??? ??? ????? ???? ????£»??????? //emiaow553.com/tag/emissao-de-co2/ Vida digital para pessoas Sun, 06 Oct 2024 12:38:07 +0000 pt-BR hourly 1 //wordpress.org/?v=6.6 //emiaow553.com/wp-content/blogs.dir/8/files/2020/12/cropped-gizmodo-logo-256-32x32.png ??? £»??????£»??????? //emiaow553.com/tag/emissao-de-co2/ 32 32 ??? ???£»??? ???£»??? ??? //emiaow553.com/tronco-de-arvore-de-3-775-anos-pode-revolucionar-mudancas-climaticas/ Sun, 06 Oct 2024 23:00:01 +0000 //emiaow553.com/?p=599308 A chave para revolucionar as mudanças climáticas podem ser os fatores ambientais que permitiram a preservação do tronco por mais de 3 mil anos

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Um simples tronco de árvore, embora muito velho, pode ser uma das principais ferramentas para revolucionar as estratégias de combate às mudanças climáticas.

Cientistas da Universidade de Maryland, nos EUA, analisaram um tronco de uma árvore de 3.775 anos e o solo onde ele foi escavado, revelando possível solução para o clima.

Segundo um estudo publicado na última sexta-feira (27/9), o velho tronco de árvore perdeu menos de 5% de dióxido de carbono durante seus 3.775 anos de existência.

Isso ocorreu graças à baixa permeabilidade do solo de barro que cobria o tronco, segundo afirma o estudo. O professor Ning Zeng, co-autor da pesquisa, afirmou que a madeira do tronco está em bom estado, sendo “possível fabricar um ótimo móvel�

Mas como esse tronco ancião pode revolucionar as mudanças climáticas?

Tronco se preservou por 3.775 anos devido ao solo 

A chave para revolucionar as mudanças climáticas podem ser os fatores ambientais específicos que permitiram que esse tronco de árvore estivesse em perfeito estado por 3.775 anos.

Zeng encontrou o tronco em 2013, quando estava conduzindo um projeto-piloto de enterro de madeiras, em Quebec, no Canadá. Segundo o professor, encontrar o tronco de árvore de 3.775 anos foi como um milagre.

Os ecologistas que estavam com o pesquisador identificaram o tronco como pertencente à árvore zimbro-da-virgínia e o pesquisador relembra exatamente a sensação de euforia.

Apesar das evidências de preservação, o próximo passo era identificar como os cientistas criariam um cofre para a preservação do velho tronco não fugir.

O tronco de 3.775 em perfeito estado de conservação. Imagem: Universidade de Maryland/Divulgação

Pouco tempo depois de Zeng encontrar possível salvação das mudanças climáticas, o ministério da agricultura de Quebec conduziu uma análise de carbono para determinar a idade do tronco.

Em 2021, outro professor da Universidade de Maryland, Liangbing Hu, auxiliou Zeng nas análises das estruturas microscópicas e composição química do tronco de 3.775 anos.

Após comparar os resultados com um zimbro-da-virgínia recente, os cientistas descobriram a pequena perda de carbono do tronco ancião.

Portanto, a solução para enterrar madeiras para salvar o clima é a baixa permeabilidade do solo barroso que permitiu que tronco se preservasse por todo esse período de tempo.

O solo evitou a infiltração de fungos e insetos, bem como desacelerou a entrada de oxigênio no tronco.

Enterrar tronco de árvore pode revolucionar mudanças climáticas, mas a tarefa não é fácil

Solos de barro são comuns, então a técnica de enterrar madeira seria uma opção viável e de baixo custo em muitas partes do mundo.

No entanto, essa solução precisa ser implementada ao lado de outras táticas para reduzir o aquecimento global, sobretudo conter as emissões.

“As pessoas pensam: ‘quem não consegue escavar um buraco e enterrar uma madeira?� Mas, olhe só, quantos caixões de madeiras já foram enterrados na história da humanidade? E quantos desses caixões sobreviveram? Por isso, precisamos das condições certas para uma escala de tempo de preservação de centenas ou milhares de anos� afirma Zeng.

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?????: 2023 ??? ????? ???? ??? ???? ?? ?? //emiaow553.com/colapso-de-geleira-da-antartida-pode-ser-irreversivel-descobrem-cientistas/ Sat, 28 Sep 2024 17:45:23 +0000 //emiaow553.com/?p=597051 Segundo os cientistas, apenas o colapso dessa geleira pode elevar o nível do mar em 65 centímetros, o que pode causar impactar a camada de gelo

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Após seis anos investigando o futuro da glaciar Thwaites, na Antártida, cientistas revelaram que o colapso da “Geleira do Juízo Final�/a> pode ser irreversível. Veja mais abaixo.

Em um relatório publicado na última sexta-feira (20), os cientistas norte-americanos apresentaram os resultados de suas observações sobre o risco de colapso da geleira.

A “Geleira do Juízo Final�é uma enorme massa de gelo cuja extensão se compara a do estado de São Paulo. Portanto, apenas o colapso dessa geleira pode elevar o nível do mar em 65 centímetros.

E essa elevação do nível do mar pode causar o derretimento da camada de gelo na região ocidental da Antártida, consequentemente, elevando o nível do mar em 3,3 metros.

Desse modo, cidades litorâneas, inclusive no Brasil, correm o risco de estar debaixo d’água em um futuro próximo.

“Até o final deste século, ou no início do próximo, é bem provável que veremos um rápido aumento na quantidade de gelo derretendo na Antártida� afirma Ted Scambos, glaciologista da Universidade do Colorado.

Scambos ressalta que o colapso da “Geleira do Juízo Final�é bastante provável, segundo as pesquisas conduzidas durante seis anos, com mais de 100 cientistas observando a situação da geleira da Antártida.

Reduzir emissões podem evitar colapso de geleira

A investigação, liderada pela International Thwaites Glacier Collaboration (ITGC), projeto de pesquisa dos EUA e do Reino Unido, enviou 100 cientistas à “Geleira do Juízo Final� Os pesquisadores conduziram o estudo sobre as dinâmicas dessa geleira da Antártida e seu possível colapso.

Os cientistas descobriram que o colapso da geleira da Antártida pode ser acelerado conforme as emissões de CO2. Contudo, a “Geleira do Juízo Final�apresenta instabilidade em quase todos os cenários de emissões dos modelos climáticos.

Por isso, a pergunta não é “se� mas, sim, “quando�vai ocorrer o colapso da geleira. Segundo os cientistas, é difícil cravar uma data exata par ao colapso da geleira, mas a principal estimativa é durante o fim do século 23.

A boa notícia é que a humanidade ainda tem tempo para realizar esforços que podem evitar o colapso da geleira, reduzindo as emissões de carbono que afetam a Antártida.

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????? Archives£»??? ??- ??? ??? ??? //emiaow553.com/cientistas-ja-tem-data-para-o-derretimento-de-todo-gelo-da-antartida/ Sat, 21 Sep 2024 16:04:34 +0000 //emiaow553.com/?p=594903 Segundo o estudo, que observou modelos climáticos individuais sobre o gelo existente, o futuro das geleiras da Antártida será incerto após 2100.

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Mais de 50 cientistas climáticos publicaram um estudo cravando a data para o derretimento de todo o gelo da Antártida. Em um estudo publicado no último dia 4, cientistas lançam a primeira grande projeção de como as emissões de carbono podem causar o deterretimento total do gelo da Antártida nos próximos 300 anos.

Segundo o estudo, que observou modelos climáticos individuais sobre o gelo existente, o futuro das geleiras da Antártida será incerto após 2100.

Os cientistas combinaram dados de 16 modelos individuais e descobriram que o derretimento de todo o gelo da Antártida vai aumentar, embora gradualmente, nos próximos anos.

No entanto, essa consistência vai acabar após 2100, segundo os modelos dos cientistas, que observam o derretimento do gelo da Antártida sobre o nível atual das emissões.

Os cientistas, portanto, criaram um modelo que mostra como seria o derretimento da camada de gelo da Antártida em cenários de alta e baixa emissão de carbono até 2300.

Desse modo, os cientistas revelaram, através de experimentos numéricos, a projeção para o derretimento de todo o gelo da Antártida. Segundo o estudo, o evento ocorrerá a partir de 2300 devido a um aumento no nível do mar que ocorrerá um século antes.

Cientistas alertam sobre o papel das emissões

“Quando conversamos com autoridades sobre o aumento do nível do mar, eles focam, na maioria das vezes, no que vai acontecer até 2100. Há pouquíssimos estudos abordando o que acontecerá após essa data� afirma Hélène Seroussi, autora do estudo.

Segundo Seroussi, o estudo fornece as projeções de longo prazo que não existiam antes. No entanto, os cientistas revelaram que os modelos mostram uma variação na data exata do derretimento de todo o gelo.

Por outro lado, a velocidade do derretimento se manteve consistente em ambos os modelos, de acordo com o estudo.

“Apesar das emissões atuais de carbono terem apenas um impacto modesto nos modelos com projeções para este século, a diferença entre como os cenários de baixa e alta emissão contribuem para o aumento do nível do mar cresce exponencialmente após 2100. Esses resultados confirmam o óbvio: é crucial reduzir as emissões para proteger as próximas gerações� afirma o estudo.

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??? ??? ??? ??£»?? ???? ?? ?? //emiaow553.com/big-techs-mentiram-emissoes-de-data-centers-para-ia-subiram-em-600/ Wed, 18 Sep 2024 21:09:24 +0000 //emiaow553.com/?p=595682 Se as cinco big techs fossem uma nação, a soma de suas emissões em 2022 as colocariam como o 33º país com mais emissões no mundo.

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As big techs mentiram para você sobre suas emissões de CO2 e o impacto dos data centers no clima para desenvolver modelos robustos de IA.

De acordo com um relatório do jornal britânico The Guardian, as emissões reais de data centers das cinco big techs �Google, Amazon, Microsoft, Meta e Apple �são 662% maiores que as empresas reportaram anteriormente.

Esse número corresponde às emissões do período entre 2020 e 2022, ou seja: antes do boom da IA, embora as empresas já estivessem dando os seus primeiros passos rumo à tecnologia. De acordo com a análise, publicada na última segunda-feira (16), a IA vai contribuir para o aumento das emissões dos data centers de big techs.

Ironicamente, em algum ponto da história, todas as cinco big tech declararam ser carbono neutro, seja por créditos de carbono ou redução de emissões. No entanto, em julho deste ano, o Google foi uma das big techs que recuou.

Aliás, a Amazon fez o mesmo recentemente. A gigante alegou que, em julho, atingiu sua meta sete anos mais cedo e que iria reduzir as emissões em 3% daqui para frente.

“Contabilidade criativa� a estratégia para mascarar emissões

Imagem: Amazon/Divulgação

Segundo um representante da Amazon Employees for Climate Justice, grupo de funcionários da Amazon que combatem a postura da empresa em relação ao clima, a alegação da Amazon se baseia em “contabilidade criativa�

“A Amazon, apesar de todo poderio no setor de relações públicas e propaganda �vistos em suas usinas solares ou a criação de vans elétricas � está expandido o uso de combustíveis fósseis. Essa expansão ocorre tanto em data centers como em caminhões a diesel� afirmou o representante.

Essa contabilidade criativa citada acima se sustenta pelos certificados de energias renováveis (Rec), similares aos créditos de carbono.

Uma empresa compra Recs para mostrar que está comprando eletricidade gerada por energia renovável correspondente a uma porção do seu uso de eletricidade.

A sacada é que a energia renovável não precisa ser consumida nas instalações da empresa. Em vez disso, o consumo pode acontecer em qualquer lugar.

Quando uma empresa de tecnologia revela suas emissões, o que aparece, na verdade, são emissões com base no mercado, calculadas com o número de Recs.

Emissões reais dos data centers das cinco big techs

Ao desconsideramos os Recs, surgem as emissões com base em localização. Essas são as verdadeiras emissões dos pelos data centers das big techs.

Apenas em 2022, as emissões oficiais dos data centers da Meta foram apenas 273 toneladas métricas de CO2. Os data centers oficiais são aqueles que estão nas sedes da empresa.

Contudo, considerando as emissões com base em localização, as emissões da Meta foram 3,8 milhões de toneladas métricas. Portanto, as emissões foram 19 mil vezes mais que o reportado pela empresa!

Data center da Meta no Novo México. Imagem: Meta/Divulgação

Atualmente, a Microsoft é a principal representante do impacto da IA no clima entre as big techs, mas, assim como a Meta, reportou emissões singelas de seus data centers.

Oficialmente, as emissões da Microsoft em 2022 foram 280 mil toneladas métricas, mas os dados verdadeiros, com base em localização, mostram que o número real é 6,1 milhões.

E a tendência é piorar, segundo a análise, que ressalta que os data centers de big techs para IA vão aumentar a demanda por energia, consequentemente, aumentando as emissões.

“Se essas cinco big techs fossem uma nação, a soma de suas emissões em 2022 as colocariam como o 33º país com mais emissões no mundo� diz o jornal.

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????£»??????£»??????£»??????? //emiaow553.com/tudo-pelo-clima-startup-cria-concreto-sem-cimento-que-absorve-co2/ Thu, 01 Aug 2024 19:10:42 +0000 //emiaow553.com/?p=583637 O concreto sem cimento, além de ideal para o clima, está alinhado às diretrizes que a indústria estabelece sobre resistência e durabilidade dos materiais

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O concreto é um dos materiais de construção mais comuns na engenharia civil, mas está longe de ser melhor para o clima, principalmente pelo uso de cimento em sua fabricação.

O cimento é a terceira maior fonte de emissões de CO2 pela atividade humana. Por isso, cientistas e engenheiros buscavam alternativas mais sustentáveis para fabricação de concreto sem usar cimento, visando reduzir a emissão de gases do efeito estufa.

O concreto sem cimento é um material revolucionário para a construção civil, que usa diversos agentes aglomerantes derivados de subprodutos industriais.

Um exemplo é o cimento álcali ativado, que ativam materiais pozolânicos, como escórias granuladas de alto forno e cinzas de combustível pulverizadas, para criar um aglomerante similar ao cimento. Outros métodos incluem combinar materiais escavados com escórias de ferro ou aditivos com menor taxa de CO2.

No entanto, o exemplo mais notável é o da empresa C-Crete. A empresa americana de tecnologias de materiais desenvolveu e patenteou um concreto que não usa cimento e pode ser ideal para o clima.

Para salvar o clima, o segredo é o concreto sem cimento, mas com emissão negativa

Assim como o nome da empresa �um trocadilho entre “concreto�e “segredo� em inglês � a fabricação desse cimento é mantida em segredo e patente garante exclusividade à empresa.

Mas, o que se sabe é que o esse concreto é carbono negativo, ou seja: ele absorve uma quantidade de CO2 durante seu tempo de vida que supera a quantidade de emissões durante o processo de fabricação.

Esse concreto, além de ideal para o clima, está alinhado às diretrizes que a indústria estabelece sobre resistência e durabilidade dos materiais, surgindo como uma opção viável ao concreto com cimento.

A C-Crete já fabricou mais de 140 toneladas do seu concreto sem cimento para projetos de construções. Além disso, a empresa recebeu financiamento do Departamento de Energia dos EUA para ampliar o desenvolvimento de sua tecnologia. O governo também concedeu prêmios à empresa para facilitar a expansão das operações.

O investimento já gerou resultados. Em abril, a C-Crete lançou um concreto sem cimento, à base de basalto, que absorve CO2 já durante a fabricação, ajudando ainda mais o clima.

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??????? ?? ??? ???£»??????,??????,????????? //emiaow553.com/clima-emissao-de-co2-acelera-e-ja-e-a-mais-rapida-dos-ultimos-50-mil-anos/ Tue, 14 May 2024 16:53:40 +0000 //emiaow553.com/?p=570497 Estudo internacional conduzido pela Oregon State University traz dados preocupantes que indicam um aumento mais rápido do que nunca nas emissões de CO2

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As emissões de dióxido de carbono (CO2) estão acelerando em um ritmo sem precedentes nos últimos 50 mil anos. Usando amostras do núcleo de gelo da Antártica Ocidental, pesquisadores da Oregon State University capturaram dados preocupantes que indicam um aumento mais rápido do que nunca nas concentrações atmosféricas de CO2.

Os cientistas analisam gases atmosféricos antigos presos em bolhas de ar no gelo da Antártida, recolhidos através de núcleos de perfuração até 3,2 quilómetros de profundidade. Durante a última era glacial, que terminou há cerca de 10 mil anos, houve períodos em que os níveis de CO2 aumentaram significativamente.

Os pesquisadores, ao analisarem núcleos de gelo da Antártica, associaram esses aumentos aos Eventos Heinrich do Atlântico Norte, que estão ligados a rápidas mudanças climáticas globais. Esses picos de CO2, que ocorriam a cada 7.000 anos, representavam um aumento de cerca de 14 partes por milhão em 55 anos. Atualmente, um aumento semelhante acontece em apenas 5 a 6 anos.

Estudos indicam que o fortalecimento dos ventos de oeste durante esses eventos antigos acelerou a liberação de CO2 do Oceano Antártico. Com as mudanças climáticas previstas para fortalecer esses ventos no próximo século, a capacidade do Oceano Antártico de absorver o CO2

Durante o maior destes aumentos naturais, o CO2 aumentou cerca de 14 partes por milhão em 55 anos. Esses saltos ocorreram aproximadamente uma vez a cada 7.000 anos. Hoje, esse aumento ocorre em apenas 5 a 6 anos, segundo estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Culpa do El Niño? Não é bem assim

Essa aceleração pode ser parcialmente atribuída a um padrão climático El Niño historicamente forte que se desenvolveu no ano passado.

No entanto, esse fenômeno apenas destaca uma tendência existente: as emissões globais de carbono estão aumentando, apesar da diminuição das emissões dos EUA e da desaceleração do crescimento das emissões globais.

A situação é tão grave que a Terra deve bater um novo recorde de emissões de CO2 em 2024. Isso é particularmente preocupante, pois supera um aumento recorde observado em 2016 e sinaliza os esforços falhos para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa e os danos que causam ao clima da Terra.

O aumento contínuo e acelerado do CO2 na atmosfera é um reflexo claro de que ainda estamos queimando mais combustíveis fósseis do que nunca.

Os níveis de dióxido de carbono naturalmente flutuam ao longo de cada ano, atingindo o pico em abril e maio e depois declinando até agosto e setembro, seguindo o ciclo de crescimento das plantas do hemisfério norte.

Por que as emissões de CO2 continuam aumentando?

As emissões de dióxido de carbono do mundo vêm principalmente da queima de combustíveis fósseis para a produção de energia e materiais.

Cerca de 86% das emissões globais são atribuídas a essa causa, com o restante decorrente da mudança de usos da terra, principalmente desmatamento e queimadas.

O Acordo de Paris estabeleceu metas ambiciosas para os países reduzirem suas emissões até 2030 e alcançarem a neutralidade nas emissões de dióxido de carbono em 2050.

No entanto, os dados atuais mostram que estamos longe de cumprir esses objetivos. Mais da metade das emissões de CO2 ocorreram nos últimos 30 anos, e o ritmo só tem acelerado.

Ondas de calor mais frequentes

As mudanças climáticas estão causando ondas de calor sem precedentes em várias regiões do mundo. Isso mesmo durante períodos de resfriamento global de curto prazo. No Brasil, por exemplo, os registros das chamadas ondas de calor aumentaram 642% nos últimos 60 anos no país.

É o que indica um estudo feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O levantamento estimou que o número de ondas de calor saltou de 7 para 52 em 30 anos. Os cálculos consideram todo o território brasileiro, entre os anos de 1961 e 2020.

Os dados indicam que houve aumento gradual das anomalias de ondas de calor ao longo do período analisado em praticamente todo o Brasil. Excluindo apenas a região sul, a metade sul do estado de São Paulo e o sul do Mato Grosso do Sul.

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