???? Archives??? ??- ??? ??? ???? / Vida digital para pessoas Fri, 06 Sep 2024 14:36:29 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ???? ??? ????????? / 32 32 ?????? ?????? ??- ??? ??? ??? //emiaow553.com/clima-seco-75-cidades-brasileiras-estao-sem-chuva-ha-mais-de-cem-dias/ Thu, 05 Sep 2024 17:23:08 +0000 //emiaow553.com/?p=591174 Além das capitais, a situação é particularmente preocupante em algumas cidades do Norte, Sudeste e Centro-oeste

The post Clima seco: 75 cidades brasileiras estão sem chuva há mais de cem dias appeared first on Giz Brasil.

]]>
O Brasil enfrenta uma grave crise hídrica, com 75 cidades sem chuva há mais de 100 dias, afetando mais de 12 milhões de pessoas.

Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a crise atinge capitais como Palmas, Cuiabá, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte, com algumas cidades sem chuva há mais de 150 dias. Nesta sexta-feira (6), Belo Horizonte chega a marca de 141 dias sem chuva.

A situação é particularmente preocupante em algumas cidades do Norte, Sudeste e Centro-oeste, como Santa Isabel do Rio Negro (Amazonas), Canápolis (Minas Gerais) e Apiacás (Mato Grosso), que já estão sem chuva há mais de 10 meses.

A falta de chuva nessas cidades destaca uma mudança climática que pode tornar regiões amenas em lugares áridos. Em Belo Horizonte, a falta de chuva e o tempo seco trouxe uma enorme névoa sobre cidades da região metropolitana da capital mineira.

Névoa em várias partes de Belo Horizonte, há mais de 140 dias sem chuva

Névoa encobrindo várias regiões de Belo Horizonte entre quinta-feira (5) e sexta-feira (6). Imagem: Giz Brasil

Cidades mineiras sem chuva há mais de 150 dias

Segundo a lista do Inmet, Pompeu, na região central de Minas Gerais, é a cidade com mais dias sem chuvas, passando por uma estiagem de 155 dias.

Aliás, o Top 10 é composto por cidades do norte de Minas Gerais, com destaque para Montes Claros, maior cidade da região que faz parte do semi-árido, que está há 152 dias sem chuva.

O cenário no triângulo mineiro é preocupante, pois representa uma mudança de vegetação no bioma, causado pelas queimadas que afetaram o Pantanal, além da longa estiagem. Em Uberaba, não chove há mais de 140 dias.

Assim como em MG, cidades de São Paulo próximas do cerrado, como Jales e Lins, estão há mais de 100 dias sem chuva. Similarmente, na região baiana próxima ao cerrado, as cidades estão há mais de 130 dias sem chuva.

 

Mapa mostra cidades com mais dias sem chuva

Mapa mostra quantidade de dias consecutivos sem chuva em cidades do Brasil nos últimos meses. Imagem: Cemaden/Divulgação

Cidades sem chuva + incêndios: tragédia anunciada

Esta é a pior seca desde 1950, com 24 estados e o Distrito Federal combatendo incêndios florestais e várias cidades sem chuva há meses.

“Olhando o país como um todo, a seca de 2024 já é a mais extensiva da história recente? afirma Ana Paula Cunha, pesquisadora e especialista em secas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

O Cemaden avalia mensalmente a condição de seca por meio do Índice Integrado, que considera déficit de chuvas, de umidade do solo e a secura da vegetação. “Quanto mais distante do normal estão essas três variáveis, maior é a intensidade da seca? explica Cunha.

Aliás, nas últimas 30 horas, foram registrados mais de nove mil focos de incêndio, incluindo 500 em Minas Gerais. Em Brasília, um incêndio já consumiu 40% da Floresta Nacional e atingiu duas nascentes importantes.

Escolas suspenderam aulas no Acre devido à fumaça, o Ibama realiza operações de resgate de peixes no Tocantins e incêndios devastam reservas em Rondônia.

Além disso, a seca impacta diretamente a economia, com a Aneel anunciando a bandeira tarifária vermelha nível 2 para setembro, encarecendo a conta de luz.

Cidades sem chuva contribuem para uma menor geração de energia hidrelétrica, resultando, assim, no uso de termelétricas mais caras.

Essa é a primeira vez desde agosto de 2021 que a Aneel aciona a bandeira vermelha, refletindo, portanto, a gravidade da crise atual.

The post Clima seco: 75 cidades brasileiras estão sem chuva há mais de cem dias appeared first on Giz Brasil.

]]>
???? ??? ?? ? ?? ?? ????? ??? //emiaow553.com/centro-gestor-alerta-para-seca-severa-este-ano-na-amazonia/ Wed, 03 Jul 2024 15:31:28 +0000 //emiaow553.com/?p=578851 Efeitos mais imediatos podem afetar navegabilidade nos rios

The post Centro gestor alerta para seca severa este ano na Amazônia appeared first on Giz Brasil.

]]>
Texto: Fabíola Sinimbú/Agência Brasil

As chuvas, abaixo da média em grande parte da região, somadas às previsões de temperaturas acima da normalidade, já são motivo de preocupação para as autoridades com o período de estiagem na Amazônia em 2024. O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão do Ministério da Defesa, fez um alerta aos órgãos de defesa civil para necessidade de medidas preventivas e de assistência às populações afetadas.

De acordo com o analista do Censipam Flavio Altieri, os estudos apontam para uma seca muito semelhante à do ano passado na região. “A gente tem os efeitos do fenômeno El Niño que ainda interferem na região e mantêm o aquecimento do [oceano] Atlântico Norte e Sul que também interferem em pouca chuva na Amazônia.?/p>

Nos últimos 12 meses até abril deste ano, o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico registrava déficit de 27% nos volumes de chuvas. Segundo o superintendente de Operações de Eventos Críticos, Alan Vaz Lopes, os níveis de água e a vazão dos rios da Amazônia, embora tenham grandes volumes, são muito sensíveis à falta de chuvas. “Um pequeno déficit de chuva em determinado momento provoca uma grande redução de níveis de água e de escoamento dos rios. É por isso que a gente vê rios enormes tendo uma redução muito rápida nos níveis de água.?/p>

Para os especialistas, os efeitos mais imediatos da seca severa podem afetar de forma intensa a navegabilidade nos rios. “Principalmente as populações mais isoladas são afetadas, porque, com rios sem navegabilidade, passam a enfrentar dificuldade de locomoção para aquisição de material de consumo? explica Altieri.

A economia da região também poderá sofrer problemas, diz o analista do Censipam. Somente nos rios Solimões, Amazonas, Madeira e Tapajós, há 4.695 quilômetros em extensão de hidrovias, pelas quais foram transportadas, no ano passado, 78,2 milhões de toneladas de cargas, somando 55% do que foi movimentado dentro do país desta forma. “No caso das hidrovias do Rio Madeira, quando atingem uma cota abaixo de 4 metros, já se interrompe a navegação noturna. Conforme vai baixando, pode chegar à interrupção completa. A mesma coisa acontece na Bacia do Tapajós? alerta Altieri.

Energia

O abastecimento de energia do país é outro setor sensível, já que a região concentra 17 usinas hidrelétricas responsáveis por 23,6% do consumo no Sistema Interligado Nacional. Embora outras estruturas de geração possam suprir uma eventual interrupção, o remanejamento sempre causa algum impacto para o país.

A sazonalidade da seca na Amazônia ocorre em etapas desiguais na região. Portanto, os indicativos variam conforme o período de estiagem, que costuma atingir o ápice nos meses de setembro e novembro. De acordo com Altieri, nesses meses, a atenção é redobrada, mas atualmente, ainda não há indicativo para maiores preocupações com o abastecimento energético.

“A maior parte das hidrelétricas está nos rios da Bacia Araguaia-Tocantins e, apesar de o nível estar mais baixo do que no ano passado, os níveis ainda estão satisfatórios para geração de energia? afirmou  Altieri.

Por outro lado, é necessário planejamento em termos de abastecimento de alimentos e água potável, já que a região tem 164 pontos de captação de águas superficiais que também podem ser afetados pela seca severa. “Como o rio é a via de acesso para a maioria das comunidades mais isoladas é interessante um planejamento para que mantimentos, como alimentos e água potável, possam ser transportados com antecedência e os impactos sejam menores para essas populações? acrescentou.

The post Centro gestor alerta para seca severa este ano na Amazônia appeared first on Giz Brasil.

]]>
?? ?? ?????? ?? ?????? ?? //emiaow553.com/area-no-norte-de-minas-gerais-esta-no-periodo-mais-seco-dos-ultimos-sete-seculos/ Sun, 12 May 2024 23:15:27 +0000 //emiaow553.com/?p=568806 Conclusão decorre de análise da composição química de rochas de caverna no município de Januária, na bacia do São Francisco

The post Área no norte de Minas Gerais está no período mais seco dos últimos sete séculos appeared first on Giz Brasil.

]]>
Texto: Marcos Pivetta/Revista Pesquisa Fapesp

A composição química de duas formações rochosas compridas e de superfície arredondada (estalagmites) encontradas no piso da Caverna da Onça, no vale do Peruaçu, um tributário do rio São Francisco, sugere que o norte de Minas Gerais enfrenta atualmente sua época mais seca dos últimos 720 anos. Um estudo coordenado por geólogos reconstituiu o clima do passado na região por meio da análise de isótopos (formas) de oxigênio e carbono obtidos de amostras desse par de estalagmites. A água que goteja do teto da gruta é rica em cálcio e carbonato e dá origem às formações, as estalagmites.

A partir da proporção dos diferentes isótopos armazenados nas rochas, é possível inferir parâmetros do clima de centenas e até milhares de anos atrás, como volume de chuvas e evaporação (esse último parâmetro é diretamente influenciado pelo aumento de temperatura). Foi isso que, inicialmente, os pesquisadores fizeram. Em seguida, compararam os dados mais antigos com registros meteorológicos e climatológicos de localidades vizinhas à caverna e concluíram que, desde os anos 1970, a área enfrenta uma crescente aridez. Entre 1979 e 2016, a cada década, as chuvas totais reduziram-se em 7%, cerca de 70 milímetros (mm), a evapotranspiração aumentou 18% (125 mm), e a vazão dos rios locais caiu 20%. A temperatura média da região subiu 2 graus Celsius (ºC) nos últimos 250 anos.

“A chuva não consegue mais acompanhar a demanda atmosférica por água em razão do aumento da evaporação associada às temperaturas crescentes nas décadas mais recentes? comenta o geólogo Nicolas Strikis, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP), autor principal do estudo, publicado no final de fevereiro na revista científica Nature Communications. Por meio de modelos computacionais, a equipe também simulou como seria o clima na região em um cenário sem aumento dos gases de efeito estufa na atmosfera. Concluiu que o déficit hídrico ali só pode ser explicado quando se leva em conta os efeitos do aquecimento global, um processo induzido majoritariamente por atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra (corte de áreas verdes para abrir espaço para outras atividades).

O estudo só foi possível porque a Caverna da Onça, situada em terras do município de Januária, apresenta condições particulares e está localizada em uma área com registros meteorológicos antigos para os padrões brasileiros, dos últimos 110 anos. A gruta é bem ventilada e fica no fundo de um vale, um cânion, com 200 metros (m) de profundidade. Sua entrada é aberta para o ambiente externo por meio de um buraco de 50 m de largura por 10 m de altura. As amostras das duas estalagmites utilizadas no estudo provêm dessa área que conecta o interior da cavidade com o clima do mundo de fora.

A umidade relativa do ar ali varia entre 50% e 100% e as temperaturas entre 17 ºC (inverno) e 25 ºC (verão). “São raros os estudos feitos em uma caverna assim? conta o geólogo Francisco Cruz, também do IGc-USP, coordenador de um projeto financiado pela FAPESP que apoia o trabalho. “Normalmente, trabalhamos em cavernas mais fechadas, onde a umidade e a temperatura são quase constantes e a atmosfera local representa apenas o ambiente interno, não o externo.?/p>

Outra particularidade é o baixo grau de perturbação do entorno da gruta. Inserida nos domínios de uma Unidade de Conservação federal, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, a caverna está em um fundo de vale, no pé de montanhas, onde não há atividades agrícolas ou de pecuária. O clima local, portanto, não é significativamente perturbado por atividades humanas vizinhas.

Isso reforça a ideia de que os resultados das análises químicas com as amostras de rocha provenientes da entrada da caverna refletem o clima externo da região sem grandes influências de atividades antrópicas locais. “Apenas as condições naturais da região não explicam nossos dados? comenta a meteorologista Marília Harumi Shimizu, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), também coautora do trabalho. “O estudo mostra que é preciso levar em conta também o aumento planetário das emissões de gases de efeito estufa para entender
as secas de longo prazo em regiões do leste da América do Sul.?/p>

Projeto
Pire: Educação e pesquisa em clima das Américas usando os exemplos de anéis de árvores e espeleotemas (Pire-Create) (nº 17/50085-3); Modalidade Projeto Temático; Pesquisador responsável Francisco William da Cruz Junior (USP); Investimento R$ 7.247.472,50.

Artigo científico
STRIKIS, N. M. et al. Modern anthropogenic drought in Central Brazil unprecedented during last 700 years. Nature Communications. 26 fev. 2024.

The post Área no norte de Minas Gerais está no período mais seco dos últimos sete séculos appeared first on Giz Brasil.

]]>