O número de brasileiros com riqueza acima de US$ 1 milhão passou de 293 mil, em 2021, para 413 mil no ano passado. O material também aponta que no fim de 2022, havia cerca de 59,4 milhões de milionários no mundo, 3,5 milhões a menos que no ano anterior.

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A “riqueza�é definida como o valor dos ativos financeiros mais os ativos reais (principalmente moradias) de propriedade das famílias, menos suas dívidas. Além do Brasil, Irã, Noruega, México e Rússia completam a lista de países que mais ganharam milionários no período.

Publicado nesta terça-feira (15), o documento ainda mostra que a riqueza privada líquida total caiu US$ 11,3 trilhões (-2,4%) para US$ 454,4 trilhões no fim de 2022. O número de indivíduos com patrimônio acima de US$ 50 milhões, os “super-ricos� também caiu �havia 243 mil membros desse grupo no fim de 2022, 22,5 mil a menos que no ano anterior.

De qualquer forma, ainda há muito mais milionários nos EUA do que em qualquer outro país. A China teve o segundo maior número, com 6,2 milhões. O banco suíço afirma que o motivo da queda na riqueza global deve ser a alta inflação e o colapso de muitas moedas em relação ao dólar.

“A evolução da riqueza provou ser resiliente durante a era do covid-19 e cresceu em um ritmo recorde em 2021. Mas a inflação, o aumento das taxas de juros e a depreciação da moeda causaram uma reversão em 2022� diz o relatório.

As 500 pessoas mais ricas do mundo perderam um total de US$ 1,4 trilhão em 2022, de acordo com uma pesquisa da Bloomberg. Elon Musk, que atualmente é a pessoa mais rica do mundo e cofundador da Tesla, perdeu US$ 138 bilhões em 2022, ano em que concluiu a aquisição do Twitter por US$ 44 bilhões.

O levantamento projeta que a riqueza global deve aumentar 38% nos próximos cinco anos, atingindo US$ 629 trilhões até 2027, impulsionada, principalmente, por países de renda média. No mesmo ano, o número de milionários deve chegar a 86 milhões e o de super-ricos deve aumentar a 372 mil.

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Ao todo, 46 mil pessoas entraram para o seleto grupo com “patrimônio líquido ultra alto� que reúne quem tem ativos que ultrapassam os R$ 260 milhões. Agora a lista reúne 218,2 mil integrantes, quase metade a mais que os registros de 2019. 

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No Brasil, 1.238 pessoas têm patrimônio líquido entre US$ 50 milhões e US$ 100 milhões �R$ 260 milhões e R$ 535 milhões na conversão direta. 

Um grupo menor, de 749 pessoas, possui ativos entre US$ 100 milhões e US$ 500 milhões (R$ 2,6 bilhões). Uma última fatia, dessa vez de 95 bilionários, têm um patrimônio líquido maior que US$ 500 milhões. 

O país está em 18º lugar na lista dos países com maior número de multimilionários. O primeiro lugar é dos EUA, com 141.135 super ricos. Só em 2021, 30.470 pessoas entraram no grupo. 

Também é possível ver um aumento drástico na população super rica na China, hoje com 32.706 integrantes. Só no ano passado, 5,2 mil pessoas entraram na lista. 

Onde moram os super ricos

Explosão de riqueza

O relatório sugere que as pessoas mais ricas do mundo se beneficiaram na recuperação da pandemia. Quem já tinha dinheiro antes da crise só valorizou o patrimônio com os preços crescentes dos imóveis e mercados de ação em expansão. 

“O forte aumento dos ativos financeiros resultou em um aumento da desigualdade em 2021� diz o levantamento. “Isso provavelmente se deve ao aumento do valor dos ativos financeiros durante a pandemia de Covid-19� 

O relatório classifica a desigualdade no Brasil como alta. O índice Gini de riqueza, que mede a diferença nos rendimentos dos mais pobres e mais ricos, foi de 89,2 em 2021, em uma escala de 100.

O último recorde era de 2000, quando a desigualdade chegava a 84,5. As 1.238 pessoas mais ricas detêm 49,3% da riqueza total do país. Em 2000, o percentual era de 44,2%. 

O aumento da riqueza atinge 0,004% da população adulta mundial. Enquanto isso, bilhões de pessoas permanecem nas camadas mais baixas. Dados da ONU (Organização das Nações Unidas) mostram que 1,3 bilhão vivem em situação de pobreza. 

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