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Isabela Oliveira — Fri, 11 Oct 2024 21:57:52 +0000

Nesta quinta-feira (10), a empresa de habitação espacial norte-americana Vast revelou o design do que chamou de “a primeira estação espacial comercial do mundo”, a Haven-1.

O projeto será lançado em 2025 com foco no bem-estar dos astronautas para missões de longo prazo com fins de pesquisa científica, avanço tecnológico e colaboração global em órbita baixa da Terra. Porém, a Vast ainda não revelou qual será o valor da viagem a bordo da estação de luxo.

O design da Haven-1 é de Peter Russell-Clarke. Ele é um conhecido designer que moldou alguns dos produtos icônicos da Apple como o iMac, o iPod Nano, o MacBook Pro e o MacBook Air, bem como a sede do Apple Park e lojas da marca. Ele também já trabalhou com clientes como a Nike, por exemplo.

“Astronautas vivendo em gravidade zero apresentam desafios de design únicos”, disse o designer em uma declaração. “Criar um ambiente que seja altamente eficiente e naturalmente confortável leva a resultados totalmente novos. Os interiores do Haven-1 são inéditos, projetados com precisão e com sensibilidade para garantir que seus ocupantes prosperem no espaço.”

Como é a estação espacial comercial Haven-1?

As instalações de última geração da estação incluem uma janela centralizada que permite uma visão completa da Terra. Além disso, as superfícies internas da Haven-1 são macias e acolchoadas para aumentar a segurança da tripulação.

“Após atracar com uma nave espacial SpaceX Dragon, uma tela em tempo real mostra o status da estação, com controles de temperatura, iluminação e compartimentos de carga otimizados para garantir que suprimentos essenciais sejam armazenados de forma eficiente”, diz um comunicado.

Os quartos também são mais maiores do que o de uma estação comum. Eles contam com um sistema de sono exclusivo com aproximadamente o tamanho de uma cama queen size. Além disso, tem quantidade personalizada de pressão durante a noite, a fim de melhorar a qualidade do descanso em gravidade zero.

Outros ambientes incluem um centro multifuncional para reunir os viajantes para refeições, relaxamento e, até mesmo, exercícios, através de um sistema criado por meio da equipe de engenheiros da Vast. Também é possível se comunicar com pessoas na Terra por meio da internet Starlink, da SpaceX, de Elon Musk.

O programador Jed McCaleb criou a Vast em 2021. Ele é o fundador da corretora de bitcoin Mt. Gox, que fechou em 2014 e é alvo processos judiciais até hoje. Confira o design da estação no vídeo abaixo:

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Pablo Nogueira — Fri, 13 Sep 2024 19:02:26 +0000

Na última terça-feira (11), a NASA lançou um modelo 3D interativo da sua nova estação espacial lunar, a Gateway, atualmente em desenvolvimento.

Alberto Bertolini e Bradley W. Reynolds, do Laboratório de Animação Gráfica da NASA, desenvolveram o modelo 3D para o público conhecer um pouco mais sobre a nova estrutura que será colocada em órbita da Lua. “Clique, arraste e explore o exterior da estação espacial lunar através de múltiplos ângulos�? disse Bertolini ao anunciar a ferramenta.

Na prática, é muito simples utilizar modelo. No computador, clicando com o botão esquerdo do mouse, é possível rotacionar a nova estação espacial, enquanto o direito desloca a estação no panorama do modelo 3D. Com o botão de rolagem, você consegue ampliar a estação.

Já no celular, é possível movimentar facilmente a estação deslizando o dedo na tela, além de ampliar o modelo com o movimento de pinça. Acesse o modelo aqui.

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Estação espacial lunar Gateway

A nova estação espacial será uma espécie de posto avançado, servindo como um laboratório científico, hub de comunicação e ponto de partida para futuras missões, que miram a Lua e, até mesmo, Marte.

Na prática, a estação é um componente crucial do programa Artemis. Aliás, a missão Artemis 4, prevista para 2028, será a primeira a usar a estação espacial.

Além da NASA, a construção contará com o apoio da ESA (Agência Espacial Europeia). Os europeus estão desenvolvendo módulos de habitação e reabastecimento, além de um sistema de comunicação. Já a JAXA, agência espacial do Japão, vai trabalhar com a ESA para fornecer um sistema de suporte no módulo de habitação, bem como baterias para outros módulos, visando um papel no apoio logístico.

Todos os elementos que vão compor a estação espacial lunar Gateway. Imagem: NASA/Divulgação

Especialmente para a nova estação espacial lunar, a CSA (Agência Espacial Canadense) desenvolve a terceira e nova versão de um braço robótico que já é usado na ISS (Estação Espacial Internacional), o Canadarm3. Ele servirá para lançar cargas no espaço, receber naves visitantes e ajudar astronautas em caminhadas espaciais.

No entanto, antes de tudo isso chegar à estação espacial lunar, a NASA lançará os primeiros módulos HALO (Posto Avançado de Habitação e Logística) e o PPE (Elemento de Energia e Propulsão).

Os dois elementos vão chegar à órbita lunar a bordo de um foguete Falcon Heavy, da SpaceX, com lançamento previsto para 2025. Portanto, vai demorar algum tempo até conseguirmos ver a estação espacial lunar em operação, mas o modelo da Nasa já serve como um teaser.

Além disso, em junho, a NASA lançou um vídeo em 3D detalhando todos os elementos da estação espacial lunar citados acima. Assista:

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Pablo Nogueira — Wed, 24 Jul 2024 22:32:57 +0000

A Roscosmos, agência espacial da Rússia, apresentou um extenso plano para construção de uma nova estação espacial prevista para 2027, um ano antes de encerrar suas missões na ISS (Estação Espacial Internacional).

No último dia 2, a agência estatal de notícias da Rússia, a TASS, revelou os detalhes da missão que vai criar a estação espacial da Roscosmos. De acordo com a agência espacial, o primeiro módulo conector da Estação Russa de Serviço Orbital (ROSS, na sigla em inglês), será lançado 2027, contendo os módulos de energia e pesquisa.

Já em 2030 — quando a ISS deve ser derrubada –, a Rússia espera que a estação espacial esteja totalmente operacional, adicionando posteriormente dois módulos especializados em 2033.

A estação espacial da Rússia vai ficar em uma órbita polar próxima da Terra, a 400 quilômetros acima do planeta. Essa órbita oferece possibilidades únicas para conduzir observações e monitorar áreas estrategicamente importantes para a Rússia, como a Rota do Mar do Norte.

A ROSS vai incorporar tecnologias avançadas, incluindo inteligência artificial, para melhorar a eficiência operacional e auxiliar pesquisas científicas. No entanto, a Roscosmos não especificou como será a integração da IA. No entanto, o chefe de desenvolvimento da estação espacial da Rússia, Vladimir Kozhevnikov, afirmou que a IA vai desempenhar um “papel coadjuvante�?nas operações. A ROSS terá um recurso invejável: a capacidade de guiar uma frota de satélites, um conceito pioneiro no desenvolvimento de estações espaciais. Vladimir Solovyov, da empresa de foguetes Energia, sugeriu que há metas “incomuns�?para a estação espacial da Rússia com esse recurso de guia de satélites. De acordo com Solovyov, será preciso desenvolver novas abordagens à coordenação e ao controle de missões.

Saída da ISS

Embora a Rússia continue a participar do programa da ISS, o projeto ROSS evidencia a intenção do país em buscar iniciativas independentes na exploração espacial. E por “independentes�? significa independente dos EUA. A Roscosmos já buscou parcerias com países do BRICS �?o que inclui o Brasil �?para a estação espacial da Rússia.

No ano passado, a Rússia concordou em estender a sua colaboração para manter as operações da ISS até 2028, apesar dos problemas diplomáticos devido à guerra contra Ucrânia.

No mesmo ano, quando abandonar a ISS, a Rússia pretende enviar os primeiros cosmonautas a sua estação espacial. Contudo, a Roscosmos não deu informações sobre tripulação e duração das missões.

A NASA, por sua vez, anunciou que contratou a SpaceX para tirar a ISS de órbita em 2030, ou seja, no mesmo ano que Rússia pretende iniciar as operações de sua estação espacial. O projeto da estação espacial da Rússia vai custar US$ 7 bilhões.

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Gabriel Andrade — Fri, 10 May 2024 17:38:41 +0000

A NASA divulgou novas fotos da fábrica que está construindo a estação espacial lunar Gateway. A estrutura inédita faz parte do programa Artemis e será montada na órbita da Lua. Ela servirá como base de apoio para os astronautas em missões na superfície lunar.

As imagens divulgadas pela agência espacial mostram o HALO (Posto Avançado de Habitação e Logística) e o I-Hab, este último um módulo de habitação internacional construído em conjunto com a ESA (Agência Espacial Europeia) e a JAXA (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial). Ambas são parcerias da NASA no projeto.

A construção está ocorrendo em uma planta industrial da empresa Thales Alenia Space, localizada em Torino, na Italia. A Thales concluiu uma grande soldagem no HALO e iniciou a fabricação inicial do Lunar I-Hab no ano passado.

O HALO será lançado junto com o PPE (Elemento de Energia e Propulsão) para a órbita lunar antes da missão Artemis 4, previsto para 2028. De acordo com a NASA, o PPE será o responsável por fornecer 60 quilowatts de energia para a nova estação espacial, além de prover comunicações e propulsão de controle orbital.

Já o HALO é onde os astronautas vão viver e trabalhar, contando, por exemplo, com um centro de controle, local para realizar experimentos científicos, além de alojamentos pressurizados. Confira as imagens:

Módulo Lunar I-Hab da Gateway, em construção na planta industrial da Thales Alenia Space. lunar em construção. Imagem: Stephane Corvaja/ESA

Módulos lunares i-Hab e HALO (no centro ao fundo) da Gateway em construção em Torino, na Itália: ESA/Stephane Corvaja

Módulo Lunar I-Hab da Gateway em construção pela ESA. Imagem: ESA/Stephane Corvaja

Veja os detalhes de como será feita a montagem da estação espacial lunar Gateway no espaço:

O ambicioso retorno à Lua com a Artemis

A próxima missão do programa, a Artemis 2, está programada para acontecer não antes de setembro de 2025. Isso, claro, se a NASA conseguir resolver um problema com o escudo de calor da nave espacial Orion. A missão levará quatro astronautas e tem o objetivo de refazer o percurso da Artemis 1. Porém, não haverá um pouso na Lua.

Em seguida, a Artemis 3, prevista para 2026, terá o objetivo de desembarcar a primeira tripulação de astronautas na superfície da Lua, desde a missão Apollo 17, em 1972. A expectativa é que a nave transporte a primeira mulher a pisar no solo lunar, bem como a primeira pessoa de cor.

Finalmente, na Artemis 4, em 2028, o principal objetivo da missão será a montagem da Gateway. Ela envolverá o envio do módulo I-Hab da ESA e JAXA para acoplar ao HALO e PPE, lançados previamente. Esta será a primeira vez que a Gateway receberá uma tripulação.

O I-Hab é um dos quatro módulos Gateway onde os astronautas viverão e trabalharão enquanto orbitam a Lua. Essa montagem inicial ampliará o espaço interno da estação, permitindo prolongar a estadia dos astronautas.

Assim, a estação espacial servirá como ponto de parada para exploração robótica e tripulada do polo sul lunar.

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Gabriel Andrade — Thu, 25 Apr 2024 17:41:36 +0000

Alejandro Otero, que teve sua casa atingida em março por um pedaço que caiu da ISS (Estação Espacial Internacional), decidiu que vai processar e pedir uma indenização à NASA.

Com a confirmação de que o objeto cilíndrico é realmente um fragmento de metal ejetado da estação espacial, Otero e seu advogado Mica Nguyen Worthy disseram ao IFLScience que planejam iniciar uma conversa mais ampla sobre o problema do lixo espacial.

A ideia é discutir na Justiça as responsabilidades das agências espaciais e empresas espaciais privadas quando se trata de descartar adequadamente o material em órbita.

NASA confirma que fragmento é da ISS

O episódio veio à tona no mês passado. Alejandro Otero, que vive na casa atingida, afirmou que, ao voltar de viagem, descobriu um grande buraco no teto e no chão. Aliás, o filho de Otero estava em casa no momento da queda. Apesar do susto e dos danos à propriedade localizada na Flórida, nos EUA, ninguém se machucou.

O objeto atingiu a casa em março passado, mas foi ejetado deliberadamente da ISS pela NASA em 2021. Na época, a agência espacial usou o braço robótico da estação para descartar em órbita uma carga que continha baterias de hidreto de níquel envelhecidas. O descarte ocorreu porque a estação teve seus sistemas de energia atualizados, substituindo as antigas por novas baterias de íons de lítio.

A NASA afirma que a carga descartada da ISS tinha no total 2,6 toneladas, e esperava que ela queimasse completamente quando entrasse na atmosfera da Terra. Porém, em 8 de março deste ano, uma peça — parte desse lixo espacial — caiu sobre a casa na Flórida.

O pedaço da ISS pesa 700 gramas, mede 10 centímetros de altura e 4 centímetros de diâmetro. Feito da liga metálica Inconel, ele fazia parte do antigo sistema de baterias da ISS. Após a confirmação da origem do objeto, a NASA se comprometeu a investigar como o fragmento resistiu à destruição total na atmosfera.

O problema do lixo espacial

De acordo com um estudo publicado na revista científica Nature Astronomy, existem 651 pedaços de lixo espacial sob o risco de cair de forma descontrolada nos próximos 10 anos.

Ao todo, existem mais de 27 mil pedaços de lixo espacial em órbita �?fruto de mais de 66 anos de exploração espacial.

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Gabriel Andrade — Tue, 09 Apr 2024 14:47:25 +0000

A empresa BioOrbit, liderada pela ex-funcionária da NASA e PhD em nanomedicina por Cambridge, Katie King, está planejando desenvolver remédios contra o câncer no espaço.

Com financiamento da ESA (Agência Espacial Europeia), a BioOrbit visa testar a cristalização de medicamentos em microgravidade na ISS (Estação Espacial Internacional) já no próximo ano. O motivo para desenvolver um remédio contra o câncer no espaço é que, segundo a empresa, o ambiente espacial oferece condições únicas para o desenvolvimento do medicamento.

A microgravidade a bordo da estação permite que os cristais de remédios cresçam de maneira mais uniforme e pura. Isso é crucial para a eficácia dos tratamentos contra o câncer.

Segundo a criadora da empresa, a iniciativa vai “revolucionar absolutamente o tratamento do câncer”. “A longo prazo, a nossa visão é estabelecer uma instalação de produção farmacêutica no espaço na próxima década, permitindo aos pacientes aceder convenientemente ao tratamento em casa”, completou King.

Outras iniciativas de remédios contra o câncer

A BioOrbit não é a primeira a explorar o espaço para o desenvolvimento de fármacos. Grandes empresas farmacêuticas, como Bristol-Myers Squibb e Merck, já realizam pesquisas nesse sentido há anos. No entanto, o diferencial da BioOrbit está na aceleração do processo de comercialização dessas inovações.

Apesar do potencial revolucionário, existem desafios significativos. As longas filas para conseguir um lugar em um foguete para a ISS e os altos custos associados são obstáculos logísticos que não podem ser ignorados. Além disso, há questões regulatórias sobre a aplicação das leis terrestres no espaço e a jurisdição aplicável em caso de danos causados por esses medicamentos.

A BioOrbit pretende ter uma instalação permanente no espaço dedicada exclusivamente à ciência, pesquisa e fabricação de medicamentos. Aí então, enviar esses medicamentos de volta à Terra.

Porém, se bem-sucedida, essa estratégia poderá abrir um novo capítulo no tratamento do câncer, trazendo esperança para milhões de pacientes ao redor do mundo.

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Gabriel Andrade — Tue, 26 Mar 2024 14:54:02 +0000

No último sábado (23), a espaçonave russa Soyuz MS-25 foi lançada para a ISS (Estação Espacial Internacional) de uma base em Baikonur, no Cazaquistão, com três novos astronautas: o russo Oleg Novitsky, a astronauta da Nasa Tracy Dyson e a primeira astronauta bielorrussa Marina Vasilevskaya.

O lançamento estava originalmente previsto para a última quinta-feira (21). Porém, ele teve que ser adiado devido a problemas técnicos em uma fonte de energia química.

Os três astronautas a bordo vão juntar-se à atual tripulação da estação, composta pelos astronautas da NASA Loral O’Hara, Matthew Dominick, Mike Barratt e Jeanette Epps, bem como pelos cosmonautas russos Oleg Kononenko, Nikolai Chub e Alexander Grebenkin.

A nave Soyuz atracou na ISS na madrugada de domingo (24). Aliás, a astronauta da NASA será a única a permanecer a bordo por cerca de 6 meses. Novitsky e Vasilevskaya ficarão no espaço por apenas 12 dias, somente até o início de abril.

Vale lembrar que os russos Kononenko e Chub estão na ISS desde setembro do ano passado, e devem retornar à Terra só daqui 6 meses — ou seja, completando um ano em órbita.

Quem são os astronautas que estão indo para a ISS

Tracy Dyson, da NASA

Imagem: Bill Ingalls/NASA

Tracy Caldwell-Dyson tem 54 anos e é uma astronauta norte-americana especializada em química, física e comunicações de espaçonave.

Em 8 de agosto de 2007, subiu pela primeira vez ao espaço como integrante da missão STS-118, a bordo do aposentado ônibus espacial Endeavour. Ela executou trabalhos na ISS, permanecendo em órbita terrestre por treze dias.

Além disso, em 2 de abril de 2010, Tracy voltou ao espaço integrando a tripulação da nave russa Soyuz TMA-18. Teve uma permanência de seis meses a bordo da estação espacial como engenheira de voo e integrante das Expedições 23 e 24. Tracy é a primeira astronauta norte-americana que nasceu depois do primeiro pouso na Lua realizado pela Apollo, em 11 em julho de 1969.

Marina Vasilevskaya, da Bielo-Rússia

Imagem: Bill Ingalls/NASA

Marina Vitalieuna Vaciliouskaia, de 33 anos, é uma comissária de bordo da Belavia Airlines na Bielo-Rússia. Ela se tornou a primeira mulher bielorrussa a entrar em órbita. Vaciliouskaia é instrutora de voo e ficará na ISS até o início de abril.

Oleg Novitskiy, da Roscosmos

Imagem: Bill Ingalls/NASA

Oleg Viktorovitch Novitski, de 52 anos, é um cosmonauta e tenente-coronel da Força Aérea Russa.

Integrando o corpo de cosmonautas da Roskosmos desde 2006, ele cumpriu o treinamento básico por três anos e foi ao espaço pela primeira vez em 23 de outubro de 2012. Ele estava no comando na nave Soyuz TMA-06M, para uma missão de longa duração a bordo da Estação Espacial Internacional. Na ISS, ele integrou a tripulação das Expedições 33 e 34 do programa conjunto de habitação da estação entre a NASA e a Roskosmos. Retornando à Terra em 16 de março de 2013, assim, contabilizando 143 dias no espaço. Além disso, realizou sua segunda missão em 2016, como comandante da Soyuz MS-03, lançada de Baikonur em 17 de novembro daquele ano. Isso o levou a outra missão de longa duração na ISS, integrando as Expedições 50 e 51; retornou à Terra depois de 196 dias no espaço. Ele também retornará em abril.

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Murilo Tunholi — Wed, 31 Jan 2024 22:55:30 +0000

Um astronauta da Agência Espacial Europeia (ESA) controlou, pela primeira vez, um robô canino de quatro pernas direto do espaço. Até então, somente robôs com rodas recebiam informações de distâncias além da atmosfera da Terra. Confira abaixo.

Como parte do teste “Surface Avatar�? realizado em janeiro deste ano, o astronauta Marcus Wandt controlou diversos robôs a partir da Estação Espacial Internacional (ISS), incluindo o cão-robô chamado Bert.

Cão-robô Bert, do Centro Espacial Alemão (Imagem: Centro Espacial Alemão/Divulgação)

Criado pelo Centro Aeroespacial Alemão (DLR), o Bert é um robô quadrúpede com visual que lembra um cachorro. Por meio das pernas articuladas, ele pode andar sobre diversos tipos de terrenos, inclusive lugares onde robôs com rodas não passam.

No futuro, a ideia é utilizar o Bert para explorar a superfície da Lua e de Marte, por exemplo, enquanto os astronautas ficam posicionados em segurança na órbita dos corpos celestes.

Como Wandt conseguiu controlar Bert estando na órbita da Terra, é esperado que o mesmo possa ser feito em outros planetas.

Cachorro-robô pode interagir com outras máquinas

Bert realizando tarefas com outros robôs (Imagem: Centro Espacial Alemão/Divulgação)

Durante os testes, o astronauta conseguiu utilizar o cão-robô para não só explorar e registrar imagens do laboratório do DLR, como também interagir com outros robôs do local, como o robô humanoide Rollin’ Justin, e o rover Interact.

Wandt, inclusive, operou os três robôs ao mesmo tempo, para testar o intervalo dos comandos. A ideia é que as máquinas trabalhem juntos para realizar tarefas complexas, como instalação de tubos.

Em comunicado oficial, o DLR deu mais detalhes sobre os testes:

“Mesmo entre humanos, cooperação é algo complexo. Acordos devem ser feitos e intenções mútuas precisam ser compreendidas. Este é um desafio particular quando diferentes robôs precisam formar uma equipe e concluir uma tarefa com sucesso. Ao construir um habitat, por exemplo, combinar as diferentes habilidades de vários robôs é muito útil.

Na primeira experiência deste tipo, o robô humanoide Rollin’ Justin, do DLR, e o rover Interact, da ESA, dominaram essa tarefa e instalaram em conjunto um tubo curto que representa um dispositivo de medição científico. Sob comando do astronauta Wandt, Rollin’ Justin usou suas mãos para agarrar o tubo com segurança e guiá-lo cuidadosamente até o ponto de medição. Wandt então usou o controle remoto do rover Interact para instalar o tubo mantido em posição por Justin”.

Centro Aeroespacial Alemão (DLR).

Controlar robôs em outros planetas é apenas parte do objetivo do DLR. A equipe ainda espera que, um dia, os astronautas sejam capazes de controlar vários robôs em uma missão. Assim, será possível fazer as máquinas agirem de forma autônoma, conforme necessário.

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Gabriel Andrade — Wed, 29 Nov 2023 21:04:25 +0000

Pela primeira vez, a estação espacial chinesa Tiangong foi fotografada em sua forma completa. A imagem foi registrada da espaçonave Shenzhou enquanto ela retornava à Terra após entregar três tripulantes à estação espacial.

Em novembro do ano passado, os chineses lançaram o terceiro e último módulo da Tiangong, concluindo o projeto original da estação espacial. O plano inicial da estação chinesa previa que ela teria três módulos dispostos em um formato de “T�? Porém, com a chegada do novo módulo de expansão, a Tiangong adotou uma configuração de cruz.

Porém, o país já planeja lançar uma espécie de módulo multifuncional com seis portas de atracação para aumentar as capacidades do laboratório orbital.

O principal objetivo da estação espacial é a investigação científica. A Agência Espacial Tripulada da China aprovou mais de 1.000 experiências que serão conduzidas em microgravidade. As experiências são sobre temas como a forma como as plantas crescem no espaço e sobre os fluidos se movimentam.

China quer internacionalizar estação espacial

Apesar de a construção da Tiangong ter sido um projeto solo da China, o país asiático já demonstrou interesse em abrir as portas da estação para a colaboração internacional. O módulo multifuncional permitiria não apenas ampliar a capacidade dela receber mais espaçonaves ao mesmo tempo, mas também ganhar outros módulos extras. Além de naves próprias da China, o módulo poderia ser adaptado para receber espaçonaves comerciais, tornando a estação um potencial ponto orbital para o crescente mercado do turismo espacial. A estação espacial está sendo preparada para receber visitas de astronautas estrangeiros. O Escritório das Nações Unidas para Assuntos Espaciais Exteriores (UNOOSA) está desenvolvendo um programa de colaboração para o envio de experimentos científicos para a estação chinesa provenientes de instituições de pesquisa de vários países.

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Gabriel Andrade — Thu, 24 Aug 2023 21:53:55 +0000

Na madrugada desta sexta-feira (25), a SpaceX lançará ao espaço os novos tripulantes da ISS (Estação Espacial Internacional). A transmissão da decolagem poderá ser acompanhado ao vivo na internet.

O lançamento da Crew-7 está previsto para ocorrer às 4h49 (horário de Brasília), por meio de um foguete Falcon 9. Ele deixará a plataforma do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, nos Estados Unidos.

Para acompanhar o lançamento, o público pode assistir diretamente no canal da NASA, no YouTube. A agência espacial pretende iniciar uma cobertura especial a partir da 0h45 de sexta, incluindo imagens em 4K. Veja abaixo:

Além do YouTube, também é possível acompanhar o lançamento no aplicativo, site e redes sociais da NASA. A própria SpaceX também transmitirá o lançamento, com as imagens sendo exibidas cerca de uma hora antes da decolagem.

Entretanto, caso ocorra algum imprevisto técnico ou meteorológico, a SpaceX pretende fazer uma nova tentativa de lançamento na madrugada do próximo sábado (26), às 4h27 (horário de Brasília).

Como será a missão

Estarão na missão a astronauta da NASA Jasmin Moghbeli, o astronauta da ESA (Agência Espacial Europeia) Andreas Mogensen, bem como os especialistas Satoshi Furukawa (do Japão) e Konstantin Borisov (da Rússia). Eles devem permanecer cerca de seis meses em órbita. Eles viajarão a bordo da espaçonave Endurance. Contudo, os tripulantes vão precisar de bastante paciência, já que viagem vai ser longa. A previsão de chegada na ISS é por volta das 3h00 do dia seguinte. A SpaceX já usou a mesma nave nas missões Crew-3 e Crew-5. A Crew-7 é a sétima missão lançada pela SpaceX com destino à Estação Espacial Internacional. Além disso, este é o 11º voo orbital tripulado já lançado pela empresa de Elon Musk.

Equipe internacional se prepara para ir para a Estação Espacial Internacional. Imagem: NASA/Divulgação

Contrato bilionário

No fim de 2022, a NASA anunciou que fechou um novo acordo com a SpaceX, no valor de US$ 1,4 bilhão, para que a empresa continue a levar astronautas para a ISS. De acordo com o site SpaceNews, o acordo total da agência norte-americana com a empresa já soma US$ 4,93 bilhões.

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Bárbara Giovani — Thu, 17 Aug 2023 19:23:31 +0000

A primeira missão espacial a usar a estação lunar Gateway, da NASA, será a Artemis 4, que começa em 2028 e tentará o segundo pouso do programa Artemis na Lua. A missão vai aproveitar a distância do campo magnético da Terra para estudar os riscos de radiação do sol e dos raios cósmicos.

Para a NASA, a Gateway é uma plataforma fundamental para o programa lunar Artemis. Ela será uma estação avançada e vai orbitar a Lua, fornecendo suporte para que novas missões possam retornar à superfície lunar.

Como será a estação lunar Gateway?

Até seu lançamento, a estação já terá seus primeiros elementos: o Posto de Pesquisa e Logística Habitável (HALO), onde os cientistas da Artemis 4 viverão e farão pesquisas. O posto está programado para ser lançado em 2025.

Embora o primeiro posto de habitação e trabalho da pequena estação espacial deva ser lançado antes da missão Artemis 3 decolar, em 2025 ou 2026, esta tripulação não usará a Gateway. De acordo com a NASA, essa decisão foi tomada para aumentar a probabilidade de sucesso da missão.

Na Gateway cabem apenas quatro astronautas, por no máximo de 90 dias. Mas, durante a apresentação da estação lunar, a gerente Stephanie Dudley garantiu que a estação fornecerá informações mesmo sem a presença da tripulação — ela está sendo construída de forma a operar autonomamente por até três anos entre missões.

A NASA planeja adicionar um segundo módulo habitável apenas depois da primeira missão tripulada chegar à Gateway. Além disso, a missão Artemis 5, programada para 2029, levará um reabastecedor para a estação.

A Agência Espacial Europeia (ESA), em parceria com o Japão, fornecerá o novo módulo e reabastecedor. Por isso, astronautas europeus terão três oportunidades de voo a bordo do programa Artemis. Eles poderão participar das missões Artemis 4 e Artemis 5, e uma próxima, que ainda será anunciada.

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Luisa Costa — Fri, 04 Aug 2023 18:43:03 +0000

A NASA anunciou na última quinta-feira (3) que fechou um acordo com a empresa americana Axiom Space para uma quarta missão privada que levará astronautas à ISS (Estação Espacial Internacional, na sigla em inglês).

O lançamento da missão não deve acontecer antes de agosto de 2024, segundo comunicado da NASA. Ela deve partir do Kennedy Space Center, na Flórida, nos EUA, com um foguete e nave da SpaceX, e passar até 14 dias ancorada na estação espacial.

É provável que essa missão leve a bordo Alysson Muotri, que deverá se tornar o primeiro cientista brasileiro a ir ao espaço.

A agência espacial americana e a Axiom Space ainda vão confirmar quais serão os membros da tripulação para a missão batizada como Ax-4.

Por outro lado, Muotri também não deu detalhes à imprensa sobre quem o levaria (ou como) para o espaço. Inclusive, o Giz Brasil tentou contato com o pesquisador brasileiro, mas não recebeu um retorno (o espaço segue aberto para qualquer comentário de Muotri).

Mas já se sabe que a viagem do brasileiro deve acontecer em novembro de 2024. E esta informação casa com o cronograma da Axiom rumo à ISS: a primeira missão aconteceu em abril de 2022; a segunda, em maio de 2023; a terceira está prevista para a partir de novembro deste ano, podendo ser atrasada até o primeiro trimestre de 2024. Depois, viria a Ax-4.

O MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) anunciou a viagem de Muotri à ISS no mês passado. Aliás, rolou um encontro do cientista com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, no Palácio do Planalto.

Experimentos na ISS

O pesquisador Alysson Muotri, da UCSD (Universidade da Califórnia em San Diego), nos Estados Unidos, é um dos biólogos brasileiros mais reconhecidos internacionalmente. Ele faz experimentos com mini-cérebros: conjuntos de células neuronais criadas em laboratório que imitam o funcionamento do órgão.

Essas estruturas permitem o estudo de patologias e assuntos diversos, de transtornos neurológicos ao cérebro de neandertais. Hoje, o principal objeto de estudo do pesquisador são mini-cérebros autistas. Acredita-se que estes modelos podem levar a uma melhor compreensão do quadro e ao desenvolvimento de novas formas de tratamento.

O cientista já enviou experimentos para a ISS em 2019, 2020 e 2022. O objetivo foi estudar como a microgravidade afeta o cérebro dos astronautas �?o que também pode fornecer insights sobre o funcionamento do órgão no geral.

Agora, em vez de enviar um experimento e deixá-lo sob os cuidados dos astronautas da estação espacial, o próprio Muotri — e outros membros de sua equipe na UCSD — poderão cuidar dos mini-cérebros, conduzir testes e analisar alterações ao vivo no espaço.

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Luisa Costa — Wed, 26 Jul 2023 14:47:09 +0000

A NASA perdeu a comunicação entre o controle da missão e a ISS (Estação Espacial Internacional) na última terça-feira (25), após uma queda de energia no prédio da agência espacial em Houston, nos Estados Unidos. A situação forçou a agência a ativar seus sistemas de backup pela primeira vez.

A queda de energia fez com que o controle da missão perdesse o comando, a telemetria e as comunicações de voz com a ISS. A tripulação em órbita soube do problema através de sistemas de comunicação russos, 20 minutos após a interrupção.

Atualmente, as principais agências espaciais que operam a ISS são da Rússia, Europa, Japão, Canadá, além dos EUA. Mas a Rússia vai encerrar sua longa parceria com a NASA e se retirar da estação espacial após 2024. O país vai construir sua própria estação espacial, assim como a China, e o primeiro módulo deve estrear em 2027. O Brasil, inclusive, foi convidado para participar.

Nada grave

Joel Montalbano, gerente do programa da estação espacial, disse que os astronautas e a ISS não estiveram em perigo. Os sistemas de backup assumiram o controle para restaurar as comunicações normais em 90 minutos. Segundo a NASA, a queda de energia aconteceu devido a “atualizações�?que estão em andamento no prédio de Houston.

Montalbano disse à AP News que a tripulação sabia que esse trabalho estava acontecendo. “[Usaríamos] o sistema de comando e controle de backup se tivéssemos que fechar o centro de emergência meteorológica, especialmente importante durante a temporada de furacões.�?/span>

A NASA tem um centro de controle de backup a quilômetros de Houston, no caso de um desastre que exija evacuações. Durante o problema de energia, os controladores de voo permaneceram no controle da missão, porque as luzes e o ar-condicionado ainda funcionavam.

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Isabela Oliveira — Tue, 25 Jul 2023 18:49:57 +0000

O diretor da Roscosmos (a agência espacial russa), Yuri Borisov, convidou os países membros do BRICS para construir um módulo em sua estação espacial orbital. A proposta aconteceu durante uma reunião em Hermanus, África do Sul, na última segunda-feira (24).

“Gostaria de propor que nossos parceiros do BRICS (Brasil, Índia, China e África do Sul) considerem a oportunidade de participar deste projeto e criar um módulo completo, por meio de esforços conjuntos” , disse Borisov, segundo a mídia estatal (via CNN).

O primeiro módulo da estação, ou Sistema Orbital Russo (ROS), deve estrear em 2027. Outros quatro módulos sairão entre 2028 e 2030. Inicialmente, o ROS deve ter espaço para apenas dois astronautas. No futuro, as autoridades russas esperam que a estação orbital ajude a desenvolver tecnologia para voos espaciais para a Lua e Marte.

A construção da estação espacial marca o encerramento da longa parceria do país com a NASA, anunciada ano passado. Com isso, Moscou sai da ISS (Estação Espacial Internacional), encerrando a cooperação com os Estados Unidos, com quem teve as relações abaladas após a Guerra na Ucrânia.

Corrida espacial

Com mais de duas décadas de ocupação, a ISS foi, originalmente, uma colaboração entre os EUA, Rússia, Japão, Canadá e a Agência Espacial Europeia. Ela deve continuar operando até o final de 2030, antes de ser retirada de órbita e cair no Oceano Pacífico.

Excluída da ISS, a China pode ser a primeira a trazer rochas de Marte, já que a NASA enfrenta problemas orçamentais em sua missão no planeta. Saiba mais no Giz Brasil.

Enquanto isso, a Índia, outro membro do BRICS, lançou este mês sua missão lunar Chandrayaan-3, com o foguete LVM3. Se tudo correr bem no pouso, no final de agosto, o país será o quarto a executar um pouso controlado na lua, depois dos EUA, Rússia e China.

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Carolina Fioratti — Thu, 02 Mar 2023 15:21:32 +0000

O Sol possui ciclos de atividade que duram cerca de 11 anos. Esse período é marcado por altos e baixos, com momentos de calmaria e outros de intensas erupções e ejeções de massa coronal.

O ciclo atual começou em 2020. O pico de atividade solar é esperado para 2025, mas parece que o estrelão já está dando seu show. Agora mesmo, ele está passando por um aumento repentino de erupções que supera até mesmo as previsões iniciais dos cientistas.

Esses fenômenos intensos recebem o nome de tempestades geomagnéticas, ou tempestades solares. São elas, inclusive, que geram as chamadas auroras boreais na Terra. As luzes vistas da superfície são resultado da colisão entre o material ejetado pelo Sol com o campo magnético da Terra.

No último final de semana, os britânicos tiveram a chance de ver esse espetáculo no céu da região sul do Reino Unido. Nossos colegas europeus não foram os únicos a terem uma visão privilegiada das auroras boreais: astronautas à bordo da ISS (Estação Espacial Internacional) também registraram o fenômeno.

As fotos foram publicadas no Twitter dos astronautas Josh Cassada, da Nasa, e Koichi Wasada, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão. Confira a visão do fenômeno direto do espaço:

Absolutely unreal. pic.twitter.com/pah5PSC0bl

— Josh Cassada (@astro_josh) February 28, 2023

Spectacular view of aurora, city lights, the Moon, sun rise, and ISS solar panels over Canada in one frame! pic.twitter.com/wyNHNDDc00

— Koichi Wakata 若田光一 (@Astro_Wakata) February 28, 2023

Nas imagens, a luz verde das auroras se mistura ao brilho dourado natural do céu da Terra. Esse brilho não é resultado da poluição luminosa e nem mesmo da luz das estrelas.

Na verdade, ele aparece quando as moléculas quebradas pela radiação solar durante o dia se recombinam, liberando o excesso de energia na forma de fótons (ou luz).

O Sol enfrentou diversas tempestades de classes M e X durante o mês de fevereiro. Essas são as categorias mais poderosas de erupções solares e, consequentemente, tornam as aparições de auroras mais prováveis.

Se você tem vontade de ver essas luzes, já pode começar a planejar sua viagem. Os próximos anos serão favoráveis para a observação do evento.

O site do Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA pode te ajudar a ver os dias mais agitados do Sol. Esses serão os melhores momentos para enxergar auroras boreais no céu.

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Hemerson Brandão — Wed, 01 Mar 2023 10:53:32 +0000

A China anunciou seus planos de lançar um módulo adicional e ampliar a Estação Espacial Tiangong. A ideia é que o espaço extra seja usado para receber turistas espaciais, bem como para outros fins científicos e comerciais. Atualmente, a Tiangong comporta tripulações de três pessoas por períodos de até seis meses em órbita. É esperado que a estação espacial chinesa tenha uma vida útil de pelo menos uma década.

Em novembro do ano passado, os chineses lançaram o terceiro e último módulo da Tiangong, concluindo o projeto original da estação espacial. Porém, o país já planeja lançar uma espécie de módulo multifuncional com seis portas de atracação para aumentar as capacidades do laboratório orbital.

O plano inicial da estação chinesa previa que ela teria três módulos dispostos em um formato de “T�? Porém, com a chegada do novo módulo de expansão, a Tiangong adotará uma configuração de cruz, conforme a animação abaixo:

Ready for the future expansion of @TiangongStation the China Space Station? A new module and Shenzhou and the next-generation crew spacecraft docking at the same time//t.co/rX1ay9heAH pic.twitter.com/U5oDWDhvYQ

— China 'N Asia Spaceflight 𝕏 (@CNSpaceflight) December 20, 2022

A novidade foi revelada em uma exposição no Museu Nacional da China, na capital Pequim. Imagens divulgadas das instalações da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) �?principal fabricante dos módulos da estação espacial �?sugerem que alguns modelos de backup ou de engenharia utilizados no desenvolvimento da Tiangong poderiam ser reaproveitados para montar o novo módulo.

China quer internacionalizar estação

Apesar de a construção da Tiangong ter sido um projeto solo da China, o gigante asiático já demonstrou interesse em abrir as portas da estação para a colaboração internacional. O módulo multifuncional permitiria não apenas ampliar a capacidade dela receber mais espaçonaves em simultâneo, mas também ganhar outros módulos extras. Além de naves próprias da China, o módulo poderia ser adaptado para receber espaçonaves comerciais, tornando a estação um potencial ponto orbital para o crescente mercado do turismo espacial.

Em entrevista para a mídia estatal chinesa CCTV, Chen Shanguang, vice-designer-chefe do programa de voos espaciais tripulados da China, afirmou que a estação está sendo preparada para receber visitas de astronautas estrangeiros. Ele, inclusive, ressaltou que vários países estariam interessados na estação, mas sem detalhar quais.

Vale lembrar que o diretor-geral da ESA (Agência Espacial Europeia), Josef Aschbacher, anunciou recentemente que os europeus não têm interesse em enviar astronautas para a Tiangong. A justificativa dele é que a agência está muito ocupada com os compromissos já firmados com a ISS (Estação Espacial Internacional).

Por outro lado, o UNOOSA (Escritório das Nações Unidas para Assuntos Espaciais Exteriores) está desenvolvendo um programa de colaboração para o envio de experimentos científicos para a estação chinesa provenientes de instituições de pesquisa de vários países.

A expectativa é que o lançamento desses experimentos ocorra ainda neste ano. Segundo o SpaceNews, eles envolverão pesquisas em astronomia, medicina espacial, ciências da vida, biotecnologia, física de fluidos, combustão e outras tecnologias espaciais.

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Hemerson Brandão — Thu, 02 Feb 2023 19:01:09 +0000

A empresa norte-americana Sierra Space divulgou um vídeo em que explode de propósito um pequeno módulo espacial inflável. A ideia é que esse tipo de habitat seja usado no futuro complexo espacial Orbital Reff, que deverá substituir a ISS (Estação Espacial Internacional).

Os testes

Este foi o terceiro teste bem-sucedido da empresa, e tentava comprovar se o sistema é seguro para sustentar astronautas em seu interior. O módulo é construído com materiais macios de alta resistência, como o vectran, uma trama de tecido mais forte que o aço e que suporta ser pressurizado no espaço. Os testes anteriores pretendiam identificar o nível de estresse do material, para saber até que ponto ele poderia suportar uma alta pressão antes da ruptura. Já o mais recente teste buscou estudar por quanto tempo o módulo ficaria intacto durante a máxima pressão.

Segundo a Sierra Space, a NASA recomendou que o módulo deveria suportar a pressão máxima por pelo menos 100 horas. Contudo, o módulo resistiu a mais de 150 horas do teste. Confira o vídeo da explosão de vários ângulos:

O módulo inflável LIFE (ou “Grande Ambiente Flexível Integrado do Sierra Space�? na sigla em inglês), fará parte da Orbital Reef, uma estação espacial que será construída em órbita baixa da Terra. O projeto é liderado pela empresa Blue Origin, do bilionário Jeff Bezos.

O complexo será construído até o final desta década, servindo para diversos usos, incluindo comércio, pesquisa e turismo espacial. A ideia é que a Orbital Reef seja uma das estações usadas pela NASA e outras agências após a aposentadoria da ISS.

Além da Sierra Space e da Blue Origin, o projeto também conta com a participação de outras empresas, como a Boeing, Redwire Space e Genesis Engineering, além da Universidade do Estado do Arizona, nos EUA.

Ilustração artística da futura estação espacial comercial Orbital Reef

Estação inflável

O LIFE deverá ser lançado ao espaço em um foguete convencional e será inflado em órbita quando acoplado ao corpo da nova estação. A vantagem de ser inflado é que é possível ampliar o tamanho interno de uma estação, podendo um desses módulos suportar equipes de até 12 pessoas. O módulo terá oito metros de comprimento e de largura, tendo um volume pressurizado de 300 metros cúbicos �?um quinto do volume pressurizado da ISS. Ele terá três andares, incluindo um laboratório, cozinha, jardim e dormitórios. O módulo é protegido por material que funcionará como escudo macio que protege o habitat de detritos espaciais, como micrometeoróides. As camadas de tecido, mais o revestimento interno, criam também proteção contra a radiação. Até o final deste ano, a empresa pretende fazer testes com um módulo em tamanho real. A expectativa é que a construção da Orbital Reef aconteça a partir de 2027. Futuramente, esse tipo de habitação inflável poderá ser usada e missões tripuladas na Lua ou em Marte.

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Hemerson Brandão — Sun, 29 Jan 2023 20:17:52 +0000

A ISS (Estação Espacial Internacional) é um laboratório científico que orbita a Terra, e foi construído entre 1998 e 2011 por um consórcio formado por diversos países, incluindo EUA, Rússia, União Europeia, Japão e Canadá. Além das pesquisas a bordo, câmeras também foram instaladas na parte externa da estação, permitindo acompanhar imagens ao vivo da Terra pela internet, conforme a ISS gira em torno do planeta.

Vale lembrar que a ISS completa uma volta em torno do planeta a cada 90 minutos. Isso significa que as transmissões ficam cerca de 45 minutos no lado noturno da Terra — o que deixa a imagem totalmente escura na metade do tempo. Além disso, problemas técnicos ou de comunicações podem interromper temporariamente as transmissões.

Confira abaixo como acompanhar as imagens em tempo real.

Space Videos

Desde 2021, o canal transmite de forma ininterrupta �?24 horas por dia �?imagens captadas por câmeras instaladas na parte externa da ISS. O canal também apresenta informações como a localização geográfica, altitude, velocidade e posição da estação espacial em um mapa global. Se a estação está passando pelo lado da sombra da Terra, o canal exibe imagens gravadas previamente. Quando as imagens voltam a ser transmitidas ao vivo, o vídeo apresenta um “Live Now�?no canto superior esquerdo da tela.

ISS Live

Para quem prefere um aplicativo dedicado, o ISS Live também permite assistir as transmissões ao vivo, além de tirar print das imagens ou fazer o downloads do vídeo.

Ele está disponível para dispositivos iOS e Android, e inclui funções extras, como um mapa interativo mostrando a posição da ISS, um sistema de chat com outras pessoas que estão acompanhando as imagens, além de ter acesso a vídeos gravados durante caminhadas espaciais.

NASA TV

Outra opção é assistir o canal da NASA TV, no YouTube. Apesar dele não ter uma programação 100% dedicada para exibir as imagens da ISS, a NASA usa o canal para transmitir ao vivo a chegada e partida de naves da estação espacial, caminhadas espaciais ou entrevistas com os astronautas a bordo. A NASA TV também exibe regularmente programas gravados sobre a vida no interior da ISS e as pesquisas científicas que são realizadas em órbita.

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Hemerson Brandão — Fri, 27 Jan 2023 19:36:46 +0000

O diretor-geral da ESA (Agência Espacial Europeia), Josef Aschbacher, anunciou nesta semana que não há planos para enviar astronautas europeus para a recém-concluída Estação Espacial Chinesa Tiangong. Esta é a primeira vez que a agência reconhece publicamente que não pretende manter parcerias com a China na área de voos espaciais tripulados.

Aschbacher afirmou que os 22 estados-membros que fazem parte da ESA estão muito ocupados apoiando e garantindo os compromissos firmados com a ISS (Estação Espacial Internacional). “Não temos luz verde orçamentária nem política ou intenção de nos envolver em uma segunda estação espacial�? disse o diretor-geral. A declaração foi recebida com surpresa, mas de alguma forma já era esperada. Ela demonstra o racha global que existe hoje na exploração espacial, por conta de questões geopolíticas. Em 2014, por exemplo, a ESA e a China assinaram um acordo que previa uma parceria para voos espaciais tripulados conjuntos, o que levou ao envio de dois astronautas europeus para um treinamento de nove dias em território chinês, em 2017. Na época, a ideia era que essa cooperação fosse estendida por vários anos, incluindo o envio de astronautas da ESA para trabalhar a bordo da Tiangong, quando ela estivesse concluída. Entretanto, de lá para cá, a emergência da Covid e a guerra na Ucrânia acabou esfriando a relação entre europeus e chineses. “Fizemos esforços�?mas, sabe, as coisas não são tão fáceis como costumavam ser�? disse a astronauta italiana Samantha Cristoforetti, umas das que recebeu o treinamento na China. A esnobada da ESA ocorre dias depois dos europeus aprovarem um orçamento espacial recorde de quase �?17 bilhões (cerca de R$ 94 bilhões), sendo que 5% desse montante será investido na ISS. Os europeus são membros do consórcio de países que construíram a estação espacial, sendo responsável por 8,3% do seu custo total.

Atualmente, a NASA tem planos de utilizar a ISS até pelo menos o ano de 2030. Porém, com o anúncio da saída da Rússia do projeto, em algum momento a partir de 2024, o futuro da estação espacial ainda é nebuloso.

Além disso, a estação espacial já apresenta sinais de velhice, após permanecer mais de duas décadas em órbita. Os problemas vão desde trajes espaciais que apresentam falhas a um módulo russo que estava vazando ar.

É esperado que o trabalho atualmente feito a bordo da ISS seja transferido futuramente para novas estações espaciais privadas. O problema é que a NASA e as empresas ainda não estão preparadas para fazer essa transição no momento. Já a China conta com uma estação espacial própria, moderna e nova em folha, aberta para a cooperação internacional. Inclusive, ela foi projetada para receber módulos extras a partir de parceria com outros países.

Conforme apontou o South China Morning Post, os chineses dizem que astronautas estrangeiros são sempre bem-vindos na estação, e que pretende iniciar os preparativos para começar a treinar astronautas de outros países.

Apesar da falta de interesse em missões tripuladas, a ESA ainda tem parcerias com a China em outras áreas espaciais. Um exemplo é o novo rover europeu ExoMars, que terá ajuda de cientistas chineses para desenvolver uma nova plataforma de pouso, após a Rússia sair do projeto.

Por sua vez, os europeus �?a href="//www.esa.int/Enabling_Support/Operations/A_one-way_phone_call_at_Mars" target="_blank" rel="noopener">emprestaram�?a sua sonda Mars Express para ajudar na retransmissão de dados coletados pelo rover chines Zhurong, na superfície marciana.

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Hemerson Brandão — Wed, 21 Dec 2022 00:12:22 +0000

Autoridades russas suspeitam que o impacto de um meteoroide pode ter provocado um vazamento no sistema de refrigeração da nave Soyuz MS-22 �?acoplada atualmente na ISS (Estação Espacial Internacional). O problema foi detectado na última semana, enquanto astronautas russos se preparavam para iniciar uma caminhada espacial.

Acredita-se que o meteoroide tenha vindo com a chuva de meteoros Geminídeos, que atingiu o seu pico de atividade justamente no dia que o vazamento apareceu na nave. Outra possibilidade levantada é a colisão com um pequeno pedaço de lixo espacial.

Conforme lembrou a agência de notícias russa TASS, um problema semelhante ocorreu com um satélite de telecomunicações da Rússia, no início dos anos 2000. Ele também sofreu uma queda inesperada na pressão do seu sistema de controle térmico devido a um vazamento, fazendo o satélite girar sem controle e perder comunicação com a Terra.

Segundo a agência espacial russa Roscosmos, a fonte de vazamento na Soyuz MS-22 está em um circuito de resfriamento do seu casco externo. A análise dos dados aponta que a maior parte do fluido de resfriamento vazou para o espaço, mas ainda não se sabe se a falha foi causada de dentro para fora ou vice-versa.

Apesar do vazamento do material refrigerante, a temperatura, umidade e pressão dentro da espaçonave estão dentro dos limites aceitáveis. Além disso, os russos conseguiram fazer um teste bem-sucedido nos propulsores da nave, na última sexta-feira (16).

Até o momento, não foram detectados problemas em outros sistemas da nave.

Russos perdem o seu “bote salva vidas�?/h2> Na prática, o vazamento na Soyuz não interfere nas operações a bordo da ISS. Porém, ele representa um grande risco à segurança, pois uma nave avariada não pode ser usada para evacuar os astronautas no caso de alguma emergência médica ou problema técnico grave na estação. Além da nave russa, está acoplada na estação a Crew Dragon, da SpaceX, com capacidade para transportar apenas quatro astronautas �?sendo que a tripulação é formada hoje por sete astronautas. Isso significa que, se algo der errado a bordo, três pessoas terão que ficar para trás.
A Soyuz MS-22 foi lançada em 21 setembro, transportando os astronautas russos Sergey Prokopyev e Dmitri Petelin, além do americano Frank Rubio. Por tradição, os astronautas usam a mesma nave que chegou à ISS para voltar à Terra.
A Roscosmos afirma que a nave Soyuz MS-23 �?programada para ser lançada em março de 2023 �?poderia ser usada para substituir a nave danificada em um prazo de até 45 dias.
A Soyuz MS-23 já está no complexo de lançamento do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, tendo já passado por alguns testes de pré-lançamento. A nave tem capacidade para viajar e se acoplar na ISS de forma autônoma, embora um especialista de segurança tenha dito ao site Space que os russos preferem que ela tenha pelo menos um cosmonauta a bordo.
Um grupo de trabalho russo foi formado para avaliar se a nave com o vazamento poderá ser usada para trazer os astronautas russos e americanos em segurança para a Terra ou se será necessária a sua substituição. A decisão deverá ser tomada até o final deste mês. Até lá, os astronautas estão sem o seu “bote salva vidas” para voltar à Terra, no caso de uma emergência.
Já a NASA tem dado apoios aos russos, disponibilizando imagens de câmeras externas e usando o braço robótico da estação para ajudar na inspeção do casco da Soyuz. Por enquanto, a agência espacial dos EUA não informou se o vazamento causou algum dano aos módulos da estação espacial ou na nave da SpaceX.

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