primitiva

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Astrônomos norte-americanos encontraram um novo planeta com tamanho parecido ao da Terra. Além disso, ele parece ser o mais jovem exoplaneta terrestre conhecido, além de orbitar uma estrela muito semelhante ao Sol.

A descoberta foi publicada na revista The Astronomical Journal. De acordo com os pesquisadores — que fazem parte do projeto THYME –, este é um planeta útil para estudos, porque pode ser semelhante a nossa Terra primitiva.

Sobre o planeta descoberto

Chamado de HD 63433d, ele é o terceiro planeta encontrado em órbita ao redor de uma estrela chamada HD 63433. Ela, por sua vez, é parecida com o Sol, com aproximadamente o mesmo tamanho. 

No entanto, a estrela é bem mais jovem: tem apenas 400 milhões de anos, o que não é um décimo da idade do nosso astro rei. Já o planeta orbita tão perto dessa estrela que sua volta completa acontece em apenas 4,2 dias terrestres.

Semelhanças e diferenças

Além de orbitar um astro semelhante ao Sol e ter tamanho parecido ao da Terra, HD 63433d está próximo (em termos astronômicos) ao Sistema Solar. Sua estrela está a apenas 73 anos-luz de distância, na direção da constelação da Ursa Maior.

No entanto, para os astrônomos, as semelhanças terminam aí. Ao analisar sua órbita, eles acreditam que o planeta está gravitacionalmente bloqueado. Isso significa que um lado está sempre voltado para sua estrela, enquanto o outro está sempre no escuro.

Dessa forma, a face virada para a HD 63433 pode atingir 1260°C e pode ser coberta de lava. Ainda assim, os pesquisadores seguem animados com a descoberta e as possibilidades de estudo que o planeta permite realizar.

O planeta é visível tanto do hemisfério Sul quanto do Norte. Por isso, os astrônomos podem usar um maior número de telescópios para pesquisá-lo.

“Isto é nosso quintal solar, é emocionante. Que tipo de informações uma estrela tão próxima, com um sistema tão lotado ao redor, pode revelar? Como isso nos ajudará a procurar planetas entre as talvez 100 outras estrelas semelhantes neste jovem grupo do qual faz parte?”, conclui a autora do estudo, Melinda Soares-Furtado.

A ideia é desenvolver novos métodos para estudar gases que escapam do interior do planeta ou medir seu campo magnético.

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?????? Archives??? ??- ??? ???? //emiaow553.com/17-exoplanetas-gelados-podem-ter-oceanos-habitaveis-diz-nasa/ Thu, 14 Dec 2023 23:50:11 +0000 /?p=540885 NASA analisou 17 exoplanetas com tamanho parecido com a Terra, e encontrou indícios que sugerem uma composição rica em gelo e água

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A busca por vida fora do nosso sistema solar ganhou uma nova perspectiva em um novo estudo da NASA. Segundo a agência espacial, 17 exoplanetas gelados podem abrigar oceanos de água líquida sob suas crostas de gelo. Chamam-se exoplanetas aqueles que estão fora do Sistema Solar, orbitando outras estrelas.

A presença de água líquida é um fator essencial para a vida, e os cientistas agora especulam que esses mundos distantes podem até mesmo exibir atividade geológica, lançando jatos de água através de suas camadas congeladas.

A equipe da NASA que conduziu o estudo, liderada pela cientista Lynnae Quick, do Goddard Space Flight Center, analisou 17 exoplanetas do tamanho aproximado da Terra, mas menos densos — o que sugere uma composição rica em gelo e água.

Ao recalcularem as estimativas da temperatura da superfície e do aquecimento interno usando modelos baseados em luas do nosso sistema solar, como Europa e Encélado, os pesquisadores revelaram que esses exoplanetas poderiam manter oceanos internos aquecidos pela decomposição de elementos radioativos e forças de maré de suas estrelas hospedeiras.

“Esses 17 mundos podem ter superfícies cobertas de gelo, mas recebem aquecimento interno suficiente para manter os oceanos internos. Todos os planetas do nosso estudo também podem exibir erupções criovulcânicas, semelhantes a gêiseres”, explicou Quick em um comunicado da NASA.

Possibilidade de vida extraterrestre?

Os cientistas identificaram dois exoplanetas na amostra que estão suficientemente próximos, onde sinais dessas erupções poderiam ser observados diretamente com telescópios.

A detecção dessas atividades geológicas oferece uma nova abordagem na busca por vida extraterrestre, ampliando o escopo para além da “zona habitável” considerada normalmente.

Enquanto os exoplanetas estudados são mais frios que a Terra, as simulações indicam que seus oceanos internos poderiam ser habitáveis, fornecendo as condições certas de energia e elementos necessários para sustentar a vida.

As erupções criovulcânicas podem oferecer uma oportunidade única para estudar a composição dos oceanos desses exoplanetas — potencialmente revelando se são capazes de sustentar formas de vida.

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??? ??????, ???, ????????????? //emiaow553.com/astrofisicos-descobrem-6-planetas-dancando-ao-redor-de-estrela/ Fri, 01 Dec 2023 18:45:07 +0000 /?p=537575 Planetas têm realizado "dança rítmica" desde que o sistema planetário se formou há bilhões de anos, diz estudo

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Cientistas descobriram seis planetas próximos da Terra que orbitam a sua estrela em sincronia, como se dançassem uma verdadeira valsa. Segundo a equipe de pesquisadores que fez a descoberta, liderada pelo astrofísico Rafael Luque, da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, este raro sistema planetário pode dar novas pistas sobre a formação e evolução dos planetas.

No nosso Sistema Solar, por exemplo, acredita-se que a configuração dos planetas mudou ao longo do tempo, devido a interações gravitacionais dos planetas gigantes. Júpiter, por exemplo, pode ter migrado para mais perto do Sol, destruindo a primeira geração de planetas do nosso sistema, antes de retornar para a sua posição atual. Isso poderia explicar a inexistência de planetas mais próximos do Sol do que Mercúrio.

Já os planetas em órbita da estrela HD110067, situada a cerca de 100 anos-luz da Terra, estão em uma condição rara de ressonância orbital, com suas órbitas perfeitamente sincronizadas. O estudo aponta que, aparentemente, as órbitas dos seis planetas estão inalteradas desde que o sistema foi formado, há cerca de 4 bilhões de anos.

Planetas em dança rítmica

O telescópio espacial norte-americano TESSA fez as observações dos seis planetas. Além disso, o pesquisadores combinaram a leitura de dados com as informações recolhidas pelo telescópio espacial europeu CHEOPS. A Nature publicou a pesquisa.

“Esta descoberta vai tornar-se uma referência para estudar como os ‘sub-Neptunos’, o tipo mais comum de planetas fora do Sistema Solar, se formaram, evoluíram, de que são feitos e se possuem as condições certas para suportar água líquida nas suas superfícies”, disse Rafael Luque, em comunicado.

“Nesse sentido, pensamos que apenas cerca de um por cento de todos os sistemas permanecem em ressonância. E menos ainda mostram uma cadeia de planetas nesta configuração. [A estrela HD110067] nos mostra a configuração original de um sistema planetário que sobreviveu intocado”, completa.

Confira uma animação que mostra a configuração do sistema planetário de HD110067:

Os astros recém-descobertos ao redor de HD110067 têm tamanhos que variam de 1,9 a 2,9 vezes o diâmetro da Terra. Aliás, todos também parecem possuir uma grande atmosfera.

Além disso, a estrela HD110067 é visível no céu noturno da Terra, na direção da constelação de Cabeleira de Berenice, visível no hemisfério Norte.

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?12 ???? ???????????? //emiaow553.com/astronomos-estudam-quimica-estelar-em-busca-de-exoplanetas/ Wed, 15 Nov 2023 12:03:37 +0000 /?p=532733 Pesquisa feita na USP revela que a baixa abundância de lítio na estrela-mãe pode indicar a presença de planetas em sua órbita. Dados foram divulgados ontem na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society

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Texto: Agência FAPESP

Pesquisadores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) estudaram uma amostra de 192 estrelas parecidas com o Sol e encontraram uma correlação entre a presença de planetas e um baixo conteúdo de lítio nas suas estrelas hospedeiras. Essa correlação pode ajudar a explicar por que o Sol possui uma abundância de lítio anormalmente baixa em comparação com suas estrelas “gêmeas? A descoberta, que utilizou dados do telescópio de 3,6 metros do Observatório Europeu do Sul (ESO), também pode ajudar a identificar estrelas que possuem planetas em suas órbitas a partir da análise de sua composição química. Os dados foram divulgados ontem (09/11) na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

O Sol é apenas uma dentre bilhões de estrelas em nossa galáxia, mas a única encontrada até o momento que hospeda seres vivos. Isso leva os astrônomos a acreditar que a vida é algo extremamente raro no Universo. Além disso, as condições necessárias para o desenvolvimento da vida ?como, por exemplo, água em estado líquido ?ainda não são completamente conhecidas. Assim, os astrônomos voltam sua atenção ao único exemplo conhecido com vida. Especificamente, querem saber qual aspecto torna o Sol tão único. Quão parecido ou diferente é o Sol em comparação às outras estrelas do Universo? Diversos estudos conduzidos com “gêmeas solares?(estrelas com massa, temperatura e composição química muito parecidas com as do Sol) revelaram uma peculiaridade em nossa estrela hospedeira: ela possui um conteúdo de lítio muito mais baixo do que suas gêmeas de mesma idade.

Essa característica pode ser resultado do processo de formação do Sistema Solar. “Todo sistema planetário ?composto tanto pela estrela quanto por seus planetas ?é formado a partir de uma mesma nuvem de gás e poeira. Portanto, eles têm os mesmos elementos químicos disponíveis para a sua formação. Elementos que não são facilmente condensados a altas temperaturas [como o hidrogênio ou o nitrogênio] são encontrados geralmente em forma gasosa e são usados para compor a estrela e os planetas gasosos? explicou à Assessoria de Imprensa do IAG-USP a astrônoma Anne Rathsam, autora principal do estudo e bolsista de doutorado da FAPESP.

“Por outro lado, elementos que se condensam com facilidade [por exemplo, o lítio e o ferro] formam sólidos, como os planetas rochosos. Sendo assim, é possível que o lítio seja ‘roubado?da nuvem-mãe durante a formação dos sistemas planetários para compor os planetas, deixando a estrela hospedeira empobrecida em lítio? acrescentou.

A pesquisa foi conduzida com dados do espectrógrafo High-Accuracy Radial velocity Planet Searcher (HARPS) do ESO para 36 estrelas que possuem planetas e 156 estrelas sem planetas detectados. O espectrógrafo, que age como um prisma, decompõe a luz da estrela nas diferentes frequências e revela assinaturas que refletem a composição química da estrela. Seguindo esse princípio os pesquisadores puderam determinar o conteúdo de lítio das estrelas estudadas, comparando as com e sem planetas em busca de possíveis correlações.

Fazer essa comparação não é uma tarefa tão simples quanto parece: “O lítio é um elemento químico muito frágil. Ele é facilmente destruído no interior quente de estrelas e sua abundância tende a diminuir conforme elas envelhecem. Além disso, a quantidade de lítio que é destruída depende também da massa e do conteúdo de metais da estrela ?quanto menor a massa ou maior a presença de metais, maior será a quantidade de lítio destruída. Assim, estrelas diferentes possuem conteúdos de lítio diferentes? explicou Rathsam.

Dessa forma, a equipe selecionou para comparação apenas estrelas sem planetas com massas, idades e abundâncias de metais próximas às de estrelas com planetas. “Diversos estudos anteriores compararam a abundância de lítio de estrelas com e sem planetas sem selecionar estrelas de comparação parecidas com as hospedeiras de planetas, o que pode introduzir um viés na análise devido a todos os fatores que influenciam na abundância de lítio de uma estrela. Além disso, o problema costuma ser abordado de forma apenas qualitativa, sem uma tentativa de quantificar os efeitos da presença de planetas na abundância química da estrela. Assim, apesar da possível conexão entre lítio e a presença de planetas ser estudada há anos, os resultados de estudos anteriores eram inconclusivos? completou a astrônoma.

Os resultados encontrados revelam que estrelas sem planetas conservam aproximadamente o dobro do conteúdo de lítio de estrelas com planetas. Os testes estatísticos feitos pelos pesquisadores indicam que é improvável que esse resultado seja obtido ao acaso, ou seja, a probabilidade de que ele reflete o comportamento real das estrelas é alta (cerca de 99%).

“Encontramos mais um argumento em favor da hipótese de que o Sol possui composição química diferente de suas estrelas gêmeas devido, ao menos parcialmente, à presença de planetas? afirmou Rathsam. “Não apenas isso, mas agora podemos buscar por estrelas que possuem planetas a partir do estudo de suas abundâncias químicas. Quando identificarmos uma estrela com conteúdo de lítio anormalmente baixo, como no caso do Sol, teremos um indicativo de que ela pode ter planetas ainda não detectados em sua órbita.?/p>

Elemento-chave

Em um contexto mais amplo, o estudo do lítio em diversos tipos de estrelas tem relevância fundamental na astronomia. Segundo o professor do IAG-USP que orientou a pesquisa, Jorge Meléndez, “o lítio é um elemento fascinante. A abundância desse elemento nas estrelas mais antigas da galáxia nos fornece informações cruciais sobre os primeiros minutos do Universo. Embora não seja possível enxergar diretamente o interior estelar, o lítio é importante, pois é sensível às condições de temperatura no interior das estrelas, o que permite avaliar modelos de evolução das estrelas. E, como mostrado em nosso estudo, esse elemento também parece ser chave para identificar estrelas que possuem planetas?

Além da Bolsa de Doutorado Direto concedida a Rathsam, os pesquisadores receberam financiamento da FAPESP por meio de outros três projetos (18/04055-819/19208-7 e 20/15789-2). E também recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O artigo Lithium depletion in solar analogs: age and mass effects está disponível em: //academic.oup.com/mnras/article-abstract/525/3/4642/7257564?redirectedFrom=fulltext.

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?? ??? ???? ???? ?? ?? //emiaow553.com/pela-1a-vez-imagem-flagra-aglomerado-que-forma-planetas-como-jupiter/ Wed, 26 Jul 2023 17:39:39 +0000 /?p=507407 Astrônomos acreditam que o material ao redor da estrela V960, a 5 mil anos-luz, poderia originar planetas. Entenda como

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Astrônomos detectaram grandes aglomerados de poeira ao redor de uma estrela jovem, que você vê no centro da imagem acima, a 5 mil anos-luz da Terra. Acredita-se que o amontoado de material pode colapsar no futuro, originando planetas gigantes gasosos, como Júpiter.

Os cientistas afirmam que esta é a primeira detecção de aglomerados de poeira em torno de uma estrela jovem com potencial para dar origem a planetas gigantes. A equipe internacional, liderada por um pesquisador da Universidade de Santiago, no Chile, publicou suas descobertas na última terça (25), na revista científica Astrophysical Journal Letters.

A estrela da imagem se chama V960 Mon e fica na constelação de Monoceros, ou Unicórnio. O Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul, estava de olho na V960 a partir do Deserto do Atacama, no Chile, quando o brilho dela aumentou subitamente, mais de vinte vezes, em 2014.

Mais observações do telescópio revelaram que o material que orbita a V960 Mon estava se organizando em uma série de braços espirais maiores do que todo o Sistema Solar. Então, os astrônomos recorreram ao ALMA, um radiotelescópio que também fica no Deserto do Atacama. O equipamento conseguiu observar com mais detalhes a estrutura do aglomerado de poeira.

“Com o ALMA, ficou claro que os braços espirais estão se fragmentando, resultando na formação de aglomerados com massas semelhantes a de planetas [gigantes]? disse Alice Zurlo, autora do estudo e pesquisadora da Universidade Diego Portales, no Chile, em comunicado.

Formação de planetas

Os astrônomos acreditam que os planetas gigantes se formam por acreção do núcleo ou por instabilidade gravitacional. No primeiro processo, amontoados de rochas em torno de uma estrela (em seu “disco protoplanetário? colidem e se aglutinam gradualmente, formando um bloco maior ?um planeta.

No segundo processo, gás e poeira se contraem em aglomerados mais frios e distantes da estrela, que colapsam sob sua própria força gravitacional para formar o núcleo de um planeta. A imagem do ALMA, que abre este texto, revelou aos cientistas que os braços espirais estão se fragmentando. Este processo, acredita-se, cria aglomerados e precede a formação de planetas via instabilidade gravitacional.

“Ninguém jamais fez uma observação real de instabilidade gravitacional acontecendo em escalas planetárias ?até agora? disse Philipp Weber, pesquisador que liderou o estudo, em comunicado.

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?? ?? //emiaow553.com/james-webb-detecta-agua-em-bercario-de-planetas-a-370-anos-luz/ Tue, 25 Jul 2023 18:19:52 +0000 /?p=507193 É a primeira vez que astrônomos detectam vapor d'água na região onde nascem planetas rochosos como a Terra

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Astrônomos detectaram vapor d’água a 370 anos-luz da Terra, no disco protoplanetário da estrela PDS 70 ?um amontoado de material ao redor da estrela que gira no mesmo sentido que ela e se aglutina gradualmente com a força da gravidade, dando origem aos planetas. 

É a primeira vez que se detecta água na região terrestre de um disco relativamente antigo, já conhecido por hospedar dois ou mais planetas. Os cientistas observaram o sistema planetário usando o Telescópio Espacial James Webb e publicaram suas descobertas na revista Nature.

A estrela PDS 70, na constelação de Centaurus, é mais jovem e fria que o nosso Sol. Ela tem três quartos da massa da nossa estrela e apenas 5,4 milhões de anos ?o Sol tem 4,6 bilhões. Existem dois planetas por lá: PDS 70b e PDS 70c, gigantes gasosos como Júpiter. 

Mas há, também, o amontoado de material ao redor da estrela. Outros astrônomos já detectaram, inclusive, um possível terceiro planeta por lá, que seria também um corpo troiano. É na parte interna desse disco protoplanetário que o James Webb detectou “bastante?vapor d’água a uma temperatura aproximada de 330 °C.

Esta região interna corresponde ao lugar do disco protoplanetário em que a Terra e os outros planetas rochosos se formaram no Sistema Solar. Estudos anteriores não puderam detectar água no centro de discos de idade parecida ao disco de PDS70 ?o que fez astrônomos especularem que a radiação das estrelas poderia destruir quase toda a água ao seu redor.

Mas as novas descobertas sugerem que quaisquer planetas rochosos originários da região central do disco de PDS 70 viriam de uma quantidade considerável de água. Nós ainda não os conhecemos ?ou eles ainda não se formaram. (Lembre que estamos vendo o sistema como ele era há 370 anos.)

“Nosso resultado mostra que a água está presente no disco interno deste sistema icônico, onde planetas semelhantes à Terra podem estar se formando”, disse Giulia Perotti, do Instituto Max Planck de Astronomia em Heidelberg, Alemanha, ao site Space.com

Os cientistas afirmam que observar o PDS 70 ajudará a entender também como os planetas do Sistema Solar se formaram e qual era sua composição química antes deles atingirem sua forma atual.

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??????? ???? 2024-2025? ??? ??? ?? //emiaow553.com/telescopio-do-atacama-detecta-possivel-formacao-de-um-planeta-troiano-pela-1a-vez/ Wed, 19 Jul 2023 20:09:03 +0000 /?p=505622 Nuvem de detritos a 400 anos-luz pode ser um exoplaneta bebê que compartilha a órbita com outro, três vezes maior que Júpiter

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Um grupo internacional de astrônomos, chefiado por cientistas do Centro de Astrobiologia de Madrid, descobriu uma nuvem de detritos com massa equivalente à de duas Terras, que está a 400 anos-luz de distância. E esta imagem pode ser a evidência mais forte até o momento de que dois planetas podem compartilhar a mesma órbita.

A nuvem está no sistema PDS 70, na constelação de Centaurus. Existe uma estrela por lá, e dois planetas semelhantes a Júpiter ao seu redor, conhecidos como PDS 70b e PDS 70c. O anel brilhante que você vê na imagem abaixo é um disco circunstelar de material, a partir do qual os planetas estão se formando. O objeto dentro do pontilhado é a nuvem.

imagem do sistema planetário PDS70 com anotações

Imagem: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO) /Balsalobre-Ruza et al./Reprodução.

Os astrônomos acreditam que esse amontoado de material é um protoplaneta: um novo planeta no sistema PDS 70, que está se formando ou, a essa altura, já se formou. Lembre-se que, dada a distância do sistema, estamos vendo como ele era 400 anos atrás. Este é o tempo que a luz daquele pessoal demora para chegar até nós.

O planeta bebê estaria na mesma órbita de PDS 70b, um gigante gasoso descoberto em 2018 que tem massa três vezes maior que Júpiter e leva mais de 119 anos para completar uma volta em torno de sua estrela. O possível planeta avistado pelos astrônomos seria, então, um exoplaneta troiano.

Planeta troiano

“Troiano?é o nome que se dá a corpos celestes, como asteroides e satélites, que dividem uma órbita com um corpo maior, como um planeta ou satélite. Corpos troianos são encontrados geralmente em pontos lagrangeanos do corpo maior: regiões em que a atração gravitacional da estrela e do corpo celeste se equilibram.

A Terra e o Sol, por exemplo, têm cinco pontos de Lagrange ?que são assim chamados em homenagem ao matemático italiano Joseph-Louis Lagrange (1736-1813).

Nós aproveitamos estes pontos de intersecção gravitacional para estacionar objetos como o SOHO, satélite de observação da NASA, em L1, e o Telescópio Espacial James Webb em L2. Este mesmo ponto será a casa do Telescópio Euclid.

Evidências inéditas

Os pesquisadores do novo estudo, que foi publicado na revista científica Astronomy & Astrophysics, afirmam que até agora não se tinha muitas evidências de objetos troianos além do nosso Sistema Solar. Quando o assunto são planetas troianos, a situação é mais dramática ainda.

“Duas décadas atrás, foi previsto que pares de planetas de massa semelhante podem, teoricamente, compartilhar a mesma órbita em torno de sua estrela. [Estes seriam] os chamados planetas troianos ou coorbitais. Pela primeira vez, encontramos evidências a favor dessa ideia? disse a principal autora do estudo, Olga Balsalobre-Ruza, em comunicado.

A equipe usou o telescópio ALMA, no Chile, para observar o sistema PDS 70. Para confirmar a descoberta de um planeta troiano, eles terão que esperar até 2026 para usar o ALMA novamente e ver se a nuvem de detritos avançou em seu período orbital ao redor da estrela.

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???? ?? ??? ?? 5?, ???????????,??????,????????? //emiaow553.com/o-mais-brilhante-ja-visto-qual-o-exoplaneta-descoberto-pela-missao-tess/ Tue, 11 Jul 2023 23:49:55 +0000 /?p=503794 Batizado LTT9779b, o planeta mais brilhante já descoberto tem nuvens metálicas reflexivas, que funcionam como um espelho

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O planeta mais brilhante já descoberto é também o maior “espelho” conhecido no universo. Batizado LTT9779b, o exoplaneta ultra quente tem nuvens metálicas reflexivas, feitas de silicatos e metais, como titânio. Ele gira em torno de sua estrela hospedeira a cada 19 horas e fica a 262 anos-luz da Terra, em outro sistema planetário — ou seja, fora do sistema solar.

O LTT9779b foi detectado pela missão TESS de caça a planetas da NASA, em 2020, e por investigações terrestres do Observatório Europeu do Sul (ESO). Agora, observações do CHEOPS, da Agência Espacial Europeia, revelaram que o exoplaneta reflete 80% da luz de sua estrela hospedeira. Enquanto isso, a Terra reflete apenas cerca de 30% da luz solar.

O CHEOPS é um telescópio espacial europeu usado para determinar o tamanho dos planetas extrasolares conhecidos. De acordo com a descoberta, o LTT9779b supera o brilho intenso de Vênus.

Depois da Lua, Vênus é o objeto mais brilhante do nosso céu noturno, e suas nuvens espessas refletem cerca de 75% da luz do Sol — o que já é muita coisa. O estudo com detalhes sobre a revelação foi publicado nesta segunda-feira (10) na revista científica Astronomy & Astrophysics.

“Imagine um mundo em chamas, perto de sua estrela, com nuvens pesadas de metais flutuando no ar, chovendo gotículas de titânio”, disse em comunicado à imprensa James Jenkins, coautor do estudo e astrônomo da Universidade Diego Portales (Chile).

Um mistério planetário

O indicador que mede o quão reflexivo é um planeta é chamado de albedo ou coeficiente de reflexão. Quanto mais reflexiva for uma superfície, maior será o albedo, enquanto as superfícies escuras ou ásperas absorvem a luz. A maioria dos planetas apresentam albedo baixo, exceto aqueles com muitas nuvens ou que estejam cobertos por gelo branco brilhante.

Mundos gelados, como Encélado (satélite natural Saturno) e a Europa (lua de Júpiter), bem como Vênus e suas nuvens, são exceções conhecidas. Mas o brilho do LTT9779b é inesperado. O lado do exoplaneta que está voltado para sua estrela hospedeira provavelmente atinge os 2 mil graus Celsius. Normalmente, temperaturas acima de 100 graus Celsius são quentes demais para a formação de nuvens de água.

Ou seja, o LTT9779b é tão quente que não deveria ter nenhuma nuvem, nem mesmo aquelas feitas de metal ou vidro. Mas os cientistas estão encaixando as peças desse enigma. “Era realmente um quebra-cabeça, até que percebemos que deveríamos pensar nessa formação de nuvens da mesma forma que a condensação que se forma em um banheiro depois de um banho quente”, disse Vivien Parmentier, coautora do estudo e pesquisadora do Observatório Côte d’Azur (França).

“Para aquecer um banheiro com vapor, é possível resfriar o ar até que o vapor de água se condense ou manter a água quente correndo até que se formem nuvens, pois o ar está tão saturado de vapor que simplesmente não consegue reter mais. Da mesma forma, o LTT9779b pode formar nuvens metálicas, apesar de ser tão quente, porque a atmosfera está saturada demais com silicato e vapores metálicos”, explicou a astrônoma.

Há outros fatores que geram surpresa sobre o LTT9779b, como seu tamanho. Para os astrônomos, o planeta é como um “Netuno ultraquente”, tendo em vista suas dimensões. É a primeira vez que um planeta tão grande e quente como esse é encontrado tão perto de sua estrela.

Os pesquisadores acreditam que as nuvens metálicas do planeta estão o ajudando para sobreviver em um local tão improvável. “As nuvens refletem a luz e impedem que o planeta fique muito quente e evapore. Enquanto isso, o fato de ser altamente metálico torna o planeta e sua atmosfera pesados e mais difíceis de serem levados pelo vento”, afirmou Sergio Hoyer, principal autor do estudo e pesquisador do Laboratório de Astrofísica de Marselha (França), que atua na CHEOPS.

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?????? ??? ?????? ???? ??????????? //emiaow553.com/astronomos-detectam-exoplaneta-a-1320-anos-luz-ao-redor-de-duas-estrelas/ Fri, 23 Jun 2023 13:43:34 +0000 /?p=499420 Esta é apenas a segunda vez que se identifica um sistema de planetas assim. Mas, dessa vez, a descoberta rolou com observatórios na Terra

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Você conhece a cena: Luke Skywalker olha melancolicamente para o pôr do sol duplo do seu planeta natal, Tatooine. O cenário, de tão inusitado para terráqueos, parece fruto de ficção científica ?e só. Por décadas, astrônomos questionaram se era o caso. Mas planetas como este existem, e acabamos de descobrir um deles.

Muito prazer: BEBOP-1c.

O planeta é um gigante gasoso como Júpiter ?mas sua massa é cinco vezes menor (ou 65 vezes maior que a da Terra). Ele está a 1.320 anos-luz daqui, na constelação de Pictor, e leva 215 dias para completar uma viagem ao redor de suas estrelas.

Seu nome é uma homenagem ao projeto que coletou os dados: BEBOP, Binaries Escolted By Orbiting Planets ou “binários (duplas de estrelas que orbitam uma à outra) acompanhados por planetas em órbita? A descoberta entrou este mês na revista científica Nature Astronomy.

Um planeta, duas estrelas

Sistemas planetários como BEBOP-1, que abriga o exoplaneta recém-descoberto, contêm planetas que orbitam duas estrelas ao mesmo tempo ?em vez de apenas uma, como ocorre em nosso Sistema Solar. Os astrônomos chamam estes sistemas de circumbinários.

Os planetas nascem em um disco de gás e poeira (chamado disco de acreção) que se acumula ao redor de uma estrela que está nascendo ?e gira no mesmo sentido que ela. À medida que este amontoado de material se movimenta, ele se reconfigura devido às forças gravitacionais e se aglutina em blocos que dão origem aos planetas.

Acontece que duplas de estrelas, como você pode imaginar, agitam bastante o disco de acreção ao redor delas. Originalmente, pensava-se que sistemas circumbinários não existiam, porque este seria um ambiente hostil para a formação dos planetas. Mas, em 2011, astrônomos avistaram o sistema Kepler-16b ?e tudo mudou.

Kepler-16b foi o primeiro planeta circumbinário descoberto com a ajuda do telescópio Kepler, da NASA. Desde então, o número de planetas como Tatooine cresceu: hoje, há 12 sistemas circumbinários conhecidos ?enquanto binários são recorrentes, e abrigam cerca de metade das estrelas parecidas com o Sol na Via Láctea.

Sistemas circumbinários múltiplos

Até então, só se conhecia um sistema circumbinário com mais de um planeta: Kepler-47 (cuja representação artística você vê abaixo). Localizado a 3.343 anos-luz de distância, na constelação de Cygnus, o sistema multiplanetário abriga três mundos conhecidos por nós: Kepler-47 b, d e c.

sistema Kepler-47, com duas estrelas e três planetas

O sistema Kepler-47, primeiro sistema circumbinário múltiplo que descobrimos, tem duas estrelas e três planetas. Imagem: NASA/Divulgação

Agora, os astrônomos descobriram um segundo sistema circumbinário múltiplo: o BEBOP-1c é o segundo planeta localizado no sistema BEBOP-1 (também chamado de TOI-1338). 

A primeira vez que se detectou um planeta por lá foi em 2020, com dados do telescópio espacial TESS, da NASA. Batizado de TOI-1338b, ele leva 95 dias para orbitar as duas estrelas. Os cientistas estimam que ele teria, no máximo, 22 vezes a massa da Terra.

Como o planeta foi descoberto

Astrônomos identificaram o TOI-1338b usando o “método do trânsito? em que se percebe a existência de um planeta à medida que ele passa entre nós e sua estrela ?e tapa momentaneamente a luz.

“O método nos permitiu medir o tamanho do TOI-1338b, mas não sua massa, que é o parâmetro mais fundamental de um planeta? disse Matthew Standing, da Universidade de Birmingham (Inglaterra), em comunicado.

Ilustração do planeta TOI-1338b

TOI-1338b é um mundo à moda Tatooine: se pudéssemos passear por sua superfície, veríamos um pôr do sol duplo. Imagem: NASA/Divulgação

Então, eles continuaram monitorando o sistema planetário e começaram a procurar oscilações nas órbitas das estrelas usando o European Southern Observatory e o Very Large Telescope ?observatórios localizados no deserto de Atacama, no Chile. 

Este é o “método de velocidade radial? que propõe identificar exoplanetas observando os pequenos puxões gravitacionais que eles dão em suas estrelas conforme viajam ao seu redor. Quanto maior um corpo, mais atração gravitacional ele exerce. Por isso, as oscilações nas órbitas das estrelas podem ajudar a revelar a massa de um planeta.

Mas, enquanto a equipe investigava TOI-1338b, eles descobriram que ali havia um segundo planeta, BEBOP-1c, e mediram sua massa. Este é o primeiro planeta circumbinário detectado apenas com a técnica de velocidade radial.

“Até agora, planetas circumbinários foram descobertos em trânsito pelos telescópios espaciais Kepler e TESS, que custaram centenas de milhões de dólares? disse Standing ao Space.com. O pesquisador afirma que a nova descoberta mostra que é possível detectar sistemas assim “a partir de telescópios terrestres com planejamento e seleção de alvos cuidadosos?

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??????????,??????,????????? //emiaow553.com/james-webb-ganhara-mini-satelite-para-explorar-exoplanetas-misteriosos/ Tue, 13 Jun 2023 18:29:05 +0000 /?p=496977 Previsão é que o equipamento, que tem o tamanho de uma torradeira, comece a operar em 2026

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O telescópio espacial James Webb deve ganhar um pequeno “ajudante?nos próximos anos: é o mini-satélite MANTIS, sigla do inglês para Monitor de Estrelas Próximas com Imagens UV e Espectroscopia. 

O equipamento está sendo construído pelo LASP (Laboratório de Física Atmosférica e Espacial) da Universidade do Colorado. A estrutura custou US$ 8,5 milhões (pouco mais de R$ 41,2 milhões no câmbio atual) e deve começar a funcionar em 2026. 

O que chama a atenção no projeto é seu tamanho e sua visão extremamente poderosa. Em forma de cubo, MANTIS é um pouco maior que uma torradeira convencional. Ele deve ser um aliado do telescópio Webb para observar o que há de luz ultravioleta no cosmos. 

Webb enxerga o universo na luz infravermelha, aquela que não pode ser vista a olho nu porque contém comprimentos de onda maiores que os da luz visível. Já a luz ultravioleta possui comprimentos de onda mais curtos, mas também invisíveis aos humanos.  

Em comunicado, o pesquisador da equipe MANTIS, Kevin France, disse que a proposta do mini-satélite é acompanhar o James Webb e virar os “olhos ultravioleta?do telescópio. “Isso vai preencher uma importante peça de contexto nos ambientes estelares em que esses planetas vivem? explicou. 

Mais chance de enxergar vida alienígena? 

A visão poderosa de MANTIS também deve explorar a atmosfera de exoplanetas através da radiação emitida pelas estrelas. Isso porque é comum que astros emitam explosões energéticas na forma de radiação conhecida como EUV (luz ultravioleta extrema). 

Esses eventos podem ser prejudiciais aos planetas que orbitam grandes estrelas ?como o Sol. Mas, por outro lado, podem ser uma oportunidade para descobrir mais sobre os corpos celestes que estão fora da Via Láctea. 

“Queremos entender como esse fluxo de luz ultravioleta proveniente das estrelas afeta as atmosferas dos planetas e até mesmo sua habitabilidade? afirmou Briana Indahl, líder das pesquisas na missão MANTIS.

Esse alcance abre caminho para ver que condições tornam os sistemas estelares habitáveis ou não tão acolhedores à vida. 

“Quando essas emissões [energéticas] atingem o topo da atmosfera de um planeta, ele se expande e parte pode escapar para o espaço? disse David Wilson, que lidera a equipe científica da missão. “Se você tiver um alto fluxo de EUV, a atmosfera desse planeta pode ser rapidamente corroída? 

O último satélite a observar esse tipo de luz foi a espaçonave Extreme Ultraviolet Explorer, da NASA, que operou de 1992 a 2001. 

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????? ?? ?? ??????? ??? ???? //emiaow553.com/fortes-sinais-de-radio-levam-a-yz-ceti-b-exoplaneta-parecido-com-a-terra/ Wed, 05 Apr 2023 14:12:17 +0000 /?p=481011 O exoplaneta detectado pelos cientistas parece ter campo magnético, atmosfera e tamanho similar ao da Terra; saiba mais

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Pesquisadores da Universidade do Colorado em Boulder, nos EUA, podem ter encontrado um exoplaneta rochoso com campo magnético, atmosfera e tamanho similar ao da Terra a uma distância de 12 anos-luz. 

O corpo celeste em questão é conhecido como YZ Ceti b e orbita a estrela YZ Ceti. A equipe detectou um sinal de rádio repetitivo vindo do sistema, que parece resultar da interação entre o campo magnético do planeta e a estrela.

A hipótese é a seguinte: enquanto YZ Ceti b gira em torno de sua estrela, o plasma do astro colide e interage com o campo magnético do planeta. Isso gera reações energéticas que liberam ondas de rádio tão intensas que podem ser detectadas na Terra.

No Sistema Solar, a Terra pode enfrentar tempestades solares, em que as explosões enérgicas do estrelão acabam colocando em risco os sistemas de comunicação do planeta. Tal evento gera ainda as chamadas auroras boreal e austral nos polos, que nada mais são do que espetáculos de luzes no céu. 

Os cientistas acreditam que as interações entre YZ Ceti e YZ Ceti b também criam auroras, embora elas ocorram na estrela. Um estudo completo foi publicado na revista Nature Astronomy

Essa é uma descoberta interessante para os cientistas. O campo magnético da Terra, por exemplo, protege a atmosfera do planeta de partículas energéticas e plasma oriundos do Sol, permitindo a manutenção da vida. Corpos celestes semelhantes fora do sistema solar podem ser capazes de sustentar vida e por isso são alvos de cientistas.

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????????????, ????????????? //emiaow553.com/astronomos-usam-nova-tecnica-para-cacar-planetas-fora-do-sistema-solar/ Tue, 27 Sep 2022 11:07:56 +0000 /?p=440888 Estudo envolveu observar anéis de poeira localizados em pontos de Lagrange. Novo método pode ampliar a caça de planetas pela galáxia

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Um grupo de astrônomos da Universidade Harvard fez uma descoberta que pode levar a uma nova técnica para descobrir planetas fora do Sistema Solar. Basicamente, o que eles fizeram foi detectar um campo de detritos nos pontos de Lagrange de um jovem sistema planetário. Parece grego? Calma, a gente explica.

Atualmente, já foram confirmados mais de 5.000 exoplanetas em nossa galáxia. A maioria deles foi descoberta por meio da técnica do trânsito, que envolve estudar as variações de brilho das estrelas quando um planeta passa na frente delas. Na prática, esse “mini eclipse?formado pelo exoplaneta pode ser medido para confirmar a existência do objeto.

O problema desse tipo de método é que ele possibilita descobrir apenas os planetas grandes, deixando de fora a maioria dos planetas pequenos e rochosos, como o nosso. Além disso, o exoplaneta precisa estar alinhado com a Terra para ser detectado.

Com a nova descoberta dos astrônomos de Harvard, tudo isso pode mudar. A partir de dados do Observatório Alma, instalado no Chile, os pesquisadores encontraram um anel de poeira brilhante no sistema LkCA 15. Ele está localizado a cerca de 518 anos-luz da Terra, na direção da constelação de Touro.

A estrutura brilhante fica a cerca de 6 bilhões de km da estrela e está separada em dois grupos por um ângulo de cerca de 120 graus. Essa separação é importante, pois ela pode ser matematicamente explicada pelo teorema dos pontos de Lagrange.

Uma nova maneira de caçar planetas

Quando dois corpos celestes ?como uma estrela e um planeta ?estão gravitacionalmente ligados, eles acabam formando cinco pontos ?chamados de L1 a L5 ?em que a força gravitacional é cancelada. Qualquer objeto localizado nesses pontos acaba ficando em uma espécie de ponto de equilíbrio gravitacional, como se estivesse “estacionado?no espaço.

O maior exemplo disso são os asteroides troianos, que dividem a órbita do planeta Júpiter e estão localizados nos pontos L4 e L5 do planeta. Já o telescópio espacial James Webb foi colocado no ponto L2 da Terra.

No caso de LkCA 15, o sistema ainda está em formação, com a maioria dos seus objetos estando sob um disco espesso de poeira e gás. Contudo, a descoberta dos grupos de anéis brilhantes pode indicar que um planeta pode estar escondido embaixo da poeira e a cerca de 60 graus entre eles.

De acordo com o estudo publicado no The Astrophysical Journal, o planeta deve ter um tamanho entre o de Netuno e o de Saturno, e ter cerca de três milhões de anos de idade ?para comparação, a Terra tem 4,5 bilhões de anos.

Em comunicado, a astrônoma Feng Long, que liderou o estudo, afirma que a descoberta pode levar ao desenvolvimento de uma nova abordagem de caça aos exoplanetas a partir da localização de detritos em pontos de Lagrange, principalmente em sistemas estelares jovens e em formação. Isso permitiria estudar como esses astros se formam.

Recentemente, o James Webb também conseguiu fazer a sua primeira foto direta de um exoplaneta “bebê?/a>, a 385 anos-luz da Terra. Por mais que este planeta já fosse conhecido pelos astrônomos, a pesquisa dos cientistas de Harvard, assim como a foto do novo telescópio espacial da NASA, podem ajudar a validar novos métodos científicos para descobrir planetas ainda não revelados por outras técnicas tradicionais.

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???????????,??????,????????? //emiaow553.com/james-webb-flagra-1a-imagem-de-um-planeta-fora-do-sistema-solar/ Thu, 01 Sep 2022 23:19:21 +0000 /?p=436914 Telescópio espacial fotografou exoplaneta “bebê?a 385 anos-luz da Terra. Feito mostra o potencial do James Webb para descobrir planetas

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Pela primeira vez, astrônomos conseguiram captar a imagem de um planeta fora do Sistema Solar com o Telescópio Espacial James Webb.

Segundo a NASA, o objeto fotografado é um exoplaneta gigante gasoso, com uma massa de cerca de seis a 12 vezes a de Júpiter. Ele fica a 385 anos-luz da Terra, na direção da constelação de Centauro.

O planeta ?batizado HIP 65426 b ?já era conhecido pelos astrônomos. Ele foi descoberto em 2017, pelo observatório Very Large Telescope, instalado no Chile. No entanto, a fotografia feita pelo James Webb serviu para demonstrar o potencial do novo telescópio espacial da NASA para localizar exoplanetas ainda desconhecidos.

Além disso, a visão do Webb permite analisar o planeta em comprimentos de onda infravermelhos mais longos, revelando detalhes que seriam impossíveis de serem estudados a partir de observatórios na Terra.

Imagem mostra o exoplaneta HIP 65426 b visto por diferentes instrumentos do James Webb, e em diferentes faixas de luz infravermelha.

Imagem mostra o exoplaneta HIP 65426 b visto por diferentes instrumentos do James Webb, e em diferentes faixas de luz infravermelha.

James Webb captou exoplaneta “bebê?/h2>

Um estudo sobre o exoplaneta fotografado deve ser publicado em breve, mas pesquisadores já anteciparam que o planeta gasoso é jovem, tendo entre 15 e 20 milhões de anos de idade. Para comparação, a Terra tem 4,5 bilhões de anos.

O processo de fotografar o planeta foi possível, pois ele estava cerca de 100 vezes mais distante da sua estrela hospedeira do que a Terra está do Sol ?permitindo separar facilmente o brilho do exoplaneta e o da estrela.

Os instrumentos NIRCam (Near-Infrared Camera) e (MIRI) Mid-Infrared Instrument, a bordo do James Webb, também estão equipados com coronógrafos, um sistema de pequenas máscaras que bloqueiam a luz da estrela e permite fotografar individualmente o planeta.

“Foi realmente impressionante o quão bem os coronógrafos Webb trabalharam para suprimir a luz da estrela hospedeira? disse Sasha Hinkley, um dos pesquisadores que participaram dessa observação.

Até o momento, a maioria dos exoplanetas conhecidos foram descobertos por métodos indiretos, analisando a curva de luz de estrelas quando o planeta passa na frente delas. São poucos os planetas fotografados diretamente, como o HIP 65426 b.

Por isso, é esperado que o James Webb ?assim como outros observatórios de nova geração ?ajudem a descobrir novos planetas que ainda não foram revelados pelo uso de técnicas anteriores.

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]]> ??? ????????, ????????????? //emiaow553.com/messi-anitta-voce-pode-batizar-20-exoplanetas-descobertos-pelo-james-webb/ Wed, 31 Aug 2022 22:10:41 +0000 /?p=436618 A campanha NameExoWorlds 2022 permite que qualquer pessoa interessada em ciência monte um grupo e proponha nomes para os exoplanetas e suas estrelas; saiba como contribuir

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Já pensou em nomear um objeto celeste com o nome de seu artista favorito? Uma iniciativa da IAU (União Astronômica Internacional) pode tornar isso possível. 

A organização lançou a campanha NameExoWorlds 2022, que permitirá a pesquisadores e amantes da ciência escolher os nomes de 20 exoplanetas já identificados pelo telescópio James Webb e as estrelas que eles orbitam.

Não é a primeira vez que a nomeação de astros é aberta ao público. A IAU organizou o primeiro concurso do tipo em 2015, permitindo que a população escolhesse o novo nome de 14 estrelas e 31 exoplanetas. Na época, foram recebidos mais de meio milhão de votos de 182 países e territórios. 

Se você parar para refletir, perceberá que dar nome a objetos da natureza já é algo feito pelos humanos desde os primórdios da humanidade. Porém, as primeiras civilizações focaram no que estava aqui na Terra, como mares, rios e montanhas. Agora, a sociedade contemporânea pode olhar para o que está muito acima de nossas cabeças. 

Os nomes escolhidos podem ser os mais variados possíveis. Em 2016, por exemplo, a estrela Mu Arae foi rebatizada de Cervantes, e os quatro planetas que a orbitam foram chamados de Quixote, Rocinante, Sancho e Dulcinea ?referência ao livro “Dom Quixote”, escrito por Miguel de Cervantes.

Os nomes devem ser propostos em grupos, que podem ser formados por estudantes, professores, astrônomos amadores, cientistas exoplanetários ou qualquer pessoa interessada em participar.

Cada time deverá escolher um sistema composto por planeta e estrela, propondo os dois nomes com explicação e contexto cultural. As equipes devem ainda promover um evento de divulgação astronômica relacionado a exoplanetas.

Assim, nomes de celebridades e personagens como o craque Lionel Messi, a estrela pop Anitta e o bonachão Homer Simpson podem — por que não? — serem homenageados.

Todos os exoplanetas e estrelas já possuem designações científicas, que não serão substituídas pelos nomes vencedores do concurso. Porém, as novas denominações serão sancionadas pela IAU como nomes públicos oficiais, podendo ser livremente usados em todo o mundo. As comunidades responsáveis pelas propostas ganhadoras serão devidamente reconhecidas.

Você pode acessar todas as regras e o formulário de inscrição clicando neste link.

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???? ???? 2024-2025? ??? ??? ?? //emiaow553.com/astronomos-planetas-quentes-estrela-toi-451/ //emiaow553.com/astronomos-planetas-quentes-estrela-toi-451/#respond Wed, 17 Feb 2021 23:23:33 +0000 //emiaow553.com/?p=372986 A principal estrela desse mini sistema planetário tem 95% da massa do nosso Sol. Os planetas são quentes e, por isso, inabitáveis.

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Um time internacional de astrônomos descobriu três planetas maiores do que a Terra orbitando uma versão muito mais jovem que o nosso Sol. A descoberta foi anunciada pela Nasa e só foi possível graças ao Transiting Exoplanet Survey Satellite (Tess), telescópio especial liderado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

O sistema em questão reside na constelação Pisces-Eridanus, que abriga uma coleção de estrelas com menos de 3% da idade do nosso Sistema Solar. A estrela principal, chamada TOI 451, está a 400 anos luz de distância da Terra, tem 95% da massa do nosso Sol (embora seja 12% menor), emite 35% menos calor e gira a cada 5,1 dias, o que é mais de cinco vezes mais rápido que o Sol.

A estrela também possui “apenas” 120 milhões de anos. Pode parecer muito, mas lembre-se que estamos falando do universo — e essa idade torna a estrela extremamente nova se comparada ao nosso Sol. Além disso, acredita-se que a estrela tenha outros dois companheiros estelares distantes circulando próximos aos planetas.

O trio de planetas, por sua vez, tem sido observado desde 2018, quando foram descobertos em imagens capturadas pelo Tess. O mais próximo da TOI 451 foi batizado de TOI 451 b, e mede 1,9 vezes mais do que o tamanho da Terra. O tempo que o planeta leva para finalizar uma órbita em torno de si mesmo também é de 1,9 dia terrestre. O segundo planeta é chamado de TOI 451 c e mede três vezes mais do que a Terra; um dia por lá dura 9,2 dias terrestres. Por fim, o terceiro planeta, TOI 451 d, tem quatro vezes o tamanho da Terra e leva 16 dias para completar uma rotação.

Ilustração mostra a organização do mini sistema planetário, composto pela estrela principal, os três planetas, poeira de asteroide e outras duas possíveis estrelas adjacentes. Imagem: NASA’s Goddard Space Flight Center

No que diz respeito à temperatura, todos os corpos celestes são inabitáveis, já que ela varia entre 1.200 e 450 graus Celsius. Isso porque os três planetas orbitam bem próximos à estrela principal — o mais distante deles fica a uma distância três vezes menor do que a Mercúrio ao nosso Sol, resultando em temperaturas mais altas.

De acordo com Elisabeth Newton, professora assistente de física e astronomia da Faculdade de Dartmouth, nos EUA, a descoberta desse mini sistema solar deve ajudar no estudo de teorias sobre como as atmosferas planetárias evoluem. Planetas tão grandes como esses acabam retendo grande parte de sua atmosfera, mesmo com o calor intenso de sua estrela-mãe.

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O Tess foi lançado da Terra em abril de 2018. O principal objetivo é pesquisar mais de 200 mil estrelas próximas à Terra — e no caminho encontrar alguns exoplanetas em trânsito. O telescópio espacial identifica novos mundos ao procurar por sombras leves e regulares que surgem quando um planeta passa na frente de sua estrela principal, isso tudo a partir da nossa perspectiva aqui na Terra.

[Nasa, The Indian Express]

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//emiaow553.com/astronomos-planetas-quentes-estrela-toi-451/feed/ 0
??? ???????????, ?????????? //emiaow553.com/exoplaneta-wasp-107b-planetas-gasosos/ //emiaow553.com/exoplaneta-wasp-107b-planetas-gasosos/#respond Wed, 20 Jan 2021 13:16:16 +0000 //emiaow553.com/?p=370656 Planeta está a 212 anos-luz de distância da Terra e compartilha semelhanças com Júpiter por ter uma densidade baixíssima.

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Astrônomos da Universidade de Montreal, no Canadá, divulgaram um novo estudo que aponta indícios da formação de grandes planetas gasosos. O que mais chamou atenção dos pesquisadores é que esses corpos celestes conseguem se formar de uma maneira muito mais fácil do que se acreditava. E essa constatação só foi possível graças à observação do exoplaneta WASP-107b, descoberto em 2017.

O WASP-107b é um exoplaneta localizado a 212 anos-luz da Terra e fica na constelação de Virgem. Ele orbita uma única estrela, estando cerca de 16 vezes mais perto dela do que a Terra fica do Sol. Além disso, tem uma das atmosferas mais frias entre os exoplanetas descobertos, com 500 graus Celsius. Sim, é muito mais quente do que a temperatura terrestre, mas bem abaixo para esse tipo de planeta.

Embora tenha um tamanho relativamente aproximado ao de Júpiter, outro gigante gasoso, o objeto é um dos exoplanetas com menor densidade já registrados por cientistas — eles até apelidaram esse tipo de planeta como “algodão-doce? justamente por serem enormes no tamanho, mas com pouca massa algum quando comparados a outros planetas.

Pois bem. Usando observações do WASP-107b a partir do Observatório Keck, no Havaí, os astrônomos avaliaram a massa do exoplanetas com mais precisão. Eles concluíram que a massa do WASP-107b é cerca de um décimo da massa de Júpiter, e cerca 30 vezes da massa da Terra. E um dado ainda mais surpreendente: o núcleo sólido do planeta deve ter no máximo quatro vezes a massa da Terra, o que significa que mais de 85% de sua massa está inclusa na espessa camada de gás que envolve esse núcleo.

“Tínhamos muitas dúvidas sobre o WASP-107b. Como um planeta de tão baixa densidade poderia se formar? E como ele evitou que sua enorme camada de gás escapasse, especialmente dada a proximidade do planeta com sua estrela? Isso nos motivou a fazer uma análise aprofundada para determinar sua história de formação? disse Caroline Piaulet, do Instituto de Pesquisa de Exoplanetas da Université de Montreal (iREx), em um comunicado.

De acordo com Eve Lee, professora e astrônoma do Departamento de Física e do Instituto Espacial McGill, o cenário mais plausível é que o WASP-107b tenha se formado longe de sua estrela-mãe, onde o gás no disco protoplanetário — que é o disco de poeira e gás que envolve uma estrela jovem — é frio o suficiente para que a acumulação de gás possa ocorrer muito rapidamente. Depois, o planeta foi capaz de migrar para sua posição atual, seja por meio de interações com o disco ou com outros planetas no sistema.

Além do WASP-107b, os astrônomos detectaram um segundo exoplaneta e ainda mais massivo que o primeiro. Batizado de WASP-107c, ele pode ter influenciado diretamente a migração e desalinhamento orbital do WASP-107b, já que os dois orbitam a mesma estrela. O WASP-107c tem uma massa equivalente a quase um terço da massa de Júpiter e leva três anos para completar uma órbita completa em torno do astro principal — contra apenas 5,7 dias do WASP-107b.

[Sci-News]

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?????4????????,??????,????????? //emiaow553.com/astronomos-alienigenas-observando-terra/ //emiaow553.com/astronomos-alienigenas-observando-terra/#respond Fri, 23 Oct 2020 15:36:30 +0000 //emiaow553.com/?p=364734 Um novo estudo sugere que extraterrestres podem utilizar exatamente as mesmas técnicas que usamos aqui na Terra para tentar nos encontrar.

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Desde a década de 1990, os astrônomos catalogaram mais de 3.000 exoplanetas usando uma técnica de detecção bastante básica conhecida como método de trânsito. Mas e se os alienígenas estiverem se beneficiando da mesma técnica para nos espionar? É exatamente isso o que uma equipe de astrônomos está explorando. Pode ser uma possibilidade muito emocionante, mas ao mesmo tempo assustadora.

O título do novo artigo, publicado em Avisos Mensais da Royal Astronomical Society, resume bem o propósito do estudo: “Quais estrelas podem ver a Terra como um exoplaneta em trânsito??/a>. Na verdade, os astrônomos na Terra usam o método de trânsito para localizar exoplanetas, então é lógico que astrônomos alienígenas podem estar usando o mesmo procedimento para nos localizar.

O método de trânsito não permite que os astrônomos vejam um exoplaneta diretamente. Em vez disso, eles têm observado o escurecimento temporário de uma estrela distante, em um possível sinal de que um exoplaneta está passando na frente de nossa perspectiva. Essas quedas repentinas na luminosidade são muito leves, mas ainda assim detectáveis. Esses eventos de escurecimento também podem produzir outros dados importantes, permitindo aos astrônomos determinar a duração do ano de um exoplaneta, sua temperatura e suas propriedades químicas, as últimas das quais podem ser usadas para discernir planetas rochosos de gigantes gasosos. Existem outras técnicas de detecção, como o método Doppler, mas o método de trânsito continua a ser o mais confiável e direto.

O número de estrelas que podemos observar através de nossos telescópios parece quase infinito, mas o método de trânsito significa que estamos presos em um efeito de seleção observacional bastante gritante.

Com a técnica de trânsito, só podemos localizar exoplanetas que passam na frente de suas estrelas hospedeiras de nossa linha de visão. Se um mundo estivesse localizado um pouco mais alto ou mais baixo, isso significaria que estamos sem sorte. Em todo o caso, os trânsitos de nossa perspectiva acontecem com mais frequência do que você imagina, pois os astrônomos encontraram milhares de exoplanetas dessa forma.

Voltemos ao estudo. A astrônoma de Cornell, Lisa Kaltenegger, junto com o astrônomo de Lehigh, Joshua Pepper, “invertem o ponto de vista e perguntam de quais sistemas outros observadores poderiam ver a Terra como um planeta em trânsito? conforme escrevem no artigo. Usando dados coletados pelo Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da NASA, os cientistas encontraram 1.004 estrelas relativamente próximas que se encaixam nesta categoria.

Por “esta categoria”, os autores se referem a estrelas na Zona de Trânsito da Terra (ETZ), a “região de onde a Terra poderia ser vista transitando pelo Sol, que é uma faixa fina ao redor da eclíptica projetada no céu com uma largura de 0,528 graus?

Para os pesquisadores, era importante excluir estrelas a mais de 320 anos-luz de distância. A esta distância (relativamente) próxima, os astrônomos alienígenas ainda podiam detectar o fraco escurecimento do nosso Sol causado pelo nosso minúsculo planeta passando na frente.

Esses astrônomos alienígenas também podem detectar uma ou duas coisas sobre nosso ponto azul claro, como a Terra sendo um planeta terrestre, nosso ano de 365 dias e nossa localização dentro da zona habitável do Sol. Seríamos uma captura empolgante, especialmente se a tecnologia extraterrestre pudesse detectar bioassinaturas em nossa atmosfera. Ou, infelizmente, concentrações altas de dióxido de carbono – um sinal de uma civilização em estágio industrial. Isso não é tão estranho quanto você pode pensar: o futuro Telescópio Espacial James Webb será capaz de coletar exatamente esse tipo de informação.

Das 1.004 estrelas listadas na sequência principal, 77% são anãs vermelhas, que são candidatas com baixa probabilidade de abrigarem vida. Apenas 6% das estrelas são do tipo G, que é a categoria em que nosso Sol se enquadra. Esta é uma limitação importante a ser apontada, já que estrelas G continuam sendo o único tipo de estrela conhecido por abrigar vida.

Também é importante notar que, dessas 1.004 estrelas, apenas três são conhecidas por terem exoplanetas. Há uma boa chance de que todas elas possuam uma coleção de exoplanetas, então a questão mais pertinente a se fazer é qual desses sistemas estelares têm exoplanetas estacionados em zonas habitáveis.

“Se encontrássemos um planeta com uma biosfera vibrante, ficaríamos curiosos para saber se alguém está ou não olhando para nós também? explicou Kaltenegger ao Cornell Chronicle. “Se estamos procurando por vida inteligente no universo, isso pode nos encontrar e pode querer entrar em contato – acabamos de criar o mapa estelar de onde devemos olhar primeiro? completou.

Kaltenegger está muito certa em apontar isso como uma possibilidade, embora as chances sejam astronomicamente altas de que isso realmente seja o caso.

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??? ??? ???????? //emiaow553.com/estrela-azul-exoplaneta-quente-wasp-189b/ //emiaow553.com/estrela-azul-exoplaneta-quente-wasp-189b/#respond Tue, 29 Sep 2020 19:56:39 +0000 //emiaow553.com/?p=362554 Descrito por cientistas como um "Júpiter ultraquente", o exoplaneta é a primeira grande descoberta do novo telescópio europeu CHEOPS.

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O recém-lançado telescópio espacial CHEOPS (Characterizing Exoplanet Satellite), da Agência Espacial Europeia (ESA), completou suas primeiras observações de um novo exoplaneta, revelando detalhes fascinantes sobre um “Júpiter ultraquente?conhecido como WASP-189b.

Júpiteres quentes são exoplanetas semelhantes a Júpiter que ficam localizados nas proximidades de suas estrelas hospedeiras. A diferença, como o próprio nome já diz, é que esses corpos celestes são ainda mais superaquecidos.

Em 2018, usando o telescópio terrestre WASP-South na África do Sul, os astrônomos detectaram um Júpiter ultraquente chamado WASP-189b, diferente de tudo o que foi visto antes. Agora, usando o novíssimo telescópio espacial CHEOPS, os astrônomos contemplaram esta maravilha celestial com novos olhos, refinando o que sabemos sobre este exoplaneta incomum.

Na verdade, o CHEOPS, quando comparado aos telescópios terrestres, “?muito mais preciso? explicou Monika Lendl, astrônoma da Universidade de Genebra e principal autora do novo estudo. “Como o CHEOPS observa do espaço, ele não precisa olhar através da atmosfera da Terra e, portanto, a luz não sofre interferência da turbulência do ar? completou.

CHEOPS é fruto de uma colaboração entre a ESA e o Escritório Espacial Suíço. O aparelho foi projetado exclusivamente para detectar e observar exoplanetas, e o faz ao detectar quedas no brilho de uma estrela – um sinal potencial de um exoplaneta passando na frente (ou seja, o método de trânsito de detecção). O CHEOPS também estudará exoplanetas previamente detectados, como é o caso do WASP-189b.

“O CHEOPS tem um papel de ‘acompanhamento?único a desempenhar no estudo desses exoplanetas? disse Kate Isaak, cientista do projeto CHEOPS na ESA e coautora do novo estudo. “Ele pesquisará trânsitos de planetas que foram descobertos do solo e, quando possível, medirá com mais precisão os tamanhos de planetas já conhecidos por transitarem por suas estrelas hospedeiras?

Um novo artigo que descreve a primeira investigação formal do telescópio espacial foi publicado na Astronomy & Astrophysics.

O WASP-189b está localizado a 322 anos-luz de distância na constelação de Libra, no hemisfério sul. Este Júpiter superaquecido está em uma órbita estreita ao redor da estrela tipo A HD 133112, que brilha em azul. O exoplaneta, a apenas 7,5 milhões de km de sua estrela hospedeira, requer apenas 2,7 dias para fazer uma órbita completa.

Uma estrela azul distante da Terra abriga um dos exoplanetas mais quentes do universo. Imagem: ESAAlgumas características do recém-descoberto WASP-189b. Imagem: ESA

A temperatura do WASP-189b é difícil de ser calculada porque este gigante gasoso é bastante brilhante, causando conflito de dados entre ele e sua estrela hospedeira. Para contornar isso, Lendl e seus colegas esperaram por ocultações, nas quais os planetas passam por trás de suas estrelas hospedeiras de nossa perspectiva. Isso permitiu que os cientistas definissem corretamente o brilho do exoplaneta, que por sua vez permitiu que medissem sua temperatura.

“WASP-189b é um dos gigantes gasosos mais quentes que se conhece. Com o CHEOPS, pudemos determinar o brilho do lado diurno planetário e descobrir que a luz emitida por ele corresponde a um planeta com uma temperatura de cerca de 3.200 graus Celsius? disse Lendl.

É uma temperatura elevada, mas quase familiar ao nosso Sol, que está apenas 2.000°C mais quente do que este exoplaneta escaldante. E, de fato, o WASP-189b é mais quente do que algumas estrelas anãs vermelhas, que cozinham em temperaturas bem abaixo de 3.000°C. As chances de qualquer vida existir neste planeta são basicamente nulas, já que até mesmo o ferro se converte em gás nesses extremos.

Poucos planetas são conhecidos por serem tão quentes. O WASP-189b também é o Júpiter ultraquente mais brilhante conhecido pelos cientistas. Os pesquisadores refinaram a massa do exoplaneta, descobrindo que é quase exatamente duas vezes mais pesado do que Júpiter. Eles também atualizaram o diâmetro do WASP-189b, descobrindo que é 1,6 da largura de Júpiter, ou 224 mil km, que é um pouco maior do que os cálculos anteriores.

De acordo com os cientistas, a estrela HD 133112, que ilumina o exoplaneta, não é perfeitamente redonda – na verdade é meio achatada, saliente no equador, onde é notavelmente mais fria em comparação com as regiões polares. A rápida rotação da estrela e as forças de maré centrífugas resultantes estão contribuindo para sua forma ímpar, observam os autores do estudo.

Curiosamente, o WASP-189b está em uma órbita inclinada, o que significa que está fora de linha com o plano equatorial da estrela. Na verdade, o exoplaneta está desalinhado, passando por cima das regiões polares da estrela. Esta é uma observação importante, pois significa que o exoplaneta provavelmente se formou mais para fora e, em seguida, migrou lentamente para dentro ao longo do tempo. Os pesquisadores especulam que essa jornada em direção à estrela hospedeira aconteceu devido à influência gravitacional de outros planetas no mesmo sistema, ou à influência de outra estrela.

Com suas observações do WASP-189b completas, o CHEOPS irá agora voltar sua atenção para centenas de outros exoplanetas conhecidos e suas estrelas hospedeiras. Como esta investigação inaugural deixa claro, podemos esperar muito mais deste excitante novo telescópio espacial para os próximos anos.

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